Sonhadora escrita por AnnaHeimer


Capítulo 16
Capítulo 17




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- Gustav!

Olhei a cena, mas não consegui ouvir o que eles estavam falando. Depois de um tempo, vi ela apontar o dedo para mim e me esforcei para ouvir.

- Trouxe lanche para nós?

- Não. Essa foi A escolhida.

- Hm, Jenny, não? – examinou-me pelo vidro escuro enquanto Gustav assentia. – Ei, Jenny, Junte-se à nós!

Abri a porta do carro com a mão trêmula. Quando saí, procurei olhar sempre para um ponto fixo, evitando olhar seus olhos mesmo sem saber o motivo. Andei até eles e dei um sorriso pela metade. Não era tímido, mas desconfiado.

- Prazer em conhecê-la. Meu nome e Liz. Já deve ter ouvido Gustav falar de mim.

Convencida. Iria acabar logo com a alegria dela.

- Na verdade não.

Ela sentiu minha jogada e continuou ignorando.

- Ouvi falar muito de você por aqui. Nosso mensageiro constatou que você matou um hoje. Boa pegada.

- Obrigada. Era meu ex.

- Espero que ele tenha aprendido a lição.

Dei uma risadinha.

- Querem entrar? Serena acabou de limpar a casa.

Assentimos e ela abriu a porta que rangeu um pouco e nós entramos. A casa, por dentro, era enorme. Na verdade, era o que parecia. Os móveis eram todos feitos de madeira polida e alguns não resistiram aos cupins e estavam faltando pedaços ou maçanetas. Sentamos em um sofá velho e esperei.

- E como ela está se saindo?

- Espetacular.

Sorri.

- Que bom. Pelo menos ela não teve que passar pela fase mais difícil. – sussurrou ela.

- Parte difícil? – ecoei.

- Melhor deixar isso pra quem sabe – ela disse lançando um olhar para Gustav que me assustou.

- Você passou por isso?

- Prefiro não falar sobre isso agora. – murmurou

Fiquei preocupada.

- Então. Quem sabe você não anda um pouco pela cidade? Tem gente que com certeza quer conhecê-la.

Dei um sorriso falso e a raiva me pegou de surpresa. Levantei, bruscamente, sem olhar para nenhum dos dois e me dirigi à porta. Ao sair, inspirei profundamente. Por onde começaria? Haviam muitas pessoas andando na rua. Me enfiei no meio delas, mas alguém estúpido trombou em mim.

- Desculpe. – murmurou

- Creio que foi de propósito.

- Foi sem querer. – insistiu

Ignorei minhas mãos que haviam tornado a tremer e continuei andando, mas a garota tornou a me chamar. Pelo nome.

- Jenny!

Que diabos era aquilo? Eu nem conhecia aquela garota! Me virei para olhá-la mais claramente. Cabelos pretos feito carvão com mechas azuis, verde, laranja... Olhos escuros, sorriso bonito. Era baixinha, talvez 1,52. Mas não era gorda. Nunca havia a visto na vida.

- Te conheço?


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