Completamente Minha escrita por SMening


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado a quem está a ler e a comentar esta fic...os reviews são muito importantes



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(- Sim, tens razão. Eu também não sou como digo na Internet…)

- Mentiste?

- Só retoquei uns detalhes. Desde que percebi que dizer que sou americana atraía rapazes que não me agradavam, não digo nada sobre a minha nacionalidade e ponho que tenho vinte e tal anos em vez de trinta.

- E porquê? Queres começar uma relação a mentir?

- Todos mentimos.

Jessica gostaria de discordar, mas teve que morder a língua. Tendo em conta o que andava a fazer, tinha-se transformado exactamente no tipo de pessoa que tanto desprezara no passado.

- Penso que tens razão.

- Não é preciso exagerar. O mundo em                que vivemos baseia-se em meias verdades – disse-lhe Marta. – Bem, estão a ligar-me – acrescentou, quando o seu telemóvel começou a tocar. – Deve ser o rapaz. Não me deve reconhecer. Bom, vemo-nos amanhã no trabalho. Até logo, Jessica.

- Até logo, Marta.

Quando Marta se foi embora, Jessica sentiu uma certa melancolia. Estava triste porque permitiria que Nelson a mudasse, mas sempre soubera que algo assim sucederia. Desde a morte dos pais num acidente de carro, quando ela tinha dezoito anos, que percebera que a sua vida ia mudar.

Naquela época, Nelson tinha dezasseis anos, idade suficiente para que alguns homens, homens como Rubens Silva, tivessem já a seu cargo certas responsabilidades. Mas Nel não era feito da mesma massa que Rubens Silva.

Alias, poucos homens eram como ele. Jessica terminou o vinho enquanto dizia para si que devia parar de pensar em Rubens porque, embora ele a tivesse convidado para beber um copo, e tivesse estado prestes a beijá-la, não era para ela.

Mesmo que não lhe tivesse mentido, mesmo que não tivesse vendido os seus segredos para salvar o irmão, Rubens jamais seria seu namorado, pois pertencia a outro mundo.

Jessica levantou-se com a ideia de ir para casa e perguntando-se o que sucederia no dia seguinte. Talvez, quando chegasse ao trabalho, estivesse a polícia à sua espera para a prender.

Marta viu-a passar e disse-lhe adeus com a mão. Jessica retribuiu o gesto, tentando fingir que era igual aos outros, como o resto das pessoas que estavam na praça. No entanto, sabia perfeitamente que jamais voltaria a ser como as outras pessoas.

Rubens desfrutou de um jantar maravilhoso com os irmãos e os pais e foi para casa esperar por Ian.

Uma vez aí, apercebeu-se de como estava vazia a sua casa, tomou consciência de que faltava qualquer coisa na sua vida. Era um viciado no trabalho e não estava disposto a voltar a cometer o erro de apaixonar-se por uma mulher, não queria sentir-se traído de novo. No entanto, via-se a ter uma relação duradoura.

Nesse momento, tocaram à campainha e foi abrir. Depois de cumprimentar o amigo, ficou espantado com o carro que ele tinha.

- Um Porsche?

- Eu gosto. É o primeiro que compro com o meu dinheiro – respondeu Ian.

- Pois, mas são da concorrência – brincou Rubens.

- Sabes perfeitamente que tenho dois Silva na garagem.

- Por isso mesmo. Não podias ter vindo num deles?

- Quero ver a cara do Denis quando vir um Porsche à porta da tua casa – sorriu Ian.

Rubens pensou na reacção do irmão e sorriu também.

- Vai ter um ataque. Bem, que me trazes? – perguntou-lhe o amigo enquanto se sentavam no salão.

- Acho que devíamos esperar que os teus irmãos chegassem.

- O Danielson não pode vir.

- Está em competição?

- Não, está com a mulher.


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