Elemental escrita por Amanda


Capítulo 2
Capítulo II - Destinos


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Madalena

Acordou com o marido a enchendo de beijos, adorava quando ele acordava inspirado e romântico, após ficarem um tempo namorando ele saiu do quarto para acordar os meninos, eles estavam combinando um dia agitado. Ela ficou um tempo na cama, levantou e se arrumou ao descer as escadas falou com Efraim que subia correndo, ele passava uma energia tão gostosa, esse era um dos motivos que ela estava casada com ele á mais de vinte anos, ainda era tão apaixonada quanto nos primeiros meses de namoro, além de ser um ótimo cozinheiro.

Estava tomando seu café quando Térsio e Felipe foram tomar café, ela ficou os olhando e pensando nos quatro anos tentando engravidar, e conseguiu quatro de uma vez, na época ela esperava que viessem gêmeos por causa de Efraim e Solange serem gêmeos, mas não quadrigêmeos. Madalena sorriu com a lembranças dos primeiros anos foram difíceis mas conseguiram superar e agora ela não conseguia imaginar sua vida sem seu quarteto.

- Mãe.

- Oi

- A senhora sabe onde eu deixei o panfleto?

- Grudado na geladeira Térsio.

- Valeu mãezinha.

Os garotos se despediram dela e foram para o carro, o marido desceu correndo deu um beijo de tchau e se foi. Ainda estava cedo e pensou em aproveitar para fazer compras caminhou até a escada e gritou:

- Vamos garotas se não vou sem vocês.

Amália desceu as escadas arrumando sua mochila, para a natação.

- Onde está Ariel?

- Saiu antes de todo mundo, nem cheguei a vê-la ela disse que iria ao parque andar de bicicleta, deve passar na biblioteca também e mais tarde nos encontrará no lugar combinado, Felipe e Térsio saíram com o pai, foram jogar boliche eu acho.

- Está pronta?

- Sim, vamos.

Após deixar Amália no ginásio, Madalena foi para o shopping fazer compras. Seus pensamentos ainda voltados para Ariel, “será ainda estava com raiva do lugar escolhido?”pensou durante o caminho ao shopping estacionou na parte coberta e resolveu ligar para Ariel.

- Ariel, filha onde está?

- Na biblioteca mãe.

- Por que saiu tão cedo, falou com seu pai?

- Não mãe não vi o pai hoje, não vi ninguém só falei com Amália.

- Sabe que não precisa fazer isso somos uma família.

- Eu sei mãe só quis aproveitar mais o dia, não estou mais irritada garanto.

- Tudo bem filha te vejo mais tarde então.

- Sim mãe até mais tarde.

Madalena caminhou pelas lojas comprou roupas para os filhos, para o marido e para ela, deu uma olhada nos filmes nada que se mostrasse interessante, voltou as compras, quando suas mãos já não podiam carregar sacolas, voltou e as guardou no carro resolveu ir na praça de alimentação para comer alguma coisa, já havia se passado muito tempo e faltavam exatamente duas horas para ir encontrar a família, uma chuva forte caia do lado de fora o vento batia nas telhas de forma irritada e assustadora.

A lembrança que na construção do shopping, vigas de metal mataram alguns operário veio a mente de Madalena, e isso a fez se arrepiar toda. Ela havia projetado o shopping e gostava muito de passear nele, quando a família ia passear junta lá cada um ia para seu local preferido, Térsio e Ariel para as livrarias, Amália e Felipe para os jogos e Efraim e ela para o cinema depois se reunião para jantar em seus restaurantes preferidos Ariel gostava de frango frito, Amália de comida japonesa, Térsio estava na fase de ser vegetariano, Felipe era Fast Food, e Efraim e ela sempre acabavam acompanhando um dos filhos.

Um trovão a fez se desligar de seu pensamentos.

- Quem deve estar adorando essa chuva é Amália.

Pensou alto sorrindo.

- Cuidado.

Alguém gritou em direção a Madalena só deu tempo de virar o rosto e ver uma grande viga de metal vindo em sua direção, não daria tempo de fazer nada nem sair do caminho então fechou os olhos seu último pensamento foi a família e vendo por ultimo o rosto de Ariel como se ela estivesse ao seu lado.

 

 

 

 

 

 

Efraim

Acordou cedo, ficou admirando a esposa que ainda dormia, parecia um anjo.

- Sabe que fico incomodada quando fica me olhando dormir.

- Quem manda ser a mulher mais linda do mundo e te amar tanto.

Começou a beijar a mulher, sorrindo em pouco tempo ela também sorria, ficou um tempo com ela até ver a hora no relógio, havia combinado um programa com os meninos, estava louco para fazer. Levantou e saiu na ponta do pé até o quarto deles, deu duas batidas na porta e entrou não conseguiu controlar o riso, Felipe estava todo esparramado na cama dormindo de boca aberta e Térsio todo encolhido parecia caramujo na toca, eram tão diferentes, se fisicamente não fossem parecidos ninguém saberia que faziam parte de quadrigêmeos, resolveu brincar com eles, foi até o lado da cama de Felipe pegou a guitarra ligou o amplificador e começou a tocar, Felipe levantou em um pulo e Térsio tirou a cabeça do lençol para ver o que se passava.

- Qual é coroa que me matar do coração.

- Anda vai se arrumar e você também Térsio.

- Tá daqui a pouco eu levanto.

- Felipe se seu irmão não levantar sabe o que fazer não é?

- Não precisa já levantei, já levantei.

Efraim e Felipe bateram as mãos e caíram na risada isso sempre funcionava.

- Tudo bem vou fazer o café depois vou me trocar e quero ver vocês dois no carro.

Desceu e foi para a cozinha e preparou um bom café viu pela janela que Ariel estava saindo de bicicleta, mas resolveu deixar para lá a noite conversaria com ela. Tomou o café em um gole depois subiu e foi se trocar, Madalena já havia descido então se arrumou em um instante, ao sair deu um beijo na esposa e correu para o carro onde os meninos esperavam, ligou o motor e se virou para os filhos.

- Prontos para a diversão.

- Pai se não se importa, prefiro ir a universidade ver a exposição.

- E você Felipe quer ir com seu irmão ou vem jogar boliche comigo?

- Boliche claro.

- Então deixamos Térsio na universidade e vamos jogar.

Assim que Térsio desceu Efraim abaixou o vidro e o chamou:

- Não se esqueça do combinado.

- Tá pai fica tranquilo, só não estarei lá se a terra me engolir.

Ao chegar no boliche o celular de Efraim tocou, era do trabalho havia ocorrido uma queda brusca de energia e precisavam do técnico urgente, e o único que ainda estava na cidade era ele.

- Desculpe Felipe, vou ter que ir, deve ser um problema fácil de resolver, tipo ligar o interruptor, ou tirar o computador da tomada.

Os dois deram uma boa dose de risadas, por um breve momento Efraim pareceu pesaroso de deixar o filho, mas logo se animou novamente.

- Eu volto, não esqueça de guarde uma rodada para mim.

- Não esquenta coroa, te vejo mais tarde.

Efraim saiu com o carro e logo começou a chover, estava difícil andar com aquele temporal, por fim consegui chegar, estacionou na parte coberta e teve que subir dois andares de escada, pois o prédio estava mesmo sem energia.

- Estou aqui Sandro o que houve?

- Um curto de energia não sabemos direito o que foi, acreditamos que foi por causa de um raio.

- Deixe-me eu dar um olhada.

- Ainda bem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar né Efraim?

- Ai que você se engana, o raio pode sim cair duas vezes ou mais no mesmo lugar, só vamos torcer para que eu não leve um choque.

Efraim mexeu em alguns fios e verificou que o problema iria demorar mais do que ele havia imaginado.

Após um bom tempo olhou para o relógio faltavam exatamente duas horas para encontrar a família.

- Quase lá, é só conectar estes e ir embora.

No céu uma descarga elétrica acertou o pico do prédio onde Efraim estava trabalhando, a corrente elétrica se espalhou até acertar um ponto só, Efraim sentiu a descarga e não teve tempo de pensar em nada alem da família o ultimo rosto que viu foi o de Ariel como se ela estivesse ao seu lado segurando sua mão, nem o material de segurança conseguiu protege-lo da corrente elétrica.

 

 

 

 

 

Amália

A mãe saiu com o carro ela olhou para o céu e sentiu o cheiro da chuva, a terra úmida anunciando o temporal, entrou no salão viu que as garotas já estavam trocadas e na piscina.

- Bom dia meninas.

Uma menina loira baixinha e de olhos claros correu a seu encontro com um celular na mão, ela transpirava empolgação.

- Amália que bom que você chegou, eu estava falando com meu namorado que tal nós irmos para a praia está um lindo dia e o Beto vai também.

- É uma pena mais eu acho que vai chover mais tarde.

- Deixa disso, o dia está lindo, não vai chover.

- Mesmo assim Clara, tenho compromisso marcado com a família inteira se eu faltar serei fuzilada.

- Que pena, então eu fico de olho no Beto para você, se ele chegar a meio metro de qualquer garota eu derrubo ele na água o que acha?

- Você quem sabe.

Amália deu de ombros como se não liga-se, mas na verdade ela estava querendo a muito tempo falar com Beto ele era seu sonho de consumo do ano, Ariel a achava louca por estar interessada em um boizinho sem conteúdo, mas dava apoio as decisões dela, só era uma briga com Felipe, ficava irritante quando ela estava interessada em alguém. Ela sorriu com as lembranças

Não podia reclamar fazia a mesma coisa com ele, Térsio sabia bem o temperamento dos dois, Felipe e ela investigaram a vida de Sofia inteira antes de Térsio apresentá-la oficialmente como sua namorada para a família. Eles eram bem unidos e bem parecidos, então brigavam e se defendiam o tempo todo, mais competitivos sempre faziam dupla e sempre derrotavam Ariel e Térsio nos jogos, os dois eram mais concentrados nos estudos do que nos esporte.

Saiu de perto das outras garotas e foi para o vestiário trocou de roupa e voltou para a piscina, onde a treinadora deu umas dicas e indicações antes de começarem e isso acabou durando mais do que o previsto, a aula seria apenas de aquecimentos, na semana seguinte seria a final do campeonato entre escolas, e o grupo era destacado com o favorito da competição. Assim que as meninas entraram na piscina a chuva começou Amália já estava olhando para o céu e viu quando as primeiras gotas caíram.

- Está chovendo Clara.

- Como soube que ia chover?

- Acho que devo ter visto algo na internet ontem.

- Que droga vou ter que desmarcar.

- Quem sabe amanhã.

Em pouco tempo a tempestade estava mais forte e balançava as telhas sobre a piscina, Amália saiu da água, enquanto a treinadora falava com algumas garotas ficou pensando e perdeu o olhar na chuva caindo forte, olhou para o relógio do salão, faltavam exatamente duas horas para encontrar a família, imaginou que teria de pedir a mãe para busca-la por causa do temporal, ir de ônibus havia se tornado difícil, pois ela não andava com guarda chuva preferia tomar um belo banho de chuva.

- Amália ela está se afogando.

Amália mergulhou sem pensar duas vezes e retirou a colega que já estava no fundo da piscina e a colocou em uma ponta da piscina onde a treinadora a socorria, a garota começou a tossir e respirar rapidamente, a treinadora encerrou a aula avisando que iria levar a menina ao enfermaria da escola., ela continuava na água o vento engrossou fazendo as telhas se desprenderam do teto caindo na piscina.

- Cuidado.

Amália mergulhou e tentou fugir de uma que quase caiu sobre ela, o vento aumentava mais e soltou o restante das telhas que caíram sobre a piscina, ela não teve tempo de sair e as telhas a prenderam debaixo da água, ouvia as garotas gritarem seu nome tentou empurrar, procurar um espaço aberto, mas não achou e aos poucos seu ar foi acabando até não restar nada em seus pulmões sua ultima lembrança foi da família e o ultimo rosto que viu foi o de Ariel flutuando ao seu lado, até tudo escurecer.

 

 

 

 

 

Felipe

O pai saiu ele caminhou para dentro do boliche, alguns colegas estavam lá

- Felipe pensamos que ia passar o dia com sua família.

- E ia mais surgiram imprevistos, e vim parar aqui o que vocês estão fazendo aqui?

- Combinamos de ir a praia mas pelo visto não vai dar, pensamos em ir para o shopping tá afim de vir?

- Quando vocês vão?

- Vamos enrolar por aqui um pouco depois vamos aos jogos até a hora que elas saírem do treino, e nos encontrem lá.

- Quem vai?

- A Bianca, a Júlia, a Manoela e minha Clara, vamos?

- Hoje num dá meu velho foi resolver um problemas no trabalho e vem para cá.

- Que tal a noite?

- Num dá cara já marquei com a família toda.

Um rapaz de cabelos pretos e olhos claros se aproximou do grupo, com um sorriso descarado de quem aprontou.

- Então não há possibilidade de sua irmã Amália ir.

- Não.

- Veio que pena.

- Qual é Beto tá afim da minha irmã?

- Tô, ela é linda cara.

- Você sabe que ela é minha irmã gêmea né?

- Eu pensei que seu irmão gêmeo fosse o Térsio.

- Também o espertalhão, já ouviu falar em quadrigêmeos?!

- Tá mas você não é lindo.

- Beto não amola, vai olhar a irmã de outro.

- Ah, faz uma média com sua irmã para mim.

- Vai sonhando.

- E por que não?

- Primeiro você é um babaca e Segundo ela é muita areia para o seu caminhãozinho.

- Vai me dizer que sua irmã não sente nada por mim.

- Beto por favor, minhas irmãs são inteligentes.

- Que tal uma aposta se eu ganhar, você não vai tentar melar meu lance com a Amália, se eu perder nem chego perto dela o que acha?

- Sem chance.

- Tá com medinho, é o cabelo de fogo, não sabia que era tão medroso.

- Alem de ficar longe da minha irmã eu vou partir sua cara se chegar perto de qualquer uma delas.

- Fechou.

O jogo começou passando várias rodas, os meninos desistiram de ir ao shopping o boliche havia virado um campo de batalha e os lutadores eram Beto e Felipe, uma torcida enorme se formou de cada lado. Felipe fez ótimas jogas que o deixou vários pontos na liderança, após a melhor ele sentou e olhou para o relógio faltavam exatamente duas horas para ir encontrar com a família, daria tempo de terminar o jogo e ainda dar uma surra em Beto.

- Vamos lá Betinho está perdendo.

- Fogo, fogo.

Felipe olhou para o lado e um rapaz na área de fumantes estava com a camisa pegando fogo, ele correu e jogou seu suco na camisa do rapaz que agradeceu e sai para o hospital, uma descarga elétrica acertou a caixa de luz do estabelecimento, a chuva caia muito forte ainda, em um minuto tudo escureceu e um clarão de chamas veio da parte dos funcionários, o fogo começou a se alastrar por todo interior indo para as pistas de forma rápida, Felipe teve a nítida impressão que alguém estava direcionando o fogo de alguma forma. Uma garota começou a gritar pois estava presa entre as vigas caídas, sem pensar Felipe se atirou em direção aos gritos, conseguiu livrar a garota que correu seguida por ele, uma viga se desprendeu do teto o impedindo de passar ele tentou correr para trás quando outra viga o acertou na cabeça, sua ultima lembrança foi da família e a ultima imagem que viu foi o rosto de Ariel como se ela estivesse ao seu lado em meio ao fogo.

 

 

 

 

 

 Térsio

Vendo o carro desaparecer na esquina Térsio entrou na universidade, o salão não estava cheio, mas estava bem mais movimentado que nos finais de semana comuns, olhou em volta até reconhecer uma figura que parecia uma versão mais baixinha de sua namorada, mas era tão boa companhia quanto, acenava e pulava para ser notada.

- Térsio aqui.

- Oi Bella, o que veio fazer aqui?

- Vim ver a nova exposição e novidades no cultivo e você?

- Ver a exposição também, onde está Sofia?

- Sei lá a namorada é sua.

- Não precisar ser grossa também.

- Desculpe Térsio é que briguei com ela antes de sair e sabe como ela me irrita de vez em quando.

- Sei sim, ela também me irrita ás vezes, só não conta isso para ela.

Ele piscou e sorriu,Bella balançou a cabeça como se ele tivesse lhe confidenciado um segredo que jamais deveria ser revelado, depois sorriu em resposta e os dois foram ao local da exposição.

- Então por que brigaram dessa vez?

- O de sempre roupas, viagens, você não imagina ter que dividir tudo com a irmã mais velha.

- Não, mas sei o que é dividir tudo com um irmão e duas irmãs da mesma idade, sem poder reclamar ser o mais velho por questão de segundos.

- Certo você venceu.

Os dois passearam pela exposição comparando e discutindo as diferenças de cada item, a hora passou voando sem nenhum dos dois perceber, Térsio se divertia com sua irmã casula postiça, assim que ele a chamava, na maioria dos programas a dois com Sofia ou era Bella ou Felipe e Amália para se entrometer, ás vezes ele tinha a impressão que eles combinavam a vez de quem não os deixar namorar em paz, só Ariel conseguia livrá-lo de vez em quando, mas no geral até que era engraçado.

Foram ver a nova horta que havia sido aberta ao público, na qual para projeto de formatura do ensino médio ele ajudou a organizar.

Térsio olhou para o relógio e viu que faltava exatamente duas horas para encontrar sua família.

- Nossa o como é macia essa terra ouvi dizer que veio da Amazônia e é bem fértil.

Comentou Bella.

- Deve ser é bem solta e rica, vê esses legumes como estão bonitos.

- Deve ser incrível estudar aqui.

- Prometo que no ano que vem eu te digo.

Ambos sorriram e Bella começou a passar a mão na terra para sentir a umidade do solo.

- Tem certeza que essa terra é estável?

- Claro eu participei do projeto, venha neste canteiro ainda não foi plantado nada.

Térsio começou a dar pequenos pulos, os professores envolvidos no projetos não disseram o porque só que nada deveria ser plantada naquela parte.

- Para Térsio vão acabar expulsando a gente.

- Pelo que pular em público, isso não é crime, vem.

- Não, daqui eu vejo como a terra é fofa, mas não tem perigo?

- Perigo de que? Só se for sujar meus sapatos.

Ele começou a dar risada e a pular mais alto a terra aos pouco foi cedendo até que no último impacto a terra sugou Térsio para baixo de uma vez.

Enquanto Bella gritava desesperada por ajuda, Térsio tentava subir, mas era puxado cada vez mais para o fundo seu ar estava acabando e seu ultimo pensamento foi na família vendo o rosto de Ariel como se ela estivesse do seu lado o abraçando, sua respiração parou.

 

 

 

 

 

 

 

 Ariel

Foi a primeira a levantar como sempre fazia, se arrumou viu Amália entrando como uma sonambula no banheiro, bateu na porta e esperou a irmã responder como obteve resposta falou:

- Amália estou saindo avise a mãe que vou andar de bicicleta e encontro vocês mais tarde na hora combinada.

Não obteve resposta, bateu na porta novamente

- Amália, você me ouviu?

- Ouvi vá , tchau.

Ariel saiu do quarto a tempo de ver o pai entrar no quarto dos irmãos para acordá-los, desceu sem fazer barulho foi até a cozinha enfiou dois bolinhos na bolsa, bebeu um copo de suco e correu para a garagem pegou a bicicleta e correu para fora respirou fundo olhou para o céu.

Lá vem bomba.”

Pensou, ainda não queria ir com a família ao lugar combinado, mas seria só naquele dia, tentou se convencer que não seria tão ruim. Montando na bicicleta começou a correr o vento a fazia sentir-se tão bem, nem via a hora passar e em pouco tempo estava no parque, depois de caminhar um bom pedaço parou para comer e terminar de ler o livro que estava em sua bolsa, quando terminou de ler decidiu ir a biblioteca para pegar a continuação, a chuva estava prestes a cair e parecia que em alguns pontos da cidade já caia, ela se apressou. Assim que estacionou a bicicleta, a chuva começou forte e esperada.

- Ariel corre menina.

- Bom dia Dona Isabel.

- Que chuva hein, de onde será que ela veio.

- Do sobrenatural.

- Você está lendo livro de ficção de mais.

Ariel sorriu para a senhora quando o seu telefone começou a tocar era sua mãe. Após uma breve conversa desligou o telefone, e começou a passear pelas tão conhecidas estantes da biblioteca, pegou a continuação do livro que estava lendo e foi se sentar, após algum tempo percebeu que já havia lido boa parte da história foi ao balcão fazer o registro do livro que iria levar.

- Ariel chegou um livro novo quer dar uma olhada?

- Claro Dona Isabel, como se chama?

- Pedras, ácido, gelo e vento.

- Opa deixa eu ver.

- Veio um a mais se você quiser ficar com este exemplar.

- Obrigada Dona Isabel.

- É melhor você aproveitar para ler a chuva não vai dar trégua tão cedo.

Ariel sentou em uma cadeira e começou a ler o livro que ganhou, eram poemas, algumas delas faziam lembrar atitudes de sua família, a leitura estava tão interessante que Ariel esqueceu do tempo, a tempestade havia aumentado, mas ela não notou era como se estivesse em um estado de transe, sentiu como se revivesse certos momentos com cada membro de sua família, quando terminou de ler uma poesia que estranhamente parecia com uma típica atitude dela, sentiu uma onda de frio seguida por calor, dor, energia, o ar sumindo de seus pulmões a imagem dos rostos de sua família a chamando veio a mente com cada elemento a se fundir, a viga de metal na mãe a dor, o choque do pai a energia , a água envolta de Amália o frio, o fogo consumindo Felipe o calor, a terra tapando a visão e respiração de Térsio a sensação de sufoco.

O livro caiu de suas mãos e com um grito ela se jogou da cadeira no chão começou a ter convulsões, enquanto algumas pessoas que estavam no local a bibliotecária ligou para a emergência. O corpo de Ariel se contraiu para cima, um grito ecoou pela biblioteca e ela desmaiou com o rosto de cada membro de sua família fincado em sua visão e aquelas sensações transformando seu subconsciente.

 

 


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Notas finais do capítulo

Se a história for de interesse, me avisem que postarei os próximos capítulos.
Valeu e boa leitura



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