Na Floresta Proibida...

          Já era quase dez horas e um grupo de mais ou menos 20 pessoas, todas encapuzadas, andava pela floresta, desviando das árvores e andando apressadamente. O grupo seguia na mesma direção, olhando para todos os lados, tomando cuidado para não serem vistos ou ouvidos, o caminho era longo e já estavam quase chegando ao final da floresta, viraram para direita e continuaram andando... Até que, pararam.

         O local era medonho, não possuía nem um pouco de luz. As árvores eram mais altas do que o normal e seus galhos eram curvados, como se fossem garras, as raízes saiam do chão e se enrolavam uma nas outras, formando uma entrada para debaixo da árvore. E foi aí que o nosso grupo entrou, um por um.

       Uma escada enorme leva até a Sala Peculiar, que, como diz o nome, é diferente. O local era escuro, com vários lustres e estatuas de ouro. Uma mesa gigantesca com várias cadeiras em volta ocupava uma parte do local, sofás e poltronas verdes estavam em volta de uma lareira e no meio da sala havia um globo terrestre, mas não um globo terrestre comum. Cada país era iluminado de uma cor diferente e vários nomes poderiam ser lidos, qualquer bruxo que fosse sangue-puro poderia localizar uma pessoa, de qualquer lugar do mundo, naquele mapa e saber todas as informações sobre ela.

       De repente, a imagem do globo mudou e no lugar apareceu uma criatura grande e tremendamente horripilante. O corpo e sua cara eram cobertos de pelo; em vez de pés, o monstro possuía patas de casca dura; só possuía quatro dedos em suas mãos e suas unhas eram enormes e afiadas. No seu rosto, em vez de nariz, possuía um focinho com as narinas expandidas; seus caninos eram maiores e mais afiados do que o normal e por fim a criatura possuía dois chifres pontiagudos. A imagem era de um minotauro.

- Chefe dos Minotauros. Qual é a sua decisão? – perguntou um dos garotos.

- Nós do conselho conversamos bastante e por unanimidade, concordamos em nos juntar ao Lord Voldemort. – o ser disse numa voz grave e rouca.

- Ótimo. – continuou o mesmo garoto. – Avisarei o Lord e, logo, será informado da missão. Por hora, é melhor descansar.

         E do mesmo jeito que apareceu, a imagem do minotauro sumiu do globo. O garoto, que falou com o minotauro, se aproximou do globo e o tocou com a varinha, murmurando um nome. Em seguida, todo o mapa desapareceu e a imagem de uma mansão apareceu no lugar.

- Regulus Black, Bartô Crouch, Rabastan Lestrange e Anita Pervilat. – chamou o garoto e as quatro pessoas chamadas deram dois passos a frente.

- Sim, milorde. – disse a garota, fazendo uma reverência.

- Vocês irão ser testados numa nova missão, mas dessa vez terão a minha ajuda. – o garoto sorriu malignamente. – Se preparem, pois iremos no final de semana.

          Enquanto os Comensais saiam da sala, o garoto voltou a olhar a casa e viu um casal de velhos saindo abraçado para o jardim, os dois riam contentes e se divertiam juntos.

- Aproveitem, pois isso esta prestes a acabar. – o sorriso do garoto aumentou, ao ver um carro estacionar na frente da mansão e de lá sair um homem e uma mulher, aparentemente da mesma idade do casal.

            Com um toque de varinha, o globo começou a escurecer e no lugar onde antes estava a imagem dos casais, agora, havia somente uma enorme mancha de sangue. Os olhos cinza-prateados do garoto brilharam em antecipação e em passos firmes e calmos, Bernard Riddle voltou ao castelo.

------------------------------------------------------G*F-------------------------------------------------------------------

              Os primeiros raios de sol começavam a aparecer no céu ainda escuro, eram seis e meia da manhã, mas o Dormitório Feminino da Grifinória já estava uma loucura. Todas as meninas estavam acordadas e se preparando para o primeiro dia de aula, tiravam os pequenos amassadinhos das roupas, tomavam banho, se penteavam e checavam o material para as aulas. A ansiedade tomava conta de todas, afinal, o ano estava cheio de mudanças, teriam novos professores, novos alunos, novas matérias, novos mistérios, novos romances e novas aventuras (N/A: ta parecendo propaganda da fic, mas deixa p/ lá).

          Raquel, Lira, Victoria e Marcelle estavam no Dormitório, as garotas conversavam sobre as novidades das férias, enquanto se arrumavam para descer. Vamos escutar um pouquinho da conversa...

-... ai, quando eu ia, finalmente, para Hong Kong meu pai resolveu voltar para Londres e eu não pude conhecer aquela maravilhosa cidade. – Lira terminou seu relato sobre a viagem a China, seu país natal.

- E como foi reencontrar a sua família? – perguntou Victoria.

- Acho que, até agora, esse foi o momento mais emocionante e perfeito da minha vida. Ganhei um bando de presentes e não é natal! – respondeu a chinesinha, levantando da cama e indo na direção da porta. – Acho melhor a gente ir pro Salão Comunal, já é quase seis e meia.

- Lira! – Raquel chamou a amiga, que parou o ato de abrir a porta. – De quem da escola você gosta?

- Pensei que ela já tivesse dito de quem gostava. – comentou Victoria, olhando de rabo de olho para Marcelle.

- E eu já disse. – confirmou Lira. – Continua sendo a mesma pessoa.

- Ata. – Raquel falou e depois de uma rápida troca de olhares com Victoria e Lira, completou botou o plano em ação. – Marcelle!

- Fale. – a integrante mais nova do grupo respondeu.

- Você pode guardar um segredo? – perguntou Raquel e, ao receber um aceno positivo da garota, continuou. – O meu namorado, James, parece interessado na Lily...

- Ele pede pra sair com ela dês do quarto ano, ta mais que interessado. – interrompeu Victoria, um olhar mortífero de Raquel.

- E parece que agora ela gosta dele também. – completou Lira.

- O caso é que eu preciso da sua ajuda, assim como a da Vick e da Lira, para testá-lo numa coisa. – continuou Raquel, como se não tivesse sido interrompida. – Então, posso contar com a sua ajuda?

  Marcelle sorriu marotamente e disse:

- Eu aceito, mas com uma condição.

- O que? – questionou Victoria curiosa.

-Não vou fazer nada que possa machucar ele... – Marcelle olhou para as garotas, antes de completar. -... permanentemente.

- Ótimo, o plano é o seguinte... – Raquel explicou toda a situação e contou o plano para as amigas, aos poucos já tinham tudo combinado.

    Todas as meninas se entreolharam, um sorriso sinistro estava no rosto de todas. Lira se aproximou das outras, tinham algum tempo, afinal, as aulas só começariam às sete e meia.

-----------------------------------------------------------G*M------------------------------------------------------------

          No dormitório dos meninos a bagunça reinava. Roupas e sapatos espalhados para todos os lados, toalhas molhadas jogadas em qualquer lugar. Todos, menos Peter, já estavam prontos para as aulas, pegavam os livros e separavam os materiais.

- Por que será que o Peter não acorda? – questionou Remus, se aproximando da cama onde o garoto dormia.

- Você conhece o Peter, só sebe comer e dormir! – exclamou Sirius. – E além disso, que te importa esse rato.

- Mesmo sendo rato, ele continua sendo nosso colega de quarto, temos o dever de acordá-lo para as aulas. – argumentou Remus.

- Então o acorde você, porque se eu me aproximar dele, o esgano sem pensar de novo. – comentou James, olhando para Peter com raiva.

     Remus, James e Sirius haviam deixado de falar com Peter, depois que este traiu a confiança de seus amigos. Ninguém sabia o que ocorreu, mas Peter não era mais um dos Marotos. A verdade é que, os garotos descobriram, no ano anterior, que Peter tinha se juntado aos Comensais da Morte em troca de dinheiro e, agora, carregava a Marca Negra no braço. Mesmo sabendo disso, os Marotos combinaram em não contar a ninguém sobre a marca e com a ajuda de Raquel e Lira, apagaram da mente do rato traidor os segredos comprometedores que ele sabia.

- Deixa pra lá! – Remus desistiu de acordar o gorducho. – Mudando de assunto... Vocês sabem o garoto novo?

- Acho que não exista pessoa no castelo que não saiba. A concorrência vai ser grande, no assunto “ficadas”. – comentou Sirius, decepcionado ao saber que poderia ter o seu recorde batido.

        Dês do quarto ano, Sirius vem ficando com todas as garotas do castelo e, esse ano, faltavam apenas 50 para que ficasse com todas as garotas de 14 à 17 anos, mas a presença do novo aluno poderia acabar com seus planos.

- Nós sabemos, faltam 14 da Corvinal, 7 da Lufa, 20 da Sonserina e 9 da Grifinória ... – James começou a contar.

- Sendo que 15 têm namorados, incluindo a Raquel, e uma é a Luisa, que te odeia de todas as maneiras. – completou Remus.

- Sem falar da Lily e da novata. – continuou James. – Você tem que torcer para que o garoto novo não seja galinha, senão, tu ta ferrado.

    Sirius amarrou a cara e cruzou os braços zangado, fazendo Remus e James rirem da cara do amigo. Remus pegou seu material e desceu para o salão comunal com os amigos, afinal, já eram quase sete horas.

- Vou esperar a Raquel, vocês podem ir se quiserem. – disse James aos amigos, se tacando no sofá da sala.

     Remus fez um sinal de ok e saiu em direção do Salão Principal com Sirius. Depois de alguns minutos, Raquel desceu as escadas com Lira, Victoria e Marcelle.

- Vamos tomar café? – perguntou James, dando um selinho em Raquel.

- Não nós todos vamos morrer de fome. – exclamou Victoria irônica. – Vamos logo!

     Victoria saiu apressada do salão comunal sendo seguida pelos outros.

-------------------------------------------------------L*Ls*B--------------------------------------------------------------

      Lily viu que eram seis e quarenta e desceu as escadas rapidamente, indo em direção do Salão Principal, para conversar com Luisa. Viu a amiga no corredor, conversando com Beatriz e foi falar com as duas.

-... e ai ele virou e disse “Nada mau para uma novata no ramo”. – Luisa terminava de contar sua história, causando gargalhadas na outra lufa-lufa.

- Oi gente. – Lily recebeu “Bom dia” das duas e continuou a falar. – Vocês já viram as notícias do Hognew?

- Não. – Luisa respondeu. – Parece que a Rita Skeeter ta querendo manter um clima super misterioso, a edição só vai sair na janta.

- Há boatos dizendo que vai ter até entrevista com os alunos novos. – comentou Beatriz. – Ta acontecendo muito mistério para saber de qual família vem o Riddle, o nome não é conhecido, mas ele é tratado como um príncipe na Sonserina.

- Eu tenho certeza de que já ouvi falar nesse nome. – disse Luisa pensativa.

- E eu li em algum livro, mas não lembro em qual. Marcelle disse essa manhã, que o conheceu faz pouco tempo e que ele deu em cima dela, foi assim que ela descobriu que ele fica com qualquer garota. – informou Lily, espantando um besouro verde dali de perto. – Ai, que bicho chato!

         As garotas ouviram passos no corredor e notaram que Sirius e Remus estavam vindo na direção delas.

- E ai, garotas! – cumprimentou Sirius, enquanto Remus fazia um aceno com a cabeça.

     As garotas responderam com um aceno de cabeça. Ficaram um minuto em silêncio constrangedor, todos estavam estranhando a situação.

- Onde esta o Potter? – perguntou Lily, tentando não demonstrar interesse.

- Comigo. – disse uma voz atrás deles.

       Todo o grupo se virou e viram Raquel de mãos dadas com James, junto com Lira, Marcelle e Victoria. James cumprimentou as garotas com um aceno.

- Meus amorecos!- exclamou Raquel, abraçando Sirius e Remus.

- Vamos comer! Estou morrendo de fome! – reclamou Victoria.

- Ela falou corretamente, a coisa esta séria. – o comentário de Lira fez todos rirem.

      Os dez foram em direção do Salão Principal, andando calmamente.

- Evans! Posso falar com você? – chamou Raquel, assustando a todos. Lily olhou desconfiada para a garota, mas confirmou com a cabeça.

       As duas ficaram para trás, recebendo olhares estranhos dos outros, Lily olhou para Raquel e colocou as mãos na cintura.

- O que você quer? – perguntou a ruiva, ainda olhando a outra desconfiadamente.

- Vamos dar uma trégua.

- Por quê? – questionou Lily, ainda mais desconfiada.

- Eu quero descobrir mais sobre o novo aluno e você quer se aproximar mais do James, já que descobriu que esta apaixonada por ele. É só juntar as coisas. – explicou Raquel.

- E você vai deixar eu me aproximar do James, mesmo sabendo que eu sou apaixonada por ele? – Lily arregalou os olhos ao receber um aceno positivo da outra. – Ficou maluca de vez, garota?

- Não, se você ficar mais que amiga dele, eu te mato. – comentou Raquel como se falasse de uma coisa banal (N/A: essa palavra tinha que aparecer no cap! ;D). – E além disso, você não é tão má companhia.

- Esta bem, eu aceito o acordo. – Lily disse, estendendo a mão para Raquel.

      Com uma careta, Raquel apertou a mão de Lily. Por dentro, Raquel estava sorrindo marotamente, seu plano tinha começado.

--------------------------------------------------------Tds ----------------------------------------------------------------

       O resto da manhã passou normalmente, ou tão normal quanto se é possível com esse grupo. Ocorreram algumas bombas de bosta nos corredores, uns dois alunos do terceiro ano da Sonserina foram parar na enfermaria, berros de “É o primeiro dia de aula, seus imbecis!” e “Detenção!” vindos de Lily e da Prof. McGonagall, respectivamente. Marcelle sumiu durante o terceiro tempo e, quando questionada pelas amigas, apenas disse que Rita Skeeter queria falar com ela.

     Já era hora do almoço, Yuri não havia aparecido durante toda a manhã, o que era muito estranho. Lira, Victoria e Raquel olhavam para a porta de entrada a todo estante, preocupadas com o amigo.

- O que será que aconteceu com o Yuri? - perguntou Lira, preocupada com o amigo.

       Antes que alguém pudesse responder a pergunta, burburinhos e risadas começaram a ser ouvidos por todo o Salão Principal e, quando os olhares se voltaram para a porta de entrada a pergunta de Lira foi respondida.

       Yuri estava na entrada do Salão Principal vestido de Lady Gaga. A  camisa, colada no corpo, mudou de vermelha para roxa e o garoto não estava usando o sobretudo peludo, nem os óculos escuros gigantes. A corrente de ouro no pescoço foi o que chamou mais a atenção das pessoas. Todos no Salão estavam rindo do estado em que o garoto se encontrava, final, no primeiro dia já tinham o maior mico do ano.

      O Lufa- Lufa andou até a sua mesa emburrado e começou a comer em silêncio. Depois que as risadas diminuíram, os alunos voltaram a comer normalmente. Após o almoço, os nossos grifinórios favoritos teriam dois tempos seguidos de DCAT (Defesa Contra As Artes Das Trevas.) junto da Sonserina.

- Six! – chamou Raquel. – Me leva de cavalinho.

- Qué me matar, garota? – questionou o garoto.

- Por favor! – pediu Raquel, fazendo carinha de cachorrinho- sem- dono- abandonado – na- chuva.

- Ta bom! Sobe.

           Raquel deu um pulinho de felicidade e subiu nas costas de Sirius. Sendo assim, o grupo se dirigiu para a sala do Professor Melloni.

------------------------------------------------------------P*L-------------------------------------------------------------

            Orlando e Lygia Lirey receberam um patrono de seus amigos, dizendo que em menos de um minuto estariam ali, e saíram para esperar do lado de fora da casa.

- Os anos passam, as crianças crescem, mas continuamos amigos dos Potters. – comentou Orlando risonho, fazendo sua esposa rir também.

- E isso vai continuar por muito tempo. – completou sua mulher, carinhosamente.

       Um carro parou em frente da mansão e de lá saíram Charlus e Dorea Potter, o portão para o jardim da mansão se abriu e o casal entrou, indo em direção dos amigos.

- Quanto tempo, Orlando! – exclamou Charlus, risonho. – Nós não nos vemos faz dois dias.

- É realmente. – Orlando disse, entrando na brincadeira. – Já estava com saudades das suas piadas sem graça.

- Vamos entrando, já esfria aqui fora. – Lygia falou, depois de cumprimentar o casal.

             Os quatro seguiram para dentro da casa e entraram numa sala confortável. A lareira já estava acesa e as luzes também. As duas mulheres se sentaram num sofá e começaram a conversar sobre as novidades da vizinhança, enquanto os homens se acomodavam nas poltronas.

- Charlus, já teve alguma notícia sobre o próximo passo de Voldemort? – perguntou Orlando, temendo a resposta.

           Um silêncio tomou conta da sala, as mulheres pararam de conversar e viraram sua atenção para a resposta de Charlus.

- Alastor disse que não conseguiram localizar o esconderijo dele, ataques a famílias trouxas tem ocorrendo em vários locais diferentes da Inglaterra, mas quando os aurores chegam lá, só há os mortos. – Charlus contou. - Somente hoje houve três adultos e uma criança mortos em Londres, um casal foi sequestrado em Mill Town, Etans, Ivans...

- Evans?- questionou Dorea.

- Isso! – exclamou Charlus. – Como você sabia?

Continua...