Mrs. Potter

Capítulo 25

Não tive uma tarde muito tranquila, as contrações estavam piorando cada vez mais. De uma coisa eu sabia, estava chegando a hora de Alvo nascer.

Harry, James e eu estávamos sentados na mesma clareira que Harry e eu estávamos quando contei que estava grávida de James. Agora, nós tentávamos ensinar James a andar.

-Vem pra mamãe, Jay! Vem! – chamei.

Harry o segurava pela cintura a poucos passos de mim. James sacudiu os braços e deu um passo para frente, com Harry segurando-o.

Então ele deu o segundo passo e Harry o soltou, James bamboleou meio desequilibrado, mas não caiu. Deu outro passo e tombou de bunda no chão.

Harry o pegou, mas James não estava chorando, estava irritado e deu um tapa no ombro de meu marido.

-James! Que coisa feia, filho! – falei, colocando-o no chão, sentado. – Não pode bater no seu pai.

-Tudo bem, nem doeu – Harry deu de ombros.

-Mas mesmo assim! Se ele criar uma mania de bater em você será ruim e... – parei de falar e levei a mão à barriga. Outra contração, não!

-Gin? – chamou Harry, se aproximando.

Ele segurou minha mão, na qual eu apertei tanto que quase ficou roxa.

-Assim eu perco a sensibilidade nos dedos, querida.

Comecei a ofegar até que... parou. Me encostei em Harry e suspirei.

-Está chegando a hora de ele nascer, eu não aguento mais.

-Você consegue. James é um arteiro danado, e toda hora você estava sofrendo, creio que você consegue superar com Alvo.

-Eu espero. E em falar em James, cadê o pestinha?

Olhamos em volta e James estava de pé, se aproximando de um pássaro que pousara ali perto. O garoto deu uma desequilibrada quando ergueu os braços e caiu.

Me levantei para ir ajuda-lo, mas Harry pôs a mão em minha frente e disse:

-Deixe ele se virar sozinho.

Assenti enquanto James se levantava com esforço e se aproximava do pássaro.

-Nhááái! – ele gritou e o pássaro levantou voo, assustado.

Harry e eu rimos enquanto James se virava e tombava no chão.

Senti uma contração. A das mais pesadas e ofeguei. Depois gritei. Depois me agarrei em Harry, me moendo de dor.

-Harry... Alvo... Pegue James e... – gritei – A bolsa!... St. Mungus... JÁ!

Ele entendeu na hora e pegou James no colo. Remexeu no bolso, tirando um espelho quebrado.

-Rony Weasley!

Rony apareceu no espelho, preocupado.

-O que foi?

-Gina vai ter o bebê! Estamos na clareira perto d'A Toca. Aparate lá e traga o carro do Sr. Weasley aqui. RÁPIDO!

-É pra já!

E ele desapareceu. Mione substituiu Rony, com Rosa no colo.

-Gina vai ter o bebê? Ah meu Deus! Quer que eu pegue a bolsa dela lá na casa de vocês?

-Faria esse favor, Mione? – pediu Harry.

-Vejo vocês no St. Mungus em alguns minutos.

E desapareceu também. Harry arrumou as coisas com a varinha e levitou tudo.

-Consegue andar, amor? – perguntou-me e eu respondi gritando. – É, parece que não. Argh! Cadê o Rony?

Harry ficou atordoado. Passou a mão pela minha cintura, me levantando e me ajudando a sair da clareira. O caminho parecia imenso, muito maior do que antes e quase impossível de aguentar.

-Rony está chegando – consolou-me Harry – Está vindo...

E estava certo. Rony apareceu dirigindo o carro junto com meus pais. Harry me colocou no carro e entrou, logo nós estávamos no St. Mungus e eu gritava aos prantos de dor.

-Trabalho de parto! Trabalho de parto! – Rony avisou enquanto me levava pelo saguão do St. Mungus, junto com Harry.

James e meus pais vinham atrás, correndo para acompanhar. Fui posta em uma maca e levada para uma sala.

-James, agradeça à Victorie pelo presente! – ordenei.

-Obrigado – ele balbuciou.

Sorri.

-Assim está melhor, querido.

Era o aniversário de um ano de James. Alvo estava no colo de alguém por aí. Já Harry, estava conversando com Rony e Jorge. Hermione cuidava de Rosa e eu estava aqui, fazendo meu filho ter educação.

-De nada – Vickie sorriu graciosamente e saiu para conversar com Teddy. Ah, esses dois são muito fofos.

James, que estava aprendendo a falar (e já andava), puxou meu vestido algumas vezes.

-Hum?

-Água – falou e eu o peguei no colo.

Dei água ao pequeno e logo depois ele saiu por aí, tentando se enturmar. Suspirei, feliz, quando observava todos. Era uma tarde agradável em família (que crescia cada vez mais).

Senti braços me envolverem pela cintura, mas não me assustei.

-Oi Harry.

-Você sempre adivinha que sou eu – ele falou, falsamente emburrado.

-É claro, quem mais me abraçaria assim? – perguntei, olhando-o por cima do ombro.

-Tem razão. Hey, já viu como Teddy e Victorie se dão bem?

Olhei-os e sorri.

-Sim, eles são uma graça. Um dia irão se casar, anote as minhas palavras.

-Não tenho dúvida – concordou.

Ele deu um beijo estalado em minha bochecha.

-Vamos, temos que fazer James, de alguma forma, cortar aquele bolo que sua mãe fez.

Suspirei de cansaço.

-Duvido que ele vá ficar parado tanto tempo, mas vamos tentar.

Fomos, de mãos dadas, procurando pela multidão o pequenino James Sirius e o mais pequenino Alvo Severo.

-Ache Alvo, eu dou um jeito de levar James – Harry disse e me deu um beijo rápido quando eu assenti, desaparecendo pela multidão.

Alvo estava no colo de minha mãe, que conversava com Mione.

-Oi – cumprimentei de novo, sorrindo.

-Oi.

-Está na hora do bolo – falei, enquanto pegava Alvo no colo.

-Ah, sim. Vamos lá.

Eu, Alvo, Rosa, Mione e minha mãe fomos chamando todos e logo estávamos em torno de uma mesa com um bolo redondo, cheio de glacê. Harry já estava lá, segurando James com força.

-Vamos logo com isso – pediu, baixinho.

Ajudamos James a cortar o bolo e ele soprou uma única vela enfeitada para não derreter.

-Foto em família! Não se mexam! – Rony zoou e riu da piada sem graça – Brincadeira, podem dançar a Macarena aí, a foto se mexe, não somos trouxas estúpidos.

Mione lhe lançou um olhar censurados.

-Desculpe, amor – apressou-se a dizer. – Tá. Foto!

Harry, James, Alvo e eu tiramos uma foto. James estava sorrindo no primeiro segundo, e então se afastou e estufou o peito, pomposamente. Aí, Harry começou a rir e eu revirei os olhos, rindo também.

-Linda foto – comentou Rony – Agora, me dê um pedaço de bolo.

A festa foi bem divertida. James jogou bolo na cara de Harry, que ficou furioso, mas não demonstrou.

Fomos para casa (estávamos n'A Toca) depois de terminar.

-Você viu todos os seus presentes, James? – perguntei, depois de colocar Alvo no berço dele.

Ele assentiu e me mostrou um Lembrol.

-Olha! – falei, sorridente. – Isso ajuda bastante. Vai servir no futuro.

Ele ganhara carrinhos de brinquedo que corriam sozinhos pelo quarto dele, ganhou uma vassoura de brinquedo, que saia do chão. Ganhou também uma varinha que soltava faíscas vermelhas, ele adorou essa daí.

-Hora de dormir, James – disse Harry, entrando no quarto com duas xícaras de chocolate quente e uma mamadeira de leite. – Tome o seu leite rapidinho.

James obedeceu e logo eu o ajudei a escovar os micros dentinhos e ele foi dormir. Tomamos nosso chocolate quente, sem pressa, conversando sobre qualquer coisa e logo fomos dormir.