Sonhadora escrita por AnnaHeimer


Capítulo 12
Capítulo 12




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91042/chapter/12

- Não pode mudar isso.

- Ai! Eu não quero! Me tira disso! Aaaaaah!!!

Ele só me olhava. Olhei para uma janela. Aquela podia ser uma saída... No segundo em que eu me posicionei para correr, ele fechou a janela e se pôs na frente dela.

- Droga, Gustav! - reclamei

- Foi a primeira coisa que eu pensei quando tinha essa idade. Não  vai valer em nada. Vai por mim. Isso só é perda de tempo.

Grunhi. Saí do corredor batendo os pés fortemente e andei para fora do colégio pela porta dos fundos. Pelo menos ninguém ouviu (já que não podiam nem nos ver).

Nem olhei pra trás, mas sabia  que ele estava me seguindo.

- Me deixe em paz! - gritei a ele

- Está brava comigo.

Não respondi. Só continuei andando em direção à minha casa.

- O que eu te fiz?

Novamente, grunhi. Chegando na frente de casa eu abri a posta de fechei-a ou melhor, bati na cara de Gustav sem mesmo deixá-lo entrar. Andei rosnando para o meu quarto, abri a porta com raiva e fiquei "meio" possuída.

Fiquei com tanto ódio que tudo na minha frente era invisível.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! - gritei e bati na cômoda e derrubei o porta-jóias de porcelana da minha avó que quebrou ao cair no chão.

Peguei o abaju, arranquei-o da parede e joguei-o no espelho. Os dois quebraram. O vidro do espelho se estilhaçou. Segurei a cadeira para tocá-la no armário mas quando me virei, Gustav estava ali.

- Saia daqui!!!

- Solte a cadeira.

Respirei fundo.

- Porque eu? - rosnei atirando a cadeira para o outro lado do quarto. - Eu fui escolhida! - Chutei a cama e me segurei novamente na cômoda. A primeira coisa que olhei foi um porta-retratos de prata que continha uma foto dos meus pais.

Peguei-o e o atirei pela janela fazendo virar cacos.

- Pare! Pare! Pare! - pediu Gustav me segurando

- Me solte!

- Acalme-se. Não quero que você acabe machucando alguém - no caso ele.

- Eu não entendo. - falei caindo de joelhos no chão fazendo com que ele me soltasse.

- Você não...

Ele se interrompeu quando eu atirei a cadeira na janela e passei correndo por ela para fora de casa. Sabia que eletentaria me procurar mas um tempo depois ele desistiria, a final, eu era a mais veloz.

O primeiro lugar que eu pensei em ir foi a escola. Era meio dia. Todos já estavam saindo da aula. Andei mais um pouco e encontrei Joe conversando com alguns amigos. Aquele vagabundo. Veado. Um dia ele me paga.

Me dava vontade ate de ir ali mesmo e arrancar cada membro do corpo dele na frente de todos os seus amigos. Seria a forma de morte mais violenta de todos os tempos.

Abri uma sala de aula vazia e fiquei por ali mesmo. Gustav não veio me procurar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!