O Recomeço escrita por Lost Satellite


Capítulo 4
O Filme Trouxa, Uma Ideia Absurda


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que acompanham, espero que gostem. Obrigada também pelas dicas. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/92575/chapter/4

“Entrem, por favor.”

 

“Boa Noite Professora, esses dois aqui estavam brigando antes de entrarem na escola.”

 

“Boa noite, Filch pode deixá-los aqui, eu resolverei isso. De uma vez por todas senhores Granger e Malfoy.”

 

“Professora eu posso explicar...” Hermione ia começando falar quando foi abruptamente interrompida.

 

“Silêncio senhorita, não me interessa o que aconteceu, quero que saibam que isso é uma vergonha, o ano letivo nem mesmo começou, e já serei obrigada a tomar medidas drásticas com vocês dois. Eu esperaria esse tipo de comportamento dos alunos do primeiro ano, e não de duas pessoas adultas, não podiam simplesmente sentar e conversar, ou apenas ignorar os fatos de tamanha confusão?” A professora estava visivelmente chateada e profundamente farta das intrigas dos dois. “Não vou mais tolerar esse tipo de comportamento, e como punição estão em detenção por dois meses, todos os dias, irão cumpri-la com o zelador, prestando serviços a escola. E como medidas sócias educativa vão participar de um programa escolar, terão de aprender a conviver juntos e superar as suas diferenças de forma produtiva. Espero vocês amanhã aqui após a aula, para lhe dar maiores informações, e até lá espero que não haja mais nenhum desentendimento. Por hora é só podem se retirar.”

 

Sem perder tempo os dois saíram de lá apressadamente, nem ao menos olharam um para o outro, caminharam lado a lado até o salão, onde cada um seguiu para sua mesa. Harry estava à mesa apreensivo pela demora da amiga.

 

“É sério vou cometer assassinato contra aquele idiota.” Hermione protestava enquanto sentava-se a mesa.

 

“O que aconteceu? E quando faço essa pergunta quero saber desde o momento em que saiu para comprar a tortinha.” Harry fazia questão saber o que acontecia com a sua amiga.

 

“É realmente uma longa história, espero de você Harry o mínimo de compreensão para esperar até amanhã, será quando eu estarei calma o suficiente para lhe dizer, mas é claro isso só será possível não sei em que horas porque estou em detenção por dois meses, tem noção do que é isso, estou a ponto de matar o primeiro que passar na minha frente.”

 

Harry apenas observou a raiva nas palavras da amiga. Até Rony se pronunciar:

 

“Não é para menos você e o Malfoy quebraram um recorde, levaram a primeira detenção do ano, Harry e eu nunca levamos uma detenção tão rápida nem mesmo no segundo ano.”

 

Hermione apenas deu aquele olhar para o ruivo, um olhar do tipo cala essa boca, ou eu mesma farei isso.

 

O banquete estava sendo servido aos alunos, na mesa da Sonserina Pansy reclamava por Draco:

 

"Como aquela ridícula projeção de bruxa ousa lhe atacar? Ah Draquinho deixa comigo ela vai se arrepender e muito."

 

"Pansy cala essa boca por um instante, pode ser? Quanto a Granger deixe que eu resolva isso."

 

A noite acabou com o nascer de mais um belo dia de sol. Na torre da Grifinória não era diferente, aos poucos os alunos iam aparecendo na sala comunal. Harry e Rony conversavam no quarto antes de descerem.

 

"Rony, ainda não entendi o que aconteceu entre vocês dois, até onde eu sabia a Hermione sempre foi apaixonada por você e vice versa."

 

"Eu também achava isso, mas ela me rejeitou, disse que poderia acabar com a nossa amizade e que se um dia tivéssemos que ficar juntos o destino cuidaria disso. Em outras palavras ela me deu um fora."

 

"Durante um longo tempo eu pensei nisso, de que caso vocês não se acertassem estragariam nossa amizade, como no sexto ano. Não pensei que ela tomaria essa decisão. Sem ao menos dar uma chance.”

 

“Tudo bem, eu gosto dela de verdade, mas não vou pressioná-la, se ela quiser vai acontecer naturalmente.”

 

“Precisamos ir ou nos atrasaremos.”

 

Desceram até a sala comunal, onde encontraram Hermione ainda mal humorada, pelo dia anterior.

 

“Bom dia Mione.” Disseram em coral.

 

“Bom dia meninos, me desculpem por ontem eu acho que perdi o controle da situação.” Hermione passava de uma expressão de raiva para uma emburrada.

 

“Está tudo bem, isso acontece até mesmo nas melhores famílias. É o que somos uma família.” Harry apressou-se para um abraço com os amigos.

 

“Mesmo sendo uma família isso não me dá direito a descontar minha raiva em vocês. Prometo tomar mais cuidado.”

 

“Mione o Harry já disse tudo, não se preocupe. Agora vamos tomar um café da manhã bem reforçado, porque é o primeiro dia de volta as aulas e hoje vai ser um dia daqueles.” Rony estampava um enorme sorriso, passando confiança aos amigos.

 

“Vamos lá, Rony lembre-se de que está de dieta.” Harry dizia fazendo os amigos rirem.

 

“Hei! Não vão me esperar não?” Era Gina que acabara de chegar.

 

“Por mim não.”

 

“Gina deixa o Rony pra lá. Meninos costumam ser esquecidos.”

 

“Poxa, mas até o menino meu namorado?” Gina fazia biquinho emburrado para Harry.

 

“Desculpe querida, prometo que não vou mais esquecer.” Dizia enquanto beijava Gina.

 

“Mione acho melhor irmos logo, a coisa aqui vai ficar melada. E hoje o único melado que quero é o que vou por na minha panqueca.”

 

“Então vamos.”

 

Os dois foram conversando como sempre costumavam fazer, chegaram ao grande salão e foram tomar o café da manhã. Hermione comia seu cereal, enquanto Rony comia tudo o que podia.

 

“Mione vai ter aula de que agora?”

 

“Runas Antigas e você?” Hermione erguia a cabeça para encará-lo.

 

“Poções, espere tem uma coisinha aqui.” Indicava o amigo tocando-lhe a bochecha para tirar o que estava em seu rosto. Isso desconcertou um pouco a garota, ele não a tocava desde que havia levado um fora cruel dela. Ele percebendo a situação sentiu-se extremamente embaraçado. “Desculpe é que tinha uma coisinha, bem eu só tirei, é... Tenho que ir agora.” O rapaz saiu tão apressado sem terminar seu café da manhã.

 

Do outro lado do salão olhos azuis acinzentados, observava a cena, seu olhar era tão frio, gélido. Não gostava nada do que via. Mas quem era ele para gostar ou não do que via. O dia letivo transcorreu normalmente. Draco estava indo em direção a sala da diretora, quando virou o corredor e deu de encontrão com ninguém menos do que a causadora de seus problemas.

 

“Por que não olha para onde vai... Está chorando?” Hermione estava com os olhos vermelhos, e pequenas lágrimas escorriam por sua face. A pergunta pegou os dois de surpresa, ele não acreditava no que havia perguntado, ela não acreditava em quem havia perguntado.

 

“Não, é só, nada.”

“O seu nada parecem lágrimas.”

 

“Não é da sua conta o que parece ou deixa de parecer.”

 

“Não seja insolente, estou aqui perguntando se está tudo bem.” Hermione não estava mesmo entendendo o que se passava ali, Draco menos ainda.

 

“Não é nada demais.”

 

“Certo, então vamos para a sala da diretora.”

 

“Droga havia me esquecido.” Os dois em silêncio foram para lá. Ao bateram na porta a diretora mandou que entrassem.

 

“Boa tarde senhorita Granger, e senhor Malfoy. Pontualmente no horário, excelente. Mas antes de tratarmos do assunto combinado, quero lhes dizer que o ministério já está a par do que ocorreu ontem no expresso para Hogwarts e em breve serão chamados para depor, como testemunhas, mas ainda estão abrindo inquérito.”

 

“Desculpe, mas está querendo me dizer que isso se tornará público?”

 

“Com certeza senhor Malfoy não haverá possibilidade de manter o caso em sigilo.”

 

Draco no momento percebeu então que todos saberiam que ele a defendeu, levou uma maldição em seu lugar. Não poderia manter seu mascara por muito mais tempo.

 

“Como eu ia dizendo anteriormente, os senhores terão uma atividade a fazer, na verdade se trata de uma terapia. O ministério da educação está adicionando métodos trouxas no ensino, vocês serão submetidos a um acompanhamento psicológico, uma vez por semana terão encontro com um medi-bruxo especializado no assunto. Vou chamá-lo a agora para apresentá-los. Só um minuto, por favor.” A professora se ausentou da sala para chamar o medi-bruxo.

 

Malfoy escandalizou:

 

“Um medi-bruxo, era só o que me faltava, pareço estar doente agora. Isso é um absurdo.” Hermione sentia o mesmo, mas por momento preferiu não se expressar. “Granger isso é tudo culpa sua, se não tivesse sido tão agressiva, não teríamos que aturar isso.” Levantou-se da cadeira em que estava olhando furioso para a garota.

 

“Culpa minha? Foi você quem se intrometeu onde não devia que isso lhe sirva de lição.” Ela também se levantara.

 

“Lição, estamos sendo tratados como doentes mentais.”

 

“Pra você não difícil, já é um.”

 

“Ora sua...”

 

“Mas o que é isso, agora você vê o que estou dizendo esses dois brigam mais que cão e gato, piores do que crianças mimadas e birrentas. Doutora Izzobel Stevens esses são Draco Malfoy e Hermione Granger. Eles serão seus pacientes a partir de hoje.”

 

Doutora Stevens era uma senhora que aparentava ter uns 30 anos, seus cabelos eram encaracolados e loiro, aparência jovial, seu rosto angelical possuía traços delicados, seus olhos eram azuis lazúli e destacavam-se em sua pele clara. Vestia roupas negras, que lembravam certo professor.

 

“Boa tarde, como vão?” Sua voz era misteriosa, exercia poder sobre eles.

 

“Bem obrigada, prazer em conhecê-la doutora.” Draco não respondeu apenas ficou calado, sentia se sufocado na presença dela.

 

“O prazer é todo meu querida. Bom eu não quero ocupar hoje muito do tempo de vocês, apenas precisamos marcar um melhor horário para nossos encontros, e então algum palpite?” Ela esperou pacientemente, mas nenhum deles demonstrou uma reação de interesse. “Bom nos veremos então todas as sexta-feira, às 17 horas.”

 

“Eu disponibilizei uma sala no segundo andar para que possam se organizar.” Professora McGonagall se manifestou.

 

“Se não forem precisar de mim ainda hoje, eu vou me retirar, pois tenho detenção a cumprir.” Draco disse rispidamente a diretora.

 

“Já podem se retirar.”

 

Os dois saíram de lá literalmente correndo não por causa da detenção, mas pelo alivio de saírem da presença daquela misteriosa doutora. Quando finalmente pararam viram que estavam correndo juntos.

 

“É sério eu vou pirar se tiver que passar mais um minuto na companhia dela.” Hermione para surpresa de Draco concluirá sozinha.

 

“Nem me fale, temos que dar um jeito nisso. Precisamos de um plano, um que seja infalível.”

 

“Podíamos fazer uma denuncia no diário profeta. Dizer que estamos sendo tratados como loucos.” Ela não acreditava nas próprias palavras.

 

“Faz sentido, mas não parece ser eficaz. Tive uma idéia melhor, podíamos ser insuportáveis para ela, teremos que enlouquecê-la, ela desiste dessas seções e ficamos livres.” Já estava sentindo orgulho de sua idéia quando ela chamou sua atenção.

 

“Ah é, e o ministério mandaria outro em seu lugar, não entende, teria que parecer a solução dos nossos problemas, só assim ela nos deixaria em paz.” Foi então que em um ato de insanidade ele teve A idéia.

 

“Toparia qualquer coisa para acabar logo com isso?” Hermione o olhou assusta, temia pelo que vinha de seus devaneios. Insana respondeu:

“Sim, tudo.” Não podia acreditar, não sabia de onde vinham essas palavras. Draco também não sabia de onde tirou aquela idéia absurda, mas elas escapavam de sua boca.

 

“Vi um filme trouxa uma vez, ano passado, no filme havia dois alunos de uma escola que se odiavam e por uma aposta ele a conquistou, mas no final se apaixonaram e ficaram juntos.” Hermione o observava sem entender nada do que ele queria dizer.

 

“Mas no que o filme vai nos ajudar?”

 

“Não entende, a solução do nosso problema, é tão obvia, embora ridícula. Temos que mostrar para todos que nós nos damos bem agora, que nós estamos juntos.” As duas últimas palavras saíram como se fossem uma blasfêmia.

 

Hermione estava incrédula com o que acabara de ouvir, nunca cogitara tamanha barbaridade.

 

“Isso é impossível, eu não...”

 

“Vamos Granger, acha que isso seria fácil para mim, eu apenas quero ficar livre disso tudo, vamos acabar logo com isso. Encare isso como um desafio, seremos vitoriosos se nos livrarmos dessa idéia maluca do ministério. E então topa?”

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai gostaram? Não? Tem dicas? Opinião?

Deixe um Review e faça um autor feliz!

Bj's a todos!