Luz e Trevas escrita por Franflan


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Nyahh...Finalmente consegui escrever mais um capitulo para voces!!! Estava com um bloqueio de criativedade!! Mais finalmente saiu...Espero que gostem!!Hehehe



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Dianna estava no meio de um pesadelo, ela não conseguia ver claramente, tudo não passava de um borrão, tudo o que podia fazer era ouvir claramente, e tudo o que ouvia eram gritos de dor, ela pode constatar que eram três pessoas, duas eram torturadas e pediam por clemencia, imploravam para quem quer que fosse parasse com aquilo, mas a pessoa não parecia muito preocupado, parecia se divertir com a dor deles. Em sua cama a garota se contorcia em dor, apesar que em seu sonho ela não sentisse nada, seu subconsciente podia não registrar a dor que o corpo sentia, mas ele demonstrava que sentia dor, muita dor, era como se ele fosse a mulher em seu sonho, que estava a ser torturada.

Dianna acordou de supetão, seu corpo suava e estava todo dolorido, com marcas de unhadas, que provavelmente ela mesma se causara durante o sonho. Lentamente ela se levantou, sentia todos seus músculos doloridos, parecia que havia participado de uma maratona, onde nem se quer havia se dado o trabalho de treinar, para se livrar das dores e do suor ela tomou um banho lento e demorado de água fria, vestida e mais disposta ela fora ver o que havia na geladeira para que ela pudesse se alimentar e se recuperar melhor, porem a geladeira estava vazia, ela pode até ver uma borboletinha branca sair voando do objeto, um desanimo tomou conta de seu corpo, não queria ter que sair para comer ou comprar coisas para tomar um café. Sem muito animo a garota subiu até o quarto dos pais, abriu a gaveta de cuecas do patriarca e dentro dela tirou uma caixa de sapato de dentro desta ela tirou uma maço de notas, dentre elas tinham notas de dez, vinte e cinquenta reais, mas quando saia sem fechar a porta do armário ou sequer a gaveta que abrira uma outra caixa lhe chamou a atenção, sem resistir a sua curiosidade ela se esforçou e conseguiu pegar a caixa.

Dianna abriu o pequeno objeto de papelão e se surpreendeu a ver diversas fotos de sua tia Yara ali dentro, dentre elas haviam varias dela com um enorme barrigão, aquilo lhe deixou confusa e foi assim que ela fechou a caixa e a devolveu ao seu lugar, já havia invadido demais a privacidade dos pais, mas sentia que eles lhe escondiam algo.

Evitando se preocupar a toa a garota foi em direção a lanchonete que havia perto de sua casa, comeria ali e depois pensaria se iria fazer compras ou não. Tomado o café a garota se dirigiu até um antigo parquinho ali perto, onde ela costumava brincar quando criança, rapidamente memorias antes esquecidas começaram a povoar sua mente.

Ela estava caída na areia e chorava muito, uma garota morena estava logo a sua frente e parecia estar muito irritada com algo.

–Vamos garota, saia da minha frente antes que eu lhe surre mais um pouco!

A ruiva nada disse, ela tentava controlar sua raiva, mas parecia ser uma tentativa inútil, ela levantou a cabeça e encarou a morena, seus olhos podiam estar banhados de lagrimas, porem sua expressão era furiosa. A garota havia lhe feito algo que considerava imperdoável, uma humilhação, havia lhe dado um tapa na cara e ela não perdoaria esta ofensa, se fosse apenas socos e chutes, ou apenas palavras que lhe fizessem mal ela perdoaria, mas a humilhação de um tapa na cara ela jamais iria perdoar, por isso deixara que sua raiva lhe tomasse, não deixaria aquilo passar em branco, neste momento seus olhos perderam totalmente a cor, fora tomado por uma negritude sem fim, a cor de sua iris se misturavam com a de sua pupila, tornando-os uma só.

–Me bata novamente, se tiver coragem o suficiente!

A morena apenas sorriu e levantou novamente a mão para acertar um tapa no rosto da ruiva, Dianna não permitiu que aquela garota lhe acertar-lhe, segurou o braço dela com força, seus olhos estavam frios e com um brilho assassino, segurando o braço da morena ela só se aproximou e aumentou a pressão no braço de sua agressora, e murmurou baixo o suficiente para que somente a outra pudesse ouvir.

–Nunca mais ouse levantar esse sua mão nojenta para me bater novamente, na próxima posso não ser tao boazinha e acabo por quebrar o seu braço para que você enfim aprenda a não mexer com quem estava quieta em seu canto!

A morena não conseguia falar, a ruiva havia lhe posto medo, muito medo, com aceno de cabeça ela confirmou, por fim a ruiva lhe soltou e sorriu como se não houvesse acontecido nada, mas quando a morena passou ao seu lado ela lhe sussurrou.

–Tomara que não haja mesmo uma próxima vez, pois eu não irei deixar barato!

Seu sorriso se transformara em um sorriso maniaco, chegando ao ponto de se chamar de demoníaco, o que deixou a morena apavorada afinal o sorriso de um demônio ficava mais assustador ainda quando a pessoa possuía um rosto quase angelical. Aquela fora a primeira vez que seu olho mudara de cor, sua força tinha aumentado ao ponto de deixar o braça da sua rival com as marcas perfeitas de os seus cinco dedos.”

Desta vez a Dianna em miniatura estava em cima de um escorregador, quando uma garota mais velha, que não parecia estar nada satisfeita fora conversar com a ruivinha.

–Anda logo ruivinha, passa a sua grana que eu estou com fome!

–Pera, eu acho que não entendi, você quer que eu de a minha mesada para você poder comprar algo para você comer? Você por acaso tem noção do quanto isso soa ridículo!

–Eu não estou lhe pedindo para me comprar algo, ruivinha, estou mandando você me dar a sua grana!

–E se por um acaso, claro sendo só uma hipótese, eu lhe disser que não?

–Eu talvez tenha que pegar o seu dinheiro na base da violência, e creio que você, com essa carinha de anjo, não queira isso, não é?

A garota estendeu a mão e dali uma pequena chama se formou, Dianna puxou uma perna e a abraçou enquanto sorria.

–E se por um acaso eu, sei lá, continuar a dizer que não?

A garota não respondeu apenas lançou a chama em direção a ruiva que apenas teve que estivar a mão que estava livre e no momento em que era para ser atingida a bola de fogo simplesmente se extinguiu no ar, assim assustando a mais velha, que possuía um orgulho inabalável de seu poder infalível.

–Era só isso que você iria fazer? Não é lá muito eficiente, não é?

A ruiva sorriu docemente, mas seus olhos não demonstravam a mesma doçura, seu olho esquerdo começou a perder a cor esverdeada e foi se tornando negro. A ruiva escorregou pelo escorrega e caiu em pé bem em frente a mais velha, assustada a valentona deu passo atrás e acabou escorregando e caindo de costas no chão.

–O-o-o q-que v-v-você é?

–O mesmo que você, uma garota normal! - Dianna a olhou de cima com ar superior, seu sorriso se mantinha doce, mas seu olhar essa frio, seu sorriso não chegava até eles. - Não se meta mais no meu caminho, apesar de ter esse rostinho de anjo, as vezes eu acabo sendo muito má!”

Dianna balançou a cabeça levemente, as memorias que havia tido, eram lembranças que escolhera apagar, não gostava de se lembrar destes momentos, sentindo uma leve tontura a ruiva sentou-se no balanço que havia ali perto e logo outra lembrança lhe invadia o pensamento, mas era diferente das outras, esta poderia mudar muita coisa de como ela se via.

Dianna estava sentada no balanço olhando para os próprios pés, nenhuma criança queria brincar consigo, quando levantou o olhar viu seu único amigo ir de encontro com os garotos mais malas do parque, o maior, que parecia ser o líder, deu uma sonora gargalhada, ria de algo que seu amigo dissera, em um segundo todos riam e no segundo seguinte seu amigo estava sendo jogado no chão com brutalidade e o líder estava serio. Dianna bulou do balanço e correu para o lado do amigo para ver se ele estava bem, ela o ajudou a se levantar e pode ver que ele estava todo ralado, uma raiva tomou conta de si, era como lava que invadia suas veias e era levada por todo seu corpo, quando se virou para enfrentar aqueles trogloditas seu amigo segurou-lhe pelo braço.

–Dianna, não, não vale a pena, eu não me importo, só vamos embora e ignorá-los, sim?

–Dylan, olhe o que eles fizeram com você, isso é imperdoável!

–Fui eu que comecei Dianna, eles estavam certos e eu errado, então vamos deixar pra lá!

Dianna estava furiosa com o que aqueles garotos fizeram com seu amigo e mais furiosa por Dylan não passar de um covarde.

–Como você pode se rebaixar ao ponto de deixar que esses imbecis façam o que quiserem de você?

–Eu não deixo eles fazerem o que querem comigo!

Dianna puxou o seu braço bruscamente e sem pronunciar mais nenhuma palavra ela se pôs bem na frente do líder do grupo, a diferença de tamanho era notável, ela era pelo menos metade do rapaz, mas isso não a intimidava e com toda a sua raiva ela lhe da um soco diretamente no estomago, fazendo com que o garoto se curvasse e ficasse do seu tamanho.

–Isso foi por você ter machucado o meu amigo!

Os garotos da gangue se impressionaram com a ousadia e coragem da menina, mas se recuperaram logo da surpresa e partiram para cima dela, mas antes que sequer colocar um único dedo em cima dela seus corpos travaram de medo, a menininha que estava em frente a eles emanavam uma aura maligna, um de seus olhos estava negro enquanto o outro era verde e sua voz não passava de um sussurro.

–Vocês tem certeza de que vão querer se meter no meu caminho?

O olhar do grupo se dirigiu para o líder que neste momento estava caído no chão inconsciente, rapidamente eles pegaram o seu líder e sumiram de perto da garota e seu amigo. Dianna se virou para o Dylan que a encarava boquiaberto.

–Não é atoa que corre o boato que você é completamente assustadora, agora posso entender o porque de dizerem isso!

Dianna fechou os olhos e respirou fundo, a raiva havia passado e um sorriso doce tomou-lhe os lábios.

–Eles só fugiram por causa da minha aura maligna, qualquer um pode fazer isso, agora vamos sair daqui antes que você arranje mais encrenca!”

Dianna sorriu malignamente, teria um acerto de contar com um certo playboy, finalmente poderia esfregar algumas verdades na cara do Dylan. Afinal não era ele que se divertia com a desengonçada da sem poderes e sim ela que pegava a maior diversão ao defender o amigo medroso.

Ainda sorrindo Dianna saiu do parquinho o foi caminhando tranquilamente por seu bairro, até que viu sua vitima em meio a seus amigos galinhas, seu sorriso maligno fora substituído por um doce e assim ela se encaminhou até eles, a conversa envolvia garota, nada que realmente interessasse a ruiva.

–Dylan, podemos conversar?

Dylan estranhou a aproximação da garota, afinal ela nunca se propôs a conversar com ele, pelo menos não depois que a amizade deles acabou.

–Pode falar, mudou de ideia e resolveu finalmente me dar um chance?

–Não seja idiota, é claro que não mudei de ideia, meu assunto é outro, é só que eu me lembrei de fatos bem interessantes referentes a nossa infância juntos... Seu medroso desgraçada, mentiroso do inferno!

Dylan arregalou os olhos, o ar envolta da garota estava pesado, ela estava furiosa, mas não era a única, passado o espanto o garoto também deixou sua raiva apoderar-se de si.

–Eu não sou medroso e também não sou mentiroso!

–É isso mesmo que você é, seu manipulador, você mentiu para mim, fez graça de mim, mentiu por que eu não me recordava direito da nossa infância, tudo por que queria ter uma chance de ficar com a única garota que não caia aos seus pés, pra mim isso não passa uma coisa que somente um COVARDE teria coragem de fazer!

–Quando eu fiz graça de você? Quando eu brinquei com seus sentimentos? E quando foi que eu menti sobre fatos que você não consegue se lembrar? Quando?

–Quando você pediu para eu te dar uma chance, um beijo, você disse que se divertia quando eu me metia em apuros e você deveria vir me salvar, você brincou com meus sentimentos ao e dizer isso, você era meu melhor amigo, meu único amigo, e você brincou com isso, você mentiu ao dizer que era você quem me protegia, você nunca teve poder ou coragem o suficiente para isso, eu tinha, era eu quem lhe protegia, era eu quem lhe tirava de suas enrascadas, por isso você não passa de um maldito mentiroso!

Dianna falava tudo de cabeça erguida, altiva, ela estava com a razão, ele que fazia as burrada e ela que ia salva-lo, era sempre ela quem o protegia e acabava em confusão, agora ele teria que lhe dizer a verdade. Dylan estava pasmo e se irritava a cada segundo que passava, seus amigos a suas costas gargalhavam, furioso ele agarrou o pulso da menina e apenas sibilou.

–Quem você pensa que é para falar assim comigo? Eu não te dei o direito de me insultar!

Dianna olhou para a mão do garoto que lhe segurava o pulso, em suas veias seu sangue borbulhava como lava, seus olhos se tornavam gradativamente negros, ela pôs sua mão livre no pulso da mão que lhe segurava, sua voz soava baixa e suave, o que não combinava com sua expressão furiosa e sua aura maligna.

–Me largue Dylan, eu não quero ter que te machucar na frente dos seus amigos, já chega de humilhação publica, não acha?

–Cala a boca, vadia!

Sem pensar no que fazia Dylan ergueu sua mãe e deferiu um tapa com força na cara da ruiva. Ao sentir o impacto do tapa Dianna não acreditou no que aquele garoto fizera, ela o olhou nos olhos, tudo a sua volta pareceu se transformar, tudo a sua volta estava escuro e só podia ouvir as risadas dos amigos do garoto, riam dela, riam do tapa que ela recebera, da humilhação que ele havia feito ela passar, o ar a sua volta se tornara pesado por causa de sua raiva, sua aura maligna se intensificara, seus olhos neste momento tomaram foco e seu alvo era justamente o garoto a sua frente, ela começou a aumentar o aperto em volta do pulso do garoto e o forçou a soltar-lhe, um sorriso demoníaco tomou conta de seu rosto angelical, sua voz sairá fria desprovida de qualquer sentimento.

–Este, Dylan, fora seu pior erro! - Dianna olhou fundo nos olhos do garoto e pode ver quando o terror tomou posse de seu corpo. - Quais são as suas ultimas palavras?

–Dianna, por favor, não me mate, vamos conversar civilizadamente!

–Conversar? Civilizadamente? Com você? Porque eu perderia meu tempo e desperdiçaria minhas palavras com uma escoria como você? Mas não se preocupe não irei te matar, mas não se meta mais no meu caminho, não se aproxime de mim, não dirija a palavra a minha pessoa, pois eu posso voltar atras em minha decisão e me certificar que você tenha uma morte lenta e dolorosa!

Dianna o empurrou, fazendo com que o garoto caísse de costas no chão, os garotos não sabiam se riam ou se corriam dali, mas resolveram por tirar um onda com a cara do amigo que estava no chão. A ruiva sairá de la pisando duro e furiosa como estava não queria voltar para casa, primeiro queria se acalmar, sem perceber seus pés lhe levaram até a divisa dos lados, sem se importar com o resto ela passara pelos limites e adentrara na floresta, ali ninguém iria se meter com ela, não com ela furiosa e emanando ódio como estava.

Ela caminhava na escuridão como se enxergasse tudo a sua volta, seu caminho lhe levou até a velha cabana onde tirara um cochilo junto do Luka na ultima vez que viera ali, ela andou pela casa e descobriu que ela ainda era mobiliada, ela se jogou no sofá e fechou os olhos, precisava se acalmar. Aos poucos sua raiva diminuía e seu corpo relaxava, algum tempo depois ela pode escutar um som, ela parecia como água corrente, provavelmente uma cachoeira, seguindo o som ela encontrou uma enorme queda d'água que era iluminada pela lua, a paisagem era maravilhosa, as gostas de água que voavam e eram iluminada pelos raios lunares davam ao lugar um ar magico.

Dianna rapidamente se livrou de suas roupas, ficando apenas de lingerie e entrara na água gelada, a principio sua pele se arrepiou, mas logo se acostumara com a temperatura da água, seus músculos relaxaram e enfim ela se encontrou em uma completa calmaria.


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