As Ruínas de Shinto escrita por Tatatorterra


Capítulo 6
Surpresas no Meio do Caminho




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Eu: Tatatorterra na área! Hora de mais um capitulo!

Slowking: Espero que eu apareça mais na história, hm...

Kenny: Dois.

Morrison: Três!

Vincent: Quatro!

Max: Cinco!

Eu: Ok, chega de brincadeiras! Jimmy, sua vez.

Jimmy: Tatatorterra não é dona de Pokémon.

Typhlosion: Typhlo typhlosion! (Que continue a história!)

  

As Ruínas de Shinto

 - Surpresas no Meio do Caminho -

 

No último capitulo, presenciamos uma tenebrosa reunião entre os maiores criminosos que esse mundo já viu. Também vimos a aparição do lendário Guardião dos Mares, Lugia, que, ao pressentir o perigo iminente, decide que chegou a hora do “Escolhido” agir.

Enquanto isso, Ash, Misty, e Tracey ficam sabendo da Pokéluta, competição única que acontece de tempos em tempos em Goldenrod. Eles decidem se desviar um pouco do objetivo da missão...

 

Após uma boa noite de sono e um saboroso café-da-manhã, nossos heróis decidem ligar para o Professor Carvalho para avisar sobre os novos planos.

“Hm... Então vocês querem participar da Pokéluta...” – falou Samuel através do videofone. Ele parecia pensativo, mas mudou de expressão e olhou o trio de forma tranqüila – “Por mim tudo bem, afinal será uma ótima oportunidade de batalhar com oponentes poderosos.” – ele começa a rir – “Sem falar que as ruínas não irão sair do lugar tão cedo!”

“Obrigado pela compreensão, Professor!” – responde Tracey.

“Algo me diz que vocês participariam de qualquer jeito... Agora tenho que ir, preciso fazer a inspeção matinal dos pokémons.”

“Certo, Professor.” – Ash – “Nós já vamos pegar a estrada também.”

“Assim que chegarem a Goldenrod, entrem em contato, ok? Até breve!”

Os três se despedem ao mesmo tempo e encerram a ligação.

 

Ash, Misty, e Tracey se dirigem ao balcão do Centro Pokémon, onde a enfermeira Joy do local os aguarda com seus pokémons, Pikachu incluso, todos totalmente recuperados.

“Aqui estão seus pokémons.” – Chansey entrega três bandejas com pokébolas para eles – “Apenas Charizard e Staraptor precisaram de maiores cuidados por causa da viagem, mas se recuperaram muito bem durante a noite e estão em plena forma.”

“Que bom.” – o treinador de Pallet fica aliviado por seus dois leais companheiros estarem bem.

“Você deve estar muito orgulhoso deles, Ash. A resistência física e as capacidades de recuperação são acima da média. Realmente são dois grandes pokémons!” – o garoto fica sem graça e coça atrás da cabeça.

“Acho que sim.”

Eles guardam seus pokémons enquanto Pikachu se acomoda no ombro de seu treinador. Após se despedirem da enfermeira, saem do Centro Pokémon. Ash pega as pokébolas de Charizard e Staraptor e as lança para o alto, liberando-os.

“Mais uma hora e meia de viagem e nós chegamos a Saffron.” – informa Tracey.

“Daí a gente espera o Brock no Centro Pokémon e então pegamos o próximo trem para Goldenrod.” – completa Misty. Ash vai até seus pokémons e os afaga.

“Apesar do que a enfermeira Joy disse, eu ainda estou um pouco preocupado com vocês. Será que conseguem chegar a Saffron sem problemas?”

Staraptor acena com a cabeça e bate a ponta da asa direita no peito. “Starrrrrrrraptor!” (Sem problemas!)

Já Charizard apenas faz ‘Hunf!’ e manda um Lança-Chamas em direção de Ash que, por muita sorte, desvia.

“Vou entender isso como um sim...”

 

No meio do oceano, a bordo do SS Sinnoh, entre Sinnoh e Johto.

O trio da cidade de Twinleaf está dando uma volta no deck do navio. Pela vigésima vez naquela hora, Barry faz a incômoda pergunta ‘Vai demorar muito para chegar?’ a Dawn e Kenny. É obvio que a paciência dos dois já tinha passado do limite...

“Barry, isso já está dando nos nervos, sabia?” – resmunga a coordenadora, enquanto seu amigo de infância completa.

“A Dee Dee tá certa, você tem que se controlar!” – Dawn dá um soco no braço direito de Kenny. “Já falei para não me chamar de Dee Dee!”

“É que eu estou muito ansioso! Quero chegar a Johto logo e sair desse navio sem graça...” – fala o treinador loiro, desanimado, enquanto olha para o oceano.

“Pelo visto você não muda...” – Kenny cruza os braços enquanto tenta entender a mente de Barry. Dawn, por sua vez, suspira e tenta animar o amigo apressado.

“Olha, Barry, você tem que controlar sua ansiedade. Isso pode te atrapalhar no futuro como treinador.”

“Você acha?”

“Eu também era assim...”

“E ainda é.” – Kenny a interrompe e toma outro soco. “Fica quieto! Como eu ia dizendo, por sempre querer que as coisas acontecessem de forma rápida e por causa do meu excesso de confiança, passei por muitos problemas e quase desisti de ser uma coordenadora.” – Barry olha para Dawn enquanto ouve atentamente o que ela diz – “O que eu quero dizer é que se você desacelerar um pouco, conseguirá olhar à sua volta e perceber o que está fazendo de errado. Assim poderá se tornar melhor como treinador e como pessoa também.”

O treinador fica pensativo e, após um breve momento, ele sorri para seus amigos.

“Eu vou tentar...”

“Nossa, você até parecia sua mãe falando, Dee Dee.” – diz Kenny, admirado. Logo em seguida, toma um terceiro soco.

“Já falei que...” – nisso, dois garotos passam correndo por eles, conversando animados:

“Será que a gente já perdeu muita coisa?”

“A batalha começou há pouco tempo! E parece que um dos caras participou da Liga Pokémon!”

“Liga Pokémon?!” – falam o trio de Twinleaf, surpresos, ao mesmo tempo.

Um dos garotos pára e olha para trás – “Tá tendo uma batalha pokémon  na proa do navio entre um dos passageiros com um membro da tripulação!” – e volta a correr em seguida.

Dawn, Kenny e Barry se olham, acenam com a cabeça e seguem os garotos. Ao chegarem ao local, eles tem uma grande surpresa: um Machamp e um Lucario estão se enfrentando em uma batalha feroz. De um lado está um marinheiro e do outro um garoto que eles conheciam muito bem. Dawn fica surpresa ao vê-lo.

“Eu não acredito...”

 

Hospital de Azalea, região de Johto. Três figuras – um homem, uma mulher e um pokémon de porte médio-baixo – estão totalmente enfaixados e deitados, cada um em uma cama. Praticamente só os olhos e a boca estão descobertas. Pareciam três múmias...

“Essa, sem dúvida nenhuma, foi a pior de todas as decolagens! Ai...” – fala o homem. A mulher tenta virar o rosto, mas não consegue devido à dor...

“Argh! Até agora não entendi o que aconteceu... Quando acordei já estava aqui...”

“Veja, o lado bom...” – o pokémon fala, mas os outros dois não se surpreendem – “Chegamos a Johto... Ui...”

“O Meowth tá certo, Jessie...” – fala o homem – “Mas voar do Mt. Silver até a cidade de Azalea foi extremamente perigoso...” – a mulher, Jessie, retruca: “Nem me fale James... Nem me fale...”

“Do Mt. Silver até Azalea... Um novo recorde...” – o pokémon gato de rua pensa alto. Nisso os três falam ao mesmo:

“A Equipe Rocket se dá mal de novo...”

A porta do quarto se abre. Uma enfermeira adentra o cômodo, checa os três pacientes e anota tudo numa prancheta.

“Pelo visto vocês já estão um pouco melhores desde a última vez que eu os chequei. Mas ainda levará um bom tempo para se recuperarem dos ferimentos.” – nisso, ela vai até uma mesa próxima a Jessie e pega um controle remoto – “Vou ligar a TV para vocês se distraírem um pouco.”

Ela aponta o controle, liga o aparelho de TV, e em seguida sai da sala. Começa a passar o boletim matinal de Sinnoh Agora com detalhes exclusivos do torneio Pokéluta. Ao termino do programa:

“E aqui termina o boletim matinal de Sinnoh Agora, direto de Goldenrod!” – Ronda – “Mais noticias em nosso boletim noturno ou a qualquer momento com o nosso plantão. Bom dia e continuem assistindo nossa programaç-AI!” – e um microfone cai sobre sua cabeça, encerrando de vez o programa...

De repente, como se tivessem tomado o mais potente dos analgésicos, os três se levantam e num único movimento se livram de todas as bandagens! Curiosamente, estavam vestidos normalmente por baixo das bandagens, com exceção de Meowth, é claro. Pareciam novos em folha!

“Não é hora de ficar relaxando aqui, enquanto todos os pokémons raros da região irão se reunir num único lugar!” – fala Meowth, com grande determinação, seguido de James.

“Isso mesmo! Nós somos a nova e melhorada Equipe Rocket! Nosso dever é roubar todos os pokémons poderosos para agradar nosso querido chefinho!”

“E não se esqueçam!” – Jessie – “Eu irei ganhar esse torneio como Jesselina!”

“Goldenrod, aí vamos nós!” – falam os três ao mesmo tempo enquanto saem do quarto do hospital. Mas então James se lembra de algo.

“Mas Jessie, e as ruínas?”

“Não se preocupe, James, conhecendo os pirralhos, eles vão fazer uma parada em Goldenrod também.”

“O pirralho mor é viciado em batalhas, se esqueceu?” – completa Meowth.

 

Enquanto isso Ash...

“ATCHIM!” – quase se desequilibra de cima de Charizard. Sorte que Misty o segura, para alívio de todos.

“Será que você está gripando?” – ela pergunta, preocupada.

“Tomara que não...”

 

De volta à Equipe Rocket...

“Mas como chegaremos a Goldenod? É um bom trecho daqui de Azalea até lá.” – pergunta o pokémon gato.

“E não se esqueçam que entre as cidades tem a tenebrosa floresta Ilex! Nós ficamos perdidos dentro dela por 10 dias, caso tenham esquecido!” – reclama James.

“Mime, mimime!” – concorda Mime Jr. mesmo sem entender nada... (E aparecendo do nada também...)

“E nosso balão já era...” – fala Jessie, desanimada, mas após um breve momento ela acha uma solução – “Situações drásticas pedem medidas desesperadas!” – então puxa um cartão negro com um grande ‘R’ vermelho de seu bolso.

“Não me diga que vai...” – falam seus companheiros espantados.

“Sim! Hora de pedir um adiantamento!”

E a Equipe Rocket vai passar fome de novo...

 

Em algum lugar acima das nuvens, o guardião lendário voava em alta velocidade, utilizando seus poderes psíquicos para guiá-lo ao seu destino. De repente, ele sente a presença de algo centenas de metros acima. Com um único movimento, desvia-se de um Hiper Raio poderoso o suficiente para nocauteá-lo caso o atingisse em cheio.

Ao olhar para cima, ele vê um vulto negro se aproximando em alta velocidade, que ficava maior e mais visível a cada segundo. Era um Rayquaza.

“Este território é meu!!!” – o gigantesco dragão com escamas negras como a noite utiliza um Pulso de Dragão desta vez. Porém Lugia se defende com sua Proteção, criando um escudo de energia quase invisível que deflete o ataque!

“Eu só estou de passagem, não vim para criar conflitos.”

As marcas douradas no corpo de Rayquaza começam a brilhar de forma intensa enquanto ele solta um poderoso rugido, fazendo todas as nuvens abaixo deles se dissiparem e revelando o oceano abaixo deles. Ele encara Lugia com um olhar gélido.

“Eu conheço você. É aquele que vive nas profundezas guardando aquilo que chamam de a ‘Fera do Mar’.” – ele circula o pássaro prateado, que o acompanha com os olhos e não abaixa a sua guarda de forma alguma – “O que o ‘Guardião dos mares’ faz voando aqui acima da nuvens... EM MEU TERRITÓRIO?!!”

Rayquaza lança outro Hiper Raio e, outra vez, Lugia se defende com sua proteção.

“Como já disse, estou apenas de passagem, pois tenho que resolver um assunto de extrema urgência. Você deve ser o Rayquaza que vive eternamente na atmosfera do planeta.”

“Eu vivo acima das nuvens para não ser incomodado por criaturas problemáticas como você e aqueles seres escravizadores e inúteis, que são conhecidos como humanos...” – Rayquaza aparenta estar se preparando para mais um ataque, mas mesmo assim Lugia prefere buscar uma solução para esse mal-entendido via diálogo.

“Sinto muito se invadi seu território, mas eu estou com muita pressa e não posso ficar aqui parado discutindo com você sobre os humanos ou sobre mim. Tudo o que quero é continuar minha viagem o quanto antes.”

“TARDE DEMAIS PARA DESCULPAS!!!” – o poderoso dragão lança um terceiro Hiper Raio, muito mais poderoso que os outros. Lugia tenta sua Proteção mais uma vez, porém essa falha por excesso de uso. Não tendo escolha, o Guardião dos Mares usa sua Aero Explosão, para ao menos bloquear o poderoso ataque de seu adversário. Assim que os dois raios de energia se encontram há uma grandiosa explosão que pode ser vista e ouvida a quilômetros de distância. A fumaça cobriu toda a área, deixando Lugia completamente sem visão, contando apenas com sua telepatia para localizar Rayquaza com muita dificuldade devido a seus enormes poderes.

“Rayquaza! Eu não vim aqui para lutar! Tudo o que eu quero é seguir em frente!”

Tudo ficou em silêncio. Lugia não ouviu e nem sentiu nenhuma reação por parte do dragão. Quando ia tentar sair do meio da fumaça ele percebe uma presença vinda de baixo.

“Tarde demais!”

 

Região de Johto, nas Ruínas de Shinto. Após se levantar e se arrumar, Roark vai até a tenda principal onde estavam concentradas as operações. Ao entrar, depara-se com uma cena curiosa: Cynthia estava sentada numa cadeira, dormindo apoiada sobre a mesa à sua frente. Ao lado de sua cabeça está o livro que ela trouxe consigo, aberto na mesma página em que encontrou a resposta para as figuras da parede da entrada das ruínas. À sua volta também havia várias fotos que foram tiradas de diversas paredes das ruínas.

 

A coitada varou a noite tentando decifrar as inscrições...

 

Nisso, alguns homens que estavam trabalhando perto da entrada recém descoberta adentram a tenda. Pareciam assustados.

“Senhor Roark! Foram encontrados alguns trabalhadores desmaiados perto da área próxima à nova entrada das ruínas!!!”

“O quê?!” – nisso, a campeã de Sinnoh acorda assustada com a gritaria. Ao olhar em volta percebe que algo grave aconteceu.

“Aconteceu algo?” – Roark olha para Cynthia.

“Sim.” – fala o jovem minerador – “Alguns de nossos companheiros foram encontrados desmaiados.” – o Líder de Ginásio torna a olhar os trabalhadores novamente - “Eles estão bem?”

“Não temos certeza, senhor. Tentamos acordá-los, mas foi em vão...”

Cynthia se levanta e vai até os homens: “Me levem até eles!”

“Sim senhora! Por aqui, depressa!”

Todos saem da tenda e vão até o local onde estão as pessoas desmaiadas.

 

No meio do oceano, à bordo do SS Sinnoh, entre Sinnoh e Johto.

“Mas é o Paul...!” – exclamou Dawn, surpresa.

Barry e Kanny também estão muito surpresos com isso. Não esperavam ver o Paul tão cedo depois de sua derrota para Ash em Sinnoh.

“Machoke, Corte Cruzado!”

“Lucario, Velocidade Extrema!”

Lucario atinge o Machoke antes que este pudesse completar o ataque! Machoke cai no chão, nocauteado. O marinheiro chama seu pokémon de volta para sua pokébola e em seguida se retira resmungando. A multidão que estava em volta começa a se retirar enquanto Dawn e seus amigos vão em direção de Paul. Este, quando repara que tem conhecidos à bordo, faz sua típica cara de ‘boas-vindas’...

“Hunf! São vocês...”

“Está indo para as ruínas também, Paul?” – pergunta Barry.

“Estou indo para Goldenrod, participar da Pokéluta. Agora com licença.” – o garoto se retira, deixando os outros três curiosos.

“Pokéluta?” – Kenny se pergunta, enquanto Barry fica pensativo.

Porém, Dawn estava curiosa com outra coisa: apesar de tudo, Paul não foi mal educado com eles.

 

Será que ele mudou?

 

Rayquaza se enrola em volta de Lugia como uma serpente constritora e começa a esmagá-lo. Lugia tenta se soltar, mas em vão.

“Hora de dizer adeus!” – Rayquaza abre sua enorme boca, mostrando seus grandes dentes afiados. Eles começam a brilhar com uma energia negra, o ataque Triturar! Quando ia atingir o pescoço de Lugia, o pássaro prateado usa suas ultimas forças para dizer algo.

“Altar... De Luz...”

Imediatamente, o dragão cessa o ataque e solta seu adversário. Parecia assustado. Já Lugia estava recuperando suas forças.

“O Altar de Luz...? Quer dizer que...”

“Sim.”

Após pensar um pouco, o dragão volta a assumir uma posse de arrogante e começa a voar de volta para a camada de ozônio. Durante sua ascensão, ele olha para trás e diz num tom frio para Lugia:

“Fique sabendo que, aconteça o que acontecer, eu não vou intervir. Isso é problema seu e desses seres inferiores...” – e, como um relâmpago negro, some do campo de visão de Lugia. Vendo que não tinha mais contratempos, o guardião continua sua viagem, numa velocidade maior que a de antes.

 

Um tempo depois... Cidade de Saffron.

Charizard e Staraptor pousam perto da entrada do Centro Pokémon da cidade. Finalmente. a primeira e mais difícil parte da viagem tinha acabado. Agora era só uma questão de tempo para chegar em Goldenrod.

“Agora só precisamos esperar o Brock e...” – Ash estava recolhendo seus pokémons para suas pokébolas, mas ficou sem palavras ao ver algo curioso saindo de dentro do centro: um Croagunk puxando alguém pela perna, a pessoa parecia estar desmaiada.

“Será que é ele?” – pergunta Tracey para os amigos que também estão confusos. Sem perder tempo, vão até a pessoa para ao menos ajudá-la. Ao vê-la mais de perto, suas suspeitas foram confirmadas: a pessoa era Brock.

“Deixe-me adivinhar...” – Misty – “Você passou outras daquelas cantadas terríveis para a Enfermeira Joy e o Croagunk te pôs no lugar, estou certa?”

O criador, ainda sob o efeito do veneno, se levanta aos poucos. “Oi pra você também, Misty...”

“Como você chegou aqui tão depressa, Brock? Conseguiu algum pokémon novo e  veloz?!” – pergunta Ash, num misto de surpresa e curiosidade. Nisso, Brock começa a se esticar todo para aliviar a tensão dos músculos enrijecidos por causa do veneno.

“Eu usei uma coisa chamada transporte público.” – Ash cai para trás, graças à resposta de seu amigo – “Peguei um ônibus de Vermillion para cá. Como Saffron fica bem próxima de lá, a viagem foi bem rápida.” – Brock olha para cada um e pergunta, preocupado. 

“E vocês? Cansativa a viagem de Pallet para cá? Soube pelo Professor que vieram via Charizard e Staraptor.”

“Hoje nem tanto, mas ontem foi praticamente o dia todo voando.” – responde Tracey. Nisso, Ash repara numa coisa que até então nunca tinha lhe passado pela cabeça.

“Pessoal, reparei agora numa coisa.” – todos voltam a atenção para ele – “Pela primeira vez, nós cinco viajamos juntos ao mesmo tempo.”

“Ele tá certo...” – a ruiva concorda admirada, tanto pelo fato de que era verdade quanto pelo fato de que foi seu amado namorado que percebeu isso...

“Pi ka... (É né...)”      

“É mesmo, quando eu conheci vocês dois na ilha Tangelo, já estavam sozinhos. E quando o Brock voltou a viajar com vocês, o Prof. Carvalho já tinha convidado para ser seu assistente.” – conclui Tracey.

“É verdade. Naquela época o Brock estava trabalhando com a...” – Misty tapa a boca de Ash, antes que falasse alguma besteira, mas o mal já estava feito: Brock estava agachado num canto próximo a entrada e murmurando: “Esse nome...”

“Mas eu não disse nada!” – retruca Ash enquanto cruza os braços.

“Mas me lembrei... Desse nome...” – nisso, a Líder de Ginásio vai até o criador depressivo, puxa sua orelha e o arrasta!

“Chega disso, Brock! Ainda temos um trem para pegar!” – Tracey, Pikachu, Croagunk e Ash riem da situação de forma nervosa e os seguem. O observador se aproxima de Ash e cochicha em seu ouvido.

“Ainda bem que ela não faz isso com você...”

Ash engole seco e cochicha de volta – “O que ela faz comigo é mil vezes pior...”

“Sei.” – cochicha Tracey enquanto tenta conter o riso – “O beijo que ela te deu é bem pior que isso...”

Ao ouvir isso, o atual campeão fica extremamente vermelho. Não esperava ouvir isso, principalmente de Tracey! Sem perder tempo cochicha de volta.

“Como você sabe?!”

“Eu vi vocês dois se beijando lá no laboratório. Sinceramente, não entendo o porquê de vocês estarem escondendo isso de todos.”

Ash respira fundo, e então responde. “A gente quer ter um tempo só nosso, tá legal? Se falarmos, todos vão ficar falando ‘Finalmente!’ ou então ‘Eu sabia!’, fora as brincadeiras.” – Tracey ouve tudo surpreso e fica quieto, percebendo que Ash não tinha acabado ainda – “Sem falar que a gente respeita nossos amigos. Não queremos que ninguém pense que gostamos de dar ‘showzinho’ por aí, ou que não temos noção de hora certa e lugar certo. Não é todo mundo que se sente bem ao ver um casal se beijando por aí.”

“Entendi. E desculpa pela brincadeira.” – fala Tracey, apoiando a mão esquerda sobre o ombro de Ash – “Muito legal e maduro da parte de vocês por tentarem não incomodar os amigos, mas espero que não deixem de aproveitar o relacionamento de vocês por causa disso.”

“Valeu, Tracey. E fique tranquilo em relação a isso.” – responde Ash levemente corado e com um enorme sorriso no rosto.

Ao chegar na estação, descobrem que estão presos em Saffron até as duas da tarde, quando partirá o próximo trem-bala. Decidem voltar ao centro e esperar lá até a hora do embarque e aproveitam para por o papo em dia.

 

Finalmente chega a hora da partida. Ash, Misty, Brock e Tracey embarcam no trem-bala e se sentam em seus respectivos lugares. Por sorte, Ash e Misty sentaram lado a lado, enquanto Tracey sentou ao lado de uma mulher loira muito bonita. Já o Brock sentou ao lado de um homem que parecia mais um mafioso...

 

Por que não podia ser eu ao lado da bonitona ao invés do Tracey?!

 

Dentro de quatro horas, eles finalmente chegariam a Goldenrod.

 

Região de Sinnoh, Ilha Iron.

Riley e seu Lucario estavam andando pelos arredores da ilha, checando se não havia nenhum problema. Desde os incidentes envolvendo a Equipe Galáctica e o Templo de Ferro, ambos vistoriam a ilha todos os dias para ter certeza de que ninguém esteja perturbando a paz do lugar novamente.

Enquanto caminhavam, um vulto gigantesco surgiu sobre eles. Lucario fica em guarda imediatamente, pronto para lançar uma Esfera de Aura.

“Não, Lucario!” – fala seu treinador, fazendo gesto para ele parar – “Ele não nos fará nenhum mal.” – Lucario obedece Riley e se acalma.

“Enfim te encontrei.”

Riley olha para cima e vê o dono da sombra enorme que o cobriu a pouco. Sorri de forma tímida, como se tivesse se reencontrando com um grande amigo.

“Faz muito tempo que não o vejo, e pelo visto isso não é nenhuma visita casual.”

“Infelizmente, o dia chegou...”

 

 

Eu: Finalmente, mais um capitulo pronto!!!

Dawn: Uau! Esse ficou grandinho, hein?

Brock: Eu que não queria ser o beta-reader disso...

Gabo-kun (caído no chão): Eu também não.....

Ash: Pois, eu gostaria! Assim ficaria sabendo de tudo antes de todo mundo!

Paul: Hunf! Você não presta para betar nem caderno de criança no jardim de infância...

Barry, Kenny e Drew: Concordo.

Ash (irritado): EI!!!

Misty aparece segurando sua famigerada marreta: Quem tá falando mal do meu namorado?!

Eu: Calma aí pessoal! Sem brigas!

May: Criticas, duvidas ou sugestões? Por favor comentem antes que alguém vá parar no hospital!!!

Eu: E atenção! Vai demorar um pouco pra postar o próximo capítulo - meu beta tá de férias e apenas ele faz betagem das minhas fics. Só lá pra quarta em diante postarei novo cap. Até mais!


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