Genesis escrita por M4r1-ch4n


Capítulo 7
Capítulo 7




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          - Eu preciso falar uma coisa. - confidenciou Ruki aos outros quatro adolescentes quando a primeira música que o quinteto havia tocado junto terminou.
          - Lá vem mais uma frase de brilhantismo. - murmurou Reita com uma expressão ligeiramente exasperada, fazendo Aoi esboçar um sorriso com o comentário; situações onde o vocalista interrompia alguma coisa apenas para fazer uma contribuição de relevância questionável eram mais comuns do que se pensava e apenas um final de semana com o adolescente punk deveria ter mostrado isso ao baixista loiro.
          - Reita, eu nunca pensei que um cara certinho como você conseguisse realmente tocar alguma coisa.
          - Ruki-kun!
          - Ah, deixe ele, Kai-kun. - o loiro apenas acenou com a mão na direção do baterista quando este censurou o vocalista que sorria largamente, virando na direção do punk - Você ainda vai se surpreender muito comigo.
          O restante da banda emitiu pequenos sons de surpresa e diversão, excetuando Kai que ainda parecia atordoado com a aparente falta de educação de Ruki com alguém que o havia salvado de um naufrágio escolar dias atrás. O moreninho afundou ainda mais atrás da sua bateria quando a voz da sua mãe chegou até o porão, convocando todos para lanchar e utilizando seu apelido de infância.
          - Yukkun, comer!
          - Vamos vamos, Yukkun!
          - Vocês dois, parem com isso! - protestou o baterista enquanto baixo e guitarras eram apoiados contra a parede e o quinteto galgava os degraus da escada, rumo à cozinha - Vocês sabem que eu não gosto que me chamem assim.
          - Mas Yukkun é kawaii, já dissemos isso.
          - Sabe, eu acho que você poderia assumir esse apelido quando fomos realmente famosos. As meninas vão perseguir você.
          - Você tem mais paciência do que eu pensava, Kai-kun. - comentou Reita, sorrindo de uma forma solidária - Eu admito que lidar com Ruki por um final de semana foi complicado; não imagino como você faz isso por anos.
          - Nem eu. - confessou o moreno numa voz baixa e sombria, seu rosto iluminando depois de receber um tapinha amigável de Uruha, à sua esquerda. Finalmente sentados, o grupo começou a comer o delicioso e já famoso lanche da senhora Uke, que entrou na cozinha logo depois para cumprimentar Ruki, Aoi e os novos integrantes da banda.
          - Aoi-san, o quê houve com a sua boca? - perguntou a preocupada senhora, chegando mais perto do moreno mas parando a uma distância respeitável; o machucado causado pela briga na casa noturna estava bem melhor, mas ainda era um impressionante contraste nas feições bonitas do rapaz.
          - Ah, nada de grave, Uke-san. - o sorriso tranqüilizador de Aoi desviou qualquer atenção da mãe de Kai que o rubor leve de Uruha pudesse ter atraído - Um movimento brusco enquanto estava tirando o agasalho outro dia e... Bom, dá para ver o quê aconteceu, ne?
          - Que pena... Espero que não fique nenhuma cicatriz. Sempre tenho medo que algo assim aconteça com Ruki-san, também. - ela dirigiu um olhar preocupado para o pequeno punk, ganhando apenas um sorriso largo do garoto. A curva dos lábios era genuína, mas o vocalista não tinha a menor intenção de remover qualquer piercing - Como está sendo o ensaio?
          Kai e Ruki começaram a relatar os progressos daquela tarde, embora só tivessem tocado uma música; a maior parte do tempo havia sido gasta em arranjos para incluir mais uma linha de guitarra e com sugestões de melhora por parte dos novos integrantes. Um deles, aliás, estava assustadoramente quieto e apenas encarando a senhora com uma expressão indescritível.
          - Que foi? - sussurrou Aoi para o outro guitarrista, conseguindo fazer com que o outro piscasse antes de compreender a pergunta. O loiro suspirou e fez apenas um sinal com as mãos, indicando que falaria depois quando estivessem sozinhos, deixando o moreno ainda mais curioso.
          O pai de Kai entrou naquele momento na cozinha, sendo cumprimentado afetuosamente pela esposa e trocando saudações alegres com o filho e os dois rapazes que já conhecia. Ele também foi cordial com os dois outros adolescentes, retirando-se do cômodo apenas para voltar com um papel na mão logo em seguida.
          - Não sabia que você tinha aumentado a banda, Kai. - o senhor Uke comentou, ele mesmo se servindo de alguns biscoitos - Isso me faz lembrar de uma coisa: Ken'ichi disse que o filho dele vai participar de um festival ou concurso em dois meses, em Tokyo. Vocês ainda conversam?
          - Não muito. - admitiu o baterista, pensativo - Não falo com ele desde que ele mudou de cidade. Ele ainda continua com a banda dele, então?
          - Hai. Talvez você devesse ligar para ele e pedir mais informações, se realmente planejam levar tudo isso adiante. E escolher um nome também, não? - o senhor Uke acrescentou com um sorriso amigável na direção de todos - Vou subir para tomar um banho. Anata, se alguém me ligar, anote os recados.
          Depois da esposa afirmar seu compromisso em tomar nota de qualquer ligação, marido e mulher saíram da cozinha em direção ao quarto do casal, deixando os jovens na cozinha. Um período curto de silêncio se seguiu com um comentário por parte de Reita:
          - Como assim vocês não têm um nome?
          - Não tendo! - defendeu-se Ruki com uma eloqüência que tirou risadas do resto da mesa, arrancando apenas um sorriso por parte de Uruha que ainda estava anormalmente quieto e retraído - Por quê? O senhor sabichão tem idéias fantásticas?
          - Ainda não. Ênfase no ainda. - o baixista acrescentou sorrindo, virando-se em seguida para a sua direita e encarando Kai - O quê seu pai quis dizer com concurso?
          - Ken'ichi-san trabalha com meu pai e tem um filho pouco mais velho que eu, que já começou a faculdade. Perdemos contato quando ele foi para Osaka para estudar... E ele tinha uma banda que pelo visto continua até agora. Ele que me deu idéia de fazer aulas de bateria, na verdade. Iríamos tocar juntos, mas no final a banda dele começou a fazer um tipo de música que eu não gostava muito. Daí conheci Aoi e Ruki e montamos a nossa.
          - Composições originais. - Aoi acrescentou com orgulho - E solos de baixo.
          - Você está ficando muito metido por causa de um solo de baixo.
          - Hey, eu sou o líder.
          - Sabe, Aoi... Acho que vou concordar com o Reita na parte de você estar ficando metido.
          Todos, exceto Uruha, riram do comentário de Ruki dito com um sorriso enviesado, terminando de comer e voltando para o porão a fim de ensaiar mais. Durante as próximas músicas, Aoi manteve um olho na figura esbelta do outro guitarrista; não que sua técnica não estivesse impecável, pelo contrário. Mas alguma coisa havia atingido o outro bem fundo e o moreno não conseguia parar de se preocupar com isso ou jogar esse pensamento para longe da sua mente.

          O guitarrista moreno se encostou contra o muro dos fundos da sua própria casa, tirando um cigarro do bolso e acendendo o mesmo com um isqueiro prateado. Em seguida, ofereceu o maço a Uruha, que recusou com um olhar assustado antes de observar toda a redondeza em busca de testemunhas que pudessem meter Aoi em encrenca.
          - Calma, Uruha. Não tem ninguém por aqui que possa me pegar. - o moreno explicou depois de exalar uma nuvem cinza de fumaça, sorrindo com o cigarro apoiado entre dois dedos; seus lábios estavam curvados em um sorriso confiante - Essa casa está para alugar e não tem ninguém, e naquela outra mora um casal de velhos que mal chegam perto da cozinha. Acho que vivem na cama. - ele acrescentou depois, dando de ombros e guardando o maço quando viu que o loiro não iria aceitar mesmo sua oferta - E então?
          - E então o quê? - o outro replicou, chutando uma pedrinha para longe e vendo a mesma bater contra um cano que subia pelo muro e ia para a casa sem moradores no momento; o barulho metálico do impacto morreu em segundos.
          - O quê aconteceu hoje na casa do Kai? No ensaio? Você estava... Diferente. Diferente do Uruha que eu conheço, pelo menos.
          Uruha virou a cabeça na direção do outro homem imediatamente, ficando parado por alguns segundos antes de deixar seu corpo cair, sentando-se sobre um degrau de cimento que levava de volta para dentro da cozinha da casa do outro guitarrista. Apoiando o queixo em uma das mãos, o loiro sentia a presença do outro garoto ao seu lado, mas optou por não olhar para ele e sim para o céu quando respondeu:
          - Os pais dele. Você viu como os dois apóiam o filho e o que ele quer. Ambos sentem orgulho do progresso dele como músico, ficam felizes... Apenas por ele estar feliz.
          Os olhos negros de Aoi se estreitaram com a compreensão súbita; ele também havia sentido essa brutal diferença quando conhecera os pais do baterista pela primeira vez, mas não na proporção que Uruha parecia estar experimentando. Seu pai, pelo menos, não via nele uma peça para exibição na frente dos outros ou tentava terminar com a sua banda; ele simplesmente não o encorajava, como a maioria dos adultos japoneses que se encontravam em situação semelhante.
          O moreno deu uma tragada particularmente forte, exalando a fumaça devagar enquanto tentava dar alguma forma a ela, apenas por diversão. Sua cabeça, enquanto isso, repassava as palavras trocadas entre os pais de Kai naquela tarde, até lembrar de algo que havia chamado sua atenção mas que esquecera de comentar:
          - Uruha.
          - Nani?
          - Aquilo que o pai do Kai falou, do concurso. O quê você acha?
          Os olhos negros de Aoi desceram dos anéis de fumaça que ele havia produzido para encontrar os de Uruha, que ainda ocupava sua posição no chão. Com a crescente escuridão no pequeno quintal da casa do moreno, resultante do sol que continuava a sumir no horizonte, estava ficando quase impossível achar a figura do estudante rebelde contra a parede, não fosse pela brasa acesa do seu cigarro.
          - Você está pensando seriamente em competir?
          - Estou.
          - Você é louco. - o loiro respondeu por meio de um suspiro, olhando para a casa vazia por alguns instantes - Acabamos de começar isso, Aoi. Como o Uke-san lembrou, não temos nem mesmo um nome! O quê faz você pensar que podemos simplesmente participar de um concurso em apenas dois meses?
          - Eu confio em mim. Eu sei do que eu sou capaz, Uruha. Conheço Kai e Ruki há tempo suficiente para saber até onde eles podem ser levados também. Já você e Reita... Eu acho que se vocês concordaram em se juntar a nós, é porque viram alguma vantagem nisso tudo. Não foi apenas pela minha personalidade irresistível.
          - Não, realmente não foi. - o outro guitarrista respondeu com firmeza na voz, mas exibia um sorriso no rosto quando ergueu o mesmo. Ele se levantou logo em seguida, batendo a possível sujeira que havia se agregado às suas roupas - Eu acho que vou para casa.
          - Melhor você tomar um banho. - aconselhou o moreno, jogando o cigarro no chão e apagando a chama com o tênis que usava, mexendo a cabeça a fim de tirar uma mecha de cabelo negro da frente dos olhos quando encarou novamente o outro adolescente - Você deve estar com cheiro de cigarro, e a suas roupas também.
          - Ah, maravilha. Mais uma oportunidade para fazer o dia do meu pai. - Uruha comentou com um sarcasmo palpável, entrando para a cozinha escura de Aoi e ficando quieto até o outro acender a luz do aposento, com medo de bater em objetos pelo caminho - Não tenho roupa nenhuma aqui comigo para trocar, Aoi.
          - Eu sei. Eu te empresto alguma coisa. - o moreno respondeu enquanto tomava a dianteira e abria a porta do seu quarto para o outro - Eu acho melhor você tomar banho aqui ao lado enquanto eu uso o chuveiro dos meus pais. Se você precisar...
          A voz do moreno morreu quando ele notou que já fazia algum tempo que o outro não o ouvia mais; o adolescente loiro passava seus olhos amendoados e ligeiramente arregalados de surpresa por todas as paredes e superfícies do cômodo naquele momento, aparentemente maravilhado com o quarto de Aoi.
          - Uru-chan? - o outro chamou com um sorriso nos lábios que só aumentou quando viu que o apelido odiado pelo outro garoto surtia efeito ao atrair sua atenção quando nada mais funcionava - O quê foi? Gostou do quarto?
          - Você é tão metido, Aoi... - o outro replicou com uma voz que era para soar ácida, mas teve o efeito cortado pela metade com o rubor que ainda estava presente na sua face, resultado de ter sido pego observando o quarto do outro - E sim, gostei. Subarashii, ne? - ele acrescentou, correndo os dedos por um poster gigante de uma banda de rock que ocupava quase um quinto do espaço de uma das paredes.
          Com exceção de uma parede que era coberta por armários, as outras três tinham cores diferentes, sendo pintadas em preto, azul e roxo. Tirando a porta e janela, quase todas as superfícies lisas e disponíveis haviam sido cobertas por posters e mais posters de bandas e cantores, além de anúncios de shows e ingressos de concertos aos quais Aoi provavelmente tinha ido. Um quadro feito de cortiça, como um mural de avisos, continha fotos do moreno, junto com amigos, sozinho ou ainda com um ou dois artistas diferentes, parecendo fruto de excursões aos bastidores de shows.
          Uma televisão de tamanho moderado ocupava um dos cantos do cômodo, ficando sobre uma mesa que continha uma pequena coleção de CDs e depois DVDs, quase tudo sempre sobre música. Um videogame e várias caixas de jogos estavam empilhadas logo ao lado, junto a almofadas que pareciam bem confortáveis. Um grande tapete ocupava o centro do cômodo, mobiliado ainda pela cama do moreno e pela sua escrivaninha, próxima de uma guitarra preta e lustrosa que se exibia no seu suporte prateado com a mesma confiança do dono.
          - Não me admira que você não estude tanto quando deveria, com essas... Distrações todas.
          O tom de voz do loiro tinha um quê de ressentimento; seu quarto era normal, tão neutro quanto o de qualquer outro adolescente tido como normal no Japão. As únicas coisas referentes à sua paixão por música estavam guardadas dentro do seu guarda-roupa, e ainda sim eram manifestações modestas. Sentindo uma pontada de inveja, Uruha tentou engolir as sensações desagradáveis que sentia, só saindo de seu transe quando a mão de Aoi apareceu na sua frente, segurando uma toalha azul-clara na mão:
          - Para o seu banho. Depois pode pegar qualquer coisa que encontrar no meu armário para vestir. - o dono do quarto falou, ele mesmo recolhendo alguns de seus pertences para o seu próprio banho - E não fique tão encantado; a maioria do que está aqui eu tive que comprar, afinal, meus pais são só um pouco melhores que os seus.
          - Comprar?
          - Hai. - o outro replicou, olhando os objetos que carregava no braço e lembrando que havia esquecido de pegar um par de meias limpas, abrindo uma gaveta no seu armário para esse fim - Já dei aulas de música, trabalhei em sorveterias, fui caixa de lanchonetes... O quê você imaginar.
          Vendo o espanto mudo de Uruha, ele se virou da porta do seu quarto para acrescentar:
          - Quando eu disse que confiava na banda, eu não estava mentindo.

          Quase trinta minutos se passaram antes de Aoi fazer o retorno ao seu quarto, praguejando pelo caminho; um pouco de shampoo havia escorrido pelo seu rosto e caído na ferida que ainda estava na sua boca. Embora o machucado já não o perturbasse tanto como no início, ardeu o suficiente para a voz do guitarrista soltar algumas belas palavras na boa acústica que o banheiro dos seus pais possuía.
          Esfregando o cabelo escuro com uma toalha na cabeça e ainda sentindo a sua boca latejar de um jeito incômodo, o moreno abriu a porta do seu quarto sem uma única batida na porta, esquecendo que talvez o outro guitarrista estivesse ali dentro, trocando de roupa ou fazendo qualquer outra coisa que precisasse de espaço, porque seu banheiro era o cômodo mais apertado de toda a casa.
          E foi exatamente o que aconteceu.
          - Aoi... Você emagreceu quantos quilos nos últimos anos?
          A pergunta do loiro chegou até o dono do quarto e despertou-o do seu transe, fazendo ele esquecer até mesmo da dor no lábio inferior. Piscando, o moreno levou alguns segundos até entender como o mundo havia mudado de forma a presenteá-lo com a visão que era Uruha dentro de uma camiseta gigante e já gasta do Metallica que ele possuía.
          A figura delicada do outro adolescente estava praticamente coberta pela camisa, cujo tecido preto desbotado chegava até metade das coxas do loiro; depois disso, as longas e incríveis pernas pálidas do guitarrista estavam plenamente nuas, concentrando toda a atenção visual de Aoi nelas até que ele falou de novo:
          - Aoi? Você disse que era para eu pegar...
          - Daijoubu, daijoubu. - o moreno recuperou a fala e esboçou um sorriso, só notando alguns momentos depois que a toalha que ele usava para secar os cabelos tinha ficado equilibrada sobre a sua cabeça - Você deu azar de pegar um dos meus pijamas.
          - Você dorme com uma camiseta do Metallica?
          - Só quando está calor.
          - Você não respondeu à minha pergunta a respeito do seu peso. - Uruha tornou a voltar ao assunto em pauta enquanto assistia por Aoi procurando por roupas mais decentes no meio das gavetas e cabides - É difícil acreditar que isso realmente seja seu.
          O moreno se virou de onde estava, encontrando o loiro sentado na sua cama com uma expressão de incredulidade profunda enquanto brincava com a barra da camiseta, não prestando atenção no seu companheiro de quarto. Abrindo um sorriso, o líder da banda recém-formada encostou-se contra o seu guarda-roupa, cruzando os braços na frente do tórax.
          - Está querendo dizer alguma coisa, Uruha?
          - Não, só que você está muito mais bon... - o outro guitarrista então ergueu a cabeça, vermelho no rosto como quando havia sido pego no seu exame visual do quarto do moreno - Kuso, Aoi. Dá para emprestar alguma coisa que seja do meu tamanho?
          Com uma risada em voz baixa, o moreno sacudiu a cabeça para livrá-la dos pensamentos estranhos que a haviam invadido, finalmente retirando seu uniforme escolar e jogando-o no ar para o outro garoto. Fechando as portas do armário atrás de si, ele emendou:
          - Acho que o uniforme vai ser a única coisa que eu tenho aqui com a qual seu pai não vai brigar.
          - Serve. - o outro aquiesceu com a cabeça, levantando da cama - Pode sair.
          - Sair? Mas esse é o meu quarto! - o moreno declarou conforme abria os braços, indicando todo o espaço do cômodo - E depois, essa camiseta não esconde muita coisa, Uru-chan.
          Aoi mal teve tempo de piscar um olho para o outro adolescente antes de um travesseiro assassino ser jogado com raiva na sua direção, forçando-o a deixar o quarto de uma vez por todas e pensando, ao mesmo tempo, em futuras tours da banda e na diversão garantida que elas representariam quando ele tivesse de dividir o quarto com Uruha.



Continua...


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