Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 3
Capítulo III - Água Gelada




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Capítulo III

Eu estava embasbacada. Edward debochava do tempo que havia dedicado ao meu trabalho?

- Como ousa? – não estava acreditando, ele realmente não era digno de tamanho desperdício de tempo. - Quer saber?...Você tem razão! É mesmo ridículo...muito ridículo. Perdi o meu precioso tempo! – eu não encontrava palavras para expressar minha indignação, revolta e ira, talvez meus olhos fossem suficientes para lhe mostrar isso.

- Você acha que estou te desmerecendo? – ele me olhou com surpresa e reprovação. “Cínico, claro que está me desmerecendo!” tive vontade de gritar! – Você é mesmo absurda! – meus olhos cintilaram com esse comentário, mas resolvi cortar logo aquele assunto, eu já sabia mesmo qual seria o final daquilo, não adiantava protelar. Alice me mataria por ter destruído o trabalho com Emmett Cullen.

– Tudo bem, eu sei que agora você vai pedir para o teu sócio não me receber, pode ir! – dei de ombros.

- Por que eu faria isso? – perguntou curioso.

- Porque você acha que sou uma louca perigosa e psicopata

- Eu não tenho nada a ver com quem Emmett decide se meter. – arregalou os olhos fingindo horror. - Ele é maior de idade e, graças a Deus, vacinado... – riu de mim e continuou – Mas deixe-me pensar...hum... – colocou uma mão no queixo me analisando - Louca até pode ser, agora o resto duvido, você parece ser mansa demais pra tudo isso.

 Bufei cruzando os braços e olhei pra baixo, eu estava envergonhada, queria sumir daquele lugar e ele estava adorando fazer piadinhas com a cara da universitária desesperada que tentava provar alguma coisa para seus professores.

Ele percebeu que eu não ia falar mais nada e então continuou com seus comentários

- Bom, mas suas palavrinhas foram suficientes para eu entender uma coisa sobre você – revirei os olhos ainda com os braços cruzados, lá vinha bomba. – Você tem uma personalidade e tanto, não é? – mordi os lábios e franzi a testa sem fita-lo, ele estava sendo cauteloso com as palavras, afinal na cabeça dele eu podia atacá-lo a qualquer momento. Deu vontade de rir com tal pensamento, mas não o fiz – Mas se eu sou assim tão importante para você – me olhou esperando meu contra ataque pela provocação, e eu teria feito se ele não tivesse me lançado um sorriso absurdamente lindo capaz de me deixar sem fala. – Eu posso ser bonzinho e te dar quinze minutos da minha atenção para a tal entrevista. – certo, por essa eu não esperava.

Será que eu estava mesmo escutando aquilo? Vacilei alguns segundos tentando entender o momento. Ele estava falando sério ou brincando comigo? Parei de pensar quando a risada dele chamou minha atenção.

- Ok, você está realmente fazendo umas caras engraçadas, não dá pra adivinhar o que se passa pela tua cabeça. Desisto! – disse entre risos se rendendo com as mãos.

Nossa...quase surtei! Em um primeiro momento pensei ter arruinado tudo com minhas loucuras, depois ele me deu uma chance, porque foi isso mesmo o que aconteceu, não foi?  Ele me deu quinze minutos para o meu trabalho e agora estava desistindo? Eu que não estava em vantagens para perder tempo com orgulho ferido, imploraria pelos quinze minutos se fosse preciso.

- Desiste de que? Dos meus quinze minutos? – arregalei os olhos suplicando para que a resposta não fosse um “sim”. Ele passou a mão na testa sorrindo.

- Não. Desisto de tentar entender suas expressões confusas. – não consegui prender meu suspiro aliviado. – Os quinze minutos ainda são seus, se quiser. – claro que eu queria.

- Jura mesmo? – sorri abertamente ainda não acreditando – Mas quando? Que horas?

- Quando quiser Senhorita Bella. – me chamou pelo apelido graças ao “papinho” que bati com Alice em sua frente. Percebi.

- Então amanhã à tarde? – perguntei receosa...ele estava me deixando agendar pra quando eu quisesse? Ele sorriu e entendi aquilo como um “sim” – Tua secretária vai mesmo marcar um horário pra mim? – ele assentiu e eu quase pulei em seu pescoço de tanta alegria. Quase.

- Mas agora, pelo o que entendi você precisa ir até Emmett, não é?

- Isso mesmo. – o que me fez lembrar do material no carro. Virei-me para buscá-lo.

- Mas acho que Emmett não está aqui no estacionamento. Seria melhor se você fosse até à sala dele. – ele realmente estava me achando uma piada.

- Preciso pegar um material no carro – expliquei já abrindo meu veículo, um Hyundai Accent GS vermelho. Ele continuou me esperando.

- Precisa de ajuda? – se toda aquela gentileza era para se desculpar pelo café quente então valeu à pena ter me queimado. Eu poderia ficar sem pele se ele quisesse repetir a façanha todos os dias. “Ah Meu Deus! O que eu estou pensando?” Me repreendi mentalmente.

- Não obrigada – tentei agir de forma natural, como se aquela presença Divina não afetasse meu equilíbrio. – Na verdade você já tem muito peso para carregar – apontei em direção aos seus pertences jogados no chão.

Ficamos parados aguardando o elevador sem dizer nada, quando este chegou estava vazio, entramos. Aquele silêncio era um pouco insuportável.

- Sua empresa é muito bonita – falei olhando meus materiais, para fingir indiferença e não ter que encarar aqueles olhos novamente.

- Obrigado. – foi só. Escutei um suspiro e entendi que era hora de ficar quieta, ele não devia estar querendo bater um papo no elevador.

Aquele perfume estava me matando, fechei os olhos permitindo-me sentir melhor aquele cheiro, inalei profundamente, o que foi uma péssima idéia, pois com isso senti meu corpo esquentar e ao mesmo tempo um gelo invadir meu ventre, e se já não bastasse sentia também uma espécie de corrente elétrica me puxando para perto dele, tive que me segurar muito para não me aproximar ainda mais do seu corpo, abri os olhos chocada com a direção que meus pensamentos tomavam, ele era meu projeto de faculdade não alguém para despertar meus hormônios femininos, mas não conseguia parar de fantasiar, minhas mãos estavam suadas e me peguei imaginando como seria passá-las naquele peitoral que estava a poucos centímetros distante de mim, olhei discretamente de lado sem mover minha cabeça, ele não notou meu olhar de cobiça, e  comecei a sentir dificuldade para respirar, tive que me controlar para não ofegar na sua frente, eu simplesmente visualizava minhas mãos abrindo sua camisa e ele me puxando pela cintura para mais perto em uma abraço forte. “O que está acontecendo comigo? Eu nunca fui ninfomaníaca!”, não parava de me auto-criticar, queria me estapear. Meu coração estava disparado e quando as portas do elevador se abriram foi um alívio. Saí dali o mais rápido que pude, torcendo para não cair de tão desnorteada que estava. Meu Deus, ele tinha me excitado sem ao menos tentar ou imaginar!

- Isabella! – Edward me chamou.

Olhei surpresa em sua direção, morrendo de medo que ele percebesse o estado em que me encontrava. Fitar aqueles olhos foi novamente uma péssima idéia, ele parecia furioso, com um olhar intenso e um semblante tenso, será que tinha percebido? Entrei em pânico e corei de vergonha.

– Amanhã, as 17:00 horas. – disse em um tom sério e autoritário, totalmente diferente daquela pessoa que esteve comigo no estacionamento.

E antes que eu pudesse responder qualquer coisa as portas do elevador se fecharam.

Fiquei parada, ausente, encarando àquelas portas por um bom tempo antes de sentir uma mão em meu braço.

- Bella... – escutei uma vozinha atrás de mim.

- Alice! – me assustei.

- Desculpe Bella, me esqueci que você não sabia onde fica minha sala. – Jasper se justificou imaginando que eu pudesse ter ficado perdida procurando por eles.

- Não gente... – voltava aos poucos para o planeta Terra.

- Bella! – Alice parecia preocupada – Aconteceu alguma coisa? Você está com uma cara estranha.

- Aconteceu sim, mas foi uma coisa boa, Alice. – tentei explicar me concentrando apenas nos fatos importantes - Quero dizer, boa não, inacreditável!

Os dois já estavam impacientes esperando pela história.

- Ok, ok...conheci Edward Cullen – disse enfim caindo na real, meus amigos abriram a boca em câmera lenta – Resumindo – continuei rapidamente - Ele trombou em mim no estacionamento, me queimou com um café super quente – apontei minha roupa destruída - E para se redimir – olhei para Alice com um sorriso nervoso, afinal eu ainda estava preocupada comigo, ou melhor, com as minhas sensações dentro do elevador – Marcou a nossa entrevista para amanhã à tarde, amiga!! – falei baixo, mas com uma certa empolgação.

- Você está brincando comigo, só pode ser! – Alice precisava de um beliscão para acreditar que não estava sonhando. – Bellaaaa, minha vontade é de gritar, tamanha alegria! Nós vamos fazer história, não acredito! Conte-me tudo!

- Calma Alice, conto depois que sairmos daqui, agora já está na nossa hora com Emmett e precisamos nos concentrar. – mostrei o relógio que marcava 08h55min - Não preciso nem dizer que você vai aparecer sozinha no vídeo com ele, né? Olha meu estado.

- Tudo bem, isso foi ótimo – apontava para minha roupa suja. Fiz careta me lembrando do quanto foi dolorido, ainda sentia uma leve ardência.

- Bella, você tem certeza que o Cullen está tentando se redimir? Isso não é muito o estilo dele. – Jasper ainda no assunto, que no momento eu precisava urgentemente me esquecer.

- Jasper, depois a gente fala sobre isso. Agora precisamos nos focar em Emmett.

- Ah, ta certo...momento profissional, já entendi. Mas depois vou cobrar essa história.

- Bella, Alice – Carmen nos chamou, com uma expressão agradável – Podem entrar.

Nos despedimos de Jasper e entramos na sala de Emmett Cullen.

Antes mesmo que pudéssemos dizer “bom dia”, Emmett já falava todo empolgado:

- Ora, ora, então essas são as garotas do Jasper? É um prazer recebe-las aqui. – levantou de sua cadeira e veio nos cumprimentar com um aperto de mãos. – Você deve ser? – estreitou os olhos esperando a resposta de Alice.

- Alice Brandon.

- Ah sim, Alice, a namorada. – minha amiga deu um sorriso orgulhoso. – Então você é Isabella, a melhor amiga – me deu um aperto de mão. Gostei de saber que Jasper se referia a mim dessa forma para as pessoas.

Emmett era, realmente, uma pessoa super agradável. Ele não fez menção alguma de que pudéssemos estar atrapalhando, pelo contrário, parecia estar gostando da nossa presença. Perguntou sobre nossas vidas, nossa faculdade, nossos planos. Disse que estava curioso para nos conhecer de tanto que Jasper comentava a nosso respeito e no final estava até me chamando pelo apelido, Bella.

A entrevista foi perfeita, o vídeo ficou excelente, fomos embora satisfeitas.

 

Chegamos em nosso apartamento super empolgadas, relembrando toda a conversa que tivemos com Emmett e compartilhando do sentimento de como este era simpático e divertido.

Fizemos um almoço rápido e fomos descansar antes de nos entregarmos a agitação que prometia ser o dia.

Depois de um banho bem tomado, ainda embrulhada na toalha, deitei em minha cama e fiquei relembrando aqueles minutos que tive com Edward no estacionamento. Pensar no meu ataque me deixou envergonhada, se eu pudesse voltar no tempo corrigiria muita coisa para aproveitar melhor aquela situação. Apesar de que por pior que tenha sido, no final eu consegui o que tanto queria.

Senti mil agulhadas no estomago quando me lembrei daquela voz dizendo: “O que devo fazer? Beijar para sarar?”, enquanto olhava meu queimado. Mais uma vez meus pensamentos tomaram um rumo absurdo e de repente vi Edward levando aquela boca _que era um verdadeiro convite ao pecado_ à minha barriga, e essa imagem causou reações estranhas em meu corpo, continuei com a alucinação, fechei os olhos quando sua boca foi descendo em direção ao botão da minha calça que pelos seus dedos ávidos já estava sendo desabotoado, e enquanto me torturava com pequenas mordidas naquela região ia lentamente descendo o zíper, mordi os lábios, eu já estava respirando com dificuldade com esse pensamento e meus dedos passeavam pelo meu corpo simulando o toque de seus lábios. Foi quando uma batida na porta me tirou do meu transe. Fiquei parada chocada com o que estava fazendo. “Bella! Estudar Edward Cullen afetou teu cérebro, foi?”.

Mais uma batida.

- Bella, posso entrar?

- Entra Alice! – tentei me recompor. Na verdade achei bom por ela estar ali, minha amiga me salvou de uma quase loucura. Eu não queria me tocar e gemer pensando em Edward Cullen, sentia vergonha de mim mesma. “Que profissional você é, hein Bella? Fantasiando com o seu entrevistado!”

Alice entrou e analisou minha figura suada sentada na cama de olhos arregalados.

- Bella..está tudo bem?

- Sim Alice...

- Eu queria que me contasse agora com calma como conseguiu nossa entrevista com Edward Cullen, mas parece que não está muito legal... – ela se preocupou – É sério Bella, você está com uma cara...

Certo, indiscutivelmente aquele não era um bom momento para falar sobre Edward Cullen. Se minha amiga continuasse pronunciando seu nome ela presenciaria uma explosão de prazer do meu corpo, e eu realmente não queria isso.

- Acho melhor outra hora Alice...preciso ir ao banheiro

- O que sente?...Você acabou de sair do banho!

- Dor de barriga – foi a primeira desculpa que consegui. Não ia dizer que precisava de um banho gelado.

- Ah, tudo bem. – relaxou - Depois a gente conversa então! – assenti e ela se retirou.

Corri para a minha ducha fria. Doeu tanto, não suportava água gelada, que consegui meu objetivo, sossegar meus hormônios.

 

Fomos para a faculdade, estudamos e trabalhamos a tarde toda. Quando chegamos em casa, Jasper já nos aguardava na porta do nosso apartamento.

- Jasper! Não acredito que você está aqui fora nos esperando! – repreendi meu amigo. – Por que não entrou? Você tem uma chave justamente para isso!

- Não Senhorita! Tenho uma chave para emergências, o que não foi o caso, não vou entrar no apartamento de vocês só por que resolvi chegar mais cedo.

Sabia que não ia adiantar discutir esse assunto novamente, Jasper com os seus cavalheirismos nunca mudaria de idéia, ele jamais usaria a chave do nosso apartamento se não fosse extremamente necessário.

- E então amor, já escolheu os sabores de hoje? – Alice perguntava enquanto dava um beijo em Jasper e eu abria a porta.

- Não amor, hoje é o seu dia de escolher! – ele respondeu lhe retribuindo o beijo.

- Ah...podem parar com essa melação toda – rolei os olhos já rindo, sabia que eles fariam piadinhas com o meu comentário - Caso contrário terei que me ausentar da nossa “pizza de quinta”. – rimos juntos.

Esse foi o modo que encontramos para nunca nos distanciarmos, toda quinta-feira nos reuníamos em casa para jantar a “pizza de quinta”, comíamos e falávamos besteiras até tarde. Éramos muito unidos e não podíamos deixar que a correria do dia-a-dia atrapalhasse nossa amizade, não podíamos ficar sem saber o que acontecia de importante na vida de cada um. Então a “pizza de quinta” era sagrada para estarmos sempre ligados.

Depois que Alice decidiu os sabores das pizzas _sempre duas, uma salgada e uma doce_ ficamos aguardando sentados no sofá.

- Então, Bella! – Alice falou me entregando um copo com refrigerante. – Conta tudo! – olhou revoltada para Jasper e continuou – Acredita que Bella ainda não me contou como foi com Edward Cullen? – Jazz sorriu.

- Quis economizar palavras, não foi? Já sabia que eu a faria repetir tudo outra vez.

- Ahh Meu Deus... Jazz e Alice, vocês realmente foram feitos uma para o outro. – fiz cara de apavorada. Eles riram achando que era brincadeira, mas eu estava realmente apavorada e muito, talvez pelo fato de que só em ouvir o nome dele meu corpo reagiu imediatamente.

- Vamos lá Bella...já comi minhas unhas de tanta curiosidade. – Alice pulava no sofá.

- Bom... – não podia mais adiar, era melhor dizer logo o que eles queriam ouvir e assim fiz. Contei tudo, ou melhor, quase tudo, pulando algumas partes, como a dos olhos hipnotizantes, do cheiro inebriante, do rosto perfeito, do corpo escultural, do meu coração querendo sair pela boca, dos meus hormônios descontrolados, das piadinhas com a minha cara, esses pequenos detalhes não eram importantes. Só em pensar naquele homem eu já estava gaguejando.

- E...e...é...foi isso! – concluí o assunto.

- Estranho! – Jasper disse pensativo – Como disse antes, o Cullen não costuma se incomodar com esse tipo de situação. Tem certeza que não está editando muito essa história? Estou achando que está escondendo algo.

- Está maluco, Jazz? O que estaria escondendo? – disse com medo de ser descoberta. Afinal eu não conhecia Edward para saber se a reação dele tinha sido estranha ou não, mas que definitivamente a minha tinha sido, isso tinha. Tentei encontrar um assunto para desviar o rumo da conversa.

- Mas me diga uma coisa Jazz, por que você se refere a Edward como “O Cullen”?

- Porque é assim que todos o chamam – deu de ombros.

- Sério? – Alice se adiantou tirando as palavras da minha boca – Mas Emmett também é Cullen e dono da empresa, por que ninguém se refere a ele da mesma forma?

- Não sei, acho que é por respeito e admiração! Na empresa Edward é considerado um rei. É inacreditável, visto que ele mal cumprimenta seus funcionários e mesmo assim todos parecem gostar mais dele do que de Emmett que é cem por cento simpático.

- Como mal cumprimenta os funcionários? Você quer dizer que Edward não tem um relacionamento agradável com as pessoas que trabalham em sua própria empresa? – Alice perguntou espantada e Jazz apenas confirmou com a cabeça.

- Não pode ser! – falei incrédula – Como pode um publicitário, dono de um lugar como aquele não ter entrosamento com os seus funcionários? Isso não existe, todo mundo sabe que as pessoas precisam ser motivadas em uma empresa e que a relação empregado-patrão é fundamental para isso. Como alguém pode ser feliz trabalhando assim?

- Ah Bella! – Jasper estava bem calmo – Nós somos motivados, acredite! – sorriu arregalando os olhos – Fazer a coisa bem feita nos gera uma ótima e gorda bonificação. – piscou – Essa parte empregado-patrão Emmett faz tão bem que acaba valendo pelos dois. Mas mesmo assim as pessoas que trabalham na empresa gostam mais do Edward do que do Emmett. Sério mesmo! Acho que é porque Emmett é camarada demais, respeitado claro, mas ninguém o vê como algo intocável, já Edward, ou melhor “o” Cullen, é o Deus da E2C, o funcionário ganha o dia quando ele lhe direciona um simples cumprimento. – sacudiu a cabeça e continuou – Mas o bom é que todos os chefes de setor tem um relacionamento estreito com os seus “pupilos”, o que torna nosso trabalho bem agradável. Acho que na verdade aquela empresa é tão perfeita porque Edward tenta suprir nos pequenos detalhes aquilo que não está disposto a dar por ele mesmo. – ergueu as sobrancelhas esperando os comentários das duas mulheres perplexas à sua frente.

- Pelo menos ele sabe que não é legal. – não conseguia associar aquela pessoa que esteve comigo no estacionamento com essa que Jasper descrevia.

- É por isso que estou surpreso com essa entrevista de vocês. Entendem agora porque eu disse que se redimir não é o estilo dele?

- Vai ver acordou feliz! – falei dando um ponto final no assunto, eles deram de ombros.

- Boa sorte para as duas amanhã! Mas mudando de assunto – já era tempo – Vou falar com Rose sobre uma vaga no setor de contabilidade que abriu na empresa.

- Jura? – Alice gritou já empolgada, também fiquei feliz com a notícia.

Rosalie era a irmã gêmea de Jasper, ela tinha se formado em Contabilidade na Inglaterra e ainda estava em Londres terminando um curso de sua área. Os dois irmãos tinham apenas um ao outro, devido a um acidente que matou seus pais e a irmãzinha mais nova, Rebeca, no mesmo ano que entraram na faculdade. Eles diziam que meus cabelos chocolates eram parecidos com os de Rebeca, que tinha saído semelhante ao pai. Na verdade o Sr. Hale não era o verdadeiro pai de Jasper e Rose, mas tinha lhes dado seu nome e os amado como seus verdadeiros filhos, já que o pai biológico nunca fez questão disso.

- Será que ela vai querer? – perguntei ansiosa – Seria tão bom tê-la aqui.

Rosalie sempre passava suas férias conosco, nos dávamos muito bem, ela era maravilhosa em todos os sentidos, linda, inteligente e muito amiga.

- Acho que sim – Jasper respondeu. – Sentimos muito a falta um do outro.

O interfone tocou.

- Nossas pizzas. – Alice já lambia os lábios.

Jazz foi buscá-las enquanto Alice e eu preparamos a mesa. Comemos e conversamos besteiras até tarde.

- Bom pessoal... – disse me levantando – Vou dormir! – queria deixar meus amigos sozinhos um pouco. – Beijos para vocês - dei um beijo em cada um. Retribuíram e me desejaram bons sonhos.

No meu quarto, já deitada não conseguia dormir, estava preocupada com o dia seguinte. Como seria reencontrar Edward Cullen? Será que aquelas sensações se manifestariam novamente e me deixariam em maus lençóis? Não podia bancar a idiota, nunca tinha me sentido assim tão despreparada antes.

“Ah, por favor Bella...seja profissional!”, pensei fechando os olhos.

 


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Notas finais do capítulo

Obs: O Hyundai Accent, na versão GS, é um dos carros mais baratos nos EUA. Mas uma reportagem mostra que ele não é como os nossos "populares baratos", pois possue seis airbags, ABS-EDB e trio elétrico. Ele é um compacto bem equipado, lindinho e principalmente, seguro!
E aqui na história é o carro da nossa Bellinha. Se alguém quiser pode visualizar no link:
http://webiol.homenetinc.com/stock_images/5/cc_2010HYU001a_640/cc_2010HYU001a_640_N8.jpg

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Bjs
Duda