O elfo desapareceu, logo avisou o rei, contou-lhe tudo e disse que têm

duas horas ou invadirão. Lá fora as ninfas estavam a esperar, milhares na água e muitas no ar como aves grandes e negras. Elas ouviram passos abafados vindos da floresta, todas estavam muito atentas. Lá no fundo os elfos começavam a aparecer iluminando o ambiente com seus corpos brilhando a ouro. Do tamanho de um ser humano todos foram surgindo do meio das árvores, quando pararam e ali encaravam-se. Derrepente o mais velho surge flutuando e fala com ferocividade:

-Queremos o que nos pertence por direito!

-Então vem pegar Dobby!-exclama a rainha das ninfas.

Muito gritos dos dois lados preenchiam o local, quando vinham em

direção ao inimigo. Aves voavam pelo céu e agarravam com suas garras afiadas os elfos e os jogavam em em meio à multidão. Encantamentos e feitiços eram lançados por eles contra as ninfas, outros saltavam no rio em forma de animais aquáticos onde lutavam debaixo d'água. Um forte estampido fez com que muitas aves fossem mortas por feitiços lançados por vários elfos juntos. Inferis hipnotizavam-os fazendo afogarrem-se. Loreley encontrou Dobby e o arrastou para o rio lançando feitiços sobre ele , que agora se tranformara em tubarão. Ele se defendeu arrastando sua calda com a boca, até que é arremessado para o alto, quando um feitiço atinge seu rosto deixando-a para trás.

-É isso que você quer, não é?- Ela retirara o medalhão de seu

cajado e o mostrara.-Então vem pegar.

O ar de riso é distorcido quando uma fumaça preta

envolve-a, dando formato à seu rosto. Ela absorve Dobby, que não é mais visto, até então, quando vê-se que o mesmo é jogado para as margens do rio, onde desaparece. A ninfa poderia ali mesmo ter sido evaporada também. Tudo indica que os dois estão mortos. Flechas atingem as ninfas, algumas começam a desaparecer estranhamente e cada vez mais rápido. Nuvens de fumaças aparecem, até que todas somem sem explicação.

Os elfos ficam fracos e adormecem logo desaparecendo com a força

da natureza, que os arrasta para o mundo sem fim.

Ano de 1989; o mundo havia mudado, a modernização invadira-o

sem deixar muitos rastros do passado. Nascia na cidade de Colônia, um bebê, cujo nome foi adotado como Loreley. Sua mãe havia morrido no parto e seu pai desaparecera mundo a fora. Ela foi criada por pessoas humildes, num povoado pequeno, próximo ao rio Reno. Mais distante dali, nascia também um menino, Karl. O destino dos dois estava traçado, pelo menos até que a real identidade fosse descoberta.

O tempo passou, Loreley estava noiva de Karl. Numa noite bela os

dois decidem passear de iate pelo rio Reno.

-Vamos, eu quero te fazer a mulher mais feliz deste mundo!-Dizia

ele loucamente apaixonado.

Os dois se beijavam à luz do luar, então à bordo do iate. Saindo das

margens do rio , eles apreciam o luar juntos com caricias de dois amantes envolvidos por um amor.

-Eu te amo muito Karl!-Loreley nunca esteve tão feliz antes.

-Eu também te amo muito, quero passar toda minha vida contigo.

Abaixo do céu estrelado, se amavam loucamente. O suor de seus

corpos agora era um só. Quando num instante o iate balançara muito forte e uma onda o atingira. Isso era estranho, pois estavam em um rio, não no mar.

-O que foi isso?-Loreley estava realmente assustada e agarrara Karl com

toda força.

-Não sei! Calma!-Karl estava tão apavorado quanto ela.

Mais um balanço fez com que Karl caísse no rio.

-Karl!? Karl!?- Loreley viu que alguma coisa o puxara para o fundo.

Agora ela sentia-se desesperadamente sozinha.- Ah meu Deus, Karl!?

Quando olha para trás, se assusta e caí adormecida no chão do iate.

Mais tarde, ela acordara deitada numa cama de pedras. O mais estranho era que, Loreley estava no fundo do rio, respirando e falando debaixo d'água.