Speechless escrita por Vick_Vampire, Jubs Novaes


Capítulo 20
19. Verdadeiros Motivos - e agora?


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal!
Boa Leitura!



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Alice

                “Está certo, mas agora eu tenho você como amigo, e isso basta para mim”.

                Foi até estranho eu perceber que tecia aquelas palavras com tanta facilidade, e que vinham direto do meu coração. Aquele pensamento me fez sorrir luminosamente para Jasper. Aquele tipo de frase, que, de fato, vinha do coração, era algo que eu nunca tinha sentido, nunca, na minha vida inteira.

                Tudo bem, dezessete anos de vida não eram exatamente um tempo muito longo, mas fazia parecer que eu nunca tinha tido sequer um amigo e, talvez, fosse realmente verdade.

                Os olhos sorridentes cor de âmbar de Jasper me mostravam que, de fato, ele era um amigo de verdade. Naquele momento, tive vontade de segurar a mão dele, para mostrar o quanto me importava. Minha mão esquerda já estava naquele caminho, lentamente, mas meus dedos se esticavam, ansiosos, para tocá-lo.

                E quando o fizeram, eles voltaram automaticamente, porque eu sentia como se tivesse levado um choque. Milhares de imagens preencheram minha mente, me deixando zonza.

                A vez que Jasper me segurou antes que eu pudesse cair para trás, e eu pensara que era Emmett; a vez que eu o toquei, pouco antes de conhecer Tanya; a vez que ele tocou a minha cicatriz nas costas; o momento a poucos segundos atrás, que ele tocara meu rosto; por fim, sem sentido, veio a imagem de Emmett e Rosalie caçoando de mim, no primeiro dia de aula depois do acidente.

                Controlei meus impulsos e tentei fazer uma expressão normal, porque Jasper me observava. Mas, no fundo, tinha vontade de chorar como um bebê. Dei um sorriso amarelo, tentando disfarçar o sentimento estranho que me corroera a segundos atrás.

                Droga, ele tinha Tanya! Por que diabos aquilo acontecia?

                Aquilo o quê, Alice? , minha mente questionou.

               Essa era uma boa pergunta.

                Puxei o bloquinho e a caneta apressadamente e comecei a escrever num garrancho: “Você não tem que trabalhar? Quer dizer, não quero que perca o emprego por ficar o dia inteiro aqui.”. Mas, um segundo antes de mostrar o bloquinho, algo me ocorreu, e eu puxei de volta e continuei a escrever: “Pode me fazer um favor? Pergunte à Tanya se ela já encontrou algum emprego. E que espero que ela me perdoe pelo que fiz.”

                Ele leu atentamente, franzindo o cenho daquele jeito engraçado e único dele. Eu acho que percebeu que o último assunto que mencionei era algo delicado –que eu não queria me lembrar sobre, mas tinha que lembrar-, porque apenas assentiu de um jeito meio formal.

                Se ergueu da cadeira frágil que estava ao lado da minha maca e acenou, prometendo voltar no dia seguinte. Quis dizer que não seria necessário, mas, quando eu consegui pegar o bloquinho e a caneta, ele já tinha ido.

                Bufei de tédio, esperando que alguma enfermeira pudesse vir até mim e me encher de anestésicos –ou antibióticos, ou analgésicos, não sei. Nunca pretendi ser médica mesmo-, para que eu dormisse enquanto meu corpo se recuperava.

                De repente, me veio à mente uma cena, e eu toquei a meu tampão no olho, para me certificar de que não estava tão feio assim. Graças a Deus, meus braços não doíam mais tão intensamente como antes.

                Mais tarde, naquele mesmo dia, o doutor James voltou ao meu quarto. Tinha os olhos injetados de cansaço, e a postura dele não parecia mais tão imponente como antes. Naquele momento, tive absoluta certeza de que nunca iria querer ser médica.

                A verdade era que eu tinha um sonho profissional ridículo, que eu sabia que nunca mais aconteceria. Mesmo deixando de ser a antiga Alice, eu ainda desejava aquilo.

                Desviei aqueles pensamentos tristes e tentei focar-me no presente. O Dr. James trazia uma prancheta com o meu prontuário no braço esquerdo, e achei que ele fosse me examinar de novo.   

                -Como foi seu dia, Alice? –ele perguntou educadamente. De certo modo, acho que eu gostava mais dele do que do Dr. Hale. Ele era simpático, e sempre estava perguntando se eu me sentia melhor, ou como fora meu dia. Dei de ombros e sinalizei com as mãos um “mais ou menos”. –Hum. Deve ter sido melhor que o meu, pelo menos. Parece que as pessoas se machucam cada vez mais nessa cidade.

                Dei uma risadinha. Ele apoiou a prancheta na mesa de canto ao lado da maca e pediu a minha caneta emprestada.

                -Ok, vamos ver isso. –ele acenou na direção do meu tampão e, com cuidado, o retirou. Agora, eu conseguia enxergar com aquele olho, porém vagamente, já que ainda estava bastante inchado. Ele tocou um certo ponto do meu olho. –Aqui dói?

                Neguei com a cabeça. Ele tocou um outro ponto, e perguntou de novo. Fiz uma careta de dor em resposta. Ele tirou a mão rapidamente e rabiscou algo no prontuário.

                Jogou o antigo tampão numa cesta de lixo metálica e abriu uma gaveta na mesa de canto, tirando materiais para um novo tampão: gaze, esparadrapos e um vidrinho de remédio, que parecia álcool. Ele molhou a gaze com o remédio e começou a colá-la com esparadrapos sobre meu olho, enquanto falava.

                -E os outros machucados? Estão doendo ainda? –eu fiz o mesmo sinal com a mão, aquele que indicava mais ou menos. –Então é melhor eu refazê-los, não é? E suas costas? A cicatriz ainda está muito dolorida?

                Sim, a minha cicatriz ainda doía, e bastante. Mas eu só tinha percebido aquilo naquele momento. Parecia que, quando eu estava com meus amigos, eu esquecia da dor.

                Assenti positivamente, e ele colocou o último esparadrapo ao redor do tampão. Me ajudou a me sentar e tirou o curativo da minha barriga, que tinha uma cor avermelhada. O corte estava praticamente fechado, e logo apenas sobraria uma marquinha rosada no local, mas uma memória desagradável na minha mente, para o resto da minha vida.

                Novamente, ele refez o curativo, e assim se seguiu com todos os outros cortes. Depois de mais alguns minutos anotando e rabiscando no prontuário, ele me desejou boa noite e saiu do meu quarto, me deixando no silêncio tedioso  e solitário do cômodo.

                E o pior era que, de fato, já devia ser noite. Eu só tinha acordado do efeito dos sedativos quando Jasper tinha chego, e aquilo devia ter sido depois das três da tarde –o horário que as aulas terminavam-. Mas como tinha passado tão rápido?

                Talvez eu precisasse sair do hospital para recuperar minha noção de tempo, não?

                Peguei o bloquinho e a caneta e comecei a rabiscar nas mais diversas direções, até a folha ficar completamente preta. Foi quando eu arranquei a folha inútil que percebi que meu bloquinho tinha acabado.

                Apertei o botão da enfermeira, e prontamente ela apareceu. Apontei para o bloquinho sem folhas, e ela pareceu entender o recado. Me disse que procuraria algum caderno ou folhas de rascunho.

                Enquanto esperava, meus dedos batucavam impacientes no lençol branco do hospital. Vi que o “aparador” de metal –ou o que quer que fosse aquilo- tinha um saquinho de plástico com um líquido incolor dentro. Achei que fossem mais sedativos, e agradeci silenciosamente. Era melhor dormir do que não fazer nada.

                De repente, tive um pensamento engraçado, mais para uma ideia. Sabe quando a lâmpada acesa aparece sobre a cabeça dos personagens animados, na televisão? Me sentia assim. Parecia uma ideia maluca. Mas, no momento que eu estava para afastá-la da minha cabeça, a enfermeira surgiu, com um caderno enorme nos braços.

                -Sinto muito, querida –ela se desculpou, e colocou o caderno cuidadosamente no meu colo. Senti o peso de todo o papel que havia ali dentro. –Foi a única coisa que encontrei. Pode ficar para você; o plantonista me disse que não precisava mais dele.

                Agradeci com um assentimento, e ela colocou a agulha do sedativo no meu braço, cobrindo com um esparadrapo e algodão. Se retirou apressadamente, e eu voltei a ficar só.

                E então aquela ideia voltou para a minha cabeça. Ainda não sentia o efeito do sedativo sobre mim; então, eu devia gastar meu tempo fazendo algo útil.

                Abri o caderno na primeira folha, e destampei a caneta. Fui escrevendo devagar, enquanto algumas memórias vinham a minha mente, e eu as colocava no papel. Pareciam ter se passado muitas folhas e horas, quando senti as pálpebras pesarem e se fecharem, me levando para um sono sem sonhos.

                                                                                                ***

                Acordei com um baque surdo. Ergui o pescoço para observar, já que não conseguia me sentar direito. O caderno grosso que estivera no meu colo havia caído no chão, acompanhado da caneta. Bufei.

                Não estava querendo incomodar enfermeiras, mas não tinha a menor ideia de como pegar o caderno do chão. Eu fui perto da beira da maca e estiquei o meu braço ao máximo, no entanto, faltavam alguns bons centímetros até o espiral do caderno.

                Suspirei, fechando os olhos, e voltei à minha antiga posição, no meio da cama. Agora, sentia-me muito e muito melhor. Os hematomas no meu corpo pareciam menos inchados e menores, e alguns dos curativos sequer tinham a mancha rosada de sempre.

                Esperava que saísse logo do hospital. Aquele lugar me trazia... uma certa ânsia.

Eu despertei de meus pensamentos com duas batidas suaves na madeira da porta. O rosto de uma enfermeira surgiu na parede de vidro. Essa não era a mesma que cuidara de mim antes; tinha cabelos loiros-pálidos e escorridos, que iam até a cintura, olhos cinzentos arregalados e corpo esguio e alto. Usava um uniforme de enfermeira grande demais para ela e apertava a prancheta do prontuário contra o peito com muita força.

Fiz um sinal para que ela entrasse.

-Olá, querida. -ela cumprimentou ao entrar. O tom de voz dela era meio frio, e um calafrio subiu pela minha espinha. -Sou a enfermeira substituta, Athenodora. Mas pode me chamar de Dora mesmo. -ela abanou com a mão esquerda, como um sinal de "deixa para lá". -A sua enfermeira tirou férias essa semana, e sou eu que vou cuidar de você até ela voltar.

Sorri, e apontei para o caderno e a caneta caídos. No fundo, quis que ela não lesse o que eu tinha escrito na noite passada.

Ela prontamente apanhou o caderno e a caneta e deu à mim. Procurei uma folha no fim do caderno e escrevi num garrancho: "Olá, Dora. Eu sou Alice. É um prazer conhecê-la."

Deu um sorriso aberto, mas vi a falsidade em seus olhos. Disfarcei.

-Bom –suspirou, passando os olhos em volta por um segundo. –eu só vim para anotar mais algumas coisinhas no seu prontuário... Teve uma boa noite de sono? –assenti, e ela me entregou uma ficha. – responda essas perguntas enquanto eu vou buscar o seu almoço.

                Eu olhei para a folha fina de frente e verso; havia cerca de quinze perguntas nela, todas com quadradinhos com as opções Sim, Não e Outra:_________ . Eu fechei a cara para a ficha. Que tipo de enfermagem ridícula era aquela?

                Acreditei que aquilo fosse facilitar o trabalho da enfermeira substituta, então, puxei a minha caneta esferográfica e respondi rapidamente ao questionário. Dora voltou logo com uma bandeja, onde havia apenas um tupperware do que parecia ser sopa, um suco de caixinha e uma gelatina verde.

                Era melhor do que barras de cereais ou miojo.

                Ela pegou a ficha, prendeu à prancheta e disse-me que eu podia deixar a bandeja no criado-mudo antes de sair. Eu senti um alívio estranho quando ela saiu, mas, mesmo assim, desejei que tivesse alguém para falar. Alguém como...

                Alguém como Jasper.

                Suspirei, cansada, me dando um tempo para pensar na minha vida, enquanto sorvia a sopa. Os fatos que vinham acontecendo nas últimas semanas... eu me sentia como em um filme. Ou livro. Quer dizer, era difícil para mim acreditar que eu realmente tinha mudado tudo aquilo. Quer dizer, não fatos; mas sim eu mesma.

                Há duas –ou três, uma, eu já tinha perdido a noção de tempo- semanas eu era a pior pessoa do mundo. Talvez não a pior de todas, mas entre o Top 5. Eu era incapaz de ser gentil com alguém como Jasper e Tanya vinham sendo comigo. Se alguém tivesse feito comigo o que eu fizera com Tanya, e naquela época...

                Era até possível que eu fosse capaz de me vingar cruelmente! Um calafrio subiu pela minha espinha. A ideia de fazer mal à alguém agora me dava náuseas.

                Percebi uma lágrima a meio caminho na minha bochecha. Diabos! Depois de tudo eu ainda tinha mais para chorar?

                Sequei irritadamente,  deixando o canto da minha bochecha avermelhada. Desejei que pudesse sair do hospital o mais rápido o possível –novamente. Mas, dessa vez, o motivo não era o clima tenso por dentro daquelas paredes brancas.

                Eu tinha saudade de ar fresco. Queria poder sair naquele instante pela rua...

                Não a rua da casa dos meus tios, é claro. Lá também tem a casa de... Esquece. Era melhor não pensar nisso, é claro, mas era inevitável. Eu só conseguia pensar na minha culpa por destruir a família de Jasper. Quer dizer, já não era suficiente a minha estar destruída, e eu tinha de destruir a do meu melhor amigo?

                Aquela palavra me soou mal. Melhor amigo...?

                -Srta. Alice? –uma voz falou, vindo da porta, me trazendo de volta à realidade. Era Dora. –O doutor James disse que precisa dar mais uma examinada em você e talvez esteja liberada ainda hoje.

                Assenti para ela de um jeito meio formal, mas por dentro celebrava de alívio. Alguns segundos depois, James apareceu. Ele me examinou novamente, refez alguns dos curativos e rabiscou algo no prontuário. Depois de algum tempo, afirmou:

                -É. Dora tem razão. –ele falou, mais para si do que para mim. –Ela trouxe esse método de análise da universidade. A ficha, sabe. –ele pegou o prontuário e a ficha. –de acordo com as suas respostas, você não sente mais tanta dor dos ferimentos, e acho que posso liberá-la com um anti-inflamatório hoje, talvez daqui a pouco mesmo.

                Sorri para ele, feliz. Finalmente.

                -Bom –ele se ergueu da cadeira de madeira ao lado da maca. Revisou o prontuário com os olhos castanhos mais uma vez. –Posso te dar a receita e você precisará ir à farmácia comprar p anti-inflamatório. O farmacêutico te explicará os horários e doses do remédio. Pedirei para a recepcionista ligar para um dos seus amigos e avisar que você teve alta.

                Assenti, agradecendo, e anotei o número do celular de Jasper –eram números tão simples e tinham uma melodia entre si, que eu acabei guardando: 641-5527-, logo abaixo do nome dele. Rasguei o pedacinho de papel e entreguei à James, que se dirigiu à porta.

                Mas, quando ele estava prestes a passar pela porta, parou, e voltou apenas o rosto para mim.

                -Você vai ter que dar queixa na polícia, você sabe. –não era uma afirmação; era uma pergunta. Não, eu não sabia. E só a ideia de fazer aquilo me trazia náuseas.

                E ele saiu, me deixando sozinha, e remoendo aquele fato que ele acabara de me dizer. Como eu ia dizer aquele tipo de coisa à polícia? Quer dizer, eles podiam prender Rosalie!

                E, por mais que ela tenha sido má comigo, sabia que não merecia. Ela devia estar apenas confusa sobre a vida dela. Com o pai traindo a mãe, perdendo a confiança do irmão –que, de fato, já não era muita- e o apoio dos pais... Parecia que as coisas vinham ficando feias para ela...

                Porém, ninguém tinha se dado conta.

                Um remorso terrível me assolou, fazendo meu estômago revirar. Engoli a bílis que subiu à minha garganta, e fiquei tamborilando os dedos, enquanto esperava por Jasper. Quer dizer, meu relógio biológico me dizia que já passavam das três, então, ele não demoraria.

                Fiquei observando o fluxo das enfermeiras no corredor à minha frente. Passaram três ou quatro, até que uma delas entrasse no meu quarto.

                -Senhorita, o Sr. Jasper está à sua espera. –eu não consegui conter o risco. Sr. Jasper? Sério?

                Eu assenti para a enfermeira, com o sorriso ainda nos lábios. Consegui me erguer da maca sozinha, mesmo que cambaleasse graças à cicatriz das minhas costas. A enfermeira me deu uma muda de roupa –que, surpreendentemente, era minha-, e me ajudou a me vestir.

                Peguei o caderno e a caneta –meus únicos pertences- e a enfermeira me guiou até a recepção, onde Jasper me esperava. Dei um sorriso para ele e acenei. Eu e a enfermeira nos aproximamos dele.

                -Ah, antes que eu me esqueça. –A enfermeira disse. Tirou do bolso um papel dobrado ao meio. –A receita do doutor. Não se esqueça de comprar!

                Eu assenti, agradecendo, e me voltei para Jasper. Gesticulei um “oi” com os lábios.

                -Oi. –Ele começou a caminhar na direção da saída, e eu o segui. –Ah. Finalmente! Será que agora as coisas vão parar de acontecer com você? –ele deu uma risada sonora, inclinando a cabeça para trás.

                Eu dei um sorriso amarelo e fraco. Eu bem sabia que as coisas ainda não tinham parado de acontecer.

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Vick_Vampire


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Bom, eu não sabia que ia poder postar, mas aqui estou eu!
Primeiro de tudo, FEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELIZ NATAL pra vocês! -menos você, leitor que não manda review; não vai entrar para a lista do papai noel! -.
E, agora, a parte triste:
Sem posts até 12 de janeiro. da parte das duas.
eeeeeeeeeeeeh
Entãao, acho que é isso. Um feliz 2011 para todoooooooooooos -menos os anti-review -, e queremos saber a opnião de vocês! Mandem reviews! Usem a barrinha branca!
Bom, é isso!
Beijos
Vickie