Regressiva Contagem escrita por Razi


Capítulo 18
XVIII - Anagrama


Notas iniciais do capítulo

A resolução enfim do anagrama "Orai delos"



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Sandrus guarda sua pistola dentro do coldre e vê o corpo de Hirako sem vida alguma.

Fora tão fácil.

Tão rápido, que não tivera tempo nem de saborear o desespero do homem que tivera uma bala atravessando sua testa por trás.

Sandrus abaixa-se pegando o minicelular dele.

O que tanto Traker está fazendo?

Olha para o telão principal onde via apenas duas palavras.

 

Orai delos          

 

Arqueia uma sobrancelha.

O que aquele anagrama tinha haver?

Suspira enquanto volta-se para a saída.

Não adianta nada mais ficar na casa.

Está também no jogo agora.

 

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-Tudo bem – diz Daphe com a voz embargada pelo choro – Ele está bem, ele tem que estar bem!

-Daphe – chama Will sereno – Tente ficar calma, por favor.

-Eu estou calma! – vocifera ela tentando manter o controle do volante – Estou desde de ontem sendo perseguida, tenho minha cabeça fervendo e quero apenas acabar com isso. Estou bem calma mesmo.

Will suspira enquanto Kurt olha pelo retrovisor o Audi de antes, senti seu sangue esvair de seu corpo por um segundo para depois voltar com uma fúria descontrolada.

-Vamos resolver isso logo – diz ele serio – Precisamos esfregar na cara de Traker que ele não conseguira nada!

-Orai delos – recita Will fazendo mais uma curva ao tempo que uma bala atinge o espelho de trás. – Uôu.

-Meu deus – suspira Daphe – O que essas palavras querem dizer?

-Orai delos, orai delos, orai delos – repeti Kurt sem parar enquanto faz uma brusca curva ficando de frente ao Audi. – Talvez estejamos lendo errado, vendo pelo ângulo errado.

-O que quer dizer? – pergunta Will entrando em um cruzamento

Kurt acelera avançando de contra o Audi.

-Pensemos em outras possibilidades para as duas palavras – respondi ele serio enquanto pisa mais fundo no acelerador – Cifra, palavra de língua antiga, substituição, anagrama.

Nisso o Audi não parecia que ia mudar sua rota, Kurt engata a ré depois gira todo o volante para a esquerda fazendo seu carro girar 180º ficando depois emparelhado com o Audi.

Kurt então vê quem empunhava a pistola e arregala os olhos, ao mesmo tempo em que abaixa-se evitando mais outro tiro.

-Kurt? – chama Daphe enfática

-Ainda tô vivo – informa ele – Sou lindo demais para morrer.

-Imbecil – resmunga Daphe enquanto engoli em seco vendo a troca de tiros que os dois morenos faziam com quem estava os perseguindo.

-Voltemos para nosso problema, precisamos fazer isso pelo Hirako – lembra Will apertando mais o volante.

-Claro – concordam o casal solene

Kurt acelera enquanto vê o Audi vindo em seu encalço novamente.

Will ultrapassa mais um carro ao mesmo tempo em que uma bala acerta o carro novamente enquanto Daphe faz outra manobra brusca.

-Acho que sei o que pode ser essas duas palavras – diz ela um pouco hesitante

-Manda seja lá o que for – pedi Kurt ofegante

-Trata-se de um anagrama não tem para onde correr – diz ela mordendo o lábio inferior ao ver um dos morenos entrar novamente no carro colocando mais um novo cartucho.

-Ótimo – diz Will um pouco aborrecido – Isso melhora as coisas e muito.

-No atual estado que encontramos fica difícil de se resolver isso – acrescenta Kurt

-Se Hirako estivesse aqui, ele poderia fazer isso pra gente – murmura Daphe pisando mais fundo no acelerador.

-Sim, sim, sim – diz Kurt serio – Temos que parar de pensar que ele está morto, talvez ainda esteja vivo.

Um instante de silencio recai sobre eles como se fosse uma luva.

-Orai delos – murmura Daphe para si mesma – Solediario, sol e diário, só lê diário.

-Nada que faça sentindo – refleti Will

-O dia e solri – continua Daphe ignorando o comentário dele – Sol die orai.

-O raio de sol – diz Kurt hesitante

-O que disse, Kurt? – pergunta ela surpresa

-O raio de sol – repeti ele mais confiante.

-O raio de sol – refleti Will – Faz uma alusão a Curitiba sim?

-Mais precisamente á uma creche que fica praticamente no centro da cidade – diz Daphe fazendo uma curva ficando de frente ao carro que os perseguia – Significa que a batata está queimando na minha mão agora.

-Então trate de fazê-la esfriar – diz Kurt enquanto entra em um túnel tendo o Audi ainda

-É isso que vou fazer agora – decreta ela pisando fundo no acelerador – Segurem-se rapazes

Nisso ela avança contra seu perseguidor, sendo que no ultimo minuto desvia um pouco para a direita, deixando uma brecha para um dos morenos acertar um tiro direto no peito de um homem.

Depois, Daphe acelera, forçando ainda mais o motor.

Tava na hora de desarmar mais uma bomba.

 


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Notas finais do capítulo

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