The Golden Angel escrita por Nam


Capítulo 8
Depois De Um Tempo, O Reencontro Deipu's


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo capítulo pouco detalhado. Ando tendo dificuldades para escrever. Coloquei um bônus sobre os personagens aí ^^

E desculpe, também, por ter "pontos" ao invés de "travessões". Não escrevi no Word, e sim na droga do BrOffice ¬¬'



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Elegecky 360º — The Golden Angel

 

Conheça mais sobre os personagens: (Atualização 01: 05/09/2010)

Elegecky Kale Duncan Deipu

Classificação: Protagonista

História: Um menino que, a qualquer custa, tenta desvendar as cenas misteriosas que aparecem em seu subconsciente todos os dias, com a ajuda de seus amigos.

Idade: Dez Anos

Personalidade: Simpático – Carinhoso – Amigo – Sentimental – Divertido – Vulnerabilidade – Profeta – Dramático – Medroso

Aparência: Tem um metro e sessenta e sete centímetros de altura e cinqüenta e oito quilos. Tem olhos verdes escuros e reluzentes; cabelos lisos, médio-curtos e ruivos. Sua franja chega perto da altura dos olhos. Seus braços e pernas são bem esticados. Sua pele é parda e macia. Não há pelos corporais.

Alimento Preferido: Sucrilhos – Cereais Matinais (Chocolate)

Melhores amigos: Spencer – Guilherme – Nathan (parente) – Gustavo – Sandy

Aparições: Todos os Episódios.

 

Guilherme Drew Jenkis

Classificação: Co-Protagonista (1º)

História: Estudante responsável e bem divertido. Torna-se melhor amigo de Elegecky, com quem passa a maior parte do tempo. O protege quando está em perigo.

Idade: Doze Anos

Personalidade: Simpático – Carinhoso – Amigo – Sentimental – Divertido – Protetor – Responsável – Corajoso – Astuto

Aparência: O estudante tem a pele clara, olhos negros, cabelo curto e castanho. Tem pernas e braços um pouco maiores do que o Elegecky, resultando em cinco centímetros a mais. O menino tem o corpo normal, semelhante ao amigo. Não há pelos corporais.

Alimento Preferido: Sucrilhos – Cereais Matinais (Todos os sabores)

Melhores Amigos: Elegecky – Gustavo – Sandy

Aparições: Depois dos episódios iniciais, Todos Os Sucessores.

 

Spencer Scott Knowels

Classificação: Co-Protagonista (2º)

História: Rapaz, taxista, torna-se amigo de Elegecky e o ajuda a desvendar os segredos de suas premonições.

Idade: Vinte E Um Anos

Personalidade: Simpático – Misterioso – Humorado – Divertido – Amigo – Confiante – Decidido – Corajoso

Aparência: Knowels é moreno escuro, tem a pele bem bronzeada. Seus olhos são negros e um pouco fechados. Seu cabelo é preto e curto. Possui uma franja pequena. Tem um corpo esportivo e um pouco definido, nada sem exageros.

Alimento Preferido: Bolo

Melhor amigo: Elegecky – Pollyanna

Aparições: Variável.

 

Nathan Roarke Deipu Mazzello

Classificação: Co-Protagonista (3º)

História: Nathan é o primo de Elegecky, e também o ajuda com suas dificuldades.

Idade: Quinze Anos

Personalidade: Simpático – Carinhoso – Amigo – Divertido – Invulnerabilidade – Protetor

Aparência: Roarke tem suas características quase idênticas ao do primo. Cabelos loiros, lisos e curtos; Pele Clara, Olhos Castanhos Claros, Braços e Pernas Longos. Tem um metro e sessenta e oito centímetros de estatura e Sessenta e Cinco Kilos. Possui um corpo normal.

Alimento Preferido: Sucrilhos (Brigadeiro)

Melhor Amigo: Elegecky (Primo) – Candy (Namorada)

Aparições: Do episódio “Depois De Um Tempo” Em Diante.

 

 

Gustavo Mattew Wilkinson

Posição: Secundário

História: Garoto bem irresponsável. É um dos amigos de Elegecky. Apesar da lentidão, torna-se bem esperto quando se trata de algo interessante.

Idade: Quatorze Anos

Personalidade: Simpático – Amigo – Irresponsável – Misterioso – Sarcástico

Aparência: Pele Clara, olhos azuis, cabelos loiros médios-curtos. Possui maior estatura de que Elegecky e Guilherme.

Alimento Preferido: HotDog

Melhor Amigo: Guilherme – Sandy – Elegecky

Aparições: Aleatórias.

 

Pollyanna Allison Deipu

Posição: Secundário

História: [...] Mãe de Elegecky […]

Idade: Trinta Anos

Personalidade: Simpática – Amiga – Humilde – Divertida – Sentimental

Aparência: Cabelos loiros de cumprimento longo e um pouco enrolados, olhos verdes iguais aos de seu filho, corpo curvilíneo e arredondado, sua pele é branca, bem lisa e macia.

Alimento Preferido: Frutas (Geral)

Melhor Amigo: Spencer

Aparições: Quase todos os episódios.

 

 

Sobre o Narrador [Bônus]

Estilo narrativo é “Onisciente Neutro”. É aquele que descreve as ações dos personagens, fatos ocorridos e suas personalidades de forma clara. Porém não há observações ou qualquer ponto de vista sobre qualquer personagem e aprofundamento na detalhação em questão dos sentimentos. Geralmente acompanha os personagens principais. (Como Elegecky e Guilherme)

 

 

Episódio 08 — Depois De Um Tempo, O Reencontro Deipu’s

Retrospectiva: Da última vez que vimos Elegecky, o menino estava com problemas cardiorrespiratórios. Ele reclamava de fortes dores no pulmão, no meio da sala de aula, que deixou Guilherme bastante apreensivo. Quando o diretor os deixou ir para casa, Guilherme acompanhando Kale, o “profeta” percebeu que não poderia ir mais visitar o parente naquele dia. Porém, sua mãe, Pollyanna, falou que no dia seguinte eles poderiam ir.

 

Brasil, Rio de Janeiro — Quarta-Feira, 10 de Fevereiro de 1999

O sol nascera com bastante intensidade sobre seus raios iluminosos e resplandecentes, acompanhado pelas Nuvens Cirrus, bem cintilantes. Ao contrário do dia anterior que fora de muito frio e chuva. Havia uma neblina cobrindo o horizonte a a região das montanhas. Os moradores do bairro estavam se divertindo na rua. Crianças corriam com seus animais de estimação, como o cachorro. Algumas andavam de Skate, outras de Patins.

 

Kale observava a cena pela janela de seu quarto. Era mais um dia de aula para o estudante, e desta vez o garoto não estava nem um pouco animado para estudar, já que as dores no peito prosseguiam afetando-o. Kale sentia uma pulsação no estômago e no pulmões. Era tão forte que o garoto se contorcia de dor. Porém, para ele, tipicamente das crianças, era preferível a dor do que um médico.

 

Deipu efetuou sua rotina matinal antes do colégio, como todas as manhãs. Largou o Nescau logo no primeiro dia em que queria fazer uma variação. No ponto de vista de Elegecky, Nescau nunca chegaria perto do sabor inigualável e crocante dos flocos. O menino não largaria nunca, até mesmo quando chegasse aos dezoito anos.

 

Como sempre ele assentara-se perto de seus amigos. O dia de aula foi normal desta vez. Sem qualquer tipo de fator anormal sobre suspeita. Para Guilherme isto estava sendo um alivio. Era apenas o terceiro dia de aula e já haveria acontecido muita coisa pra apenas três dias.

 

Naquele dia teria apenas uma aula, de Estudos Sociais, matéria predileta de Kale, que ficara impressionado a cada instante com as palavras de seu professor. O assunto daquele dia fora sobre os Coreanos. Seus costumes, comidas, geografia e desenvolvimento. A euforia sobre o aprendizado era intensa.

 

Gustavo, que estava esquisito naquele dia, começou a se sentir incomodado, chamando a atenção de Elegecky, que o olhara desconfiadamente. Sem mais de longas, Gustavo iniciou uma conversa oculta:

  • Elegecky! – Chamou Wilkinson (Gustavo Wilkinson)

  • Eu ouvi mal, ou você me chamou pelo primeiro nome? – Pelo ponto de vista do estudante, foi a primeira vez que o amigo o chamara assim. Foi aí que o menino desconfiou mais ainda. – Sinceramente, Guh, você está muito estranho hoje! Bebeu toda a garrafa? – Brincou o mais novo, tossindo.

  • O que eu quero falar, é apenas uma curiosidade. – Ele Sussurrou não prestando atenção na explicação do professor.

  • Pois bem... – Elegecky fechou o caderno, circunspecto, com uma expressão pensativa, e olhou para o amigo. – Seja breve! Não quero perder a explicação.

  • Ontem, quando você teve de ir embora, apareceu um senhor... um tal de “Spencer Knowels”! Estava perguntando por você. – Relatou Gustavo com uma expressão misteriosa.

  • Eu o conheço. Não sabia de sua vinda aqui. – Explicou Kale, balançando a cabeça negativamente.

  • Bom, o professor disse que você foi embora junto com o Guilherme, pois estava mal de saúde. – Tentou falar um pouquinho mais baixo.

  • O estranho, é que ele sabe onde fica minha casa. – Relatou Elegecky, batendo o lápis contra a mesa, pensativo e nervoso. – Ao meu parecer, não deve ser algo muito importante. Porque se fosse, teria vindo até a mim diretamente.

  • Ele estava com um livro sobre “Premonições Trágicas”. Consegui ver a capa quando saiu.

  • Opa! Isso é o que eu chamo de importância! Isso é o que eu preciso ler. À noite eu encontro com ele. – Detalhou o jovem ironicamente. – E não estou sendo sarcástico!

 

O sinal tocara, assim terminando as aulas. Os alunos saíram lentamente da sala, conversando com os colegas do lado. Guilherme apertou a mão de Elegecky e seguiu seu caminho. Mas a conversa de Gustavo e com o Profeta prosseguiu:

  • Melhorou das dores?

  • Ainda sinto dores. Tenho uma marca estranha no peito... Como se estivesse dolorido. – Descreveu, Kale, a dor que sentia. Estava imprensado a marca de um espiral na pele, o que não tinha um sinal positivo.

  • Desejo melhoras! – Parece que Gustavo não deu muito ouvidos a este fator. – Kale, o que está havendo com você? Eu sei que só nos conhecemos há três dias, apenas, mas anda tão afastado de mim e da Sandy! Só anda com o Guilherme. – Enquanto isso, os dois guardavam o material.

  • Eu peço desculpas por estar tão afastado, mas ultimamente andam acontecendo coisas inexplicáveis comigo. – Fechou o zíper da mochila.

  • Que coisas? Não pode me contar o que está acontecendo? Eu posso ajudá-lo, dependendo das circunstâncias. – Gustavo foi caminhando em direção a porta de saída junto a Elegecky.

  • Coisas que poderão acontecer futuramnete. Sério, não há com o que se preocupar. Deixe-me organizar a minha mente, aí depois eu conto.

 

 

Minutos Depois, À casa de Elegecky...

 

Deipu e sua mãe estavam se arrumando para encontrar com os parentes, em especial Nathan, o que Elegecky mais tinha afeto e amizade. O estudante pulava de alegria à cada instante, não literalmente, mas pelos sorrisos e nos pensamentos. Seu subconsciente estava apenas concentrado em ver “o seu irmão”, depois de algum tempo. Kale trajava-se com uma cor bem escura: Um Boné Preto, Camisa De Mesma Cor Com Listras Brancas, Calça Jeans Escura E Um Tênis Branco. Resolveu colocar, também, seu relógio. Pollyanna resolveu ir bem brilhante: Um Chapéu Rosa, Para Proteger A Cabeça Do Sol; Um Vestido Verde Bem Ilustre E Botas Marrons. A mãe também colocara uma maquiagem preta sobre os olhos, dando um destaque aos olhos cintilantes da mulher.

 

  • Filho, antes de irmos, quero saber se está se sentindo bem... Então? – Perguntou Pollyanna, agachada, preocupada. Ela estava de frente para Elegecky.

  • Está tudo bem comigo, mãe! Não se preocupe! – Exclamou Elegecky, com um sorriso bem animado sobre seu rosto claro.

  • Se você diz... – Disse Pollyanna, levantando-se, arrumando sua bolsa, colocando alguns itens sobre ela.

  • A senhora está linda! Parece até mais jovem, sabia? – Elogiou o filho, bastante contente, enquanto arrumava o boné.

  • Ah, obrigada! Você também está muito fofinho! – A mãe beijou o filho na testa.

  • E este Chapéu te faz parecer uma aventureira exploradora! Acho que você seria uma ótima arqueóloga, pois o visual dá para aparecer. – Ainda sorrindo.

  • Obrigada! Agora pegue sua mochila, “explorador”! Colocou sua carteira e seus documentos dentro?

  • Sim, senhora! – Respondeu o menino, imitando um recruta do exército, colocando sua mochila azul escura sobre as costas.

  • Então, vamos. Anda soldado, MARCHANDO JUNTO COMIGO! – Pollyanna entrou no ritmo da brincadeira.

 

Mãe e Filho saíram para a casa dos parentes. Eles precisariam pegar um ônibus que ia para a vila onde morava Nathan. A viagem foi bem calma, sem qualquer conversa ou entretenimento. Porém, o motivo de todo aquele silêncio era por causa de Elegecky. O menino estava aprofundado em seus pensamentos que estavam muito mutuados, desorganizados. Ele precisava de se divertir naquele momento. De tentar se distrair para esquecer as visões que o atormentam.

Imaginação de Elegecky: “De todas estas imagens que passam pela cabeça, há um fator especial que influencia-me com intensidade. Por Que só prevejo coisas ruins? E Por Que sempre acontecem ao meu redor? Tenho a sorte de ter impedido a última. Tenho medo do que possa acontecer daqui para frente. Temo muito mais pelos meus amigos... e pela minha família que verei hoje. Terei de ficar atento a qualquer imagem suspeita. Tudo o que eu vejo têm representação... É como se os objetos fossem incógnitas que me dissessem o que irá acontecer. Este quebra-cabeça vai ser bem complicado para eu resolver...”

 

Kale estava confuso. Haviam milésimas perguntas a serem respondidas. São muitos “Por Que” para um único assunto. A intenção do menino era ver Spencer o quanto antes. Aquele livro poderia responder parte das questões elaboradas ali.

 

O menino fora interrompido de seus pensamentos temerosos por sua mãe. Ela já tinha dado o sinal de descida para desembarcar na vila de sua família. Durante a passagem pela rua, Pollyanna notara a expressão pensativa no filho. Ficou até preocupada. Não fez muito hesito para indagar:

  • Filho, pode me contar o que está acontecendo? Desde que chegamos nesta cidade há dias atrás você tem estado muito “cogitado”.

  • Bom...

  • Você sabe que pode confiar em mim. – Disse Pollyanna, aflita.

  • Não é que não tenho confiança. Eu acho que não é o momento certo para eu contar... – Explicou Elegecky de cabeça baixa.

  • Só quero que não faça nenhuma besteira. Seja o que for! – Exclamou Pollyanna, deixando derramar algumas lágrimas.

  • Não fique assim, mãe. Em breve saberá. Só preciso ver se é realmente isso.

 

 

Minutos Depois... À casa dos parantes

A dupla, Elegecky e Pollyanna, já haviam chegado à porta da casa dos seus parentes. Tendo o Sol como vista entre as montanhas rochosas. A cor barrenta, dos picos, ficara bem destacada pelos raios solares. Antes de tocar à campainha, Elegecky olhou para seu relógio. Marcava 15h50min, e as nuvens estavam se acumulando no céu, que antes estava azulado e radiante.

 

Então, Pollyanna tocara a campainha. Emitiu um som bem irritante e distinto, que incomodou a mãe. Do outro lado da porta se escutara várias batidas de pé sobre um tapete, ao ponto de vista de Kale. Depois de apenas alguns segundos esperando, finalmente a porta fora aberta. Quem os atendeu foi uma senhora bastante humilde e simpática, de cabelos grisalhos.

 

  • Oi, sogra! Tudo bem? – Pollyanna a abraçou e Elegecky observou.

  • Oi, querida! Há quanto tempo! – Disse ela sorrindo.

  • Isso é verdade. – Percebeu Pollyanna, também risonha.

  • E o que temos aqui? – A avó paternal de Elegecky pegou na mão do garoto e o olhou por um tempo. – Como você cresceu, “Eletícky”.

  • Vovó, é Elegecky! – Concertou ele.

  • Ah sim. Até hoje não aprendi a falar o seu nome, Kale. – O neto e a avó se abraçaram, após anos.

  • Mas o que estão fazendo aí parados? Welcome! Come in, please! The house is yours.

 

Então eles entraram, observando a moradia. Pollyanna percebeu certas modificações no local, já que havia vindo antes até lá antes de ficarem anos sem manter contato. Ela tirou o chapéu e o guardou na bolsa.

  • Minha sogra, a senhora fez uma reforma na casa? Está um pouco diferente desde a última vez que vim aqui. – Pollyanna observava tudo a sua volta, de boca aberta.

 

  • Pollyanna, minha filha, não abra tanto a boca, se não vai babar. – Brincou a anciã assentando-se. Elegecky também observava.

 

  • Como a senhora é engraçada! Não perdeu o humor, não é? Agora sei de onde Elegecky herdou este humor todo! Ele é bem engraçado! – A mãe de Kale ficara impressionada ao saber que sua nora continua humorada. Kale se virou ao falarem dele.

 

  • Mas é claro que não perdi. Não é só porque estou velha que devo virar uma velha caquética, rabugenta, despeitada e mal-humorada! – Explicou ela se matando de rir, mexendo na barriga. Todos riram também. Pollyanna também se assentou.

  • Desculpa desmarcar ontem, Elegecky estava mal. – Explicou Pollyanna se referindo ao estômago.

 

  • Eu entendo! Não se preocupe, o importante é que ele está melhor. – A avó, carinhosa, o abraçou. Chegou a colocá-lo em seu colo e fez carinho nele.

 

  • Ele estava tão animado para vir!

 

  • Ah, coitadinho! – Lamentou.

 

  • Vovó, onde está o Nathan? – Perguntou Kale, com uma expressão tristonha estampada no rosto.

  •  

  • Ah, claro. Ele está lá em cima. – Então ela chegou perto de Pollyanna e Elegecky e sussurrou: – Com a namorada!

 

  • Tinha que ser ele! – Disse Pollyanna com um olhar malicioso, caindo na gargalhada.

 

  • Ele sabe que viríamos para cá? – Perguntou o garoto.

 

  • Sim, ele sabe! – Respondeu a idosa.

 

  • Ah...!

 

  • Nathan, desça aqui! – Chamou a senhora levantando-se. Elegecky estava de pé junto a ela. – Olha quem chegou aqui!

 

  • Já estou indo, Avó Brenda! – O garoto respondeu ao chamado com uma voz de desinteressado.

 

  • Nossa, que disposição! – Pollyanna fez uma observação, também levantando-se.

 

Então, se escutara barulho nas escadas de dois sapatos. Provavelmente sua namorada e o garoto. Quando chegaram na sala, Nathan se deparou com o primo que não via há tempos. Nathan não reconheceu Kale, logo perguntou

  • É você, Kale?

 

  • Oi, Nathan! Há quanto tempo, primo! – Gritou Elegecky, bem sorridente!

 

  • Como você está diferente... – Falou, sem emoção, Nathan. Kale já notava o desanimo do primo, o que o desanimou. – Você não tinha o cabelo mais loiro?

 

  • É. – Elegecky se sentiu excluído. – Ele, com o tempo, mudou. Agora está num tom alaranjado.

 

  • Legal. – Sorriu. – Quero lhes apresentar minha namorado, Candy!

 

  • Prazer! – Pollyanna e Elegecky cumprimentaram-na.

 

  • Olá senhorita! Oi “Eletícky”. – Cumprimentou Candy, por sua vez.

 

  • É Elegecky. – Concertou o menino, seriamente.

     

  • Me desculpa.

 

  • Bom, vamos voltar. – Então, Nathan subiu as escadas com sua namorada.

 

Nathan nem falou “Tchau” para seu primo. Elegecky sentia muitas saudades dele. Esperava que quando o visse, iria abraçá-lo e cumprimentá-lo; perguntar, conversar, demonstrar que estava com saudades. Mas não. Fez totalmente o contrário. Não se lembrou de Kale, mal cumprimentou-o, não queria saber de nada, absolutamente. O recebeu mal. Elegecky ficou arrasado. Sentiu que o primo não se importava mais com ele. Lágrimas brotaram de seus olhos verdes e cintilantes.

  • Ele não é o mesmo de antes. – Observou Pollyanna. – Ele costumava falar comigo e sempre pedir para passear. Agora nem isso fez. – Ficou pensativa.

  • Está tudo bem com você, Kale? – Perguntou a avó, preocupada, mas ele não respondeu. – Estou surpreendida. Ele sempre foi tão legal com você. Bom, ele mudou muito de uns tempos para cá.

 

Então, o jovem estudante, assentou-se no sofá de braços cruzados, Tirou o boné e o deixou jogado no sofá perto do que estava sentado, com os olhos cheio de lágrimas. Elas escorriam pelo seu rosto com bastante intensidade. Ele se sentia rejeitado. Depois de muito tempo sem se verem, Nathan nem dera atenção a ele. Foi um choro silencioso, sorrateiro. Já não bastava o problema das visões, agora mais essa agonia e angústia. O menino, realmente, é muito sentimental. Se sentir que a pessoa não gosta dele, sendo que eram amigos antes, ele logo ficava em prantos. Se sente muito mal, como se ninguém gostasse dele. Não demorou muito para Kale, ainda chorando, levantar do sofá, indo em direção a mãe e a avó, e perguntou:

  • Avó, desculpa, mas, eu quero ir embora agora. Mãe, não precisa vir comigo, eu vou sozinho. Fique com a vovó. Não precisa vir por minha causa. – Ele falou bem decepcionado, olhando para elas.

  • Não há problemas, querido. Está chateado com ele, não é? – A avó o abraçou e ele balançou a cabeça positivamente. Pollyanna conseguia notar o desapontamento pelos olhos dele.

  • Tudo bem, filho. E não se preocupe, poderá visitá-la quando quiser, agora que sabe o caminho. – Também o abraçou.

 

Então, depois de se despedir, ele pegou a mochila que trouxe, colocou sobre as costas, abriu a porta, e saiu rumo a sua casa. Para sua sorte, já havia um ônibus vindo. A rodovia que vai direto para seu bairro.

 

Na casa de Brenda, a avó de Elegecky, Pollyanna ficara conversando com a mesma sobre as atitudes de Nathan Roarke. A mãe ficou espantada com a falta de conversação e consideração do rapaz. Não é ´so porque está mais velho que deva ser um ignorante. Brenda logo subiu para o quarto de Nathan para conversar. Ela queria falar sobre a borrada que ele fez.

 

Quando a idosa chegou ao quarto, encontrou o neto com a namorada conversando sobre a escola. Ela interrompera, com delicadeza, a conversação.

 

  • Preciso conversar com você, Nathan. – Disse Brenda, séria pela primeira vez.

  • Claro. – Disse Nathan, sentado na cama.

  • Bom, Candy, por que não desce e conversa com a Pollyanna? Vai ser bom! Vocês duas vão adorar conhecer uma a outra. – Sugeriu Brenda sorridente.

  • É, vai lá, amor! Já vou descer logo após a conversa! – Sorriu Nathan para Candy. Aproveitou e deu uma piscadela.

  • Está bem! Com licença! – A moça levantou-se da cama e saiu do quarto.

  • Bom, agora poderemos conversar! – Exclamou Nathan.

 

Então, Brenda fechou a porta, trancando-a. Sentou-se na cama com uma expressão de desapontamento. Olhara fixamente para ele, suspirou. Até que iniciou a conversação:

  • Olha, eu não gostei da forma que tratou o Elegecky. – Disse ela.

  • Eu não entendo, Avó, de que forma? Eu falei com ele. – Explicou Nathan, confuso.

  • Sim, falou. Mas falou como se fosse um estranho. Nem o cumprimentou. – Constatou a idosa. – Eu sei que faz anos que não o vê. Mas devia tê-lo tratado melhor. Você não imagina o quanto ele ficou ansioso para te ver! A Pollyanna me disse. Até deixou de ir ao médico por sua causa.

  • Uau, sério? – Perguntou Nathan, surpreendido.

  • Seríssimo. Agora responda com sinceridade... Você tinha saudades dele? – Perguntou a avó desconfiada.

  • Sim, muitas. Mas sei lá, não consegui falar com ele. Acho que estava distraído de mais com a Candy. – Ele começou a se sentir mal. Percebeu a besteira que fez.

  • É, Nathan! – Suspirou ela. – Estou vendo o quanto você coloca sua namorada a cima de sua família.

  • Não é isso. Não diga isso. – Falou Nathan, pensativo.

  • Perdoe-me, mas você me fez pensar isso. Não estou dizendo que deve deixar a Candy de lado. Ela é uma garota muito simpática. Gosto dela, mas acho que deveria equilibrar mais as coisas.

  • Me desculpe, acho que é verdade. Mas, depois que eu subi, ele disse algo? – Perguntou Nathan, já com um grande arrependimento.

  • Ah, se você visse o rostinho dele... – A avó fez uma expressão triste. – Seus olhinhos se enxeram de lágrimas. Começou a chorar. Não nos disse quase nada. Depois foi embora, sem a Pollyanna. Você sabe tanto quanto eu que ele te considera como um irmão.

  • Poxa, eu amo meu primo. Sério. Também o considero assim. Ele é legal. Eu fui injusto com ele. Posso ir vê-lo... agora? A tia Pollyanna tinha me dado o endereço quando falei com ela por telefone, posso tentar ir lá. A senhora deixa? – Ele pedia com muita vontade.

  • É claro. Isso é algo que nunca o poderei negar. Tente concertar as coisas. – Brenda finalizou a conversa, abraçando o neto.

  • Eu prometo. E obrigado.

 

Roarke (Nathan Roarke Deipu Mazzello), se baseando no conselho de sua avó, foi em direção à porta de sua casa para ir procurar Elegecky. Ele estava muito arrependido de ter tratado seu primo daquela forma. Queria a todo custo se desculpar. Antes de sair, sua namorada perguntou onde ele ia. O mesmo simplesmente afirmou que tinha assuntos pendentes a resolver e que demoraria. Cumprimentou sua tia Pollyanna antes de sair, o que a deixou contente.

 

Então ele saiu pelas ruas indo em direção ao ponto de ônibus. Ficou parado ali por alguns minutos sentado. Estava demorando vir o transporte. Roarke tem quinze anos e trajava uma roupa azulada: bermuda e camisa. Seu tênis era preto.

 

Imaginação de Nathan: O Elegecky continua como antes, muito sentimental. Eu havia esquecido completamente disto. Eu fui muito injusto com ele. Estava tão animado para rever-me e eu fiz essa borrada com ele. Provavelmente ele deverá estar em casa.

 

Depois de circular em suas lembranças, um ônibus vinha ao longe. Ele deu sinal e esperou o veículo estacionar para entrar. Para seu puro azar, a rodovia não ia diretamente para o bairro de Kale, o que o atrasaria bastante. Entediado com a demora, olhando para o relógio, viu que já eram 17h. Estava quase escurecendo. O veículo não estava cheio, estava vazio o suficiente para contar, pelo ponto de vista de Roarke. Haviam meras três pessoas, contando com ele. Uma delas estava encapuzada sentada em sua frente, e havia um vidro quebrado perto do garoto. Ele sentiu um péssimo pressentimento. “-- Por Que Eu Sinto Como Se Estivesse Prestes A Morrer? – Ele disse a si mesmo. – Sinto que tenho de falar logo com o Kale.”

 

Depois de vinte e cinco minutos de viagem, Nathan finalmente chegara no seu destino, que era a casa de Elegecky. A figura escura no ônibus continuou o trajeto, porém ambos não conseguiram ver os rostos. O garoto, por sorte, soube encontrar o bairro do primo sem muita procura, pois conhecia a maioria dos municípios dali. Este viu a casa de Kale, enfileirada junto as outras, ao cair da noite. O céu estava brilhante de tantas estrelas habitando ele. A lua estava cheia e reluzente. Haviam morcegos voando pela aquela região, e alguns pássaros sobre as árvores frutíferas. Ele observou a camada verde do quintal da casa. Mas não deu muita atenção, já que não ligava muito para o ambiente, ao contrário de Elegecky que é a favor de defender a natureza ou o meio ambiente. Fica a critério de como a pessoa quiser denominar.

 

Ele atravessou a rua e chegou na porta, apertando a campainha. Ao contrário da sua, o som desta era bem mais suave. “-- Tenho de lembrar para a vovó para trocar a campainha da nossa casa. – Disse ele mais uma vez.”!

 

Ele esperou, aguardou, e nada de ninguém atendê-lo. “-- DROGA! Elegecky, onde você está?!”. Ele sentiu um aperto no coração, começou a suar frio de aflição. O mesmo temia pelo primo. Onde ele estaria?

 

Foi quando ele escutou um rangido vindo de sua direção oposta. Era Kale com sua bicicleta. Estava dando uma volta pela rua. Nathan, então, chamou-o:

  • Hei! – Levantou os braços para chamar a atenção do mais novo. – Elegecky! – O garoto escutou de imediato o chamado e logo parou a bicicleta para ver quem o chamava. Na hora que viu o primo, o ignorou e saiu andando de bicicleta em direção a uma praia que havia bem perto dali. O garoto foi pelo impulso. Nem sabia para onde aquele caminho ia dar. Foi se guiando por seu instinto defensor da natureza. Passando por um caminho totalmente cheio de terra. Haviam arames espalhados pelo chão. Sorte a dele não ter estourado o pneu. Logo se deparou com uma praia vazia. Kale ficou observando o cenário à sua volta com um grande sorriso em seu rosto. Este adorava lugares como aquele, calmo. O mar estava bem agitado, as ondas quebravam com muita velocidade. Até se podiam ver a espuma causada. Ele logo procurou uma rocha para sentar-se. Encostou sua bicicleta do seu lado e sentou. Mal ele sabia que Roarke estava vindo atrás dele. Quando ele se deparou com a presença de Nathan se assustou. O primo estava do seu lado observando a paisagem.

 

O vento soprava com toda a intensidade possível, fazendo os cabelos de Elegecky esvoaçarem-se. Ele não havia tirado o boné da mochila para o pôr, todavia. Então, logo se iniciou uma conversa.

  • Você não mudou nada nestes últimos tempos, não é? Continua muito sentimental e dramático. Não que isso seja um ponto negativo. É justamente pelo contrário, acho isso um aspecto positivo. Você tem um bom coração... um coração puro! – Observou Nathan. Elegecky permanecera calado. Então ele insistiu: – Bom, eu vim aqui para te pedir desculpas. – Elegecky voltou os olhos para o primo. – É sério. Eu fui muito injusto com você, Kale! Não o tratei bem. Não gosto de ver meu melhor amigo triste por uma tolice minha. Realmente fiquei feliz de te ver.

  • Bom... – Finalmente ele começara a falar. – … Obrigado pelo elogio.

  • Você sabe que eu te digo somente a verdade, certo? – Perguntou Nathan para Elegecky que balançou a cabeça positivamente, ainda sério. Roarke sentia a seriedade nos olhos de Kale. Estava tentando fazê-lo sorrir. – Está aqui há quase uma semana, não é?

  • Ainda não faz.

  • Seu aniversário está chegando... – Recordou o mais velho.

  • Sim. – Disse o mais novo.

  • E está animado?

  • Não.

  • Hum... – Suspirou Roarke. – Olha, Kale. Por Favor, tente me entender! Estou namorando com a Candy. Não te dei atenção, pois estava com ela. Ela tem TDAH. Sabe o que é isso, não é?

  • Sei. – Voltou os olhos para o mar.

  • Quando se para de dar atenção para pessoas com este problema sem uma finalidade justificada, eles “se transformam”. Mas admito que este não foi o único motivo.

  • E qual foi?

  • Eu não sei! Me desculpe, mano. Acredite em mim. – Neste momento Elegecky pôde notar o desespero do ente em seus olhos.

  • Bom... – Elegecky abriu um curto sorriso após alguns segundos depois de dizer. – ...Se eu não o desculpasse, não seria muito justo. Levando em consideração que ficamos anos sem nos comunicar, e minha grande amizade, eu o perdoo, mano. – Manteve o sorriso desta vez.

  • Verdade? – Sorriu Nathan.

  • Claro!

 

Então eles caíram na gargalhada em frente as ondas violentas do mar.

  • Obrigado! – Agradeceu Nathan, com uma lágrima em seu olhar. E a conversa se encerrou em um abraço bem apertado entre os amigos. – Obrigado por ter confiado! – Agradecia ele mais ainda, em um abraço de reencontro. Este não era muito sentimental. Não se emocionava por qualquer coisa. Mas quando se via uma lágrima escorrendo é que ele teve uma emoção muito forte, realmente. E quem não ficaria emocionado em reconciliar a amizade e o afeto com um parente muito querido? Realmente é algo inevitável. Nossa família é a coisa mais importante na vida da gente. Devemos sempre respeitar-vos, amá-los, ser unidos e muitos outros fatores de grande importância. Ter a família sempre ao nosso lado é algo único. Um sentimento muito puro, verdadeiro e confraternal. Nós sempre poderemos confiar neles. O apoio familiar é algo muito significativo e ilustre. E assim se encerrou o dia deles, unidos pelo sangue, pela alma e pela mais pura amizade entre dois parentes.

 

"A família é como a varíola: a gente tem quando criança e fica marcado para o resto da vida." (Jean-Paul Sartre)

"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família." (Leon Tolstoi)

 

T O B E C O N T I N U E D . . .

 

E as aventuras não param por aí...

Próximo Episódio: O Misterioso Livro

 


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Notas finais do capítulo

Geeente, obrigado por lerem! *-*