O Metamorfo escrita por Lara Campos


Capítulo 4
Capítulo 4 - Entregues


Notas iniciais do capítulo

Tá ai o próximo capitulo desse mistérioo! Espero que gostem :**



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“Observando sua lembrança detalhadamente Brad percebeu que a menina dos seus pensamentos era mesmo a Melanie que estava dizendo ser sua mulher. Ele tentou repetidas vezes se lembrar do rosto do homem que tentava levar a garota, sem sucesso. Ele estava disposto a procurar por aquele homem até descobrir quem ele era, para que assim ele pudesse descobrir o que Melanie queria com ele, e enquanto isso ele apenas fingiria que estava tudo normal e voltaria para a casa que Melanie dizia ser dele.”

 

 

                         

            Após estar fora por todo o dia Brad retornou à sua casa. Melanie preparava o jantar e arrumava a cozinha cantarolando. Ele ficava cada vez mais encantado com a capacidade da menina de estar feliz o tempo todo e de nada lhe faltar em nenhum instante. Se sentou na mesa e sorriu para si mesmo.

            _Oi – disse ela entusiasmada -.

            _Oi – retriubuiu ele sorrindo ainda – Não vai perguntar onde fui?

            _Não.

            _Não? – Brad estava surpreso pelo fato de não ter simplesmente acordado encontrando-se deitado na cama e sem suas roupas como já havia ocorrido duas vezes – Então quer dizer que você confia em mim? – ele iniciou uma indagação sobre as origens de Melanie – Não confia em mais ninguém?

            Melanie se calou e fechou a cara de repente. Nada do sorriso que havia se  implantado em seu rosto sobrara. Ela se sentou, levou os talheres às mãos e começou a comer, sem mesmo esperar que Brad se servisse.

            _Eu me lembrei da noite em que você me achou.

            Ela o fitou com o olhar curioso e cemicerrou os olhos. Brad sorriu sarcasticamente e continuou seu até então monótono.

            _Sabe, você é uma pessoa muito boa, Melanie, mas não precisa ficar mentindo pra mim. Nós não somos nada um do outro apesar de você dizer que sim.

            _Você não sabe o que fala! – bufou Melanie e se levantou da mesa -.

            _Hey – Brad se levantou também e segurou-a pelo braço – Eu não quero brigar com você. Só não quero que haja segredos por aqui.

            _Eu não posso te dizer nada – Melanie percebeu a proximidade dos dois, mas mesmo querendo que ela ficasse menor ainda tentava se afastar do corpo de Brad dando pequenos passos para trás -.

            Brad parecia hesitar à separação daquela conexão que surgia entre os dois. Suas convicções, seus ideais e todo aquele plano de conhecer a história da garota antes de fazer qualquer coisa estava indo por àgua abaixo devido a um simples toque. Ela se aproximou mais dele, mesmo que sua consciência lhe dissesse que não era a hora dos dois ficarem tão próximos daquela maneira. Eles deviam se amar primeiro.

           Sem pensar sobre suas ações, Brad enlaçou-a pela cintura, seus braços rastejando sobre as costas de Melanie, aproximando-os ainda mais. Ela estava encantada com aquele simples gesto, desde o dia anterior ficara pensando como seria ser tomada por ele, ela o havia escolhido, sua rejeição a magoara de tal forma, que nao permitiu a inconciência de chegar ate ela na noite antecedente a aquela.
           Vendo que Brad ainda hesitava, subiu na ponta de seus pés, encostando seus lábios levemente aos dele. Era como se milhoes de borboletas lhe acertassem o estômago, e isso apenas com um simples encostar de lábios. Vendo que ele realmente nao reagia, com um longo suspiro desencostou seus lábios. Foi surpreendida com um par de braços a impedindo de afastar-se dele. Olhou para os negros olhos de Brad, encontrando finalmente o que procurava incessavelmente ver em seus olhos desde que o encontrara. Seus olhos mostravam fome, mas essa não de alimento. Puxou-a para ele mais uma vez, dessa vez tomando por ele mesmo os delicados lábios de Melanie com os seus, ele sentiu a pequena língua traçar seus lábios, pedindo silenciosamente passagem, a que ele logo cedeu. Suas línguas tocaram-se timidamente para logo se enroscarem uma na outra.
           Ela enroscou suas mãos nos cabelos de Brad tentando aproximá-lo mais ainda, como se fosse possível. As grandes mãos másculas dele deslizaram pelas torneadas pernas de Melanie, fazendo-a suspirar. As mãos do metamorfo continuavam a acariciar a pele agora exposta das coxas da garota, a mesma que logo enlaçou o quadril de Brad, possibilitando-a de sentir a ereção do homem a precioná-la no ventre. Ele é rapido quando quer, pensou consigo mesma, abrindo um sorriso.
          Suas bocas não se desgrudavam, Brad a encaixou melhor em seus quadris até chegarem a porta do seu quarto. Do quarto deles. Estava louco de desejo, e isso sendo que nem a havia tocado devidamente. Mas ele sabia que teria que ir com calma para não assustar sua garota. Ele faria dela sua garota. Por mais que tentasse negar, todos aqueles acontecimentos estranhos que viam a ocorrer nos ultimos três dias, só faziam com que ele se importasse mais com o que Melanie era para ele e realmente parecia que ela significava muito mais do que ele havia imaginado.

            Já jogados na cama, Brad passeou com seus lábios pelo pescoço de Melanie e a garota ofegou. Ela retirou a camisa de Brad e sua também, num só movimento. A urgência daquele momento trazia a insanidade à cabeça de Brad e a de Melanie também. Seus corpos passaram a se tocar em todo e cada parte a partir do instante em que roupa nenhuma estava entre os dois, Melanie sentiu Brad invadí-la calmamente e apertou seu corpo contra o dele para que pudesse se sentir completa e satisfeita com ele dentro de si. Passaram a noite toda a se amar e o jantar fora totalmente esquecico, pois ambos sentiam fome apenas um do outro.

            No raiar do dia Brad acordou cansado e esticou seus braços para abraçar Melanie, porém, como o de cotume, ela já não estava mais na cama. Nenhum filete de luz adentrava o quarto escuro, assim como o resto da casa. Aquele local era de total desconhecimento de Brad até o dia em que Melanie o levou para lá. Como uma criatura habituada a nunca se esquecer dos lugares em que estivera devido ao seu faro, Brad sentia que já estivera naquele local de algum modo, mas nenhuma lembrança lhe vinha à cabeça.

            Brad se levantou e foi para a sala. Melanie assistia TV e comia pipoca quando o metamorfo adentrou o local.                                  

            _Oi – Melanie sorriu – Sente aqui comigo – e bateu a mão no assento do sofá ao seu lado -.

            _Na verdade quero fazer algo diferente. Que tal darmos uma volta, quero me sentir um pouco livre.

            Melanie voltou seu olhar para a TV e respondeu seca:

            _Agora não.

            _Vamos, vai ser divertido. É até pecado perder a luz do dia quando se pode usufruir dela – ele saiu em direção à porta da sala para abrí-la e por puro reflexo Melanie se jogou em frente porta impedindo que Brad abrisse a mesma -.

            _Não! Eu disse que não podemos sair agora e você não quer mesmo abrir essa porta, não é?

            Brad se afastou dela assustado e se sentou no sofá atrás dele.

            _Eu só...

            _Não diga nada. Eu só quero que me prometa uma coisa: nunca, nunca ouviu? Nunca abra nenhuma porta enquanto eu estiver por perto.

            Sem entender nada Brad apenas assentiu e Melanie se sentou ao seu lado.

            A necessidade de conhecer o passado de Melanie voltou a consumí-lo e Brad não pôde parar de pensar no que poderia fazer para descobrir algo. Os dois ficaram abraçados assistindo TV e a garota adormeceu em seus braços. Ele a carregou até o quarto e saiu em busca de pistas.

            Transformando-se numa pequena mosca, Brad pôs-se a voar pela floresta até que chegasse ao centro da cidade. Ao encontrar de novo a civilização ele se transformou em homem novamente e, como já havia feito várias vezes, entrou no quintal de uma das casas da cidade e roubou roupas que secavam no varal. Foi em direção ao bar da cidade, o Fox’s, e sentou-se em um dos bancos recostados no balcão pedindo por uma bebida.

            Duas horas haviam se passado e Brad não conseguia pensar em nada a se fazer. Um homem alto e de boa aparência adentrou o local e se sentou a cerca de dois metros de Brad. Ele tinha absoluta certeza que conhecia aquele cheiro e no virar de rosto pôde reconhecer o tal homem que havia acabado de chegar: era o homem que chamava por Melanie em sua lembrança do dia em que ela o acolheu. Nada mais o metamorfo podia fazer a não ser se aproximar do homem e tirar tudo a limpo.

 

 


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Notas finais do capítulo

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