Only Need Your Look escrita por NyahM


Capítulo 7
Capítulo Sétimo - Im The Snake In Your Soup.


Notas iniciais do capítulo

Porque a Medusa sempre será a cobra da sua sopa, mulek q








Ok, agora, aproveitem o capítulo XD



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Mais um dia. Crona sentindo uma ardência nos braços e pernas. Abriu os olhos devagar, se deparando com Liz lhe sorrindo com carinho, enquanto cuidava de suas feridas.  A mais velha só riu, ao ver o pequeno rosto ficar vermelho de vergonha, pois estava sem o vestido.

- Não se incomode, Crona. Eu cuido de Patty desde pequenininha até hoje, estou acostumada.

Liz murmurou em um tom tranquilizador, terminando de tratar de um ferimento particularmente grave. Sentia um cheiro forte de remédios e pomadas no ar, misturados a um perfume de homem, e no andar debaixo, os gritos histéricos de felicidade de Patty. De repente, a mulher se levantou e caminhou até uma poltrona, onde haviam algumas roupas. Só agora Crona prestou atenção onde estava. A cama sem uma única imperfeição, tapetes colocados estratégicamente e até mesmo o perfume. De qualquer maneira, não fazia idéia do porque estava no quarto de Kid, situação tão constrangedora.

XXX

- Kid, ela já está bem... Quer vê-la?

O menino levantou a cabeça do jogo Monopoly que jogava com Patty, mesmo que odiasse aquele tipo de jogo. Assentiu, se levantando e indicando para que Liz mantivesse Patty jogando. Enquanto ela estava jogando, não destruía nada, pelo menos. Subiu as escadas até o quarto que sabia que era seu, e ficou parado em frente as simétricas portas.

Ainda mesmo agora, com a sensação de bom herói que tinha, ainda havia uma voz lhe dizendo que tomava uma atitude egoísta, mesquinha, baseada nos seus verdadeiros desejos e não focado no que poderia ter acontecido com Crona. Em meio ao seu conto de fadas da realidade não pensava que existiam bruxas más e feiticeiros cruéis, mas talvez criminosos com pouco tutano. Se enganar foi o segundo tapa na cara que levou da vida.

Até um tempo atrás, pensava que Crona era o único.

XXX

A menina estava deitada em uma cama alta, cercada pelo que parecia ser o ápice do confortável, aconchegante. Essa era a segunda vez que se sentia assim. Nunca se esqueceria da primeira, e não esperaria uma terceira. Segunda. A segunda era perfeita. Equilíbrio, era o que Kid dizia. Iria seguir as leis que ele criou, então sabia que estaria segura. Respirou profundamente quando sentiu um peso a mais na cama, como alguém se sentando. Ainda de olhos fechados, teve os cabelos acariciados por uma mão conhecida. Então, os olhares se encontraram de novo.

O momento era caloroso, satisfeito. Como a calmaria depois da tempestade. Apesar do corpo pequeno ainda se esconder debaixo de lençóis, fraco e machucado, sabia que as feridas iriam se curar. Que as lembranças iriam sumir de sua cabeça, e que todo o tormento e fragilidade de sua mente, seria estabilizado. Ia aprender a lidar com tudo isso.

Ia esquecer. Tormento, tortura, passado, escravidão, sofrimento, Medusa, Ragnarok...

Espere.

Ragnarok!

XXX

- Ragnarok... Ragnarok. Ragnarok. Ragnarok.

- Lady Medusa?

Ragnarok surgiu na sala, ao ouvir seu nome sendo repetido várias vezes em um tom maldoso. Medusa estava sentada, numa poltrona confortável no meio da sala, enquanto assistia sobre um documentário sobre cobras na TV. Na televisão, uma cobra se enrolava no apresentador, que sorria como um bobo. Medusa riu.

- Crona foi pega.

- Eu sei.

- Uhum. Crona foi pega. Pega.

Ragnarok engoliu em seco com o olhar vidrado da mãe, e olhou para a televisão. Estranho. Não tinha percebido quando ela foi desligada. Medusa continuava a olhar a TV com um sorriso. Estava nervoso.

- Eu vou sair. Cuide de casa.

XXX

- Stein... Stein, está tudo bem com você?

Marie era uma esposa cuidadosa. Seu marido, não tanto, mas ainda assim um homem responsável. Cientista. Não era dos melhores, era excêntrico demais para que o julgassem sério, para que tivesse um cargo alto em um lugar de qualidade. Mas, em casa, ele se portava como qualquer outro. Se importava com Marie e o filho que teriam, hoje imaturo, no ventre da mãe. A barriga ainda não aparecia. Mesmo assim, Marie sorria para todos, entusiasmada.

- Estou bem, não se preocupe.

Lançou um curto sorriso para a mulher, e seguiu para o banheiro.

Assim que fechou a porta, ouviu o toque do celular, que ainda estava em seu bolso. Nunca se deu muito bem com tecnologias, mas o básico era necessário. Se sentiu confuso ao ver o número desconhecido, mas atendeu logo em seguida.

- Doutor Frankein Stein. Esqueceu-se da família, não é mesmo?

XXX


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