Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 5
Felicidade?




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Katharine entrou em casa, e sua madrasta estava ainda olhando pela janela. Ela então decidiu aproveitar a oportunidade e ir para seu quarto. Estava subindo as escadas quando ouve ela dizer:

- Venha aqui! – ordenou, e a garota fez. – Quem era aquele menino?

- Apenas um colega de sala.

- Espero que você não esteja contando a ele o que acontece aqui dentro. – disse em um tom de ameaça. Soraya depois pegou o rosto dela entre as mãos com força e o ergueu. – Seu pai está voltando da viagem, arranje um jeito de cobrir essas marcas vermelhas.

- Como? Cagando em minhas mãos e passando no rosto? – respondeu ela com ironia. Nos dias que seu pai voltava para casa, ela não tinha coragem de bater nela, então a menina se divertia falando coisas para provocá-la.

- No meu quarto tem um caixa com pó, corretivo e etc. Passa no rosto, e esteja pronta para o almoço em família. – Se fosse em família você não estaria aqui, pensou Katharine querendo dizer aquilo em voz alta, mas logo voltou atrás.

- Já almocei.

- Então vai almoçar de novo. Suba!

Katharine subiu, mas não por que aquela cobra ordenou, mas por que não queria mais ouvir aquela voz. Foi ao quarto dela. Não parecia mais o quarto do seu pai também. A cocha de cama era rosa, as paredes estavam decoradas com fotos de Soraya, as coisas de seu pai podiam ser percebidas em cantos do cômodo, ou em pequenos espaços.

Ela pegou a caixa e voltou ao seu quarto.

A felicidade dela era enorme. Sorria, apesar de a chegada do seu pai não mudar muita coisa. Soraya sentia muito ciúmes da relação que ele tinha com a filha, apesar de agir “anormalmente” perto dele, nas costas faz coisas que infernizam sua vida.

Tomou um longo banho, se enrolou na toalha e foi pegar a caixa que deixou em cima da cama em seu quarto.

Mas mal sabia ela, que Alex estava a espreitando.

Não que ele quisesse ver aquela cena, mas queria ver se estava tudo bem. Se sentiu envergonhado de estar ali agora, em cima de uma árvore assistindo ela apenas com a toalha cobrindo-a. Desceu a árvore cuidadosamente, quase sem causar ruído, para que ninguém suspeitasse, e foi para seu apartamento.

Katharine conseguiu cobrir todas as marcas do rosto, e colocou uma roupa que cobria todo o seu corpo. Desceu as escadas, e seu pai já estava lá. Ela foi correndo abraçá-lo, depois de dias, sentiu o conforto de estar de novo nos braços do pai. Mas mesmo assim as feridas tinham que atrapalhar. Desvencilhou-se de seu pai quando seus hematomas começaram a arder.

- Nossa, estou morrendo de fome! O que temos para o almoço? – perguntou ele muito animado.

- Comida chinesa. – Novamente Soraya faz do seu jeito. Ele faz uma cara de desapontamento. Katharine sabia, seu pai gostava de comida caseira, e nunca foi fã dessas comidas exóticas orientais.

- Hum... então vamos comer. – foram para mesa, que já estava posta com todos aqueles peixes crus, e os palitinhos que até hoje não sabiam o nome.

- Filha, você está bem? – perguntou o pai, vendo que ela, ao contrário dele, não estava tentando comer nada.

- Pai, você quer que eu frite um ovo para você? – perguntou ela, fugindo um pouco do assunto.

- Adoraria! – na hora ele colocou aquela comida de lado, e Soraya lançou um olhar de raiva a Katharine.

Mas ela pouco se importou, se levantou, e foi até a geladeira pegar o ovo. O fritou e deu para o seu pai, do jeito que ele gostava, com a gema mole.

- Obrigada, filhota. Você está de regime? Não quer comer nada. – Perguntou quando ela se sentou e ficou brincando com a comida.

- Eu já almocei.

- Ela almoçou com um menino. Ele veio deixá-la aqui em casa. – se intrometeu a madrasta dela.

- Sério? Quem era ele? – Mas mal ela sabia a união do pai com Katharine.

Antes de ela entrar na vida dos dois, eles eram completamente unidos, ele que teve que ajudá-la na primeira menstrução, no primeiro amor que achava que seria para sempre, e as confissões de uma quase-adolescente.

- Não era ninguém, só um colega de sala.

- Hum...

- Aonde vocês almoçaram? – se intrometeu novamente a madrasta.

- Por que você quer saber?

- Não acha que seu pai tem que estar à parte do que você anda fazendo? – respondeu ela.

- Não, se não foi ele que perguntou. – respondeu a garota novamente, serenamente.

- Deixa a menina, Soraya.

- Eu vou subir, tenho muito dever de casa para fazer. – era mentira, hoje tinha matado aula, mais ao mesmo tempo era verdade, pois havia deveres atrasados.

Trancou a porta do seu quarto, e abriu o caderno de inglês que era o que estava mais atrasado em relação aos outros.

Depois de terminar todos os deveres, ainda era cedo, mas mesmo assim ela se sentia cansada de escrever, e entediada.

Deitou e dormiu.

Alex estava em seu apartamento tentando entender aquelas manchas no corpo da Katharine. Quando a viu de toalha, ainda pode perceber delas algumas em seus braços e pernas.

Não sabia porque mas não conseguia esquecer aquela cena. Ela passava na cabeça dele, como slides.

Não, ele não podia! Tinha que se lembrar disso.

Ele olhou no relógio, e era ainda 7:00 horas da noite. Não queria dormir, mas era melhor do que ter pensamentos com Katharine.

 

De manhã, Katharine acordou um pouco mais disposta, já que sua madrasta não tinha a acordado. Se levantou, fez sua higiene diária, pegou suas coisas, e desceu. Hoje seu rosto estava um pouco menos vermelho, dava para disfarçar sem aquela maquiagem de ontem.

Ninguém estava de pé ainda, pelo mais incrível que seja. Parecia que Soraya apenas acordava para importuná-la.

Foi na cozinha, pegou uma maçã na fruteira e foi para a escola.

Alex já a esperava lá, desta vez não deixaria que ela matasse aula novamente. Evangelina também a esperava na porta do colégio estava preocupada, pois sabe que ela não é de faltar.

- Tudo bem com você, Katharine? Por que você faltou ontem? – logo perguntou sua amiga quando ela chegou à escola.

- Ahn... Acordei um pouco tarde de mais ontem. – Foi a melhor desculpa que ela pode inventar.

Não demorou nem cinco minutos, e o sinal tocou. Todos os alunos se encaminharam desanimadamente para suas salas. Hoje ainda era quarta-feira, e faltava muito para o final de semana.

Hoje a primeira aula de Katharine seria história, e conseqüentemente a do Alex também. Seguiram para a mesma sala, e ele se sentou novamente do lado dela.

- Você vai me responder à pergunta de ontem? – perguntou Alex, enquanto a professora fazia a chamada.

- Você não respondeu a minha.

- Se eu responder uma pergunta sua, você responde uma minha?

- Depende do que você quer perguntar.

Isso já estava o frustrando. Mas ele entendia o do por que ela ser assim tão reservada. Ela não sabia em quem confiar, tinha medo. Ele tinha que conquistar a confiança dela.

- E que tipo de pergunta seria aquela que você não responderia? – perguntou ele.

- Pergunte, e veremos.

- Por que você é assim?

- Assim como?

- Sempre tem uma resposta na ponta da língua para qualquer coisa, veste essas roupas escuras e largas sempre, e quase não se socializa com as outras pessoas? – dizendo das roupas ele se lembrou de ontem.

- Por que eu sou assim. Certas coisas não tem como mudar. - Ela mente, e Alex percebe, apenas no seu jeito de falar.

- Você sabe que pode confiar em mim.

- Claro, você me lembra isso todo o dia.

- Katharine e Alex, já que você estão tão interessados na matéria, podem me explicar o que eu acabei de falar? – era a professora. Os dois ficaram em silêncio, nenhum dos dois sabia o que responder. – Acabaram de ganhar uma detenção, os dois. Depois da aula, na minha sala.

Katharine sentiu seu sangue borbulhar em suas veias de tanta raiva! Por causa dele, ela ficaria lá depois da aula. Tomara que seu pai esteja em casa quando chegar.

 

 


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Notas finais do capítulo

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