– Acho que você não deve cantar vitória tão cedo, Edward. – falou o homem que, quando eu cheguei, estava em cima de Bella. Só que neste momento, ele apontava uma arma na cabeça dela.

Capitulo 9 – Ninguém se mete com Rosalie Cullen.

Edward P.O.V.

          – Por favor, não faça nada com ela. – Implorei.

          Ele riu e respondeu:

          – Engraçado, há algum tempo atrás, você não foi tão gentil comigo.

          – Eu tenho dinheiro, eu posso te dar, só a deixe livre...

          – Não é isso que eu quero. – falou sarcástico.

          – Então o que você quer? – perguntei nervoso.

          – No momento, ela. – falou cinicamente.

          – Você nem ouse... – falei me aproximando.

          – Ou o que? Não se esqueça que a vida da sua namoradinha está em minhas mãos e não acho que você está na condição de mandar ou desmandar aqui.

          Respirei fundo, eu tinha que organizar meus pensamentos, o que eu mais queria era ir para cima dele e o bater até não conseguir mais, mas ele tinha razão, eu não podia por a vida da Bella em risco, ainda assim eu precisava fazer alguma coisa, mas o que?

          – Sabe ela é muito bonita, você escolheu bem, Edward. Não se preocupe, quando eu acabar meus desejos com ela, eu a devolvo para você. – falou e depois riu.

          Fechei as mãos em punhos, eu estava me segurando para não ir lá e arrancar a cabeça dele. É, era isso que eu tinha vontade. Eu via vermelho, nunca em toda a minha vida eu tive tanta raiva de uma pessoa como estou tendo por esse canalha.

          – Você – falou apontando para o Emmett – aonde pensa que vai? Não se esqueça que a vida de sua amiguinha está em minhas mãos.

          Só agora me lembrei do Emmett. Olhei-o, mas não vi a Rosalie. Emmett olhou sugestivamente para mim, alguma coisa ele estava tramando.

Rosalie P.O.V

          Eu nunca imaginei que, algum dia, algo assim fosse acontecer comigo. Eles no levaram para um terreno perto de alguns galpões abandonados. Eu tentava me proteger de todos os tipos, mas eles eram dois. Estava suja, machucada e cansada de lutar, já estava preste a desistir quando eu vejo aquele... Porco sendo tirado de cima de mim. No momento, não acreditei, mas, então, vi o Emmett lutando com eles e logo Edward veio o ajudar. Emmett me deu seu casaco, me abraçou e disse que tudo estava bem, mas o sentimento de paz não durou muito, um dos homens tinha pegado a Bella. Será que esse pesadelo nunca ia acabar?

          – Calma Rose – Emmett falou em meu ouvido. Só ai que eu percebi que eu chorava e soluçava alto. – Eu preciso que você seja forte, Edward e Bella precisam. Escuta bem o que eu vou te falar, não temos muito tempo, por enquanto esse homem está focado em Edward. Você terá de andar por de trás do galpão para ele não a vê. E irá rodear até chegar na entrada, um pouco mais a frente encontrará o carro. O celular do Edward vai estar no banco do passageiro. Você irá ligar para Jasper avisando que nós as encontramos e esperará alguns seguranças que estarão logo chegando e contara nossa situação...

          – Mas e vocês...

          – Nós ficaremos bem, mas agora você precisa ir. Vá.

          Então sai devagar para trás e depois corri para de trás do galpão. E assim que alcancei o carro deles liguei para Jasper e depois de alguns minutos os quatro seguranças chegaram. Expliquei a situação e assim que acabei de contá-la escutei um tiro.

Bella P.O.V.

          Demorei a perceber que o tal de Ben tinha saído de cima de mim. Eu mal conseguia acreditar que o Edward estava ali, mas logo ele precisou socorrer Emmett. Ainda não acreditava que estava livre daquele pesadelo, mas de repente sinto uma mão em minha boca já iria gritar, mas então a pessoa falou:

          – Fica caladinha, ou então vai ser pior. – olhei para o chão então soube que meu pesadelo ainda não tinha acabado e pior, ele estava com uma arma na minha cabeça que eu não me lembrava de tê-lo visto com ela. Quando Edward percebeu, tentou fazer de tudo para me livrar daquele maníaco, mas nada adiantava e, depois que falou com Emmett, o maníaco disse no meu ouvido me deixando enojada.

          – Que tal nós começarmos nossa brincadeirinha? – falou passando a mão em minha barriga. Solucei alto o que chamou atenção dos rapazes. Edward se aproximou. – Epâ, se eu fosse você não dava nem mais um passo.

          Eu pedi pelo o olhar quase o implorando que ele o escutasse. Eu não aguentaria ver ele machucado e ainda por minha causa. Edward olhou para mim, senti que ele travava um luta interna, mas quando Ben beijou meu pescoço, tudo aconteceu em uma fração de segundos. Edward veio aproximando-se e Ben apontou a arma em direção a ele, e eu percebi em seu olhar que era isso o que ele queria, mas eu não poderia deixar isso acontecer. Então agarrei a mão dele que segurava a arma e tentei move - la para cima e o disparo se fez. Fechei os olhos e quando tornei a abri-los vi que não tinha sido atingida e nem Ben. A arma voou para longe e Edward me puxou para ele. Vi Ben engatinhando em direção a arma, mas Emmett pisou na sua mão e falou:

          – Acho que não devia fazer isso - deu um chute nele e pegou a arma. Nesse momento, alguns seguranças e Rosalie saiam de trás das arvores. Pegaram os bandidos e seguraram. Algum tempo depois, quando estávamos conversando com alguns seguranças, vejo Ben cair novamente e Rosalie com um taco de beisebol nas mãos, ele tinha se desvencilhado do segurança que estavam os vigiando.

          – Ninguém se mete com Rosalie Cullen – falou e nós todos rimos. Rimos porque o pesadelo tinha acabado, rimos porque estávamos ainda confusos, rimos porque estávamos nervosos e rimos porque a cena foi engraçada.

[...]

          Depois de uns vinte minutos, Jasper e Alice chegaram com mais dois seguranças. Ele disse que, quando Rosalie ligou, ele já estava vindo para cá. Depois de alguns minutos, chegou uma ambulância e o policial. O policial nos informou que aqueles homens eram procurados e já tinham feito outras vítimas.

            Agora eu estava na ambulância sendo atendida, Rosalie já tinha passado pelos paramédicos. Eu não tive nada grave só um pequeno corte no lábio inferior, alguns hematomas no braço e tinha machucado meu pulso.

           – Você, realmente, está bem? – Edward perguntou novamente.

           – Edward, eu já disse que sim.

          Contei para Rosalie e Alice quem eram os homens e elas ficaram boquiabertas ao saberem.

          Quando chegamos à irmandade já estava amanhecendo e as meninas foram logo fazendo milhares de perguntas. Edward vendo meu desespero me convidou para sair dali. E eu claro, aceitei. Ainda estava muito abalada e relembrar o que tinha acontecido não era o que queria naquele momento.

          Levou me, puxando pela mão até o seu carro e disse que me mostraria algo. No caminho, ficamos em silêncio, porém em um silêncio agradável, aquele que eu tanto ansiava desde que acabou aquilo. Nunca gostei tanto da sensação do vento em meu corpo, da paisagem e da música que soava no carro.

          Ele parou perto de uma mata, pegou um cobertor no porta-malas, estendeu me a mão e entramos em uma trilha. Tropecei um pouco, mas nada que eu já não estivesse acostumada.

          Depois do última franja de samambaias, entrei no lugar mais lindo que eu já vi. A campina era pequena, perfeitamente redonda e cheia de flores silvestre – violetas, amarelas e de um branco delicado. Em algum lugar perto dali, pude ouvir a música borbulhante de um riacho. O céu em tons de rosa, azul e laranja junto com o nascer do sol.

          Edward estendeu o cobertor no chão e se deitou, me chamando para o lado dele. Vimos o resto do nascer do sol, ficamos um tempo só observando.

          - Isso é tão lindo. - comentei

          - É, muito – concordou.

          Olhei-o e ele me observava, senti minhas bochechas arderem.

          – Como você achou esse lugar?

          – Foi logo quando eu cheguei aqui. Queria ficar sozinho, estava dirigindo e achei essa trilha. Então, encontrei esse lugar. Eu gosto de vir aqui quando eu quero ficar sozinho, pensar...

          – Alguém mais conhece essa campina?

          – Não, só eu e você. – falou me olhando.

          – Eu... eu queria agradecer você, se vocês não tivessem chegado lá. Eu não quero nem imaginar o que poderia ter acontecido. – sentia as lágrimas caindo.

          – Shhh Bella, já passou. – falou me abraçando e, nesse momento, eu me senti plena, em paz e segura. – mas você tem que me prometer que não vai mais fazer aquilo, Bella. Eu quase morri quando eu vi você “lutando” com ele.

           Nossos olhos se encontraram e eu apenas assenti.

           - Se algo tivesse acontecido com você, não me perdoaria. Acho que envelheci dez anos essa noite.

           Rimos um pouco. Ele sempre quebrava o gelo. Ele era tão lindo rindo, os raios de sol davam um cor ainda mais estranha ao seu cabelo, mas isso não o deixava menos perfeito, pelo contrário.

       Então, nos fitamos e graça tinha ido embora. Edward estava, cada vez mais, perto, mas o meu celular começou a tocar e nos afastamos rápido demais quase como se tivéssemos cometido um crime.

          - Alô? - era Alice.

          - Bella, onde você está? Estamos preocupados com você.

          - Edward me chamou para dar uma volta. - comentei.

          - Certo. Olha, liguei para papai...

          - Você o que, Alice? - eu não acreditava que ela tinha feito isso.

          - É claro, Bella. Papai tinha que saber e ele saberá resolver essa situação. Agora, venha rápido que ele está quase chegando aqui. - falou e desligou.

          - O que aconteceu? - Edward perguntou.

          - Alice chamou meu pai e ele está vindo para cá. Anda, precisamos ir. Além do mais, você precisa mesmo de um banho.

          - O que você está insinuando, Isabella?

          Ri e sai correndo. É claro, que ele não estava fedendo, o seu cheiro era muito bom, mas adorava brincar com a sua cara.

          Eu conhecia ele a tão pouco tempo, mas ele já se tornara uma pessoa tão importante para mim, eu sabia que sentia algo estranho por ele e tinha medo disso. Edward, o que você fez comigo?