Daphe olha para a dupla de morenos que conversava com alguns policias.

Quando imaginaria que eles estavam apenas tentando protegê-la?

Que estavam em seu raio de visão, porque queriam que os vissem para se sentir mais segura.

Suspira enquanto vê Drew sendo colocado dentro do carro do IML.

Ele mesmo acabara morto pela própria arma.

Tão trágico.

-Daphe, o que está acontecendo? – pergunta Will preocupado

-Estava sendo perseguida por um cara que pelo que soube era um assassino profissional, só que acabou sendo morto por dois morenos que pensei que me perseguiam, mas estão apenas me protegendo, por mais confuso e louco que isso possa parecer. – respondi ela tropeçando nas próprias palavras

Segue-se um minuto de silencio.

Cada um dos rapazes absorvia a noticia ao seu modo.

Hirako apóia seus cotovelos na mesa enquanto vê as duas palavras que os atormentavam agora.

Orai delos

Will mantinha-se sentado em seu sofá pensativo enquanto Kurt caminhava de um lado para outro de seu quarto com Sabrina o olhando confusa e preocupada.

-Senhorita Guimarães – chama um dos morenos

Ela ergue seu olhar para ele que a chama com o indicador.

Em passos lentos ela chega perto de si.

-Pode nos explicar o que está acontecendo? – pedi o outro moreno a olhando nos olhos

Ela morde o lábio inferior hesitante.

Poderia contar sem preocupações?

-Nem ouse – ameaça Hirako – Não podemos envolver organizações nisso, pelo menos não ainda.

-Senhores – diz ela os olhando seria – Temo que por hora devam ficar sem saber de nada, é melhor assim.

-Sua segurança está em jogo, senhorita – informa o primeiro moreno

-Sei disso – diz ela sorrindo internamente – Mais peço que não fiquem no caminho, nada de atrapalhar.

-Quanta gentileza sai de sua boca – ironiza Kurt sorrindo

Daphe fecha sua mão em punho, controlando a vontade de rebatê-lo.

-Vocês não comecem – pedi Will massageando sua testa

-Senhorita – diz o outro moreno – Iremos acompanhá-la até em casa.

Ela olha-os.

Precisava voltar pra casa, para descansar.

Então assenti e deixa ser levada.

Queria apenas por alguns minutos descansar.

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Traker senti sua cabeça latejar, não recebera mais nenhuma ligação de Drew, o que significava que falhara.

Por isso detestava trabalhar com outras pessoas.

Sem pensar mais pega sua Shooter [n/a: o nome da pistola me fugiu da mente agora], e a coloca no coldre que havia dentro de seu casaco.

O primeiro alvo seria Kurt.

Pega seu minicelular o levando ao ouvido.

-Sandrus – diz ele enquanto entra em seu Audi.

Passa-se alguns segundos até que o homem atende.

-O que foi, Traker? – pergunta ele serio

-Está em Tókio certo? – indaga Traker dando a partida em seu carro

-Sim, o que quer? – pergunta ele diretamente, não gosta de rodeios

-Ouvira de Hirako Ishida? – pergunta Traker solene

-O que quer que eu faça?

-Mate-o – respondi Traker severo – O mais depressa possível.

-Isso lhe custara caro – diz Sandrus

-Talvez custe sua própria vida, meu caro – replica Traker acelerando

Sandrus cala-se e refleti por um instante.

Traker não é um cara que se possa negociar tão facilmente.

-Está bem – concorda ele á contragosto – Farei o que pediu.

Traker resmunga algo e logo depois desliga.

Chega de erros.

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Kurt volta seu olhar para Sabrina que o olhava meio seria e preocupada.

Como iria contar o que está acontecendo á ela?

-Nem ouse abrir a boca, garoto – ameaça Daphe ríspida

-Olha só quem fala – replica ele por entre os dentes

-Estou falando serio – diz Daphe severa – Poupe seu vocabulário.

-Nisso tenho que concordar – intromete-se Will olhando a rua pela sua janela, nisso nota um homem do outro lado da rua olhando diretamente para si – Merda.

-O que houve? – perguntam os três quase ao mesmo tempo

-Sugiro que saiam de onde estão – responde ele pegando seu casaco e a chave do seu carro – Pode ser que tenhamos um pouco de adrenalina agora.

Kurt pega sua jaqueta de couro e puxa sua namorada pelo pulso para fora.

-Beleza – diz ele rumando para fora com Sabrina lhe perguntando o que está acontecendo. – Temos pedras em nossos sapatos.

-Vira a direita – instrui Daphe ao cara que está ao volante

-Precisamos resolver o código – diz Hirako serio enquanto seus dedos deslizavam pelas teclas numa velocidade impressionante.

-Orai delos – recita Kurt enquanto solta Sabrina – Entra.

-Orai – refleti Will - Tem algo haver com religião.

-Não necessariamente – discorda Daphe – Pode ser qualquer outra coisa, talvez se trate de uma cifra.

-Claro – concorda Will entrando no elevador.

Kurt entra em seu Opalla enquanto Sabrina cruza os braços negando-se a entrar.

Ele então a olha serio.

Que birra é essa agora?

Nisso vê um Audi vir na sua direção velozmente.

-Sabrina entra no carro agora – pedi ele intimidador

-Não antes de você me explicar o que está acontecendo – replica ela o olhando seria

-Entra agora – diz ele enfático enquanto liga o carro

-Não! – exclama ela seria

Nisso o Audi emparelha-se com seu carro, num vislumbre vê uma arma apontada em sua direção.

-Abaixe-se – pedi Kurt enquanto faz o mesmo.

Sabrina acaba sendo atingida nas costelas, cai sentindo uma intensa dor.

Kurt abre a porta indo ampará-la.

-Kurt, de onde veio esse tiro? – pergunta Hirako preocupado

-Não sei quem, mas acabou de acertar minha namorada – responde Kurt a pegando nos braços e colocando-a no banco do carona

-Céus – diz Daphe chocada tanto pela garota como por ver um carro ficando na sua cola – Estamos realmente perdidos.

-Percebeu isso agora – satiriza Kurt enquanto acelera, precisava levar Sabrina o mais depressa possível ao medico.

-Prefiro nem responder – diz Daphe seria – Poderia ir mais depressa?

-Daphe, o que está havendo? – pergunta Will saindo do prédio

-Perseguida por um carro. – responde ela – Hirako pode ver quem é?

-Localização? – indaga ele enquanto muda a pagina da web onde está

-Avenida Campesina – respondi ela

Hirako balança a cabeça afirmamente enquanto digita o nome da avenida.

Will por outro lado tem na sua frente uma mulher que aponta uma arma para sua cabeça.

-Acho que teremos uma longa noite – murmura a mulher com um leve sorriso nos lábios.

Will engoli em seco.

O que fazer?

Nisso uma bala passa raspando sobre a mulher que volta-se para trás vendo outra mulher vir ao seu encontro com a arma em punho.

-Largue a arma ou então a próxima bala ficará em sua testa – ameaça ela seria

Will aproveita a distração das duas e entra em seu carro trôpego.

Sem pensar mais liga-o enquanto as duas mulheres o olham surpresas e logo apontam suas armas para ele que acelera fazendo os pneus cantarem.

As balas ricocheteiam na traseira do Opalla.

-Muito bem, que a caçada comece – diz uma das mulheres indo então para seu carro acompanhada da outra.

Sim, as duas mulheres foram contratadas para eliminar Will tão rápido quanto fosse possível.

-Você também, Will? – indaga Hirako frio

-Imagina – satiriza ele engatando a quarta marcha em seguida fazendo uma curva – Acredito que são as mesmas de antes.

-Como assim? – pergunta Daphe olhando para trás – Sai do volante.

O homem a olha surpreso.

Ela por acaso está ficando louca?

-Agora – decreta ela pondo uma mão em seu ombro

O homem suspira.

Nisso o outro moreno vai para o banco de trás enquanto Daphe passa para o do carona.

-Diminua a velocidade e entre no estacionamento – instrui ela apontando para o espaço que havia próximo.

Logo então começa a seção de contorcionismo enquanto seu perseguidor mantêm-se em seu encalço.

Kurt então chega ao hospital, onde com Sabrina nos braços á sangrar vai até a recepção.

-Um medico urgente! – exclama ele enfático olhando para todos os lados

Nisso dois enfermeiros apresentam-se pegando Sabrina de seus braços e a colocando em uma maca, examinando a gravidade do ferimento.

Kurt a vê sendo levada com um olhar distante.

Por que ela tinha que se envolver nisso?

-Kurt – chama Hirako – Sugiro que sai daí agora.

-Trata-se da minha namorada se não notou ainda – retorqui ele ríspido fechando as mãos em punho.

-Sai daí garoto – diz Will solene – Mesmo que doa é melhor mantê-la longe do perigo.

-Anda logo, criança – diz Daphe irritada – Não complica as coisas.

-Como você é amável – retorqui Kurt saindo do hospital com seu outro celular em mãos.

-Jura – replica ela enfática enquanto vê pelo retrovisor o carro tentando emparelhar consigo – Tá na hora de vocês fazerem alguma coisa, rapazes.

Os dois morenos entreolharam-se depois suspiram pegando suas Glock.

-Agora as coisas melhoram – diz Daphe com um sorriso involuntário

Ouve então o resmungar de Kurt que entra em seu Opalla, não notando o Audi que está estacionado do outro lado da avenida.

Will faz uma curva entrando em uma viela estreita enquanto vê o Sedan de antes em seu encalço.

-Já sei que me perseguira antes – diz ele fazendo outra curva

-Quem foi? – pergunta Daphe acelerando enquanto os dois morenos curvam-se para fora do carro

-Duas mulheres que no exato momento estão tentando me matar de novo – respondi ele engatando a quinta marcha

-Todos estamos sendo caçados como se fossemos animais – refleti Kurt enquanto acelera

-Uau – suspira Daphe – Que filosófico.

-Só você mesmo para falar uma coisa dessas nessas horas – resmunga Kurt

-Sei disso – diz ela calmamente enquanto faz mais uma curva

-Nem todos estão sendo caçados – diz Will

-Uh? – indaga Daphe e Kurt ao mesmo tempo

-Hirako – chama Will num tom sombrio

Um silencio segue-se, enquanto ouvem apenas o barulho de algo de fechando acompanhado de uma roda girando.

Daphe leva a mão à boca enquanto os rapazes trincam os dentes.

-Não – balbucia Daphe.

Uma peça já foi, falta três.