Moonlight escrita por maahyuu


Capítulo 5
Capítulo 5




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Já era de manhã quando um som estridente começava a ecoar pelo quarto da garota, era seu despertador que tocava incessantemente até que ela desperta-se, o que acabava não demorando muito por acontecer. Jogava sua mão sobre o pequeno objeto, o derrubando e por conseqüência, fazendo ele parar de tocar. Sentava-se encostada na cama, com os olhos fechados devido ao sono ainda, e ia os abrindo lentamente. Conforme abria seus olhos, via um “vulto” sentado numa cadeira em frente a sua cama, a inicio pensava que era apenas uma ilusão causada pelo sono,mas quando acabava de abrir os olhos e realmente despertava,via que não se tratava disso. Tamanho susto tomava que gritava e caia do lado de sua cama com tudo, batendo sua cabeça no chão o que doía muito.

 

- Ai, ai ,ai ç_ç
- Está bem garota?

 

Aquele, antes “vulto”, rapaz de olhos claros e cabelos loiros aproximava-se da jovem com uma expressão séria, e de certa forma, assustadora para a mesma. Ele estendia sua mão, para ajudá-la a se levantar, por educação não recusava a ajuda e segurava a mão do mesmo, sendo puxada de uma vez e se reerguendo assim.

 

- Q- Quem é você?
- Russel. Você é a Akira, não e?
- Sim, sou eu. Cadê a Kirara-san?
- Foi fazer umas compras, logo está de volta. Mas você tem que se arrumar pra escola.
- Er...certo. Mas você ainda não me respondeu direito quem é. e_e’
- Sou amigo de seu pai, Alu Montez.
- D- Do meu pai?
- Sim.

 

Naquele momento Akira parecia entrar em um estado de choque, ficava muda e sem reação. Por sua mente passava um pequeno “filminho” de como tinha sido sua vida até ali sem saber da existência de seu pai, ou melhor, sem saber quem era seu pai. Agora tinha um nome e tinha um conhecido dele. Russel, um pouco impaciente, sacode a garota com força para que despertasse daquele “transe”, e imediatamente ela despertava. Arregalava seus grandes olhos arroxeados e então desviava toda sua atenção para ele.

 

- Meu pai está vivo?

 

Era a primeira pergunta que vinha a sua mente, a primeira dúvida.

 

- Da última vez que o vi, sim, estava.
- O que você veio fazer aqui?
- Cuidar de você.
- Cuidar de mim? Mas a Kirara-san já faz isso.
- Cuidar de uma forma que ela não pode Akira.
- Como... Assim?
- Em breve vai entender. Não adianta apressar o tempo. Agora vá logo ao banho, porque já está atrasada.

 

A pequena lembrava-se naquele momento da sua vida escolar, segundo dia de aula não seria bom faltar também, ainda mais sem motivo algum. Pegava seu uniforme que já estava na cadeira da escrivaninha de seu quarto e corria para o banheiro. Não demorava muito no banho devido ao atraso já. Secava-se e em seguida se vestia muito rapidamente, logo após saindo do banheiro, pronta para um novo dia.

 

- Pronto!
- Ótimo. Agora pegue suas coisas que vou te levar.
- QUE?
- Isso mesmo que ouviu. Ande logo!

 

Não sabia o porquê ao certo, mas imediatamente cumpria a ordem dele e saia correndo do quarto até a porta de casa, nem mais fome estava sentindo. Logo atrás dela, vinha Russel andando calmamente, abria a porta para a jovem e a deixava sair primeiro, saindo logo após e trancando a porta.
Andavam o percurso todo até a escola em silêncio, um silêncio assustador para a falante Akira. Quando estavam se aproximando do portão da escola,a garota parava de andar e em seguida Russel também parava, olhava para ela a encarando.

 

- Porque parou?
- Pode me deixar até aqui, não precisa ficar tendo esse cuidado todo.
- E quem disse que estou tendo cuidado?
- Bem, é que...
- Olha garota, eu estou aqui a pedido de seu pai, por estar devendo um favor a ele. Vou cuidar de você, então tenho que ao menos ver como vai indo na escola.
- Quer dizer que vai falar com a diretora,ver meu boletim e etc.?
- Exato.
- Iiiih, ferrou!
- Posso saber porque?
- Vai falar com a diretora mesmo, então vai acabar sabendo.

 

Enquanto estavam naquele mini bate-boca ali no meio da rua, Klaus vinha com seus amigos do outro lado e ao avistar a garota com Russel, arqueava uma de suas sobrancelhas, despedia-se de seus amigos e ia de encontro aos dois. Chegava por trás da garota e a abraçava, como se fosse íntimos, sendo que nem amigos eram.

 

- QUE DIABO É ISSO? È_É
- Calma Akira, só sou eu.
- Eu to dizendo dessa intimidade toda è_é
- Abraçar agora é ser intimo?
- Pra mim é seu pervertido!
- Ah,fala sério. Quem é esse cara ai hein?
- Te importa?
- Não,mas ainda assim quero saber.
- Pois vai ficar sem saber.

 

Russel ficava observando a situação, calado até aquele momento. Ele percebia a irritação que a garota estava só com a mera aproximação de Klaus.

 

- Me chamo Russel garoto, e você, quem é?
- Klaus. O que estavam discutindo?
- É bastante intrometido pelo jeito.
- Hey! e_e’
- Isso ai Russel u_u
- Calada você!
- Sim senhor. ;_;
- Garoto, não se aproxime mais dela desse jeito, a não ser que queira se machucar.
- Nossa,que exagero.
- Exagero nenhum. Saia daqui agora!
- Ok. Mas não vou porque esta mandando, vou porque a aula já vai começar.
- A aula D:

 

Quando a garota lembrava-se de suas aulas, entrava correndo na escola sem nem se despedir de Russel, ou esperar por Klaus, queria chegar era o mais rápido possível em sua sala. Conseguia chegar uns minutos antes da professora, e logo depois chegava Klaus também, que escolhia a carteira atrás dela para sentar-se.

 

- Agora me fala, quem é aquele cara?
- Não te interessa ô garoto e_e
- Interessa sim!
- Não!
- Sim!
- Não!
- Ta bem então, se não quer falar. Hey, hoje a tarde vou na sua casa para começarmos a fazer o trabalho, fechado?
- Ta né? Não tenho escolha.
- Isso mesmo!

 

No minuto em que os dois ajeitavam-se em seus lugares e paravam de conversar, era quando a professora entrava na sala junto com os outros alunos. Todos olhavam para ambos de forma curiosa, afinal de contas, o que se pensar quando um casal que briga muito estão sozinhos em uma sala? Besteira com toda certeza. E lá começava a aula. Matéria e mais matéria era passada, aquele tédio de sempre.

 

Enquanto isso na diretoria

 

Russel encontrava-se na diretoria, conversando com a diretora Minako sobre a jovem Akira.

 

- Como é o comportamento dela em sala?
- É uma boa aluna até, tirando as brigas que tem de vez enquanto com Klaus.
- Entendo. Os dois não se dão bem, não é?
- Exato, por isso mesmo mandei fazerem um trabalho juntos.
- Os dois fazendo um trabalho junto,e a sós? Não vai dar.
- Porque?
- Porque não vou deixar aqueles ali a sós. Não vou com a cara daquele garoto.
- Acho que ele não tentaria nada com ela, e se tentasse, bem ... ela sabe se defender.
- Mesmo assim.
- Bem, então faça como achar melhor, desde que eles façam o trabalho juntos, não tem problema ficar vigiando.
- Ótimo!

 

Horas depois

 

Acabara de tocar o sinal do intervalo. Aquela algazarra pós-aula começava. Antes de qualquer aluno sair da sala, a professora saia e em seguida o resto do “bando”. Akira permanecia sentada em sua carteira, com a cabeça abaixada sobre o braço da mesma enquanto olhava pela janela. Estava pensativa, o que era bem raro de acontecer, ao menos para ela. Antes que pudesse concluir seus pensamentos uma música berrante era colocada ao seu ‘pé de ouvido’. Ela dava um pulo da carteira tamanho fora o susto, e olhava diretamente para o dono daquele celular e daquela música. Nada mais e nada menos que Klaus, sim, ele mesmo a havia despertado de seu momento de concentração.

 

- TA LOUCO GAROTO?
- Não. Só estava querendo te despertar. Todo mundo já saiu da sala.
- E eu já percebi isso!

 

Após dar aquela resposta nada afetiva, a jovem empurrava o garoto levemente de sua frente, para dar passagem e então caminhar até a porta da sala. Antes que chegasse ao local que pretendia, sentia alguém segurar seu braço e puxá-la. No momento ela acabava perdendo o equilíbrio e caindo nos braços da pessoa que a havia puxado, que era Klaus. Ao perceber o ocorrido, seu rosto rubrava fortemente e ela tentava soltar-se dele, mas ele rapidamente passava o braço pelas costas da garota e a abraçava fortemente contra seu peitoral.

 

- Não vou te fazer nada, apenas necessitava de um abraço.
- Se necessitava disso porque não foi atrás de uma das suas putas de plantão?
- Porque eu necessitava de um abraço... seu,somente seu Akira.

 

Com a pronuncia daquela frase as bochechas da jovem apenas ganhavam um avermelhado maior, o que a fazia virar seu rosto e tentar imitar sua própria voz irritadiça de sempre.


- Sei seu pervertido, ta tentando é ganhar algo com isso.
- Se eu quisesse ganhar algo com isso, já teria feito algo!
- Tipo o que? Sei que vou me arrepender de ter perguntado isso >_>
- Tipo isso...


Ele não terminava a frase e nem ela tinha tempo de responder ou reagir ao ato seguinte do rapaz. Klaus tirava uma de suas mãos das costas da garota e a colocava sobre o rosto dela, a fazendo virar o rosto de frente para ele e imediatamente roubar-lhe um ardente beijo. Akira mantinha os olhos abertos, arregalados para ser mais exata. Ela não acreditava no que estava acontecendo, afinal de contas odiava ele, odiava mais que tudo e todos e não poderia deixar tal ato prosseguir, mas mesmo sem saber o porquê ela estava gostando daquele beijo, que começou a corresponder. Quando a mão de Klaus começou a descer pela cintura da jovem até chegar a uma área restrita e a apalpar tal área denominada bumbum, ela parou abruptamente o beijo e se solto dele, dando nele um tapa.

 

- Seu... seu...TARADO!
- Ai! Isso doeu sabia garota?
- Doeu? Deveria doer mais! Deveria te matar, é isso que eu deveria fazer!

 

Sem deixar que ele respondesse mais alguma coisa, a garota saia correndo da sala até o banheiro feminino da escola, sem fazer uma pausa se quer no percurso. Lá, ela trancava-se em uma das cabines, sentava-se sobre o chão e abraçava suas pernas.

 

- Aquele pervertido!

 

Eram as palavras que ela pronunciava com um ódio jamais visto, até pra ela, Akira Lupi Montez.


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