The Golden Angel escrita por Nam


Capítulo 3
Quer mesmo saber?




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Elegecky 360º - The Golden Angel

Episódio 03: “Quer mesmo saber?”

 

Isso deixara o garoto muito frustrado e confuso. Não sabia ao certo o que e como pensar. Aquilo era um enigma para ele. Várias coisas medonhas se passavam pela sua mente. Seria aquilo um sinal de que iria morrer? Isto foi uma previsão? A imagem e caracterização da pessoa desconhecida no pesadelo o deixou paranóico. Kale sabia quem era; se esforçou, mas não conseguia se lembrar. Tinha certeza que o conhecia. A análise “daquele filme de terror” ficou guardada em seus profundos pensamentos. Ele cogitava, pensava, mas de nada adiantava. Resolveu voltar a dormir, apesar de estar com muito medo do que poderia sonhar outra vez.

 

[...]

Horas depois...

 

— Kale, acorde! — Uma amena voz o chamara ao brilhar do Sol que tomava conta do céu naquele dia. Os raios solares haviam atravessado as janelas do quarto do garotinho.

 

— Bom dia, mãe. — Disse o menino, após acordar. Sua voz estava sonolenta.

 

— Bom dia, querido. Você se sente bem? — Pollyanna estava tirando sua temperatura com um termômetro. — Está ardendo em febre! Quarenta Graus! — Alertou a mãe.

 

— Sério? — O garoto tentou levantar, mas não tinha forças. O sinal que a mãe o fizera deu a entender que ele precisava repousar. — Tudo bem, quando começou?

 

— Nesta madrugada eu ouvi um grito vindo do seu quarto. Quando cheguei aqui o encontrei dormindo e com muita febre. Também fiz um curativo para este corte. Mas afinal, onde se feriu deste jeito?

 

— Eu não sei. — Elegecky, de hipótese alguma poderia contar a mãe o que havia sonhado. Ela se assustaria excessivamente e poderia pensar que o filho além de estar mentido estaria psicologicamente perturbado. Ele precisava de provas... Precisava pensar, pôr sua cabeça em ordem.

 

— É sério, não minta para mim! — Ela elevou a voz freneticamente para o filho que não gostou do tom.

 

— Mãe, a senhora sabe muito bem que eu seria incapaz de mentir. — Novamente inventou uma mentira. Para Kale, enganar sua mãe era como tirar seu próprio sangue. Derramou uma lágrima por este ato. Pobre do rapaz, estava todo desconcertado.

 

— Então acreditarei em você. Tome este remédio. Fique aqui no quarto. Depois irei fazer a matrícula de sua nova escola. Falei com Spencer e ele me recomendou esta. Disse que lá tem um ótimo ensino. — A mãe sorriu, mostrando o papel com as informações. Levantou-se da cama e se retirou do quarto indo em direção ao seu.

 

Elegecky permaneceu no quarto nada contente com suas estatísticas. Para ele pouco importava a escola. Não demorou muito para sair da cama e ligar o computador. Iria entrar na internet para pesquisar sobre premonições. O garoto ficou navegando por diversas páginas na rede em busca de informações. Ao todo o custo ele precisava se auxiliar. Durante aquele tempo ficou pensando o que poderia ter sido apenas um sonho, mas o fator de acordar com a marca do vidro quebrado o fizera ficar assustado e cismado. Presume-se que este fator era um dos mais importantes.

 

— Isto é muito complicado. Aqui diz que uma mulher morreu um ano depois de um sonho onde a mesma viu a própria morte. — O garoto havia encontrado uma página que falava de mortes relacionadas a sonhos trágicos, o que o deixou com um pouco mais de medo. Era a primeira vez que ele lidava com uma situação daquela. Preferiu não se importar muito com a leitura daquele texto. Logo veio a fome.

 

— Acho que vou descer e lanchar. Eu estou faminto!

 

[...]

 

Kale tomava seus cereais matinais todas às manhãs. Nunca deixou de ser sua refeição favorita. O garoto introduzia o alimento sem qualquer pensamento sobre a previsão que o atormentara. Aqueles flocos pareciam não saciar sua vontade de comer, afinal, era sua terceira tigela de cereais.

 

Sua mãe já havia saído para fazer a matrícula do mesmo. Disse que voltaria em menos de uma hora. O que era vantagem para Elegecky, que precisava ficar um pouco sozinho, e que ao mesmo tempo era desvantagem, pois não gostava de ficar sozinho. Kale estava perdido. Não sabia o que pensar. Seus pensamentos estavam empilhados. O menino estava se matando para lembrar quem era o homem do sonho.

 

[...]

 

Já se passava de uma hora que a mãe de Elegecky havia saído. Ele já estava começando a ficar preocupado, pois já se passou do tempo estimado até a volta da mulher. Kale já estava acostumado a ficar sozinho desde os cinco anos de idade em sua cidade natal, quando sua mãe saía para trabalhar, por isso não sentia medo, mas ficava triste por não ter companhia. Foi neste exato momento que se lembrou de Spencer, o taxista que conheceu na vinda para o bairro. Como sua casa ficava perto da dele, na rua ao lado, resolveu ir até lá para conversar, como estava também precisando de distração urgentemente. Então despiu-se, abriu seu guarda-roupa preto e se arrumou. Trajou uma roupa simples: Um boné de marca de cor azul virado para trás. O chapéu era ilustrado com diversas listras pretas e marrons. A camisa era branca com alguns círculos como estampa e colocou uma jaqueta preta sobre por causa do frio intenso, apesar de estar um dia ensolarado. Vestiu uma calça jeans escura. Pegou seu celular, para o caso de precisar falar com sua mãe, fechou o zíper da jaqueta, pegou as chaves sobre a mesa e saiu de casa pelas ruas desertas do bairro. Como era Dia De Domingo provavelmente o movimento estaria fraco.

 

[...]

Cinco minutos depois...

— Toc, Toc, Toc...! — Kale batia à porta da casa de Spencer. Porém não havia notado a campainha à parede.

 

— Olá Kale, campeão! — Quando Spencer abriu a porta, cumprimentou Elegecky bagunçando os cabelos do mesmo. Parece que o rapaz estava feliz pelo modo que falou com o menino.

 

— Como vai, Spencer? — Indagou entrando pela porta. A casa de Spencer era bem modesta. A primeira área era a sala de estar. O cômodo estava recheado de diversos quadros antigos.

 

— Muito bem, e você? Se recuperou da febre? — Sentou-se no sofá branco que havia próximo a uma escada que levava ao quarto. Também assentou-se.

 

— Nossa, como minha mãe é faladeira. Além de metida é uma matraca. Já até sabe que fiquei doente. — Cobriu os olhos com a mão, brincando com Spencer.

 

— Achei legal da parte dela me contar... — Olhou para seu relógio.

 

— Ah. Bom, não ligue para este jeito que falo dela, mamãe sabe muito bem que sou palhaço.

 

— Bom, o que o trouxe aqui? — Transtornou o assunto com um sorriso estampado no rosto.

 

— Ora, os pés. — Brincou e soltou altas gargalhadas. — Está legal, é brincadeira. Tive de vir porque não queria ficar sozinho.

 

— Ah, que bom.

 

— E não pense que estou com medo de ficar sozinho, pois não estou! — Explicou Elegecky com os olhos arregalados.

 

— Disso eu sei... — Levantou-se indo em direção à cozinha. — Quer tomar um suco? — Ele ofereceu.

 

— Por favor, amigo!

 

Os dois sorriram e Spencer foi apanhar o suco.

 

— Um suco saindo. — Ele voltou. Quando chegou perto do garotinho, entregou-lhe o copo em suas mãos e tornou a sentar.

 

— Obrigado. — Kale virou o suco todinho na boca de uma só vez. Parecia estar bebendo água.

 

— Então Kale, sua mãe contou-me que está machucado... No braço se me recordo bem! — Coçou o cabelo. Parecia estar confuso.

 

— Exato. — Afirmou de cabeça baixa, mas nada significava que estava chateado.

 

— Deixe-me ver? — Perguntou com uma expressão diferente. Spencer estava curioso e ao mesmo tempo pensativo.

 

— Não vejo motivo, mas está bem. — Então Elegecky puxou sua manga e mostrou o braço enfaixado.

 

— Caramba, e como isso aconteceu?

 

— Quer mesmo saber? — Elegecky não contou para sua mãe o que viu no sonho, pois ela poderia pensar que o filho estava maluco. Mas será que ele teria coragem de contar para Spencer?

 

— Claro...

 

— Foi num sonho... — O menino afirmou olhando para as escadas. Parecia estar vendo algo. — Não sei ao certo o que aconteceu... Mas isto não é normal. Eu sinto que como se alguém que não está mais entre nós, me quisesse alertar sobre algo. E não sei do que se trata. No sonho eu senti isso o tempo inteiro. Estou confuso. Voltou os olhos para o amigo.

 

— Conte...

 

To be continued...

 

No próximo episódio: Uma conversa pode tomar outro rumo e levar uma pessoa à aflição. Será que uma análise em grupo pode solucionar o problema? Veremos como Spencer reagirá diante do depoimento de Elegecky. O taxista vai revelar um grande segredo. O menino conhecerá duas pessoas de quase sua idade e as aulas começarão.

Junte-se a Elegecky Kale em suas divertidas e enigmáticas aventuras!

 


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Notas finais do capítulo

Reviews de quem gostar PLEASEE