Luz e Trevas escrita por Franflan


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeee...Voltei finalmente..Depois de um crise sem nenhuma criatividade para poder escrever...Finalmente consegui fazer mais um cap. para vcs, espero que goste...



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Dianna estava sentada de frente para uma escrivaninha francesa, trabalhada em Nogueira, que provavelmente era do século dezoito. Ela estava revistando as gavetas, para ver se achava algo interessante sobre a antiga dona daquele quarto. Quando estava remexendo as gavetas achou um diário, na capa já até dizia o nome da pessoa Yara Lê Fey. Dianna o abriu em uma pagina qualquer, e começou a ler:

Ontem eu realmente me superei, consegui me perder voltando para casa! Bom ontem, para a minha infelicidade estava chovendo, e como eu já sou ótima no quesito se perder, me perdi na chuva, quando dei por mim, estava perto de um portão velho, com um arco com escritas esquisitas em cima, se eu não me engano e minha memória não falha, aquele era o portão que a minha mãe sempre diz ser proibido para todos aqueles que moram do nosso lado, até hoje eu nunca entendi o porque!

A curiosidade estava me matando e eu não agüentei e entrei, mesmo sabendo que estaria desobedecendo a minha mãe, e que me renderia um castigo daqueles.

O lugar era completamente diferente do qual eu estava habituada, cheio de arvores mortas, totalmente escuro, a chuva continuava a cair mesmo eu estando do outro lado, só que ali era pior, ela caia mais forte.

Eu logo estava cansada de andar, o barro parecia me puxar para baixo, até que as minhas pernas cederam ao meu peso, e meus pés me enganaram, me fazendo tropeçar em algo,  me levando com tudo ao chão.

Eu sei que não deveria ficar com medo, pois tinha o meu poder ao meu lado, mas eu continuo a ser uma garota, e continuo a ter medo, quando eu vi algo que parecia ser um monstro vir a toda velocidade a minha frente, eu gritei, mas gritei com toda a força que eu tinha, ele não se incomodou com o meu grito de terror, fechei meus olhos esperando algo que não havia chego, o golpe que me mataria!

Quando eu abri os meus olhos, o monstro estava caído, e ele estava ali parado na minha frente com um sorriso de canto, olhando para mim, esperando alguma reação, eu realmente não sei o que deu em mim, mas do nada eu comecei a chorar aterrorizada e ele me abraçou, me dizendo que estava tudo bem, e por pior que pareça eu me senti confortável naqueles braços, eles eram tão acolhedores, tão protetores, que me parecia que nada podia me atingir, ele me perguntou o que eu estava fazendo por ali, eu apenas respondi que havia me perdido e acabado por entrar pelo portão. Ele me deu um sorriso lindo, tão fofo, que me derreti na hora, mas ele parecia preocupado com algo,pois estava sempre olhando para os dois lados, parecia que estava vigiando para que ninguém visse algo. Ele me ajudou a me levantar e levou-me para o portão, me dizendo para nunca mais entrar ali, pois talvez ele poderia não estar perto para me salvar novamente, ele havia resmungado algo que eu não pude ouvir. Enquanto ele me levantava, eu pude ver como ele realmente era lindo, tinha lindos olhos verdes, cabelos negros, e era tão branco quanto a lua, ele era a minha visão da perfeição, tão diferente de mim, olhos castanhos com traços avermelhados, o qual representava a minha sina, meus cabelos loiros como de todos do lado de onde eu vinha, e pele clara meio que rosa. Quando eu cheguei perto do portão eu perguntei o seu nome, mas ele disse, que para a minha proteção era melhor eu não saber, eu não me agüentei e antes de passar pelo portão perguntei se algum dia eu o veria novamente, ele me deu um sorriso lindo, que novamente me fez derreter, e me respondeu que talvez um dia nós nos veríamos novamente. Eu vim saltitante para casa, mas minha felicidade acabou assim que eu pus os meus lindos e imundos pés dentro de casa, minha mãe ralhou umas duas horas comigo, e me pos de castigo por um mês, ou seja não posso sair para nada de casa, um mês sem sair era um inferno, e a minha irmãzinha não colaborava muito não, ela apenas colocava mais fogo na lenha para que a mamãe me desse mais algum castigo, ai que raiva, se eu pudesse eu matava ela!”

Dianna parou de ler aquilo, realmente sua tia era um desastre, primeiro se perde, depois entra no lugar mais proibido da face da terra por pura curiosidade, depois cai, se suja inteira, é atacada, e ainda por cima é salva por um estranho completo. Dianna não agüentou e começou a rir sozinha, mas logo teve de se conter, pois se alguém a pegasse lendo o diário de outra seria bronca na certa, ela pegou o diário e o escondeu junto a suas coisas.

Dianna desceu de seu quarto, já estava ficando chateada de ficar lá dentro, então foi para o quintal dos fundos. Lá tinha um lago e varias arvores em volta, e uma cerca um pouco mais longe, se ela não se enganava aquela cerca ficava bem no estremo dos dois lados, bem na divisa, e por um relance Dianna viu alguém ali,a olhando, mas quando ela olhou novamente ninguém estava ali. Ali perto, bem embaixo de uma arvore havia um balanço lindo, Dianna ali se sentou, e aquele sensação de ver alguém bem naquele ponto voltou, mas ela não voltou a olhar.

Enquanto se balançava Dianna olhava para o céu, ela já estava ficando desesperada naquela casa, já fazia quase cinco dias que estava ali e já não agüentava mais, ela meio que em desespero falou para si mesma:

-Eu quero te ver de novo! - Seu lindo rosto angelical se fechou, e uma lagrima de saudade rolou. – Por que você tem que ser assim? Ai como eu queria não sentir sua falta! Não sentir tanto que preciso te ver, sentir seu cheiro, saber que você se importa comigo, saber que você ainda esta  vivo, para que eu consiga falar o que realmente sinto, para que eu deixar de ser tão infantil e me largar em seus braços, deixar você saber que eu sou apenas sua! Como eu queria fazer isso!

Dianna pulou do balanço, e foi em direção a casa, deixando toada a tristeza ali de baixo daquela antiga arvore, junto daquele velho balanço, que sem ela saber, antes tinha sido o mesmo local que uma garota falou a mesma coisa, onde ela conseguiu finalmente ser sincera com sigo mesma, e descobrir o que sentia por um certo rapaz, que havia entrado na sua vida de tal forma, que lhe marcara para sempre. Dianna não queria ficar ali, por  mais tempo e foi até a biblioteca procurando seu pai, e ali o achou, lendo um livro, com seus óculos de leitura sobre o seu nariz, naquela forma ele parecia ser tão velho, mesmo sendo tão jovem, ela chegou de mancinho perto do seu pai, colocou a mão em seu ombro e disse:

-Pai eu quero ir imediatamente para casa!


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