Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 13
Uma nova garota


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demoraa =)

Bom, o capítulo está aí !Espero que gostem



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Eu fiquei em minha cama, com lágrimas em meus olhos, esperando pela bronca que levaria. Mas eu adormeci e quando acordei já era manhã.

 Fui até a cozinha, ainda com as mesmas roupas de ontem.

 Meu pai estava sentado na bancada, bebendo uma xícara de café e comendo um pedaço de bolo, quando eu entrei.

 _Bom dia, Anna.- ele disse sem nem mesmo virar-se para me ver.

 _Como sabe que sou eu?

 _Acho que conheço minha filha, mesmo sem vê-la, pra saber quando ela chega. E a conheço tão bem pra saber que aquela atitude de ontem à noite foi gerada por algum acontecimento que ela não me contou. - ele disse irônico.

 Sentei-me ao seu lado e ele me deu um pedaço de bolo com seu garfo.

 _ Anna, quer me contar alguma coisa?Algo do tipo, porque você está tão diferente, ou então quem foi o garoto que fez tudo isso acontecer?

 Eu corei, e senti novamente meus olhos se encherem de lágrimas. Porque eu estava tão sensível? Será que todas as vezes que alguém tocasse em algum assunto que se refira a Lucas, lágrimas preencherão meus olhos e um nó se formará em minha garganta? 

 _Não, não é nada. - eu respondi tentando disfarçar o hesitante tom da minha voz.

 _Se realmente não é nada, então o que fazem essas lágrimas nestes doces olhos?

 Então uma lágrima rolou, e eu a enxuguei na esperança de meu pai não ter visto. Mas foi uma tentativa falha. E foi aí que ele me abraçou.

_ Minha filha, eu sei que sua mãe e eu não somos presentes, muito menos ótimos pais, mas nós te amamos acima de tudo. E seja lá quem fez isso com você, você sabe que pode desabafar e pedir ajuda a nós.- ele disse rapidamente.

 _Papai eu estou bem. Acredite. Vai passar.

 _Sim, eu sei que vai. Mas não importa o que aconteça eu estarei aqui, pra te ajudar e te proteger, - ele disse, fazendo carinho em minha face.- Tem certeza de que não quer contar o que está acontecendo?

 _ Sim, papai. Tenho certeza.

 _ Então está bem.

Meu pai me deu um beijo no rosto e se levantou. Eu o vi subir as escadas e eu continuei ali, sentada na bancada. Peguei uma maçã que estava na fruteira à minha frente e mordi.

Depois de terminar de comer, subi para o meu quarto tomei um banho. Vesti-me com um vestido alegre, com uma sapatilha pink, e saí de casa.

Fui até um parque, perto de casa e me sentei em um banquinho de madeira. Percebi que muitos rapazes me olhavam, o que com certeza estava sendo ocasionado pela minha mudança de visual.

Eu fiquei muito diferente. Meu cabelo outrora imensamente liso, agora estava cortado em camadas, com luzes e pontas que apontavam para todas as direções.

Minhas roupas novas não eram do mesmo estilo das antigas. Até mesmo os sapatos mudaram.

Eu queria me desapegar de tudo que me lembrava de Lucas, e eu iria conseguir.

E mesmo que todos percebam que a Anna nunca deixará de ser a mesma, quero fazer Lucas acreditar que eu mudei de verdade, e que ele faz parte do meu passado.

Fiquei um bom tempo ali, sentada naquele banquinho, colocando meus pensamentos em ordem. Voltei para casa por volta das 11: 30, e encontrei minha mãe e meu pai na cozinha. Ela estava toda suja de molho para macarronada e ele estava abraçado a cintura dela. Ambos riam felizes.

Era esse o futuro que eu queria para mim. Queria ter um marido atencioso como meu pai e poder me dedicar a ele, como minha mãe.

Mesmo com toda a correria do trabalho eles arranjam tempo para ficar juntos. Parecem eternos namorados.

Assim que me viram, minha mãe se soltou de meu pai e veio até mim. Ela pegou minha mão na sua e me guiou até o jardim. Sentamo-nos em meu balanço e ela me olhou com seus penetrantes olhos verdes.

Como eu queria te herdado- os.

_ Mãe, er... - hesitei antes de falar, mas eu precisava o fazer. Tinha que me desculpar. - Me desculpe por ontem a noite. Eu estava cansada e irritada. Eu sei que você e o papai trabalham assim para me dar tudo do bom e do melhor. Me desculpe mesmo.

_ Anna, não se desculpe. - disse ela- é normal que você se sinta só, afinal não ficamos muito tempo juntas.

Minha mãe sempre tão legal, tão gentil e compreensiva.

_Sim, mamãe. Mas é que fui mimada. Minha atitude foi infantil.

_Tudo bem querida. Está tudo bem.

Meu pai gritou de lá de dentro que a macarronada estava pronta. Fomos para dentro e almoçamos. O restante do domingo passou tranquilamente e rapidamente.

Logo, a segunda-feira chegou.

Eu acordei muito cedo, por volta das 5: 30 da manhã, e levantei.

Naquela manhã, queria causar impacto no colégio todo. Queria que todos conhecessem a "nova" Anna. Mostrar que a nerdzinha quieta e bobinha já era, e que no lugar dela há uma mulher bonita, sedutora e acima de tudo poderosa.

Vesti-me com a farda do colégio, mas no lugar do simples sapatinho preto, sem salto e infantil, calcei um peep toe preto, de salto alto. Meu cabelo ficou solto e esvoaçante. Fiz um make básico, mas destaquei os olhos. Ao invés da mochila de sempre, peguei uma bolsa.

Tomei café, e quando dei por mim era hora de ir para colégio.

Senti um frio na barriga. Parecia que uma parte de mim queria sair de casa e mostrar ao mundo que eu era agora. Mas a outra parte me dizia para voltar ao meu quarto e tirar meu sapato de salto e colocar novamente o rasteiro. 

Mas eu queria seguir a primeira parte. Eu iria para o colégio e faria com que os garotos caíssem aos meus pés, e as garotas se descabelassem de inveja.

Caminhei apressadamente, e meu coração acompanhava o ritmo dos meus pés. Deparei-me com o grande portão de ferro da escola. E foi com o pé direito que entrei.


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Notas finais do capítulo

*-*



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