Depois do jantar ficamos conversando na sala de visitas por uma meia hora, até que resolvi que estava tarde e precisava ir, ainda tinha que procurar Blue, Edward se ofereceu pra me ajudar, então me despedi de todos e saímos em direção ao meu carro. Ele deu um assovio alto, pra chamar Blue, que logo apareceu e ficou pulando nele todo feliz.

   - Pode começar a falar Edward. O que aconteceu pra você ficar com essa cara? – perguntei logo de cara, a ansiedade pra saber estava me consumindo.

   - Vamos entrar no carro pra ninguém escutar. – destravei as portas ele abriu a minha porta, Blue entrou primeiro depois eu, ele deu a volta e entrou.

   - Amor não quero que fique brava, mas surgiu um complicação. Eu achei que ia ser fácil, mas me enganei.

   - Para de enrolar e fala logo. – me deixava angustiada essa demora.

   - Certo. Eu conversei com Tânya sobre terminar logo com essa farsa de eu ser o pai do filho dela, e ela não queria aceitar de jeito nenhum, começou a chorar fazendo o maior drama. Falei pra ela que estava namorando e que não podia continuar com isso, pois me prejudicaria então ela quis saber quem era e eu não disse. Ela disse que sabia quem era minha namorada e começou a tentar me seduzir, eu fiquei muito irritado com isso e falei que ela querendo ou não ia contar tudo para os pais dela já que ela estava agindo de má-fé comigo, daí ela começou a chorar de novo e começou a dizer um monte de coisas, tipo que era apaixonada por mim, que só ficou com Paul pra me fazer ciúme, pois ela via que eu não lhe dava muita atenção, que quando ficou grávida viu a chance de me fazer ficar com ela, por isso disse que o filho era meu. Fiquei estupefato com as declarações dela, não podia acreditar que ela era apaixonada todo esse tempo. – revirei os olhos, a coisa mais fácil do mundo era se apaixonar por Edward, ele era perfeito demais.

    - Perguntei pra ela porque disse a você que íamos casar, e ela disse que sabia que agora que você tinha voltado eu ia correr atrás de você como um cachorrinho, que sempre soube que era de você que eu gostava, pois quando transávamos era seu nome que eu gemia, nunca o dela, então ela resolveu deixar claro pra você que eu não estava livre, já que ela tinha esperança que eu ficasse com ela de vez. Disse que sabia que era você a pessoa que estou namorando. Disse também que nunca teve intenção de me liberar da promessa que fiz pra ela sobre guardar segredo que o filho não era meu, então fiquei irado com ela, fiquei tão nervoso que quase fiz uma besteira, minha vontade era bater nela, mas me controlei.

“ Comecei a pressioná-la dizendo que ia contar tudo aos pais dela naquele momento e aumentaria os fatos, e me passou pela cabeça que o novo o endereço do Paul que ela me deu poderia não ser verdadeiro, pois se ela tinha mentido sobre tantas coisas, poderia esta mentindo sobre isso também. Ela ficou com medo e acabou revelando que ela sempre soube o endereço dele, que me passou um falso.”

   - Eu vou agora acabar com a raça daquela sirigaita. – disse possessa da vida - Como pode uma pessoa ser tão dissimulada.

   - Eu sei amor, mas fica calma agora tenho o endereço dele e vou dar um jeito dele saber, acho que ele gosta dela na verdade, pois ela falou que ele sempre ligava pra ela, mas ela o dispensou e nunca disse que estava grávida, talvez quando ele souber fique até contente.

   - Certo, mas qual era a complicação que você falou, pois até agora entendi que foi uma solução, você descobriu todas as mentiras que ela contou e isso é ótimo não é? Então qual é o problema se nada mais te prende a ela? – Edward me olhou com cara de quem estava ponderando o que ia falar OMG o que era agora?

   - Meu amorzinho não fica nervosa, mas eu preciso ir para Phoenix falar pessoalmente com Paul, então vou ajeitar minha agenda pra poder viajar no próximo fim de semana, e hoje já e quinta-feira. – que alívio, era só uma viagem tudo bem ficar uns dias separados, o importante era resolver a situação.

   - Sem problemas cowboy, não vejo dificuldade nenhuma de você viajar – sorri toda sensual pra ele – Estarei aqui te esperando de braços abertos. – e abri os braços pra demonstrar.

   - Mas tem um detalhe amor. – disse ele meio apreensivo, fechei os braços e semicerrei os olhos pra ele.

   - Que detalhe, e fala sem enrolar, seja direto?

   - Tânya vai comigo.

   - O QUÊ? – gritei e fiquei de boca aberta e olhos arregalados pré ele.

          Não podia acreditar que Edward tinha me aprontado uma coisa dessas. Viajar com Tânya era o cúmulo, eu não podia admitir isso. Tenho certeza que Tânya estava aprontando mais uma, e o bobinho do meu namorado estava caindo como um patinho.

          Depois do meu grito, Edward se encolheu todo no banco, até Blue começou a choramingar, deviam estar achando que eu estava possuída. Mas eu estava mesmo, possuída de ódio daquela mulher. Eu não ia deixar isso acontecer, não ia entregar Edward de mão beijada pra ela. Não mesmo.

   - Escuta aqui Edward, e presta bastante atenção, tá pra nascer a Isabella que vai deixar você viajar sozinho com a Tânya, tá entendendo, tá pra nascer. Eu não admito isso, jamais. Porque ela tem que ir também? Você pode resolver sozinho.

   - Mas amor eu preciso encontrar o Paul e ela quer ir, pois vai ficar lá com ele. Ela disse que antes da viagem ela ia contar tudo pra família dela, assim quando eu voltasse já poderia seguir com a minha vida normal. É tudo que eu quero meu amor ficar sem vínculos com ela e assumir você pra todo mundo.

   - Amor coisa nenhuma Edward, como você é ingênuo. Você acha mesmo que ela vai contar tudo pra família dela antes de ir? Ela vai é dar um jeito de te dar o golpe, vai dar um jeito de você não voltar mais. E você ainda quer que eu fique calma. – e só de pensar que ela podia fazer isso mesmo meu coração perdeu um compasso.

   - Princesa, por favor, seja razoável.

   - Razoável? Pelo amor de Deus Edward, é você quem não está sendo. Eu apenas estou zelando pelo nosso relacionamento, mas pelo jeito não significa muita coisa pra você. – sei que dramatizei um pouco, mas eu tinha que tentar tudo que pudesse.

   - Não diga isso Bella. Você sabe que nada é mais importante que você. É pelo nosso bem que vou fazer esse sacrifício, se tivesse outro jeito eu faria, mas não tem. Por favor amor confia em mim.

          Eu confiava nele, mas não confiava nela, e Edward é muito “bom samaritano”, sempre quer ajudar e se ele já está nessa enrascada com ela, sabe-se lá o que mais ela poderia aprontar. Não podia permitir que ele se afastasse de mim. Fiquei olhando séria pra ele, com os olhos ele me implorava pra acreditar que esse era o único jeito, mas ai uma idéia surgiu em minha mente ele não precisava viajar sozinho.

   - Tudo bem cowboy você pode viajar, mas com uma condição.

   - Qualquer uma amor, o que você quiser eu faço, mas preciso ir. O que você quer?

   - Simples, eu vou junto com você. – como eu não tinha pensando nisso antes, tudo bem que meus pais iriam querer saber por que alguns dias depois de chegar eu precisaria viajar e ainda mais junto com Edward, mas podia inventar qualquer coisa, tipo um congresso, um seminário, afinal ele também é veterinário.

   - Bella amor, não é que eu não queira sua companhia, mas não há necessidade de você se ausentar agora, acabou de voltar precisa começar seu trabalho na fazenda, sem dizer que seus pais vão pensar o que de você viajar comigo.

   - Amor da minha vida – disse toda amorosa e Edward abriu um sorriso imenso e disse que eu nunca chamava ele de amor. Ok eu precisava mudar isso, ele era mesmo meu amor. – Eu entendo tudo que você disse, mas já pensei em tudo, eu voltei há poucos dias, mas agora moro aqui não estou passeando, então posso viajar quando quiser. E quanto o que meus pais vão pensar sobre eu estar viajando com você, eu tenho um plano. – Sorri.

   - Que plano?

   - Vou dizer que vamos viajar pra um congresso ou palestra ou curso, qualquer coisa, vou pesquisar na internet se está tendo algum evento por lá, se não tiver eu crio um.

   - Você acha que ele vão cair nessa amor? Não acredito que meus pais caiam.

   - Se eles não caírem não tem problema, pois não vão me impedir de ir. E se Tânya vai mesmo contar tudo pra família dela antes de ir, então quando voltarmos poderemos abrir o jogo pra nossos pais, pois já vai estar tudo resolvido. Por isso antes de ir você precisa se certificar que ela contou tudo pra família dela, viu.

   - Com certeza, faço questão de estar presente na hora que ela falar para os pais dela, quero ver por mim mesmo.

   - Então está resolvido, sexta-feira que vem vamos pra Phoenix juntos. – eu disse feliz.

   - Bem agora que resolvemos tudo e você não está mais brava comigo, posso te beijar? Estou querendo fazer isso desde a hora que te vi na sala de jantar de casa, aliás, foi uma ótima surpresa chegar em casa e te encontrar. – pediu todo carinhoso. Eu ainda morro com esse homem, juro.

   - Você não merece, pois me irritou muito em pouco tempo, mas eu mereço. – falei e ataquei aquela boca maravilhosa. Eu nunca me saciava de beijar Edward, era sempre incrível. Agarrávamos-nos cada vez mais, e eu comecei a me excitar. Edward subiu a mão que estava na minha cintura pra tocar meu seio esquerdo por cima da camiseta, e na hora os senti ficarem rígidos, foi uma sensação incrível.

          Ele me acariciava, apertava um pouco e eu me deliciava, ele baixou a mão e a colocou debaixo da camiseta, chegou até meu sutiã e me tocava por cima dele, depois o abaixou  um pouco e me tocou a pele, apertava o bico do meu seio entre o polegar e o indicador, acariciava fazendo círculos com o polegar depois cobria ele com sua mão e eu já estava quase desfalecendo, a sensação era demais.

          Eu não era nenhuma puritana, já tinha sido tocada intimamente e tinha tocado também, mas ainda era virgem e por mais que nesse momento tudo que meu corpo queria era que Edward intensificasse as carícias, minha mente dizia que perder a virgindade dentro do carro não seria legal, e isso poderia acontecer se ele continuasse me beijando e acariciando do jeito que estava.

   - Amor, por favor, é melhor pararmos alguém pode chegar. – minhas palavras não tinham firmeza alguma, Edward continuava me tocando, começou a me beijar o pescoço e falar.

   - Tudo bem amor eu vou parar, é que você me enlouquece demais. Eu te desejo tanto, que é quase impossível não querer te tocar em todos os lugares. – disse e chupou o lóbulo da minha orelha. Eu perdi de vez minhas forças.

   - Edward querido, não faz isso que agora sou eu que estou louca. – ele começou a rir baixinho no meu ouvido, me deu mais um beijo e se afastou.

   - Eu te amo demais Bella.

   - Eu também te amo Edward. – ficamos nos olhando e sorrindo. Ele veio e me deu mais um beijo.

   - Vou entrar antes que minha mãe ou Alice venham aqui ver o que estamos fazendo.

   - Se elas já não viram né, nem sei quanto tempo ficamos de amasso aqui dentro. – ele deu risada, pegou meu cabelo entre os dedos cheirou e começou a brincar com eles.

   - Você cheira tão bem. Isso também me atrai, fico excitado só de sentir    seu perfume. – Pela primeira vez em muito tempo corei. Como ele me dizia uma coisa dessas.

   - Para de me falar essas coisas senão te levo pra minha casa, pra dormir na minha cama.

   - Eu adoraria. – disse e começou a rir. – É melhor eu ir, não vou poder te ver amanhã pra começar a preparar minha agenda, mas te ligo tá?

   - Vou esperar. – me deu mais um longo beijo e saiu. Veio até a janela do meu lado.

   - Vai com cuidado amor, e me liga quando chegar. – me deu um selinho – Amo você, não se esqueça nunca.

   - Não vou esquecer. Também amo você. Tchau. – dei partida no carro e Blue latiu pra Edward, tinha até me esquecido que ele estava aqui tinha ficado tão quietinho. Manobrei o carro e saí, buzinei pra Edward que acenou pra mim.

          Fiz o caminho até em casa rapidamente, meus pais estava acordados assistindo TV, contei a eles o meu dia excluindo lógico a parte sobre o amasso no carro com Edward, fui pro meu quarto me preparar pra dormir  planejando minha viagem no fim da outra semana. Estava um pouco inquieta, tinha o pressentimento que alguma coisa ia acontecer nessa viagem. Que Deus me ajudasse a não cometer nenhuma loucura tipo, assassinar Tânya.

Continua...