Escolhas escrita por naathy


Capítulo 9
8. Decisão.


Notas iniciais do capítulo

Oi tem alguém aí? =S

Me desculpem pela demora, mas começaram as provas e trabalhos da faculdade e agora ando sem muito tempo, desculpem de verdade.



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Olhava-me no espelho e constatei que meus hematomas, em sua maioria, haviam desaparecido. Sorri, pois hoje poderia me livrar por algumas horas da presença dele e isso seria um alívio, depois de ficar uma semana trancada em casa agüentando o tormento que era a sua presença, obrigada a satisfazer seus desejos e a ser humilhada constantemente. Por vezes pensei em terminar com o meu sofrimento, provocá-lo até que ele perdesse o controle e me matasse, mas eu era covarde para isso. Terminei de me arrumar, Eduardo ainda dormia quando eu peguei minhas coisas e fui para o colégio.

Assim que cheguei avistei aquele garoto, ele estava conversando com duas garotas, elas eram bonitas, muito bonitas e pareciam muito interessadas nele. Mas pelo que percebi não eram as únicas, afinal sempre que ele passava garotas seguiam os seus passos com o olhar e comentavam sobre ele, o novato lindo! Suspirei, confesso que também achava isso, e isso me incomodava. Não era apenas beleza, ele tinha algo a mais, parecia ser um bom garoto e que faria uma garota feliz, talvez minha idéia de príncipe encantado. Seu rosto por um momento virou em minha direção, ele sorria, porém quando os seus olhos me encontraram, o sorriso desapareceu e a surpresa passou por seu rosto, desviei meu olhar e passei por ele e as garotas indo em direção ao meu armário.

- Por que você faltou às aulas durante toda a semana? – Tomei um susto ao escutar a sua voz tão perto de mim.

- Não te interessa garoto. – disse sem me virar. Eu sei que fui ríspida, mas não tinha outra maneira, a aproximação dele era perigosa, eu podia machucá-lo muito mais, caso aceitasse sua amizade.

- Você não devia tratar assim alguém que se preocupa com você! – disse calmo.

- E por que você se preocupa comigo? – perguntei ainda sem me virar.

- Não sei, eu apenas me preocupo. – falou baixo. Virei de frente para ele e ele estava muito próximo a mim.

- Pois não deveria se preocupar com alguém que você não conhece. Agora dá pra sair da minha frente?

- Não.

- Como não, garoto?

- Por que você se esconde? O que ele faz com você? Por que você permanece com ele se você é infeliz?

- Como você é intrometido! Eu não tenho que responder nenhuma de suas perguntas. – disse o empurrando e saindo dali. Caminhei rápido até a minha primeira aula, praticamente corri. A sala de aula já estava praticamente cheia, encaminhei-me para a minha classe, atraindo o olhar de todos, mas eu já estava acostumada, afinal eu era a garota estranha que não aceitava que ninguém se aproximasse.

As aulas passaram rapidamente, logo já estava o sinal anunciando o término da manhã e indicando que deveríamos retornar para nossas casas. Eu acredito que era a única que odiava quando essa hora chegava, voltei para o apartamento caminhando e assim que abri a porta deste, escutei gemidos. Revirei meus olhos e dei um leve sorriso, pelo menos ele estava ocupado e não me incomodaria. Encaminhei-me até a cozinha e preparei algo rápido para comer, assim que ficou pronto, comi rapidamente, os barulhos ainda não tinham cessado, sentei-me no sofá e uma idéia de repente surgiu: Uma carta. Sim, o garoto poderia me ajudar e se manter distante, eu podia enviar uma carta e avisar para a Mari tudo o que eu estava passando, o Gabriel só precisaria colocá-la no correio. Sorri com a idéia, peguei uma caneta e o meu caderno e comecei a escrever.

Querida Mari,

Me desculpe pela minha ausência e falta de notícias, mas nos últimos tempos minha vida se tornou um inferno. Quase fui mãe, porém perdi o bebê, fiquei triste com isto, porém fora o melhor, pois descobri o monstro que o Eduardo é. Apanhar se tornou uma rotina, não tenho amigos, não deixo ninguém se aproximar de mim por medo do que ele faria. Mas tenho uma notícia boa: voltei a estudar. Estou feliz com isso, na verdade, são as únicas horas que eu tenho paz.

Estou com saudades de você minha amiga. Eu te amo! Nunca se esqueça disso.

Peço que diga aos meus pais que me arrependo amargamente das escolhas que fiz, e que os amo mais que qualquer outra coisa, ou alguém. Em breve darei um jeito de voltar para casa. Não sei como fugir daqui, mas darei um jeito. Já pensei em me matar, pois acredito que assim teria paz, mas não culpo o Eduardo pelo que ele faz, pois quem tomou aquela escolha inconseqüente fora eu e estou sofrendo as conseqüências disso, ele só está demonstrando a pessoa que realmente é, e cega, eu não percebi isso naquela época.

 Desculpem-me mais uma vez por tudo!

Logo os verei novamente.

Sinto tanta falta de você e de meus amados pais...

Beijos e abraços

Gabriela.”

Não destaquei a folha em que escrevi a pequena carta do meu caderno, não teria onde escondê-la. Fechei-o e o guardei dentro da minha bolsa novamente, liguei a pequena televisão e fiquei assistindo um programa qualquer que passava. Não demorou muito para que uma loira saísse do quarto, vestida e o para que o Eduardo, apenas com uma toalha enrolada na cintura, saísse atrás dela. Ele levou-a até a porta e a beijou ardentemente e quando ela se virou para sair deu um tapa na bunda dela, revirei os olhos, não me importava mais com isso. Só assim ele não me perturbava tanto.

- O que fez de almoço?

- Uma massa, está ali no fogão. – disse sem olhá-lo, ele foi para a cozinha, pouco tempo depois retornou a sala e se sentou ao meu lado e me puxou para o seu colo.

- Sabe, essa loira era gostosa, mas você é muito mais. – ele mordeu o meu pescoço, senti nojo. – Talvez por isso eu te mantenha aqui comigo, por que mesmo contra a vontade você é melhor que qualquer outra vadia que eu coloque na minha cama. Acho que foi por que eu lhe ensinei do jeito que eu gosto.

- É só por isso que você me mantém aqui? – perguntei sem olhá-lo.

- Não.

- Então, por quê? – ele sorriu de uma maneira que me deu ainda mais medo.

- Não te interessa. Gosto de ver o quanto você sente nojo e medo de mim. Adoro isso.

Ele tinha problemas mentais, só podia. Ele era psicopata além de marginal, traficante, assaltante, drogado e seja mais o que é que ele seja, eu tinha certeza que eu precisava fugir o quanto antes dali e eu só conseguia pensar em um nome para me ajudar: GABRIEL.

PDV GABRIEL

- Cara eu não entendo essa sua obsessão em tentar ajudar aquela garota estranha. E você nem sabe se ela precisa mesmo de ajuda... Tá certo que ela é uma gata, mesmo atrás daquelas roupas que ela veste dá pra ver que ela é gostosa, e tem um belo rosto, mas tem tanta garota gata e gostosa nesse colégio e várias se atiram para você! – disse o João, um dos amigos que fiz nesse novo colégio.

- Não é por que ela é gata.

- Não? Então é por quê?

- Não, sei lá. Ela é infeliz. – suspirei. - João esses tempos ela apareceu com o olho roxo e...

- Vai ver ela gosta de apanhar! – disse sorrindo safado, me interrompendo, apenas revirei os olhos.

- Cara, não é isso. Aquele marido dela bate nela, tenho certeza disso.

- E o que você tem a ver com isso?

- Nada, mas eu queria saber o porquê ela aceita esse tipo de coisa.

- Já disse, vai ver ela é masoquista.

- Não fala merda.

- Acho que você se preocupa demais, e não deveria. Ela é estranha, só isso. – ele deu de ombros e paramos em frente aos armários, abri o meu e havia um envelope dentro e preso a ele tinha um bilhete.

- Admiradora? – perguntou curioso.

- Não cara. Já volto! – disse saindo apressadamente dali, deixando João ali parado sozinho.

Aceito a sua ajuda!” – era isso que dizia no bilhete, virei o papel e atrás dizia: “Preciso que você coloque essa carta no correio, por favor!” Minhas suspeitas começavam a se confirmar, ela sofria, e algo muito grave a prendia ao marido. Abri minha mochila e guardei a carta, assim que terminassem às aulas colocaria a carta no correio...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?

Será que ela vai contar tudo que ela passa? O que será que vai acontecer daqui por diante?

Mais uma vez, me desculpem pelo atraso tanto em responder os reviews, quanto em postar um novo capítulo.

Muito obrigada por todos os reviews e o carinho.

Beijo ;*
Naathy



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