Senhor Malfoy está me dizendo que o acusa dessa maneira porque está com ciúmes da senhorita Granger?”Ela perguntava divertida”.

“O que? Não é isso, a senhora devia ver o que estou lhe falando. Veria que é verdade.”

 “Senhor Malfoy não diga bobagens, esses garotos são amigos desde sempre, não seria possível que o senhor Weasley viesse a fazer tamanha ação contra a senhorita Granger.”

“Vejo que a senhora não pode mesmo ajuda-la, pois faça como quiser então, eu tomarei uma atitude.”

“Senhor Malfoy devo adverti-lo de que se fizer algo de errado terá de arcar com as conseqüências de seus atos.”

Draco mal esperou o que a diretora tinha para lhe falar e foi procurar uma pessoa que pudesse ajudá-lo. Estava tão apressado que acabava por esbarrar em muitas pessoas que estavam espalhadas pelo salão de dança. Algumas reclamam e outras proferiam palavras de raiva, mas uma em especial lhe chamou a atenção.

“Sua cabeça de doninha albina, por que não olha por onde anda?” É claro que palavras tão doces só poderiam ser obra de Gina Weasley. Quando Draco virou-se para chamá-la foi fuzilado com os olhos pela garota dos cabelos de fogo.

“Gina Weasley era quem eu estava procurando, veio em boa hora.”

“Malfoy, pare de falar como se fosse um velho. E diga logo o que quer?”

“Velho é o seu tio banguela do peito murcho, e o que tenho pra te dizer é sobre sua amiga, se puder me acompanhar até um lugar mais particular.”

“Olha aqui se quiser falar comigo é melhor parar de falar do meu tio Benny.”

Caminharam até um canto mais afastado do salão, havia pouca luz e poucas pessoas também.

“Diga logo Malfoy, pois tenho que aproveitar minha noite com o Harry.” Gina cruzou os braços sobre o peito enquanto batia com o pé direito no chão.

“Pois bem, quero saber por que é que você não fez nada para impedir seu irmão de enfeitiçar a Hermione.”

“Enfeitiçar quem?”

“Hermione!”

“Não seja burro Malfoy, meu irmão não consegue enfeitiçar nem mesmo um rato velho, quem dirá Hermione Granger a sabe tudo de Hogwarts. E para começar ela nem mesmo está aqui hoje, há esta hora ela já deve estar a muito tempo em Londres.”

“Londres, não seja tola, Hermione está no baile, eu a vi e falei com ela. E por um acaso ela está enfeitiçada.”

“Não pode. Ela está em Londres, me despedi dela essa manhã bem cedinho.”

“Por que ela deveria estar em Londres?”

“Assunto dela, se ela não te falou não sou eu quem vai dizer. Se não tem outro para você amolar eu já vou indo...” Ela saiu em direção ao centro do salão, mas Draco a deteve pelo braço. “Olha aqui eu já disse...”

“Se não acredita em mim, quem é aquela garota então?” Draco apontava para uma Hermione aérea rodopiando no meio das pessoas.

“Tem certeza que é ela? Parece que foi drogada”.

“É ela, e não foi drogada, foi enfeitiçada.” Gina deixou draco pra trás e correu até Hermione.

“Hermione o que é que você está fazendo aqui, deveria estar em Londres, tem noção...”.

“Por Merlin! Cale essa boca Gina!” Gina espantou-se com a autoridade de Hermione.

“Olha aqui se você acha que pode falar assim comigo...”.

“Qual é o seu problema?! Vê se me esquece mala.” Hermione deu as costas pra uma Gina muito irritada, que a pegou pelo braço e a arrastou pra fora do salão. Hermione foi rebocada contra sua vontade para um corredor deserto do castelo.

“Gina Weasley, o que acha que está fazendo?!”

“Estou salvando você, não acredito no que vou fazer, mas é preciso.” Ao dizer isso Gina sacou sua varinha e simplesmente estuporou a amiga. Hermione caiu feito um pacote flácido no chão. “Aposto que esse tombo vai doer quando você acordar.” Gina a arrastou até uma sala vazia e a trancou por lá.

Draco apareceu aflito no corredor.

“Finalmente a encontrei, cadê a Hermione?” Ele olhava para todos os lados em busca de sinal da garota.

“Digamos que ela está segura, agora vamos procurar descobrir o que anda acontecendo neste castelo, parece que ta todo mundo doido por aqui.”

“Começando pelo seu irmão cabeça de fósforo, não é?!” Draco destilava ironia.

“Olha só Malfoy se vai querer minha ajuda é melhor parar com esse seu tom irônico. Antes que eu lhe dê um sumiço.” Draco espantou-se com o tom ameaçador de Gina.

“Por que tenho a impressão de que você fez algo de errado com a Hermione?” Ele perguntou sarcástico.

“Impressão sua, agora vamos logo.”

Caminharam apressados procurando por Rony. O estranho era não encontra-lo em lugar algum do baile. Gina que estava acompanhada de seu namorado Harry, havia se esquecido dele, a essa hora Harry já procurava Gina pelo salão. E encontrá-la andando com Draco Malfoy, não o agradou muito.

“Gina onde estava te procurei por todo canto. O que o Malfoy está fazendo com você?” Ele perguntou duro.

“Harry temos problemas.”

“Diga-me quando é que não temos...”.

“É sério!” Gina retrucou autoritária. “Hermione está aqui...”.

“Mas ela não devia estar em Londres há essa hora?” Harry perguntou.

“Mas que droga! Será que somente eu não sabia que ela estaria em Londres.”

“Ela não te contou?” Harry perguntou um tanto surpreso por ele não saber.

“Parem os dois, Malfoy você resolve isso com ela depois. Agora Harry preste atenção. Hermione foi enfeitiçada, achamos que foi o Rony, o procuramos por todo canto, mas nem sinal dele.”

“Acha mesmo que o Rony faria uma coisa dessas com ela?” Harry estava incrédulo com essa possibilidade absurda.

“Eu gostaria que realmente não fosse verdade, mas o Ron a cada dia que passa ele dá sinais de que mudou e temo eu que pra pior.” Gina respirava fundo para que o choro preso em sua garganta não escapasse afinal ela era uma garota forte, dura na queda.

“Primeiro de tudo temos de encontrá-lo.” Harry tomava as rédeas da situação.

“Teria um enorme prazer de encontrá-lo...” Draco estava visivelmente com ódio de seu rival. Harry logo o cortou para adverti-lo.

“Malfoy, quando o encontrarmos vamos agir como pessoas maduras que aparentamos ser. Ninguém vai matar ninguém. Se não puder se controlar, acho melhor voltar e aproveitar o baile.”

“Ninguém vai matar ninguém, não essa noite. Vou com vocês e não queiram me dizer o contrario.”

Eles se separaram e foram procurar por Rony. Draco desistiu de procurar dentro do castelo e saiu para o jardim. A essa altura da estação ele estava todo encoberto de neve, pra não falar do frio que fazia lá fora. Por um segundo ele se arrependeu de ter saído pra procurar fora do castelo, mas logo sorriu vitorioso ao avistar uma cabeça vermelha correndo pela neve a uns cem metros dele.

Rony não estava só, ele corria atrás de Pansy Parkinson. Tudo começou quando Rony estava no salão do baile com Hermione, ele havia ido buscar uma bebida para eles, teria voltado se não tivesse encontrado Izzobel Stevens.

Desde então tudo parecia uma loucura sem fim. O lance era que Izzobel Stevens tinha uma pessoa infiltrada no castelo, além dela mesma. Pansy Parkinson era o que podíamos chamar de capanga, o problema era que Pansy estava cansada de fazer tudo o que ela mandava, mas Pansy sabia demais. Drª. Izzy precisava dar um fim nos fios soltos do seu plano e para isso ela usaria ninguém menos do que Rony Weasley.

Rony procurou por Pansy no baile, quando a encontrou ficou ao redor espiando seus passos, esperou que ela dançasse com Blaise, quando ela saiu para mais afastado das pessoas ele a seguiu. Quando Pansy percebeu que estava sendo seguida começou a andar depressa, e logo estava correndo. O problema de ficar desesperado é que não se percebe as burrices que fazemos. Pansy correu por alguns corredores deserto e cometeu a tolice de sair do castelo, onde há essa hora não havia ninguém que pudesse ajudá-la.

Quando Rony finalmente a alcançou, ela perguntou:

“Weasley o que você quer?” Rony a olhou divertido.

“Eu quero aproveitar o baile, mas como existem certos inconvenientes, cá entre nós a Drª. Izzy não anda feliz com seus serviços prestados a ela.”

“Ela deveria me agradecer pelo que tenho feito.”

“Na verdade ela está insatisfeita com você, tudo o que você tem feito é enrolá-la, e ela quer resultados Parkinson.”

“O que você vai fazer vai me matar?”

“Olha pra dizer a verdade, eu vou.” Rony sorria assassino.

O que se seguiu foi uma série de ataques de Rony, Pansy se defendia de todas as formas possíveis, até finalmente conseguir correr com Rony em seu encalço. Draco avistou Rony e saiu em seu encalço também. Rony desarmou Pansy e aquele seria seu fim, mas Draco interveio.

“Expelliarmus.” Desarmou o garoto dos cabelos ruivos, mas ele não contava que Rony possuísse duas varinhas. E contra-atacou Draco, deixando-o desarmado, ele estuporou Pansy para que ela não fugisse e avançou em seu adversário.

“Malfoy por que é que está sempre se metendo onde não é chamado?” Rony apontava firmemente sua varinha na garganta de Draco.

 Nesse meio tempo Harry e Gina se reencontraram no salão, desanimados por não encontrarem Rony.

“Gina, onde é que a Hermione está?” Harry perguntou casualmente.

“Bem, digamos que eu coloquei fora de combate, para própria segurança dela.” Harry se assustou com as palavras dela.

“Gina, agora me diga exatamente o que você fez?”

 “Bem Harry, eu estuporei ela, roubei a sua varinha e a tranquei numa sala.”

“Fez tudo isso?!” Ele estava incrédulo novamente.

“Ah, eu também coloquei o feitiço abafiatus na sala para que ninguém a encontrasse.”

“Gina vamos agora até aquela sala tira-la de lá.”

Os dois caminharam até o corredor, onde Gina destrancou a porta e encontraram uma Hermione furiosa batendo na porta. Quando hermione avistou Gina quis esganá-la.

“Parem as duas!” Harry gritou e as duas pararam no mesmo instante. “Gina agora vamos desenfeitiçá-la e voltar a procurá-los.”

“Desenfeitiça-la?”

“É claro, não sei onde você estava com a cabeça quando a trancou aqui, quando poderia desenfeitiçá-la.”

“Pensando desse jeito.” Gina deu de ombros. Harry desenfeitiçou a amiga e Gina devolveu a varinha a amiga.

“Mas será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?” Hermione parecia perdida no tempo espaço. “O que é que estou fazendo com um vestido e... mas que droga eu devia estar em Londres. É melhor alguém me explicar o que está acontecendo aqui?!” Ela encontrava-se visivelmente irritada.

Enquanto procuravam Rony e agora Draco, eles explicaram o que sabiam para Hermione que ficou chocada ao lembrar-se do fato de ter sido enfeitiçada por Rony. Desistindo de procurarem juntos eles novamente se separaram, Hermione depois de procurar em todos os lugares que se lembrava saiu para o frio jardim. Ela ouviu estampidos de feitiços e saiu em direção ao barulho.

Rony estava fora de si, preparava-se para atacar Malfoy. Quando sentiu algo lhe atingindo a cabeça. Rony rodopiou e caiu no chão, lutando para permanecer acordado. Pansy havia acordado e atingiu Rony com uma pedra, assim que ele caiu tomou-lhe a varinha sem dar tempo para que Draco pudesse fazer algo.

“Pansy o que é que está acontecendo aqui?” Draco perguntou confuso.

“Tudo isso Draquinho é culpa sua! Por que a escolheu?! Eu te dei todo o meu amor, podíamos ser muito felizes juntos. Você estragou tudo por uma sangue-ruim.” Pansy cuspia cada palavra para fora de seu coração.

“Não a chame assim Pansy.” Gritou com ela, mesmo estando em desvantagem.

“Tudo isso é sua culpa. Tudo isso!” Ela gritava em resposta. “Agora vamos acabar logo com isso!”

Hermione chegou e deparou-se com uma cena um tanto incomum, Rony estava jogada no chão aparentemente desacordado, Pansy com a varinha apontada para a garganta de Draco, estes não pareciam ter percebido a presença dela no local. Tudo o que pode fazer foi azarar a garota histérica. Draco pegou sua varinha e virou-se a tempo de ver uma figura apontando a varinha para Hermione.

“Hermione corre!”

Mas não ouve tempo e logo Hermione rolou morro abaixo, atingida pelo feitiço. Draco correu em sua direção e para sua surpresa e foi surpreendido pela pessoa que atingiu Hermione.

“Temos contas a acertar querido.” Ela sorria com desdém para o garoto que não entendia nada do que estava acontecendo ali, afinal quem realmente era Izzobel Stevens?