Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 26
Capítulo 26. Afastamento


Notas iniciais do capítulo

Em Roma, faça como os romanos. na Romênia, fale romeno!

Tudo que for na Inglaterra, a lingua nativa é inglês, e tdo que é na Romênia é em romeno. DUH! Heuehueheuehuehu.

Outra coisa, não tive paciência de corrigir o texto, se acharem alguma coisa, por favor me avisem. Desculpem a demora e leiam a nota final. Tradução da fala no final do texto. Ah sim, existem algumas referências não explicadas ao longo do capítulo, se alguém n entender alguma coisa, favor perguntar.

Musica de hoje, Andrea Dória, do Legião Urbana! Linda, sugiro que ouçam!



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Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

– It’s a big pleasure to finally meet you, Mister... Count... Count Dracul. – a moça ruiva de cabelos armados, adornado por pequenos cachos lhe recebeu. Vlad percebeu o sotaque arrastado da língua não nativa da moça, sua timidez em dirigir-se a sua pessoa e o receio em pronunciar seu sobrenome, como se fosse algo sagrado, ou maldito. – My name is Ileana Reverbel Dácia, and I’m going to... well.*

– Reverbel? É francês, não é? – Vlad respondeu em romeno, a moça pareceu respirar com mais facilidade depois daquela frase.

30 horas antes...

Como lhe era de costume, Vlad dormiu pouco aquela noite. Passou a maior parte da madrugada e da manhã pensando. Bom, talvez pensando não fosse bem a palavra, já que ele não conseguia focar uma linha de raciocínio por muito tempo. Contemplando? Meditando? No final ele estava apenas substituindo um pensamento por outro quando o anterior ficava muito desgastante. Ele não podia mais enrolar na cama, tinha coisas para fazer.

Muito embora a diferença entre o que ele queria fazer, podia fazer, devia fazer e o que de fato faria fosse gritante.

Saiu da cama sem muito entusiasmo, vestindo qualquer coisa que lhe preparasse para o frio do inverno londrino. Esqueceu-se dos sapatos. Vai entender...

Não precisou andar muito para encontrar Integra, olhando um começo de neve que caia. A temperatura tinha caído de um jeito quase ridículo desde a noite anterior, quase como se o clima soubesse que após cessada a ameaça, não havia mais a necessidade de se manter tão ameno. Ameno... Vlad tinha um pensamento constante rondando sua cabeça no momento: se Integra não tivesse o encontrado à noite, estaria indubitavelmente morto de frio. Não pareceu um jeito muito agradável de morrer.

Um exalar audível da loira o fez sair de seus devaneios e ele percebeu a fumaça em contraste com a luz esbranquiçada da manhã que adentrava a janela. E pra variar ela estava fumando e não devia ser o primeiro cigarro do dia, em vigor da quantidade de fumaça. Observou-a bater as cinzas em um cinzeiro de cristal. Sentia dentro dos ossos que ela tinha percebido sua presença, mas o estava ignorando. Apesar da dor, estava aliviado. A Hellsing terminou o cigarro, acendeu outro, e quando já havia passado da metade deste, quebrou o silêncio:

– Vai ficar ai me olhando? Desembucha.

Vlad deu um meio sorriso, conformado. Respirou fundo, procurando o que dizer. Ele ainda não sabia. Não de verdade.

–Milady, eu...

– Veio se desculpar espero? Não quero ouvir. Vá embora.

Na verdade Vlad não queria se desculpar, não tinha coragem. Não pelo que realmente o estava atormentando e, por seu comportamento na noite anterior, embora deselegante, ele não acreditava estar tão errado assim.

– Na verdade não vim me desculpar Milady...

– Agradecer então? Ainda bem que não é tão ingrato quanto parece... Também não quero ouvir. Vá. Embora. Agora.

– Eu vou Milady. Partirei para a Romênia ainda hoje.

Integra gelou ao ouvir aquela sentença. Romênia? Como assim? Ele estava indo embora? Assim? Ela não queria ouvi-lo agora, era verdade. Estava irritada, ferida, mas não queria que ele mudasse de país.

– Quero ver como estão as propriedades que ainda me restam. – Integra respirou fundo. Apesar da recusa de Vlad, algumas poucas coisas acabaram indo parar no nome dele. A maioria considerada patrimônio histórico e cultural, mas dele mesmo assim.

– Boa viagem então. – Ela disse, simplesmente, sem olhar para ele.

–Tem algo que gostaria de dizer antes de partir, Milady. Creio que tenha ouvido sobre quem eles queriam trazer de volta das trevas.

– Alucard. – Ela disse, ainda encarando os primeiros flocos de neve.

– Imagino que já tenha percebido que fui eu quem o impediu?

Integra engoliu em seco. Claro que teria percebido se tivesse pensado nisso. O plano daquele maníaco tinha claramente falhado, ela sabia, Vlad havia lhe dito. E se o plano falhou, sim, Alucard não estava ali. Vlad tinha acabado com a única forma de trazer o vampiro de volta para o mundo dos vivos. A única forma de trazer Alucard de volta ao seu mundo. Trazê-lo de volta para ela.

Integra ficou em silêncio, de costas para ele. Percebeu Vlad respirar fundo, e depois de vários segundos em silêncio, o ouviu, já ao longe, seus passos silenciados por seus pés descalços no carpete:

– Quando desejar me ouvir Milady, quando desejar.

Quando finalmente se virou, o rapaz não estava mais lá. Apenas uma carta sobre a mesa, que ela não teve coragem de abrir.

– Vlad-san. Eu devo insistir, o correto seria eu acompanhá-lo e...

–Celas-san. Não. Primeiro porque eu realmente apreciaria muito se a senhorita ficasse ao lado de Sir Hellsing. Ela vai precisar mais do que eu. E segundo, eu me recuso a viajar com um caixão na bagagem. – Vlad dizia, sem olhar para ela, ocupado demais em colocar algumas camisas na mala.

– Mas eu só preciso do caixão pra atravessar o oceano! A Romênia é logo aliiiii! – Celas esperneava.

–Celas-san. Por favor. Estamos na Inglaterra. UMA ILHA! Qualquer avião vai atravessar água pra qualquer lugar que seja!

–Não se você for para o País de Gales!

– Celas-san. Eu não vou tirar férias e definitivamente não vou para o País de Gales. E mesmo que eu fosse, ainda insistiria na sua permanência na mansão. Como disse antes, ao lado de Sir Hellsing! – E começou a jogar algumas poucas gravatas na mala.

–Mas você não conhece ninguém na Romênia! – Celas continuava argumentando, sem entender a parte do “Fique com Sir Hellsing”. – Deve estar tudo diferente agora!

–É a terra em que nasci. É o que consta no meu registro e onde meu título tem valor. – Vlad continuava, agora procurando o par de uma luva de um tom cinza escuro. No final das contas, Integra acabou conseguindo uma identidade verdadeira para Vlad, como um descendente do Conde Drácula de uma linhagem bastarda e perdida na Romênia. Como todos os documentos originais estavam sob o poder de Alucard, e consequentemente da Hellsing, não foi difícil provar a história, ainda mais com o apoio da Rainha e o fato de Vlad ser a cara cuspida do conde em questão. – E depois, eles falam minha língua pátria, não é como se eu fosse ficar completamente perdido.

O fato era que Vlad pensava em romeno, resmungava em romeno e sonhava em romeno. Provavelmente seu sotaque estaria um pouco engraçado agora, com palavras não mais utilizadas, mas não podia ser tão difícil. Ele não era burro e sabia disso. Tinha conseguido falar um inglês quase perfeito nesses últimos meses, daria um jeito.

– Mas mesmo assim...

– Celas-san. Não se preocupe. Eu só vou resolver umas coisas, volto em uma semana, duas no máximo. E depois, se acontecer qualquer coisa, QUALQUER COISA. – Ele emendou, antes que Celas tivesse a oportunidade de interrompê-lo. – Eu ligo pra cá.

– E se você for atacado?

Dessa Vlad riu. Depois da quantidade de ataques, tiros, ameaças e outras coisas estranhas que aconteceram nos últimos meses, ele sinceramente duvidava que alguma coisa o surpreenderia a essa altura. Já tinha levado um tiro, sido mordido, sigo agarrado, tentado se suicidar, quase entrado em coma alcoólico, participado de um ritual de magia negra, quebrado um encanto que ele nem sabia como, e tantas outras coisas que ele sinceramente duvidava que ladrões, sequestradores, múmias ou zumbis oferecessem algum perigo. Nesse ponto de sua vida, a única coisa realmente perigosa para ele era Integra. E era justamente dela que ele estava se afastando.

– Celas-san. Eu realmente preciso ir. Preciso colocar algumas coisas em ordem! Alguém arrombou o túmulo da minha família! – Respirou fundo, fechou a mala, encarou a policial, com a expressão mais mortalmente séria que ela já viu. – E eu preciso mesmo de um tempo para colocar os meus pensamentos em ordem.

– Mas...

– Victória. Tem mais uma coisa.

Vlad saiu de trás da mala, sentando-se na cama, ao lado de onde Celas ainda o olhava, ligeiramente chocada por ter sido chamada daquela forma. O rapaz tomou cuidado para não ficar próximo demais dela, mas perto o bastante para segurar a mão enluvada da vampira entre as suas. Os olhos âmbares olharam fundo dentro dos vermelhos e ela por um momento teve a impressão de que Vlad era capaz de olhar dentro de sua alma. Vlad entendeu a expressão que passou pelo rosto de Celas como submissão e, por um momento, hesitou no que diria. Ele deveria estar naquela situação, não o contrário.

– Celas-san... A senhorita sabe o que... – Respirou fundo. – Quem eles queriam trazer de volta?

A policial balançou um não com a cabeça, observando apreensiva como o lábio superior de Vlad tremia de vez em quando.

– Eles queriam evocar os poderes de Alucard. – Vlad de repente percebeu que não sabia bem quem “eles” eram. E isso não lhe fazia falta, pretendia esquecer o episódio todo assim que lhe fosse permitido. – E controlá-lo, por magia negra.

Celas ficou muda enquanto ouvia o que lhe era relatado, finalmente entendendo aquela barreira em torno da capela. Não apenas para que ela não entrasse, mas também para que Alucard não saísse.

– Creio que tenha presumido por si mesma que fui eu quem o impediu.

Celas concordou com a cabeça, ainda processando as informações.

– E então? – Vlad perguntou hesitante, estranhando a total falta de reação dela. Integra forçou indiferença e aquilo machucou, mas ele percebeu os ombros dela encolherem, a respiração forçada para parecer controlada. Mas com Celas... era como se simplesmente ela não tivesse registrado nada do que ele havia dito.

– E então o que? – Celas perguntou, olhando para Vlad como se ele fosse um alien.

– Não vai ficar decepcionada? Atirar alguma coisa em mim? Gritar comigo?

–Por quê?

Vlad chegou a abrir os lábios para responder, mas nada passou por eles. Por quê? Porque ele impediu que Alucard voltasse ao mundo dos vivos? Quase que assassinado o ser que aquelas duas mais claramente amavam e sentiam falta?

– Não era o Mestre. – Celas afirmou, categoricamente.

A expressão de Vlad ficou ainda mais confusa e ele se perguntou se ela tinha mesmo entendido o que ele havia dito.

– Desculpe-me, Celas-san, mas creio que não tenha entendido...

–Não era o Mestre. Se fosse, eu teria sentido. Não era o Mestre.

Vlad estranhou uma vez mais. Ele mesmo sentiu o vampiro. Ele sabia que aquela sombra que sussurrou o encanto em seus ouvidos era Alucard, e ele esperava desesperadamente que aquilo viesse de fora e não de dentro. Estava começando a acreditar que alguma coisa em sua alma sincronizou-se com o espírito evocado e isso criou aquela ligação. Precisava acreditar nisso.

– Como sabe, Celas-san?

– Porque ele bebeu o meu sangue. – Ela respondeu, dando um sorriso fraco, enquanto mexia na gola do uniforme.

Naquele momento, Vlad entendeu que Celas não se daria ao trabalho de imaginar o que poderia ter sido e iria simplesmente aceitar o que aconteceu como algo passado. Fácil assim.

– Ainda sim. Eu... Eu escolhi... Foi minha culpa que...

–Vlad-san. Eu prefiro acreditar que você tenha tomado a decisão que achou mais certa no momento. Eu não estava lá, não saberia avaliar.

Vlad ficou estático pela maturidade daquelas palavras, proferidas em meio à expressão tão jovial da vampira, congelada no tempo.

– Como é possível...

Celas provavelmente foi capaz de ler a mente de Vlad naquele instante em que ele estava ali, tão aberto, tão exposto em susto e alívio. Disse, em um tom sério, completamente incomum:

– A gente aprende muito quando cresce em um orfanato. Sabe, precisamos aprender a confiar e respeitar os outros, porque senão...

Celas parou ao perceber a expressão de Vlad, vazia, mas que deixava transparecer um pouquinho de admiração que ela não estava certa se existia.

– Bom, tem as experiências do Pip também... E mais os outros seiscentos anos do Mestre e...

Vlad apertou a mão de Celas com mais força. Mão que a vampira até tinha esquecido estar entre as dele.

– És uma pessoa incrível, Celas Victória. – Vlad pousou os lábios em um beijo suave e rápido na mão de Celas, coberta pela luva. – Ficarei feliz em saber que poderei contar com sua amizade quando retornar.

– Estarei esperando, Vlad-san.

– Pode me dar uma carona até o aeroporto?

Ileana estava mesmo envergonhada, apavorada seria o termo correto. A moça trabalhava para uma organização que prezava acima de tudo a arte e a história do país. Recebia pouco, mas via certa nobreza no que fazia. Era naturalmente tímida e insegura e seu superior iria usar isso a seu favor. Como mencionado, a organização para quem trabalhavam não pagava muito: nem tinha como, uma vez que manter os patrimônios nacionais era muito custoso.

 O superior de Ileana, John Richards Jr., era um homem ganancioso e sem moral. Sua mãe era romena, com raízes no país; seu pai americano, naturalizado romeno pelo casamento. John recebeu o nome de seu pai, herdando também alguns conceitos deturpados de sua ideologia capitalista, agravados por uma total falta de moral e outros defeitos de caráter.

John queria vender o castelo de Bran para uma empresa canadense que queria transformar o local numa espécie de resort, hotel, parque temático... Ele não sabia bem, e nem queria saber. A questão é que ele receberia uma excelente comissão caso convencesse o proprietário a fazer negócio: é preciso dizer que aquilo era ilegal e completamente o oposto de seu dever no emprego? Mas John nunca conseguiu contatar o proprietário propriamente. A organização Hellsing parecia implacável. Mas então, fez-se um milagre! Algum descendente bastardo da antiga família real resolveu reaver as obras da família, claramente motivado por falsas esperanças e orgulho familiar ferido: seria fácil convencê-lo que aquela propriedade não valia de nada, e que ele poderia ter uma vida muito confortável vendendo-a.

Mas John não poderia se envolver diretamente... então mandou que Ileana fosse recepcionar o “conde inglês”, ressaltando como ele era importante, tipicamente inglês, orgulhoso, perfeccionista e exigente, além de odiar a Romênia, sua história e sua gente pelo que fez à sua família e que Ileana tinha a obrigação de agradá-lo e principalmente convencê-lo a manter o patrimônio a qualquer custo, senão perderia o emprego. Melhor, nunca mais trabalharia na Romênia. Tiro certeiro para alcançar seus objetivos, já que a moça falharia sumariamente.

Mas o insuportável “conde inglês” falou com ela em romeno, perguntando de seu sobrenome incomum (e que sempre foi motivo de calúnia e chacotas na escola) e ela simplesmente ficou sem palavras.

– Bom, Senhoria Dácia. Sei que posso estar falando em uma linguagem um pouco confusa, mas se não se importa gostaria de conduzir essa conversa em romeno. Faz muito tempo que não tenho a oportunidade.

Ileana ficou novamente em silêncio, mirando os olhos amarelos de conde.

Vlad, em contraposição, deu um sorriso fraco. Alguma coisa naquela jovem atraia sua atenção, e ele não pode lutar contra a vontade de que ela respondesse alguma coisa. Vlad não costumava falar com muitas pessoas, não espontaneamente. Geralmente quando era inevitável ou elas mereciam algum tipo de resposta seca e atravessada, e sempre, sempre quando tinha certeza que a atenção de seu interlocutor estava totalmente voltada para si. Era assim desde criança, e isso nunca mudou. Com Celas responder lhe parecia obrigação, já que desde o momento que a conheceu a vampira parecia um ser cuja única finalidade de existir fosse dedicar a atenção para ele. A Rainha lhe pareceu uma pessoa nobre, sábia, mas triste ao mesmo tempo, e a conversa era natural. Integra era um caso totalmente a parte. No começo, ele falava na esperança de ouvi-la respondendo-o. Com o tempo, expressar-se para ela parecia uma necessidade constante, uma compulsão, mesmo que ela não lhe respondesse.

Ileana foi por outro motivo. Ela tinha medo dele, e ele não entendia o porquê. Ela era frágil, parecia estar ali apenas para servi-lo, e... Tinha medo dele. Além do mais, como o estava recepcionando, provavelmente seria sua única e constante companhia pelas semanas que se seguiam, guia e assessora. Eles precisavam ser capazes de se comunicar o mínimo necessário.

– Cla... claro. – Ela respondeu, atônita. Aquela seria uma longa viagem.

Integra olhou para a carta pela milésima vez naquela tarde, tentando desvendar um mistério tão cheio de “ses” que lhe corrompia a sanidade: doeria mais lê-la ou permanecer no escuro?

Porque aquilo deveria ser a última coisa que lhe aproximaria de Vlad. Enquanto não lesse, teria algo dele para si. Enquanto não lesse, ele permaneceria longe. Se lesse ela o teria por alguns segundos e depois nunca mais.

A carta fechada era uma caixa de Pandora. Carregava todos os sentimentos dentro dela. Podia dizer adeus, podia conter palavras de amor. Podia conter palavras tristes, ou podia dizer que Vlad finalmente se cansou. Podia ser o relatório da missão. Podia estar em branco, afinal.

A carta aberta seria apenas uma carta aberta. Integra não suportaria encontrar o gato morto. E se fosse adeus? E se fosse jamais? E se fosse amor? E se fosse dor?

Tantos “ses” estavam levando sua sanidade, mas também eram tudo o que a mantinha em pé, encarando a carta inerte entre a garrafa pela metade de whisky e a lacrada de vodca.

 *É um grande prazer finalmente encontrá-lo senhor... Conde... Conde Dracul. Meu nome é Ileana Reverbel Dácia, e eu vou... bem.

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...


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Notas finais do capítulo

Essa série já está começando a me deprimir um pouco. Por isso a demora. O próximo capítulo provavelmente também vai demorar.Sugiro que fiquem de olho em Diários da Noite, que está nos últimos capítulos, um ou dois ainda, no máximo. E no cap. 4 de "Nenhum de Nós". Deixem-me saber o que acharam. Se tiver uma boa recepção, vai virar uma nova short da série noites (e lá vou eu me deprimir de novo...tenho que parar de escrever drama).A todos que me acompanharam até aqui, meu sinceros agradecimentos.



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