Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 19
Deixa que a vida se encarrega...


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores, agradeço por não me abandonarem.A fic está chegando à reta final. E vocês continuam a acompanhando. Eu sei que não é fácil ler algo escrito por mim, afinal, não posto com frequencia, mas farei o possível para postar o fim até o final do mês.
Espero que gostem do capítulo =)



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Não podia ser mais fácil encontrar meu alvo. Ele estava sentado na grama, brincando com um graveto que estava entre seus dedos. Confesso que assim como ele estava, apenas por alguns segundos, ele me pareceu inofensivo. Mas não era.

Aproximei-me dele que ainda não havia notado minha presença.

_Sua mãe está procurando por você. Pediu que fosse até ela.-  Tirei-o de seus pensamentos, devaneios ou sei lá o que se passava por sua cabeça.

Virava-me para voltar à sala de estar quando senti uma mão forte me segurando.

_Anna. Eu já disse que precisamos conversar. E eu gostaria muito que você escutasse.

_Não Lucas- eu me livrei de sua mão, que permaneceu parada no ar- Não precisamos conversar, e eu não quero te ouvir.

_Por favor- pediu ele sem me dar chances para interrupções- eu sei que você está chateada, e com razão. Eu te magoei, mas eu já disse que agora é diferente. Eu me apaixonei de verdade por você, e agora, olha só para mim, te pedindo perdão do jeito que eu pensava ser o melhor para você.- Ele passou a mão no cabelo, bagunçando-o.- E você simplesmente se faz de indiferente, não dá a mínima. Você quer se vingar, é isso? Porque se for, você já está conseguindo apenas pelo fato de eu ter que te ver com aquele cara. Anna, é tortura ver a mulher que eu amo com outro. É tortura.

Eu fiquei sem palavras, afinal, era tudo isso o que eu sentia vontade de ouvir.

Meu desejo agora era me sentir envolta pelos braços de Lucas, beijá-lo, era poder tocar sua pele e sentir seu perfume. Ah, como eu queria, e fiquei tentada a fazê-lo.

“Lucas, eu te perdôo. Eu te perdôo porque te amo, mais que tudo e quero ficar com você, passar o resto da minha vida ao seu lado. Eu quero poder acordar todas as manhãs e ver seu sorriso, seus olhos. Eu quero bagunças a nossa cama toda noite. Eu quero fazer ninar nossos filhos que terão seus olhos verdes. E eu quero repetir quantas vezes forem necessárias que eu te amo,  até você entender”.

Isso era o que eu queria dizer:

_Lucas, eu acho que eu te amava. Eu sentia uma coisa louca quando estava com você.Você mexia com meu emocional, com meu físico. Mas por tudo que você fez, por aquela aposta idiota, eu aprendi a esquecer esse amor e bem, estou com Jacob, você sabe..

_Não diga o nome desse cara, perto de mim, por favor... – ele me interrompeu.

_E ele gosta de mim, acredito que não me fará mal, então eu quero ficar com ele, Lucas.

_O que? Anna, você não está falando sério? Está?

_Sim, eu estou falando sério. Lucas, será que você não percebe? Nós somos completamente diferentes, não combinávamos...

_Mas nos completávamos.

_Não, Lucas, era muito sonho, uma utopia.

Para meu espanto, ele não disse mais nada. Simplesmente abaixou os olhos, colocou as mãos nos bolsos e  novamente me olhou.

_Hey Anna,- ele se aproximou e passou sua mão em meu rosto- Se é assim que você quer, eu vou te respeitar. Então, é assim que vai ser.

Ele beijou minha bochecha, e continuou.

_Espero que seja muito feliz com ele. Mas eu te peço, não se esqueça nunca que eu te amo. Mais que tudo, eu te amo para sempre.

Ele caminhou em direção à porta que levava a sala de estar e eu continuei parada. Alguns pingos de chuva começaram a cair, mas eu continuei ali. Não me importava com a água, contanto que ela levasse Lucas da minha vida e todas as lembranças que eu tinha dele.

Eu queria que  a chuva tivesse esse poder, de levar aquilo que te machucou para bem longe quando ela caísse sobre você. E que quando ela parasse de chover você já não se lembraria de nada que te fez mal.

Eu queria muitas vezes mergulhar no rio Lete e esquecer de tudo.

Queria voltar a ser criança, onde só me preocupava com as minhas bonecas perdidas e com aprender a fazer continhas. Onde o único amor que eu conhecia era o de meus pais, e minha única dor era perceber que meu brinquedo preferido havia se quebrado.

Eu não queria mais crescer. Eu não queria encarar a vida frente a frente. Os problemas, os garotos malvados que quebram corações, as escolhas, as decisões.

Alias, eu havia feito a coisa certa?

Ou teria feito a coisa errada? Eu devia ter me entregado? Agora, sofreria tudo de novo, pois ele deixaria de lutar por mim. Tudo teria ido por água abaixo? Não sei, não importa.

Mas ele me esqueceria se o tempo passasse? Ele viveria sua vida sem nem mesmo pensar em mim? Será que meu rosto nunca mais apareceria em seus sonhos? O que aconteceria agora?

Só o tempo poderia me responder. O que fazer agora? Esperar. Esperar que a vida tome conta dessa história, e que o destino se encarregue de fazer o melhor.


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Notas finais do capítulo

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