Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 15
Encontro Indesejável


Notas iniciais do capítulo

Agradeço desde já, todos os comentários e apoio de vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91516/chapter/15

Sem sair para nenhum lugar, o casal se entediava. A única que saia pela porta era Victória, que ia a farmácia quando Katharine passava mal, ou comprava qualquer suprimento alimentício para a casa. Por alguma razão ela não queria que nenhum deles saísse para qualquer lugar que fosse. Isso frustrava tanto Katharine quanto Alex, que odiava ser tratado como uma criança irresponsável.

E além de tudo, ele se preocupava com Katharine. Apesar de ainda estar no terceiro mês, sua barriga estava maior do que acharia ser possível para aquele tempo.

Naquela manhã, como todas, Alex estava fazendo o café da manhã para sua amada, Victória dormia no sofá, e Katharine estava deitada exausta em sua cama. Era um dia comum, ou o mais comum possível, levando em conta que desde que Victória chegou, nenhum deles tinha a permissão de sair.

- Bom dia, Alexander. – disse sem nenhuma vontade Victória atrás de si.

- Bom dia. – sussurrou indiferente.

- Como está Katharine? – perguntou ela meio que distraída.

- Como ela está?! Como você acha que ela está?! A barriga dela esta enorme! Ele deveria está sendo acompanhada por um médico! E não confiscada em quatro paredes.

- Eu não posso arriscar a vida dela! Você tem idéia do que ela pode estar carregando, ou quem pode estar atrás dela? Aquele demônio a achou uma vez, não duvido que ache de novo. Apenas a estou protegendo.

- Ela está carregando o meu filho! O nosso! E vo... – Victória o cortou antes que ele pudesse continuar.

- Pode ser seu filho ou não. Ou você acha que aquele demônio apenas a procuraria para dizer ‘olá’?

Naquele momento Alex se sentiu triste. Tinha se esquecido daquele detalhe. Ele não tinha certeza se era o pai daquela criança que estava para nascer, e ter Victória o lembrando não era uma coisa muito consoladora.

- Sendo ou não o meu filho me preocupo com ela.

- Então você deveria saber que não é seguro para ela sair.

- Para quem sair? – perguntou Katharine surpreendendo os dois.

- Ninguém. – disse Victória.

- Claro que é alguém. Vocês estavam falando de mim não era? Alex o que aconteceu?

- Nada. Come alguma coisa que nós vamos ao médico.

Victória o fulminou com o olhar. Ele não entendia que eles estavam por aí. Victória podia não dizer isso a eles, mas podia sentir a presença de todos eles, os vigiando a noite toda. Ela tentava ficar atenta a todos, e eles iam embora, quando percebiam a anja atenta.

- Faça o que quiser, Alexander. – disse e saiu.

Katharine se sentou, e Alex serviu o café e os waffes para ela, que estava morrendo de fome. Ela comeu rapidamente, sem deixar nenhum rastro da comida que esteve no prato.

- Vamos nos arrumar agora. – disse Alex se levantando.

- Mas Alex, você não acha que a Victória... – ela não pode continuar, pois Alex a cortou no meio da frase.

- A Victória não tem que achar nada. Você vai ao médico e pronto! – Dizendo isso, pegou o pulso da garota, e a levou até o quarto fechando a porta atrás de si. – Por favor se veste que a gente vai sair. – Disse ele dessa vez um pouco mais dócil para não assustá-la, e se virou para a parede para que ela se vestisse.

Ela se despiu e colocou outra roupa rapidamente. Então ela saiu do quarto e Alex se trocou.

Quando os dois saíram, Victória não estava mais no apartamento. Os dois caminharam pelas ruas, até chegarem a um hospital público. Chegando lá, fizeram uma ficha, e depois foram para a triagem, e ficaram esperando até chamarem eles.

Depois de uns trinta minutos, eles foram chamados. Entraram em um corredor, onde tinha vários consultórios, havia algumas mulheres grávidas sentadas em umas cadeiras junto com seus maridos, e infelizmente, um deles era Soraya e seu pai.

Katharine paralisou. Alex não entendeu, mas logo seguiu o olhar da garota e entendeu. Ela não entendia o que eles estavam fazendo em um hospital público. A garota sabia que eles poderiam ter atendimento em qualquer hospital particular.

- Senhorita Katharine Rodrigues, por favor, estou aguardando você no consultório seis. – disse o médico impaciente, percebendo ela parada no meio do corredor.

O nome dela não passou despercebido pelo pai, que logo começou a procurar entre os pacientes sua filha, não demorou a achar. Levantou-se e foi até o casal que permanecia parado.

- O que você está fazendo aqui?! Quer dizer, onde você passou todos esses dias?! – gritou o pai, seus olhos ainda não tinham percebido o volume na barriga, mas não demorou a perceber – E agora você me aparece grávida?! Quero saber exatamente quem é esse garoto, e quero saber o que você anda fazendo! – naquele momento, todos do hospital olharam para os três.

Katharine não sabia o que responder para o pai, então Alex começou.

- Sou Alexander Diaz, e sou namorado da sua filha. –disse ele apenas.

- Quer dizer que ela tem passado todo esse tempo com você?

- Sim.

- E foi você que a engravidou?

Infelizmente, ele não sabia informar para ele, mas iria se responsabilizar por qualquer dano. Então ele assentiu.

- Sinto muito, mas você vai voltar para casa hoje, Katharine. – disse ele com uma certa frieza na voz, puxando o pulso da filha.

- Não! Eu não vou! Me solta! – protestou a menina, mas quanto mais ela tentava se soltar, mais ele aumentava a pressão de seus dedos no pulso delicado da filha.

Vários dos pacientes se assustaram com a agressividade daquele homem, que faltava bater na garota grávida, mas Alex interferiu. Ele puxou Katharine para si de uma vez e a abraçou.

- Sinto muito, mas você não vai levá-la a lugar nenhum. –disse ele.

- E quem é você para me impedir?! Eu sou o pai dela! E quero você bem longe da minha filha, entendeu?!

- Se você é o pai dela, deveria protegê-la, e não fazê-la ficar mal na frente de tantas pessoas. – várias pessoas concordaram.

Katharine não reconhecia mais o pai. Aquele homem, amoroso e carinhoso, se foi quando sua mão faleceu. Agora o que restou foi aquele homem arrogante e insensível. Seu pai não era aquele, ele tinha morrido.

- Ela continua sendo minha filha! E vou levá-la daqui. Nunca mais quero você perto dela, já te avisei uma vez, não quero ter que aviar de novo.

- Já perguntou para ela, se quer ir com o senhor? – os avisos daquele mortal eram tão inúteis, quanto procurar uma agulha no meio de uma palha. A maior preocupação era Katharine.

- Ela querendo ou não, vai comigo e Soraya para casa!

- Não, eu não vou! Nem quero mais saber dessa mulher e você! Você não é mais o meu pai! – se pronunciou Katharine. Aquelas palavras machucavam, ela podia ver nos olhos de seu pai, mas teve que dizer. Então ele voltou a se sentar do lado da Soraya e seu filho.

- Katharine Rodrigues, eu não tenho todo o tempo do mundo. – disse o médico novamente, mais impaciente do que da última vez.

Katharine e Alex se encaminharam até o consultório seis. Alex se sentou em uma cadeira enquanto Katharine trocava sua roupa por uma de pano do hospital, que era aberta na região da barriga.

Ela se deitou na maca, e o médico jogou um gel gelado, e depois passou um aparelho na barriga da garota.  Uma imagem em preto branco aparecia no aparelho do lado da maca. O médico a olhava atentamente.

- Quantos meses têm?

- Acho que três. – respondeu Katharine.

- São gêmeos. E bem fortes. Estão bem grandes.

Katharine não pode deixar de sorrir. Alex se levantou para ver a estranha imagem na tela do aparelho. Ele também se alegrou.

- Bem, prece que está tudo bem. Sem nenhuma anormalidade detectada. Estão crescendo fortes. Só aconselho a você não beber, não fumar, ou fazer qualquer coisa muito prejudicial. Coma coisas saudáveis e beba bastante água.

- Obrigada, Doutor.

- De nada. Pode se trocar.

Depois dela de trocar, os dois saíram sorridentes do hospital. Mas alguém poderia estragá-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!