Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 11
O fim de tudo nunca chega




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Como o esperado, Victoria viu tudo. Ele não tinha escutado nada o que a mesma tinha dito. Porque ela sabia que aquilo não foi um simples ato sexual, e sim uma entrega de amor. Ele tinha muitos problemas com que se preocupar. Muitos.

Victoria tinha que falar com ele, a melhor forma era: sonho. Não era muito difícil, na verdade muito simples, fazia isso todo o tempo.

- Alexander! Você Tem ideia do que acabou de fazer?! Na enorme idiotice que você cometeu?! Eu lhe disse para não fazer isso, mas mesmo assim o fez! Qual o seu problema?! Eu estou tentando te proteger, fui eu que te defendi em todo esse tempo, e é assim que me agradece?! Se afundado cada vez mais?! E se ela engravidar?! Você pensou nisso, todos iriam saber... – ela estava realmente alterada. Falava em claro e alto tom.

- Desculpa, está bem? Eu... Eu não pensei...

- Claro que não pensou! Você nunca pensa, não é? Sempre deixa para pensar depois, quando toda a merda já está feita, e não há volta! Você ao menos pensou quando o deixamos ficar encarregado da encruzilhada, e não deixar que ninguém fosse até lá fazer pacto com Lúcifer? E você foi fazer sei lá o que, e várias almas foram vendidas por coisas fúteis?! Ou talvez quando deixou seu protegido se suicidar?! Ou devo citar a vez que você simplesmente entregou uma menina para a galera lá de baixo?! – ela jogou todo o passado de Alex na cara dele, sem exitar. Estava com muita raiva.

- Cala a Boca! Você ao menos sabe como eu me sinto em relação a ela?! Que talvez eu esteja experimentado uma coisa completamente nova?!

- Claro que eu sei como você está se sentindo. Mas...

- Errado! Você não sabe! Nenhum de vocês sabe! E sabe por quê? Apenas pelo simples de você não poder se apaixonar! Você nunca vai saber! – Agora ele tinha acabado de afirmar o obvio: ele a amava.

- Alex, você sabe que podemos amar. Mas não desse jeito. Porque quando estamos apaixonados, colocamos a pessoas amada sempre em primeiro lugar. Não importa se seja certou ou errado, você irá fazer tudo por ela. É um sentimento humano. – dessa vez, ela explicou mansamente. Sem aumentar a voz.

- Então, eu gostaria de ser humano.

Neste exato momento, o despertador tocou, e ele despertou do seu sonho. Ele estava com muita raiva da conversa que teve com a anja. Mas assim que viu os brilhantes olhos azuis de Katharine se abrindo, e um sorriso se formando no rosto alvo, seu humor mudou automaticamente.

- Bom dia. – murmurou ela, dando um beijo na bochecha de Alex.

- Bom dia. – disse, e deu um selinho na garota, que ficou um pouco corada - Quer tomar banho primeiro?

- Ah... Ok. – Disse se levantado enrolada no lençol. Pegou uma roupa na bolsa que o garoto havia trago no dia anterior, e entrou no banheiro.

Logo depois Alex fez o mesmo, e então os dois já estavam prontos para ir para a escola. Chegaram quase na hora que o sinal tocou, e foram para as suas respectivas aulas.

Na hora do intervalo, Katharine encontrou com Evangelina.

- Por que ontem você não veio para a escola? Você nunca foi de faltar, e desde que esse novato chegou você já faltou duas. E não pense que eu não percebi o modo que vocês estão juntinhos.

Katharine deu uma leve risadinha. Mas ela não sabia muito bem como explicar para a amiga. Na verdade nem sabia se o Alex e ela tinham alguma coisa para poder explicar.

- Nada. Passei mal ontem.

- Hum... Mas enfim, ontem você deveria ter vindo. A Heloisa Davis arrumou um namorado, faz mais ou menos dois dias, sabia? – Katharine negou com a cabeça, e a Evangelina continuou: - Mesmo assim, ontem ele deu um fora nela, não sei por que, mas foi feio. Ele a chamou de vadia, disse que ela parecia mais uma prostituta, e que não aguentava mais ficar de segundo plano com ela, e ainda para completar ele disse que ela beijava como um cachorro.

- Hum...

Realmente para Katharine, não era exatamente uma coisa que não se deva perder, apesar de que teria adorado ver a cara dela quando levou aquele fora.

Neste instante o sinal tocou, e foram para suas salas.

O sinal menos esperado por um casal acaba de tocar. Katharine sabia que não iria passar novamente à noite na casa do seu amado, e ele o mesmo. Iriam se separar, mas ele não queria nunca mais se separar dela.

Eles caminharam lado a lado até o portão da escola, onde se despediram:

- Tchau, Alex. Até amanhã. – disse Katharine, somente, já seguindo o seu caminho. Mas Alex pegou seu pulso, e a trouxe de volta para ele.

- Não vai me dar nem um beijo de despedida? – na mesma hora em que ele perguntou isso, a beijou na frente de todos.

- Er... Tchau. – disse ela um pouco surpresa depois do beijo, e constrangida por ter sido na frente de todos.

- Tchau.

Ela caminhou, ainda com todos os olhares em sua direção, mas não fez muita questão de prestar atenção, apenas se concentrar no que aconteceria se voltasse para casa. Ela até pensou em fazer como o Alex, e pular a janela até o seu quarto, mas ela pensou que talvez não tivesse a mesma habilidade que ele.

Então, abriu a porta de casa. Surpreendeu-se em ver o seu pai lá, e quando olhou para sua madrasta, ela a mirava maliciosa, como uma criança que acaba de fazer uma travessura.

- Você pode-me dizer aonde estava esse dois últimos dias, Katharine? – perguntou com autoridade seu pai.

- E...Eu tava na casa de uma amiga...

- Você sabia que a sua madrasta teve muitas dores esses dias por causa do bebê? E que ela estava muito preocupada com você, nestes dias?! Sua mãe está...

- Ela não é minha mãe, e nunca será. Minha mãe está morta. E ninguém, muito menos essa mocreia vai entrar no lugar dela!

- Olha a educação! Você agora está de castigo, entendeu?! Até você aprender a respeitar a Soraya. Vá para o seu quarto agora mesmo!

Ela correu para o seu quarto sem reclamar, e fechou sua porta em um baque que ecoou em seus ouvidos.

Como seu pai poderia chamar aquela vadia de “sua mãe”? A sua raiva aumentou cada vez mais. Ela queria naquele momento contar tudo para ele sobre ela.

Ela abriu sua porta de novo, e Soraya já estava na porta, com aquele mesmo sorriso estampado na cara.

- Nós duas sabemos que você não contou a verdade. Então você estava na casa daquele seu namoradinho que veio trazer você outro dia?

- Não te interessa!

- Ah... E outra coisa, eu não sou mocreia, sua vagabunda! – disse dando um tapa na cara dela, muito forte. Muito mais forte do que ela já havia se lembrado de levar. – E da próxima vez, faço pior. Só não te bato mais, porque não estou bem.

E saiu, fechando a porta.

Aonde estava o seu pai numa hora dessas? Não se sabe. Mas ela sabia que parecia que aquilo não tinha fim. Era um ciclo torturante, que não adiantava fugir.


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