Kaichou Wa... Usui-sama?! escrita por LittleFish


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Afinal, começou a minha semana de trabalhos e as coisas ficaram complicadas por aqui...

E gostaria de agradecer a recomendação de VictorHugor. É ótimo saber que a fic agradou logo no primeiro cap.

Sem mais delongas... O capítulo! Espero que curtam.



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– Ah, Misa-chan! Por que demorou tanto? – A Gerente perguntou, na parte de atendimento.

 

– Eu tive um... Imprevisto – Corou ao lembrar-se do que havia acontecido há alguns minutos.

 

– Pois bem. Importa-se de atender estes clientes? – Ela aponta para três figuras conhecidas – Estou tão ocupada!

 

– Claro que não me importo! – Misaki sorri.

 

A garota se põe a trabalhar, tentando deixar os pensamentos relacionados à Usui de lado. Em poucos minutos, percebeu que era impossível. Ele a importunava até em sua própria mente.
Mas isso não a impediu de fazer seu trabalho, pelo contrário, foi rápida e eficiente como sempre. Não ia deixar seu “problema” interferir em sua vida profissional.

 

– Gerente, acho que terminei por hoje.

 

– Sim, Misa-chan, obrigada pela ajuda! – Sorriu.

 

– Ah, gostaria de conversar com você por um instante...

 

– Fale o que quiser. Sou toda ouvidos!

 

– Bem é que semana que vem haverá uma gincana... E acho que não poderei vir para o Maid Latte nesse dia.

 

– Não se preocupe. Divirta-se muito!

 

Ela duvidou que fosse se divertir.

 

– Eu prometo descontar a falta em outro dia!

 

– Eu falei que não precisa se preocupar, Misa-chan. Cuidaremos de tudo enquanto você estiver fora – A Gerente sorriu.

 

– Muito obrigada – Misaki sorriu de volta.

 

Sentia-se grata por ter com quem contar, principalmente nessa situação. Agradeceu novamente a Gerente. Olhou para os lados e estranhou não ver Usui. Com um pouco de sorte, ele deveria ter ido embora. Suspirou aliviada e foi para o vestiário. Trocou de roupa e guardou o uniforme de Maid. Então, ao passar por um espelho, observou sua imagem.

 

Havia uma expressão em seu rosto que ela nunca havia visto. Suas sobrancelhas estavam franzidas e seu rosto estava vermelho. Ela tocou a própria face.

 

“Deve ser cansaço...” – Pensou.

 

Balançou a cabeça e caminhou para fora do Maid Latte. As ruas estavam movimentadas, carros passavam a toda velocidade fazendo-a se encolher.
Algo de muito estranho estava acontecendo com ela... Algo que a própria não sabia explicar.

 

Deu um suspiro cansado. Muitas coisas estavam acontecendo rápido de mais... Devia ser apenas isso.  Caminhou sem pressa para casa, afinal, se chegasse com aquela expressão, Suzuna iria fazer perguntas insistentes.

 

Observou tudo ao seu redor com cuidado e viu coisas que nunca tinha reparado antes.

 

“Acho que passo com tanta pressa que não reparo nem no que está ao meu redor” – Pensou.

 

Até que seus passos lentos levaram-na para frente de sua casa. Abriu a porta e entrou.

 

– Tadaima.

 

– Okaeri – A irmã disse – Quer jantar? Trouxe mais melancias que ganhei num sorteio.

 

Uma gota cai de sua testa.

 

– Não sei como você sempre ganha esses sorteios, Suzuna... Não obrigada... Estou sem fome.

 

Misaki despede-se da irmã com um aceno e vai para seu quarto. Uma forte dor de cabeça lhe ocorre, então, sem mais pensar, deita-se em sua cama e adormece sem ao menos mudar de roupa.

 

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– Yukimura, quero que você me ajude a treinar! – A garota rugiu. No dia seguinte, havia recuperado totalmente sua vigor.

 

– E-Eu?! Mas Kaichou, sou péssimo em esportes! – Ele falou apavorado.

 

– Você não vai treinar, vai apenas me ajudar!  

 

– Às vezes você é cruel... – Ele choramingava.

 

– Kanou! – Ela chamou.

 

– S-Sim...

 

– Você também irá me ajudar!

 

– Por que eu?! – Ele perguntou, corando. Ainda tinha alguns problemas com garotas.

 

– Para dar apoio moral para o Yukimura! – Misaki disse animada.

 

– Certo... – Não fazia sentido, mas ele concordou, vencido.

 

Ela iria dar tudo de si para não perder aquela gincana. Várias... Quer dizer... Algumas vezes ela havia perdido para Usui... E esta não seria uma delas.

 

– Eu farei um programa intensivo! Treinarei até a exaustão! – Faíscas estavam para sair de seus olhos.

 

– Kaichou, às vezes você me assusta! – Yukimura disse.

 

Mas ela não ouviu o comentário. Estava confiante de mais para isso.

 

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Misaki trocou-se no banheiro feminino da quadra. Uma blusa branca folgada e um short vermelho curto. O ideal para se treinar. Amarrou o cabelo e foi para a pista.

 

– Yukimura, preciso que você cronometre o tempo!

 

– Sim! – Ele respondeu prontamente.

 

A garota estava se preparando para entrar na pista de corrida quando foi surpreendida por algo que a segurou pela cintura.

 

– Já reparou que você fica adorável vestida com esse short, Kaichou? – Aquela voz melodiosa sussurrou em seu ouvido.

 

– USUI! – Ela gritou, corada.

 

– Então, está treinando mesmo?

 

– Claro que estou! Quer fazer o favor de me soltar?

 

– Ah, você sempre tem que ser tão estraga prazeres? – Ele perguntou, finalmente a soltando.

 

Ela o observou com cuidado. Sempre com aquela cara despreocupada de quem não está fazendo nada de mal, aquela expressão que sempre a irritava.

 

– Você deveria estar treinando. Nem sei o que faz aqui – Ela respondeu secamente.

 

– Eu não preciso treinar.

 

– Ah, agora vai dar uma de invencível, Baka Usui?

 

– Você sabe que vai perder, Kaichou. Por isso está treinando como uma louca.

 

– Como assim “sei que vou perder”?! Vou acabar com sua raça nessa gincana! – Ela exclamou irritada.

 

– Com tanta euforia você se esqueceu que as provas serão surpresa – Ele comentou.

 

– Surpresa?

 

– Sim. Tiraremos na sorte na hora da gincana.

 

Misaki deixou-se cair no chão. Sentou-se colocando os dedos nas têmporas.

 

– Era só o que me faltava...

 

Usui então se abaixou ao seu lado.

 

– Você se martiriza de mais, Kaichou – Ele disse despreocupado.

 

Ela o olhou, irritada.

 

– Isso tudo sua culpa, Baka Usui! – Gritou.

 

– Ah... Eu e o Kanou vamos dar uma volta, sim? – Yukimura disse puxando o amigo para longe dos dois.

 

Assim que ambos saíram, Misaki continuou parada e sem nada dizer. Usui apenas estava ao seu lado, observando cada centímetro da garota.

 

– Prometo que serei um bom Kaichou – Ele disse com um quê de ironia.

 

Ela não respondeu.

 

– Ayuzawa... Eu sinceramente não te entendo.

 

Dessa vez, a moça não pode deixar de rebater.

 

– Você que faz coisas estranhas e eu que sou incompreensível?

 

– “Coisas estranhas” você diz?

 

– Pare de repetir o que digo. Sabes muito bem do que falo.

 

Ele riu.

 

– Qual é a graça?! – Ela perguntou, indignada.

 

– Eu que pergunto. Você acha que estou brincando?

 

Ela sacudiu a cabeça.

 

– Está dizendo essas coisas confusas de novo.

 

Usui pareceu olhar para o tempo.

 

– Então direi de maneira mais clara: Acha que estou brincando com você Ayuzawa? Acha que tudo isso que estou fazendo é por pura brincadeira – Ele disse aproximando-se dela.

 

Misaki sentiu seu rosto arder.

 

– Eu tenho certeza. Isso não pode ser verdade, você é só um pervertido estranho, alien... – Ela parecia dizer isso para si mesma. E estremeceu ao notar seu olhar sério – Usui... Por favor...

 

– Tarde de mais, Ayuzawa.

 

As idéias em sua mente estavam confusas e conturbadas... Ela não queria que as palavras de Usui fossem verdadeiras. Mas no fundo... Bem no fundo... Quem sabe... Ela quisesse isso.

 

“Onde estou com a cabeça?! Não posso fazer isso... Como alguém como ele pode sentir algo por alguém como eu?” – Ela pensava.

 

Sua auto-estima nunca fora baixa... Mas ela não conseguia acreditar que alguém como Usui Takumi, o galã do Colégio Seika, realmente pudesse dispensar todas as ótimas garotas que lá havia para escolher justamente a Kaichou brigona? Aquilo simplesmente não fazia sentido em sua cabeça.

 

Quando a garota voltou à realidade, percebeu que Usui estava muito perto... E que agora a envolvia em seus braços. Sorte que a quadra dos fundos fora reservada para os treinos de Misaki.

 

– Ayuzawa... – Ele então beijou o alto de sua testa, seguindo em direção as partes inferiores de seu rosto.

 

Ela parecia ludibriada, tentando entender o que estava acontecendo. Mas, quando o garoto fez a menção de finalmente beijar seus lábios, ela o empurrou com todas as suas forças, tentando resistir aos impulsos que a própria estava sentindo.

 

– Isso seria confraternizar com o inimigo! – Ela disse com determinação.

 

Usui arregalou os olhos. O que ela estava dizendo mesmo?

 

Misaki então levantou-se, sacudiu a cabeça e começou a andar para longe do rapaz, praticamente soltando fumaça de tanta raiva. A passos duros e com o rosto corado, ela negou-se a olhar para trás e encarar um Usui que ria de maneira divertida e irritante.

 

 

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Notas finais do capítulo

E aí? A situação da Misaki está apertando, está em conflito com seus sentimentos e com seu "problema" maior... Mas nada se compara ao que acontecerá nos próximos...

Então... Reviews?