Make You Mine escrita por becky


Capítulo 6
Gerard NO Way Part 02


Notas iniciais do capítulo

É aqui que o Geraldão se revela. Bem, digamos que parcialmente...
Reviews, hem!
Beijo :*



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As horas se passavam lentamente e eu procurava algo pra fazer, sentei-me no sofá e comecei a assistir a um programa de humor nada interessante.

- Mãe! – gritei – tem o que pra comer?

- Comida! – Ah! Minha mãe é tão engraçada às vezes.

-Sério mãe, o Gerard vem estudar aqui em casa hoje, tem algo pra lanchar?

- Ah tem sim, prepara tudo porque a mamãe vai ter de sair, ta?

- Ah ta bom então. – lamentei, afinal minha mãe cozinha muito melhor que eu.

O relógio apontava 14h36m e o frio aumentava ainda mais. Uh! Eu tava quase congelando por trás de uns três casacos bem grossos, fui até a cozinha preparar um chocolate quente até que a campainha soa. “É o Gerard!” pensei rapidamente.

- Boa tarde! – assim que abri a porta já estava ele em frente a mim, com um sorriso enorme e cínico, o jeito Gerard de ser.

- Ah muito boa tarde senhor cara de pau! Haha - ri.

- Obrigado pela parte que me toca – olhou desprezadamente para mim – por que sou cara de pau?

- Nada, entra. –fiz sinal pra ele entrar.

Chegamos à sala e lá estavam, móveis no lugar, cadernos sobre a mesa, tudo nos conformes como eu havia organizado, de certa forma estava nervosa, nunca tinha estudado com um garoto assim, tão intimamente, apesar de que, o Gerard já era quase da família, sempre entrosado com minha mãe, pra variar. Mas ela já não se encontrava ali, isso me trazia certa insegurança, não sei por quê.

- Que cheiro de queimado é esse Vicky?

- AH MEU DEUS! –corri pra cozinha. Acendi o fogo e não pus o chocolate pra ferver. Eu já citei que não sou muito boa na cozinha, né?

- HAHAHAHAHAHA! Cara, não acredito nisso! HAHAHAHA – Gerard ria alto, o que me deixou ainda mais envergonhada. – Ou querida! não precisa preparar nada não, eu já fiz minhas devidas refeições, haha.

- Quem disse que eu preparei pra você? Ou melhor... err... ah cala a boca! – me aborreci.

- Sabia que você fica ainda mais linda com raivinha? – disse entrando na cozinha e tentando me ajudar com a situação.

- Não, nem quero saber, deixa que eu arrumo isso. Por que não começa a se sentar ali na mesa? – respondi friamente.

- Ui, que grossa. – o senso de humor do Gerard.

Depois que eu contornei a situação, fui até a mesa começar os estudos, Gerard já estava concentrado, lia o capítulo seis de química em voz baixa, com os cotovelos apoiados sobre a mesa, parecia até um estudante realmente dedicado, apenas parecia...

- Mas olha que cena mais linda! – disse sarcástica.

- Reações de oxidação são interessantes. - disse sem desviar o olhar das páginas.

- Se você diz... – sentei ao seu lado, à sua esquerda, pra ser mais precisa.

Ele olhou pro meu lado, com seus olhos verdes que me chamava muito à atenção, mas para mim, não passavam de olhos amigos. Ele sorriu e colocou o cabelo atrás da orelha.

- Por que ta me encarando assim? Tá, eu sei que sou irresistível. – deu uma piscada pra mim e pegou na minha mão.

- Para com isso Gerard – disse envergonhada dando um “tapinha” nele.

- E por que você insiste em me chamar de Gerard? Eu já disse que tenho apelido, e você sabe muito bem qual é! Parece que não entende nada que eu digo...

- Mas... O que é que tem? Eu não gosto por isso opto pelo conveniente, Gerard, afinal é seu nome, ou estou errada?

- Eu desisto meu Deus! – enterrou sua cara no livro e gargalhou.

- Ah! Pára...

A aula de química estava muito interessante, falo sério, eu curto química. Até que o telefone de casa tocou, estava no primeiro andar, levantei-me e fui correndo atender.

- Alô? – disse ofegante, depois das quinhentas escadas subidas.

-... – silêncio.

- Quem é hem? É bom falar porque eu to muito ocupada. – mas que saco, odeio trotes.

- Vi... Pi pi pi pi ... – a ligação caiu ou desligaram na cara mesmo? Essa voz me parece familiar... O que será que queriam? Seria o Frank? Hoje mais cedo ele saiu sem dizer nada e deu a impressão de que ele queria avisar algo... Ah, dane-se, tenho de estudar.

- A ligação caiu, ou então desligaram na minha cara – disse descendo as escadas.

- Sério? E não falaram nada? – Gerard olhou rapidamente para mim, largando seus cálculos.

- Sério, só falam “Vi”... Não entendi, será que era “Vicky”?

- Pode ser, ou então a pessoa queria dizer “Vixe liguei errado!”

- Você ainda vai trabalhar num circo senhor Way, nem se preocupe! – eu adorava ironizar as minhas frases quando eram relacionadas às piadas sem graça do Gerard.

- Chata! Vamos estudar que é melhor – disse emburrado e fez bico.

- Oooh! Que criança mais fofa! – apertei inocentemente suas bochechas e ele me fitou com aquele olhar que eu não gostava nenhum pouco.

- Err... Vamos continuar – enrubesci.

Comecei a resolver as questões tensamente, estava começando a achar que estudar ao lado do Gerard não era uma boa idéia, eu ficava constrangida, não sei o porquê, seria aquele olhar ameaçador? Ou apenas suas brincadeiras gentis por assim dizer? De qualquer forma não conseguia me concentrar.

Ele resolvia as questões assim como eu, os minutos se passavam até que eu senti um calafrio que consumia gradativamente todo meu corpo, olhei para baixo e lá estava o motivo disso tudo: Gerard apoiava sua mão esquerda em minha perna. “QUE PORRA É ISSO?” pensei e arregalei meus olhos, virei diante dele e gritei:

- GERARD! – o susto que ele levou o fez apertar minha perna ainda mais.

- Err, me desculpa Vicky! Eu fiz sem sentir, juro! Por favor, me perdoe! – tentava se desculpar mas a falta de respeito para comigo me deixara inconformada.

- Você é idiota ou o que hem? Isso é uma falta de respeito! Mas que droga! Saia já daqui – me levantei e fui em direção à porta.

- Calma Vicky! Eu não queria, entenda!

- Ah claro que não! Como você é ingênuo Gerard Arthur Way!

- Olha só, se você não quer acreditar em mim, que se dane, o importante é que...

- É que...?

- perguntei confusa.

- Vicky, eu to gostando de você... – dizia ele chegando cada vez mais perto.

- Gerard, eu...

- Eu não posso mais evitar, cada dia que passa eu gosto mais ainda de você, e você não sabe o quanto... cada movimento que você faz, cada olhar, cada palavra, eu gosto de tudo em você – eu simplesmente não conseguia falar nada naquela situação, eu estava nervosa – eu te amo, Vicky.

E num impulso, aconteceu. Gerard me empurrou contra a parede e me beijou. Foi um beijo forçado, que eu definitivamente não queria, tentava o empurrar mas seu corpo estava fortemente contra o meu, eu tentava gritar mas ele tapava minha boca, foi tudo muito conturbador... Nunca tinha sentido uma sensação com aquela.

- Uh! – me esquivei – me solta Gerard! Larga de ser infantil!

- Eu? Infantil? – olhava-me maliciosamente, seus olhos me passavam uma impressão maldosa e à medida que me beijava, com seus olhos abertos de forma ameaçadora, deslizava sua mão sobre minha perna fazendo movimentos bruscos que já estavam me machucando.

- Por favor, vamos conversar! – eu estava completamente desprotegida, indefesa, o corpo dele era muito maior que o meu, o que me deixava em desvantagem.

Num impasse, chutei-o. Em um lugar bem estratégico, ponto fraco de todos os homens, entre suas pernas, fazendo-o gemer alto.

-AAAAAAAAAU! – gritou.

Peguei minha bolsa e sai correndo pela rua, deixando-o só em minha casa, caído na sala murmurando sua dor. Não sabia se estava fazendo o certo, mas de certa forma, não seria nada bom ficar ali, ele não estava em condições de conversar civilizadamente. Eu estava realmente muito desapontada com ele, afinal, era meu amigo e eu de certa forma me entristecera com aquilo. Caminhei sem destino, chorando, pensando naquilo tudo... Por que isso tinha que acontecer logo comigo?

CAPÍTULO 6 - FIM


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