The Golden Angel escrita por Nam


Capítulo 15
Sometimes (Última Parte) [END#1]


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final.



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Elegecky 360º The Golden Angel

Episódio 15 – Sometimes (Última Parte) [END]

Soundtrack: http://www.youtube.com/watch?v=rPRsuxOk8Kk

Você diz que não vai lutar

Porque ninguém iria lutar por você.

E você acha que não há amor suficiente

e ninguém para receber

e você tem certeza que se magoou por muito tempo

você não tem mais nada à perder

Então você diz que não vai lutar

Porque ninguém iria lutar por você

Você diz que o peso do mundo

Te impediu de não se importar

e você acha que compaixão é culpa

e você nunca vai mostrar

e você tem certeza que se feriu de um jeito

que ninguém nunca vai saber

mas um dia o peso do mundo

lhe dará a força para continuar

(Oh, oh) (yeah!) (Yeah!)

Segure o peso do mundo

lhe dará a força para brilhar

Então segure-o peso do mundo

lhe dará a força para continuar

Então segure-o peso do mundo

lhe dará a força para continuar

(Yeah, yeah)

Basta segurar (segurar)

O peso do mundo

lhe dará a força para continuar

Retrospectiva: Desde que conhecemos Elegecky, vimos o quão ele é um garoto especial e protetor. Percebemos que pessoas bem humoradas não se encontram com tanta facilidade neste mundo. Aprendemos o quanto a família é importante e devemos dar valor... Aprendemos tanta coisa com Kale e neste episódio, seus amigos irão retribuir as horas de amizade. Confira.

Notas: Há um grande retrospectiva, como se fosse o capítulo anterior “copiado”; mas prestem atenção, pois coloquei uns detalhes que ficaram de fora! O segundo lado! Foi intencionalmente.

Notas Dois: Relembrando que o modo narrativo Onisciente Neutro é composto por dois estilos narrativos: O primeira pessoa e o terceira pessoa. Por causa disto, Elegecky vai dominar a segunda parte do episódio com seu bom humor, realizando seu próprio ponto de vista. Boa Leitura.

Brasil, RJ Éspãn Sábado, 13 de Fevereiro de 1999

Imaginação de Elegecky Deipu:

Felizmente tudo acabou bem para mim e Nathan. Só fico triste por Spencer ter nos deixado, em um ato de bravura. Lá se foi um trabalhador honesto e amigo, que se dedicou demais para proteger aqueles que amam. Infelizmente aquele foi seu último suspiro, queria ao menos ter me despedido. Eu saberia conviver com aquela perda?

Mais uma vez, Elegecky estava em um hospital, internado brevemente, justamente no dia de seu aniversário. Aquilo era demais para Kale. Quase morrer afogado, colocou o amigo em perigo, seu primo se feriu e Spencer faleceu. Elegecky estava certo de que aquilo não o traumatizaria, pois esteve o tempo inteiro desacordado e teve sorte de não ter presenciado a cena.

O quarto onde estava Deipu, havia alguns equipamentos médicos ao lado de sua cama, e tinha uma poltrona azul que ficava os acompanhantes. No teto havia um ar-condicionado desligado, pelo momento.

Enquanto isso, Nathan estava no andar de cima, também cuidando de seus ferimentos. Pollyanna queria falar com ele sobre uma ideia:

Nathan, preciso de sua ajuda! – disse ela, abraçando o sobrinho que estava machucado.

Claro, tia, o que quiser!

Quando sairmos daqui, deixarei Guilherme com Elegecky perto de casa e te levarei para a sua. Preciso conversar com a Brenda e você junto – afirmou Pollyanna, apressada.

Sobre...?

Hoje é o aniversário de Elegecky, e preciso esquematizar meus objetivos! Irei fazer um bolo, comprar três presentes e preciso que me ajudem a realizar “uma festinha”. Apenas uma comemoraçãozinha.

Claro. Mas, os três presentes são para Elegecky? – perguntou Nathan, com os olhos arregalados.

Não. O outro é para o Guilherme – Respondeu a moça, contente – e o terceiro para alguém que não posso dizer.

Guilherme, mas por que? Nem é aniversário dele! – revoltou-se Nathan.

Roarke! Os dois são amigos; e mais; o tipo de presente que darei, não seria tão legal se não houvesse o Guilherme junto.

Certo.

No outro andar...

Elegecky despertou de uma grande noite de sono, se vendo novamente naquele lugar “doentio”. Sentiu o umidade do ar e aquele cheiro típico de hospital. Levantou bruscamente, sentando-se na cama, direcionando sua visão para a poltrona. Para seu espanto, não havia ninguém; porém, segundos depois veio sua mãe correndo para conversar, e logo atrás Guilherme, com um pequeno ferimento no braço – um curto curativo no antebraço – . Jenkis, desta vez, vestia uma camiseta verde – com estampa de Basquetebol – , bermuda azul e tênis preto.

Elegecky, querido, está tudo bem? – perguntou sua mãe, bastante preocupada. Guilherme permaneceu em silêncio, olhando para o chão. Parecia um pouco envergonhado, aparentemente seu rosto estava corado.

Estou melhor que nunca – respondeu Kale, normalmente e astuto – E quanto o Nathan? – agora ele entrou em desespero.

Do not worry! He is okay! Ele está no quarto do outro andar, já que este são só para crianças – a mãe o acalmou, passando a mão por seus fios de cabelo alaranjado, com seu jeito doce de sempre. Guilherme ainda estava em sigilo com a cabeça abaixada – Agora que eu sei que está bem, vou falar com Nathan. Deixarei vocês conversando. Ah, e Kale, feliz aniversário, querido.

E Pollyanna saiu dando suas famosas corridinhas falhadas e no meio do corredor disse:

Ainda preciso de novos sapatos.

Pollyanna deixou os dois amigos sozinhos, enquanto iria observar o sobrinho no outro andar. Estava tudo em sigilo absoluto. Guilherme não levantava a cabeça por um segundo e Elegecky estava normal. Os garotos pareciam não terem um assunto congruente para o início de uma conversação saudável. Jenkis estava mais envergonhado que nunca, talvez seja o fato de seu dia anterior ter sido muito agitado. No ponto de vista de Elegecky, ou ele estava com receio de citar os últimos momentos, ou estava traumatizado temporariamente. Algo precisava ser feito para quebrar o gelo entre eles, mas o que? Romper o silêncio e ir direto ao ponto de falar sobre os sentimentos de Guilherme? Pleitear sobre o verdadeiro significado? Não. Deipu tinha que tomar cuidado com suas palavras. O mesmo tinha uma explicação provável para tudo, e talvez a solução de alguns casos que não puderam serem explicados com exatidão.

Então, Elegecky...

Guih – chamou, acenando com a mão.

Guilherme levantou a cabeça, e perguntou:

Sim?

Elegecky suspirou e continuou:

Sente-se aqui, por favor! – exclamou Elegecky, apontando o lugar onde seu amigo deveria assentar-se.

Guilherme deu alguns passos com lentidão em direção à cama de Elegecky, e se sentou. Kale foi direto:

O que exatamente aconteceu depois? Eu não me lembro de mais nada!

Bom, você adormeceu. Deveria estar muito cansado. Depois a ambulância chegou e nos levou, inclusive o corpo de Spencer – Guilherme esclareceu, dizendo o que viu.

Compreendo.

Sinto muito por ele, vocês eram muito amigos, não é? – Guilherme perguntou, se aproximando do aniversariante.

Sim, foi a primeira pessoa que conheci ao chegar no Brasil. E me arrependo de não ter dado o devido valor a nossa amizade. Ele queria muito me ensinar a jogar Futebol – respondeu Elegecky, segurando o choro. Guilherme logo notou seus olhos transbordando de lágrimas, mas ficou quieto.

Eu não sei o que dizer...

Sometimes, I too have the power to end it all.

Vamos mudar este assunto. Me diz: como consegue ter o domínio do português tão bem? Se é americano, como chegou aqui com o idioma na ponta da língua? – questões a serem resolvidas, e apenas uma resposta.

Já vim duas vezes no Brasil visitar meu primo, aprendi com a convivência.

Está explicado – Guilherme disse, virando o rosto.

Gostaria de ver Nathan no outro andar. Mas estou sem forças para chegar até lá – seus olhos viraram. Elegecky queria explicações – Quero conversar com ele. Quero saber o que aconteceu enquanto eu estava desacordado.

Venha, eu te levo nas minhas costas – ofereceu-se Guilherme, afim de ajudar o amigo.

É melhor não, você está ferido no braço – explicou Kale, pegando Jenkis pelo braço e mostrando.

Não tem problemas. Você é leve. Vamos! Aproveitando, perguntaremos ao médico se já poderemos ir embora.

Ah, está bem.

Então, Jenkis levantou-se e ficou de costas para Deipu, enquanto se posicionava. Kale, com cuidado, pôs suas mãos no ombro do amigo e se arrumou. Drew (Guilherme Drew Jenkis), então, pegou as pernas de Elegecky e as segurou pela frente. Antes de prosseguirem, Guilherme suspirou e começou a caminhar. Os dois foram passando pelos corredores cheios de pacientes, filas gigantes e por outras salas, até que chegassem ao elevador. Guih – como chama Elegecky carinhosamente o amigo – selecionou as coordenadas do painel dentro do elevador e eles foram para o andar de cima, onde estaria Nathan.

Quando chegaram, Nathan viu o primo nas costas do amigo, e não pensou duas vezes antes de correr até Elegecky, pegá-lo no colo e abraçá-lo muito.

Elegecky! Que bom que você está bem! Quando soube que estava no mar, fiquei desesperado! – Dizia Nathan, com todo o seu desespero e preocupação diante do primo que escutava com atenção.

Eu também estou feliz – disse Kale em um tom de ternura – Eu quero lhe fazer algumas perguntas.

Mecanicamente, Nathan balançou a cabeça positivadamente e assentou-se na poltrona junto do irmão. Guilherme também fizera o mesmo instantaneamente. Roarke se arrumou e perguntou:

Diga?

O que aconteceu com vocês, quando eu estava desacordado?

Bom...

Ξ FlashbackNathan Roarke Deipu Mazzello Ξ

ON:

Não seria muito bem para mim lembrar disso agora, nesse momento, mas você tem que saber. Eu, Spencer e Guilherme estávamos fazendo um interrogatório com os pedófilos. Guilherme nem falou muito, apenas foi para o mar procurar você e te resgatar a tempo. Não haviam muitas esperanças de que ele pudesse encontrar você, mas não a perdi totalmente. O que não sabíamos, era que eles tinham em posse uma arma. Dez minutos depois eles sacaram a arma e apontaram para mim. Fiquei muito assustado, então resolvi correr deles o mais rápido que podia. Foram gastando toda a sua munição em vão. Conseguiram acertas as árvores, os coqueiros, os muros... menos eu. Porém, dei mancada!

Quando não estava olhando mais para frente, acabei me chocando contra um ferro na barriga, e caí de dor no chão, impossibilitado de continuar a correr. Eles acertaram, infelizmente, Spencer na cabeça. Automaticamente ele já estaria morto. Pobre Spencer. Pelo pouco que já o havia conhecido, percebi o quanto era uma pessoa valiosa. Infelizmente tudo teve de acabar assim. Quando dei por mim, eles estavam vindo na minha direção com a arma na mão. Apontaram-na para mim, porém não resolveram atirar. Estava caído no chão, não teria como me levantar e fugir. Chances? Nenhuma! Então o que eles iriam fazer, era minha dúvida. Pois é, pessoal, logo ela foi respondida. Não vou querer falar desta parte, pois estou em choque ainda. Eles conseguiram fazer em mim o que queriam fazer com você, Elegecky. Depois, eu estava todo dolorido, e estavam prestes a me matar. Na hora gelei e fechei os olhos para não assistir, mas algo estava errado. Havia um menino de capuz negro e com um sobretudo ao longe; estava observando a gente. Quando menos percebi, um dos vilões caiu duro no chão... MORTO!

Eu não sei bem o que aconteceu... Depois o outro tentou acordar o amigo, e antes de fugir, abraçou o cadáver. Por sinal, eram muito amigos. Logo mais eu vi o Guilherme chegando com você. E adormeci...

OFF

Então, você está dizendo que aconteceu o previsto? Como? E como vocês souberam que eu estaria na praia? – perguntou Elegecky, todo confuso.

Eu tive um sonho muito esquisito onde um garoto que aparentava ter minha idade, estava sendo estuprado – relembrou Roarke.

Você também tem visões? Deve ser a genética – ressaltou Guilherme – De qualquer maneira, eu sinto muito por você ter tido esta terrível experiência – Guilherme colocou sua mão no ombro de Nathan, em forma de “apoio”.

Nathan! Agora eu entendi tudo! – gritou Kale – Você mesmo se viu sendo violentado! Não era eu que sofreria abuso, e sim você.

Mas se eu não estivesse lá, seria você – refletiu Nathan.

Então! A sua visão mostrou que você me salvaria e que sofreria depois – continuou Elegecky – Ou seja, ou sera eu ou você.

De qualquer maneira, não foi em vão! Só de saber que você está bem, já me sinto melhor – e abraçou o menor.

Nathan, mas e aí; os médicos viram se está tudo bem com o … – Guilherme se referia ao organismo em geral. Resumindo: o ânus.

Ah sim! Está tudo bem, não machucou – Nathan ficou vermelho.

Logo após esta frase, o médico chegou com um recado para todos, inclusive ao lado de Pollyanna. Todos estavam liberados para irem para suas casas. Tudo estava muito bem e ninguém precisaria se preocupar com o outro vilão que fugiu. A polícia está investigando o caso da melhor maneira possível, de maneira cabível e sem muitos conflitos exagerados. Assim que encontrassem o pedófilo, iriam prendê-lo e avisar à família.

Logo, todos foram para casa. Pollyanna resolveu acompanhar Nathan até sua casa para que pudesse explicar a avó tudo o que aconteceu no dia antecessor, de maneira que ela não fique tão assustada. Então, deixou sob a responsabilidade de Guilherme para que fosse com Kale para casa, sendo ele o maior.

Então, se foi Pollyanna para a casa de Nathan, que armaram um plano junto de Brenda:

É o seguinte, hoje é aniversário de Kale e eu quero lhe fazer uma surpresa! – exclamou Pollyanna, deixando Nathan repousado no quarto em sua cama deitado de bruços.

E como fazemos isto? – perguntou Brenda.

Deixei Elegecky com Guilherme, seu melhor amigo, para vir até aqui. Quando der sete horas da noite vocês venham até minha casa – Pollyanna olhou para o relógio, que marcava dezessete horas – Precisarei de uma ajudinha.

Ah! Como vai distrair o Eletícky para não nos ver? Ele está em casa – Brenda observou.

Entregarei um valor em dinheiro para o Guilherme levar Elegecky para outro lugar. O dinheiro servirá para um lanche... algo assim. E É ELEGECKY!

Minutos depois...

Dentro do quarto de Kale, o assunto ainda não havia terminado. Elegecky queria pôr as cartas na mesa e verificar tudo.

Quem você acha que seja aquele menino que Nathan citou? – perguntou Guilherme. Os dois estavam sentados no chão.

Eu não faço a mínima ideia. Quem quer que seja, não é normal – respondeu Elegecky – Spencer me mostrou uma foto de quando houve aquele caso estranho, quando o vidro foi quebrado aqui em casa. Ele conseguiu uma foto que a polícia teria tirado para averiguar. Nela, tinha a sombra de um garoto... Huum, eu não sei bem.

Uau. Elegecky, há muitas coisas que você precisará descobrir sobre isso. E se for este ser que provoca essas visões?

Por enquanto não posso constatar nada. Não tenho provas. Ah, quer saber? Não quero falar disso. Já chega de coisas sobrenaturais! A semana toda foi isso.

É, Kale, foi demais para uma semana.

O que quero falar é sobre uma coisa que me deixou confuso, ou talvez desconfiado – afirmou Kale, chegando mais perto de Guilherme. O amigo já devia até saber sobre o que se trata.

Sim – ele também se aproximou.

Quando deram por si, estavam sentados lado a lado – um perto do outro no chão, sendo que cada um estava em um canto diferente do quarto – .

Kale disse:

O que foi aquilo na praia? Lembro que depois de acordar, ficamos nos olhando de uma forma diferente.

Eu... não...sei...bem – disse Guilherme, gaguejando – o ...que...foi...aquilo... Eu queria lhe dizer uma coisa!

O que? – Elegecky observou Guilherme, com bastante atenção.

Eu não sei como dizer. É... Elegecky Kale... Eu... Queria...

Guilherme foi interrompido pelo barulho de carro de Pollyanna, que vinha ao Sul. Os garotos desceram as escadas para falarem com ela. Mal sabiam eles o que estavam prestes a ouvir.

A mãe de Kale estava cheia de bolsas do supermercado e uma do shopping. A curiosidade matou o gato, “senhor Kale”:

O que são as bolsas? – Perguntou Deipu.

Surpresa! Guilherme, querido, venha até aqui – Pollyanna o puxou pelo braço até à cozinha, mas Elegecky ficou para trás – Quero que você leve ele para um outro lugar! Kale pensa que não terá um bolo de aniversário, mas está enganado.

Então, Guilherme foi ouvindo as instruções de Pollyanna atentamente. O plano era o seguinte: Jenkis teria que levar Deipu para um outro lugar, enquanto Pollyanna prepararia uma pequena comemoração de aniversário para o filho. Para isso, chamaria Brenda, a avó de Kale, e Nathan, seu primo, para ajudá-la. Já haviam combinado tudo, por isso ela preferiu ir com Mazzello sozinha, para que pudesse explicar o plano. Quando Guilherme e Elegecky chegassem, presenciariam o bolo e um parabéns. Não seria muito, pois Pollyanna não está com uma boa renda. Mas o que realmente importa, é comemorar este dia tão valioso que é o nosso aniversário, o dia em que nós nascemos. Rapidamente, Pollyanna entregara um valor em dinheiro para Guilherme para que pudesse distraí-lo em outro lugar.

Kale! O que acha de sairmos um pouco? Você mesmo disse que queria esquecer os problemas – O próprio Guilherme bolou o plano de irem para um lugar distante, improvisando.

Ótima ideia, mas para onde?

Sugiro um passeio de barco.

Э Point Of ViewElegecky Kale Duncan Deipu Э

ON:

Current Time - 17h25min

Um passeio de barco depois de tudo aquilo que tinha passado comigo seria ótimo para relaxar e me acalmar. Eu estava precisando disto, com certeza absoluta. Seria a primeira vez que navegaria no mar.

Então, a gente foi caminhando pelas ruas em direção ao porto. Eu estava muito ansioso para o passeio. O mar para mim sempre fora um obstáculo pela minha incapacidade de nadar. Mesmo estando com trauma, depois do afogamento, queria logo combater esse medo. Não deixaria aquilo me consumir... me destruir. Iria seguir em frente para aproveitar tudo o que este fim de tarde tem a nos oferecer. Será que que nosso guia poderá me ensinar a nadar? Será ótimo se isso acontecer! Além de romper esta barreira, me sentiria o tal – não ria de mim –.

Enfim chegamos ao final de nosso percurso prolongado até o porto. A minha primeira visão foi um letreiro azulado que dizia “Passeios na Corredeira de Acrux”. Pela imagem muito bem fitada, deveria ser uma das corredeiras mais violentas e turbinadas de toda a cidade. Ao meu ver, a cidade de Éspãn era tomada pelo subúrbio e assim as chances de existirem lagos e correntes eram maiores.

Sobre toda a paisagem alaranjada, originada pelo brilho do pôr do sol, às 17h45min, eu percebia que mais tarde poderia chover. Então aproveitarei ao máximo.

Guilherme conversou com o guia de forma ligeira e logo embarcamos para a nossa aventura pelo oceano. A corredeira não ficava tão longe, então seria fácil chegar lá.

Em, aproximadamente, quinze minutos estávamos frente a frente à grande turbulência marítima. Antes de irmos até lá, o primeiro ato de Guih, foi colocar-me um colete salva-vidas para o caso de algum acidente.

Aqui, “Deip” (Dêípi)! – Guilherme foi ajustando o colete, de uma forma bem amigável. Eu ouvi bem, ou ele me apelidou, fazendo a exclusão da última vogal do meu sobrenome? – Não quero correr o risco de acontecer algo com você. – Percebi um tom de responsabilidade em suas palavras, e ao mesmo tempo uma imagem de alguém... alguém que nunca pude conhecer – . Ficará seguro com isto.

Suas palavras foram ditas com bastante proteção e num tom de responsabilidade, o que me fazia sentir melhor, fortificado e esquecer todo o evento do dia anterior.

E fomos de encontro com as águas agitadas da Corredeira de Acrux!

http://images.nationalgeographic.com/wpf/media-live/photos/000/132/cache/rivers01-lewis-river_13248_600x450.jpg

http://im

A Corredeira foi nomeada de “Acrux”, pois vestígios espaciais de uma estrela cadente se chocaram contra as rochas de Éspãn alguns anos atrás. Insinua-se que pode ser a estrela, de mesmo nome.

Current Time: 22h20min

Após o longo e divertido passeio pela tarde nas águas violentas da Corredeira de Acrux, chegamos até a rua de minha casa. Estávamos ensopados e ainda com o colete. Ficamos relembrando as nossas atrapalhadas e mancadas durante o entretenimento. Foi algo fascinante. E o melhor de tudo: não tive medo.

Senti que durante esses longos e aventureiros dias que passei no Brasil serviram para me fortalecer, para amadurecer, conhecer mais os tipos de pessoas que habitam esse mundo; elas são capazes de tudo! Amadureci, aprendi a perdoar, me meti em várias situações de risco e quase perdi a vida. O lado bom disto tudo foi que minha vida nunca foi tão movimentada desse jeito. Foi uma experiência muito legal, apesar das situações desesperadoras e mistério. Ainda irei descobri-los conforme o tempo for passando.

Foi tanto o que conheci e aprendi que se eu contasse tudo agora, iria levar mais de um século. Mas, algo que eu nuca poderia deixar de citar, seria as amizades que conquistei; dentre elas o meu melhor amigo é Guilherme Jenkis; e que outras eu não dei o valor merecido, infelizmente. Talvez a tensão e a agitação dos acontecimentos tão frequentes houvessem me desligado. Isso não ficará assim. É só o tempo de chegar na escola na segunda-feira e dar o devido valor a todos que merecem!

Do lado de fora de casa, perto, conseguia sentir um cheiro... algo doce... algo familiar. Será que minha mãe havia preparado algo para mim?

Para responder esta questão, teria de adentrar à casa e tirar minhas próprias conclusões, ver eu mesmo. Porém, antes, resolvi perguntar algo a Guilherme. Algo que conflitava em meus pensamentos – principalmente na alma e nos sentimentos – durante muito tempo. Já estava pronto para ouvir a resposta, claro que com um frio na barriga e tremulando os braços.

A pergunta é:

Guilherme, o que queria me dizer dentro de casa – Guilherme me olhou atento. – quando minha mãe chegou de carro com compras sobre o colo?

E uma resposta pacata, e ao mesmo tempo importante para mim:

Que você é meu melhor amigo e que sempre farei de tudo para te proteger, independentemente do que possa acontecer. – Tudo o que eu queria ouvir! Precisava disso, de saber que teria alguém ao meu lado. – Pode contar comigo sempre! – Ele fez um sinal com a mão, indicando “amizade”.

Ah, sim. – Suspirei. – Amigos para sempre...

E encerramos o assunto com um abraço rápido, pois ele me puxou para dentro de casa, querendo que eu veja algo.

Encontrei tudo escuro, mas conseguia sentir a presença e escutar passos de alguém. Guilherme acendeu as luzes e todos gritaram:

Surpresa! Feliz Aniversário, Elegecky Kale!

Eu já desconfiava que eles fariam algo. Era muito suspeito a tentativa de Guilherme para me distrair.

Abri um longo sorriso, que ia até as orelhas – e não é exagero –. Estavam todos lá: Mãe, Avó, Nathan Roarke, Sandy, Gustavo e até a Angelique. Logo perguntei:

Angelique?

Eu?

Ela estava devidamente arrumada. Havia trajado uma roupa muito bonita e especial, deixando a sensação de ser uma donzela.

Você por aqui? – Indaguei, a saudando com um aperto de mão.

Vim aqui fazer as pazes com você. Sério, não vale a pena continuarmos com essa briga. Trégua? – Retrucou, logo fazendo-me uma pergunta.

Trégua! – Respondi, a abraçando com muito gosto, sem contar que a ensopei; ainda não me sequei..

Estava mais do que feliz por saber que todos se recordaram do meu aniversário e dar uma trégua com a Angelique em “nossa Guerra Fria” foi mais um grande passo. Enfim as coisas boas estavam acontecendo!

O amor está no ar: a amizade e a confraternização entre as pessoas; algo que sempre deveria existir. Se todos livrarem os pensamentos ruins e só manterem os bons, o mundo poderá crescer cada vez mais. Aproveitaríamos a vida com mais intensidade.

Haviam bexigas coloridas por toda a sala e um bolo imenso na mesa ao centro. Aquilo já foi o bastante para me sentir querido e amado. Eu precisava saber disso. Fui amparado por todos, com beijos, carinhos e abraços.

O primeiro foi de minha mãe:

Parabéns, querido! Gostou da surpresa que preparamos? Eu sei que não é grande coisa... mas... – Não a deixei continuar.

Mãe, eu me sinto muito feliz. Agradeço muito. Isso para mim é mais que o bastante. – A beijei no rosto e abracei.

O segundo foi de Sandy:

Feliz Aniversário! Kale, agora você tem onze anos. Está mais velho. Quando completamos um ciclo de nossas vidas, ganhamos mais forças, mais agilidade, responsabilidade e superamos a tudo que tenha nos atingido lá trás. Descobrimos nossos erros e aprendemos com eles. – Foi muito bonito o depoimento de Sandy. A abracei.

Muito obrigado, Sandy.

Chegou à vez de Gustavo:

Parabéns, mano! Muitas felicidades para ti. Você é phodástico! Sinistro! Merece todo o reconhecimento do mundo. Nunca conheci um moleque tão legal como tu. – E ele apertou minha mão, com aquele seu jeito atrapalhado e suas gírias.

Obrigado, Guh. E desculpe-me ter te ignorado nos últimos dias. – Sorri.

Eu entendo! Você passou por coisas ruins. Sei que não sou muito meloso como Guilherme, mas hoje farei uma exceção.

E ele me saudou com um abraço muito apertado, com pequenas batidas nas costas.

Ainda quero que me ensine algumas gírias! Estou precisando me soltar mais. – Dei altas gargalhadas e todos fizeram o mesmo.

Nathan chegou e...

Congratulations, my brother. Tenho certeza que a cada dia vai superar seus medos e se tornar cada vez melhor.

Brenda também me cumprimentou:

Parabéns, meu neto!

Recebi tantos carinhos, abraços, beijos e atenção e que não contive as lágrimas. Ô sentimentalismo chato.

Finalmente chegou a vez de Guilherme:

Elegecky Kale! O que posso dizer de você? – Disse ele, chegando perto de mim com um sorriso, bancando o pensador. – Ah, sim! Cidadão honesto, humilde e divertido! Sempre conseguindo contagiar a todos com sua ternura e simpatia. Desde sua chegada, todos nós nos sentimos envolvidos no seu mundo de terror! – Ênfase em “terror”. Ele estava certo. Quem chegasse perto de mim, sofreria. Engraçado! – Você nos mostrou que é possível perdoar e dar uma segunda chance a quem nos tem prejudicado, tanto fisicamente – Voltou os olhos para Angelique. – quando mentalmente. – Olhou para Nathan.

Guilherme! – Fiquei de boca aberta com suas palavras. O melhor depoimento foi o dele, com certeza! Eu nunca conheci alguém que me reconhecesse tão bem.

Durante nosso abraço, minha mãe chegou com três documentos em mãos, dizendo:

Seu presente é uma viagem! Irá acampar nas férias em uma floresta que fica numa cidade próxima! E não estará sozinho. Guilherme e Nathan, vocês irão!

Э Point Of ViewElegecky Kale Duncan Deipu Э

OFF

E esse foi o dia de aniversário de Elegecky Kale. Logo eles partiram o bolo e comemoraram felizes aquele dia tão especial.

Elegecky Kale Duncan Deipu, o garoto que encantou a todos a sua volta com seu carisma, inocência e humor e que com certeza despertaria a saudade em todos durante sua viagem.

Mas ainda não acabou. É apenas o início. Que segredos obscuros e alheios escondiam o passado de Elegecky para que pudesse ter poderes paranormais? Qual o verdadeiro significado das previsões? E quem será aquela figura oculta que tanto confundem as pessoas?

Mistérios, segredos...

Enigmas, questões...

Quer descobrir? Então aguarde pela segunda fase de “Elegecky 360 – The Golden Angel”.

Em breve: Season Two – Ecological Explorer

Informações:

Autor: Pluspe Epp

Narrativa: Onisciente Neutro e Seletivo

Season #1: Disastrous Adventures

Total De Episódios: Quinze

Sagas: Duas – O Último Suspiro – Sometimes

Character Of History:

Elegecky Deipu

Guilherme Jenkis

Spencer Knowels

Nathan Mazzello

Gustavo Wilkinson

Pollyanna Deipu

Sandy Campbell

Angelique Lebrun

Kauê

Ugo

Agradecimentos Especiais:

Ω Danieru Ω – Me ajudou a detalhar os reais objetivos da história, melhorando à sinopse.

lol_mandy_lol ◊ - Apesar de não ler a série, me ajudou em algumas vezes com as recordações e a reformular as ideias principais, de modo que ficasse mais claro. A personagem “Angelique Lebrun” é em sua homenagem. Obrigado mais uma vez a você, minha amiga.

Ω Alphonse_Loeher Ω – Me ajudou com alguns textos. Apesar de, infelizmente, não sermos mais amigos, é justo citar o que contribuiu para o desenvolver da história.

Yastata ◊ - Me incentivou a programar mais temporadas e a não desistir quando eu me encontrava com baixa-estima. Muitíssimo obrigado.

Curiosidades:

01 – Na terceira e última parte do episódio “O Último Suspiro” existiria um Yaoi entre os personagens principais “Elegecky” e “Guilherme”. Mais tarde, resolvi deixar a impressão que eles tinham algum sentimento além de amizade para confundir a cabeça dos leitores.

02 – No episódio “ Reencontro Deipu's” o encontro dos dois primos seria feliz, mas de última hora resolvi colocar o gênero “drama”, para no final haver filosofia familiar.

03 – No episódio “Sometimes”, na primeira parte, todavia com a ideia de Yaoi, haveria uma declaração de amor entre os principais. Em um dos trechos, Guilherme disse “Eu queria...”, que antes eu coloquei “Eu te...”, para confirmar o Yaoi.

04 – O número “360” presente no título há diversos significados de acordo com a história e seu contexto. Os revelarei na última temporada. O subtítulo “The Golden Angel”, traduzindo “O Anjo Dourado” tem dois significados. Também direi no final.

05 – O nome “Elegecky” não existe. Portanto está proibido utilizá-lo para algum personagem sem minha autorização. Eu realizei uma junção de dois nomes. O motivo da invenção se dá ao motivo do personagem ter algumas de minhas características e gostos; como cereais, um pouco de minha personalidade, o jeito certo de falar e outros...

06 – Elegecky teria um sotaque britânico bem intenso, mas resolvi diminuí-lo para quase zero porcento.

07 – A ideia da história foi baseada num sonho que tive recentemente, do ônibus. Descrevi a cena exatamente dois dias depois.

08 – Elegecky seria um explorador.

09 – Inicialmente, o título seria apenas “Elegecky 360” e o personagem haveria dezesseis anos.

10 – O personagem “Gustavo” seria mais focado do que “Guilherme”.

11 – 1+1 = 2 (para descontrair)

12 – Haveria um “Lemon” logo após a saga “O Último Suspiro”.

13 – Spencer morreu no lugar de Nathan; ou seja, mais uma ideia de ultima hora.

14 – A discussão entre Kale e Angelique no colégio, foi inspirada a um projeto cômico descartado que faria em homenagem a minha amiga Mandy. O título seria “Melhores Inimigos”, claro que uma paródia.

Bônus/Extra/Especial:

Há uma edição alternativa que lancei no meu perfil, relatando a história de trás para frente. Confira!

Pedidos do Autor:

Ficarei muito feliz se vocês, leitores, deixassem um review comentando tudo o que achou da história e sobre erros que não soube identificar. Sugestões e críticas construtivas serão muito bem vindas!

END #1


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Notas finais do capítulo

FIM! O que acharam?