And All I Wanted Was You escrita por JustMe


Capítulo 6
Capítulo 6 - Verdade


Notas iniciais do capítulo

Gente, não era nem para eu estar postando o cap. Ninguém mandou reviews e, sinceramente, isso é muito desmotivante. Não postarei mais capitulos se não tiver mais UMA review, então, por favor, comentem.
Agora a história vai começar a complicar.



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Eu engoli uma barra de cereal antes de sair de casa, e alguns goles de leite direto da caixa. Eu não queria ver Mirna enquanto estaríamos indo para a escola, eu precisava falar com ela durante o tempo do almoço. Eu esperava que ela não tivesse muita fome a ponto de precisar almoçar. Eu precisava dos 50 minutos do almoço para conversar com ela. E não seria uma conversa curta.

Quando eu passei pela porta, não avistei Mirna. Eu não tinha notado que estava um pouco mais cedo que o habitual para eu sair de casa, e isso era bom. Eu não veria Mirna.

Eu me perguntava como uma pessoa conseguia ter tamanho impacto sobre outra em um período de dois dias. Eu não sabia como eu estava perdidamente apaixonado por uma garota que eu havia conhecido há dois dias.

Havia alguma coisa nela que também me lembrava de alguma coisa. Ela era a pessoa que eu sempre quis conhecer, a pessoa que eu sempre quis me apaixonar. Eu já havia visto muitos amigos meus namorarem, mas eles não amavam as suas namoradas. Eles só namoravam para dizer que namoravam.

Eu nunca tinha tido uma namorada ou alguma coisa do tipo, eu não era bom com garotas. Mas agora era diferente. Eu não queria que a Mirna fosse minha namorada somente para sairmos e começarmos a nos exibir. Eu a queria, eu precisava dela.

Eu caminhei sozinho, pensando nas palavras que eu usaria com Mirna. Eu precisava ser corajoso, eu não podia gaguejar. Mas eu queria saber a resposta de Mirna, era o motivo disso tudo. Ela me motivava. Quando finalmente cheguei na escola, eu não tinha visto Mirna ainda.

Cheguei no meu armário eu a vi, novamente.

Ela estava com uma blusa com uma camisa xadrez aberta por cima, uma calça jeans e um tênis. Seu cabelo ondulado estava preso em um coque desarrumado que ficava perfeito em conjunto com as suas roupas. Ela estava perfeitamente perfeita. E agora que eu sabia que eu a amava eu não olhava para ela com o mesmo olhar. Eu realmente precisava dela, eu queria ela.

Eu peguei meus materiais de matemática e fui ao seu lado.

- Oi Mirna. – eu disse.

- Hã, oi Will. – ela respondeu. Quando ela viu quem eu era, ela olhou um pouco para baixo, voltando com o olhar duro novamente. Porém, quando ela olhou para mim novamente, ela voltou ao seu olhar normal.

- Eu preciso falar com você.

- Pode falar. – ela disse, esperando. Quem dera fosse uma coisa simples que pudesse ser falada assim, normalmente.

- Eu acho que não seria bom conversar sobre esse assunto aqui. – eu disse, olhando ao redor. Ela entendeu o que eu quis dizer, e seu olhar ficou vazio por um momento, então ela continuou.

- Você quer que eu mate aula novamente? – ela disse, me desafiando. Ela não estava entendendo a seriedade do assunto, e ela sorriu.

- Eu não queria fazer você matar aula de novo, então tem como ser na hora do almoço? Espero que você não morra de fome se não almoçar por um dia. – eu disse, tentando ser normal com ela, tentando ignorar uma pequena voz na minha cabeça dizendo lembre-se do assunto, não é uma coisa para se falar tão normalmente.

Eu queria mandar essa voz calar a boca.

- Tudo bem. – ela disse, sorrindo.

Eu não estava entendendo o comportamento dela. Ela estava normal, normal de mais. Parecia que ela não tinha me contado toda a história no dia anterior, parecia que era um dia normal.

Mas não era.

Eu sorri como resposta, mas foi um sorriso um pouco forçado. Fomos caminhando normalmente, sem nos preocupar com o silêncio, pelo menos por um tempo.

- Você dormiu bem? – ela perguntou. Ela tentou parecer normal ao perguntar, mas eu consegui entender uma segunda intenção por trás da pergunta, eu só queria saber qual era.

- Não, definitivamente. E você? – eu perguntei, estranhando um pouco a pergunta.

- Também não. – ela riu, mas foi um riso um pouco forçado.

Eu tentei fingir que eu acreditava na risada dela, mas alguma coisa na minha expressão me entregou, fazendo ela ficar calada até chegarmos na sala da Sra. Jones.

A aula passou devagar, novamente eu não prestei atenção na aula. Ela também não. Então, quando a aula acabou, nós fomos caminhando juntos até os nossos armários, em silêncio durante todo o trajeto.

- Bom, tchau. Vejo você no almoço, ou onde seja que você vai me levar para me contar esse “mistério” – ela disse, sorrindo. Ela definitivamente não havia entendido a seriedade do problema.

- Sim, claro. Podemos nos encontrar aqui, antes do almoço? – eu disse, eu precisava me encontrar com ela para irmos até o nosso esconderijo, onde matamos aula no outro dia.

- Claro. – ela respondeu, e foi andando em direção a sua próxima aula.

 

O resto da aula foi devagar, Tyson tagarelou sobre uma garota que ele estava começando a se “apaixonar”. Isso não me fez esquecer de Mirna, então eu só assentia e fazia comentários extremamente idiotas quando ele falava alguma coisa. Tyson não era muito inteligente, então ele acreditava que eu estava prestando atenção.

Quando o sinal para o começo do almoço tocou, eu fui caminhando rápido de mais até o meu armário, onde Mirna estava me esperando, encostada no seu armário, fitando o vazio.

Era agora.

- Oi. – eu disse.

- Oi. Bom... Aonde vamos? – ela disse.

- Na verdade, você sabe aonde vamos. Se lembra de ontem , o mesmo local. – eu sorri.

- Ah!

Caminhamos lado a lado, subindo as escadas para o terraço do prédio da sala de matemática. Os corredores estavam se esvaziando, era horário de almoço.

Quando finalmente chegamos, ela se sentou no mesmo bloco de concreto, onde havia as plantas e o poste de luz preto, em que nós sentamos no outro dia. Parecia que fazia muito tempo que havíamos ido a aquele lugar, mas na verdade só havia se passado um dia.

- O que você tinha para me falar? – ela disse, delicadamente.

Eu pensei. “É agora, calma”

- Olha Mirna, eu não sei como começar, mas, por favor, não ria de mim. – eu disse, envergonhado.

Ela continuou a me esperar, me olhando. Eu suspirei.

- Mirna, eu te amo. – eu disse, rapidamente.

Eu fechei meus olhos, eu não poderia olhar para os olhos dela no momento.

- Eu acho que é melhor eu ir... – ela disse, se levantando.

- Não, por favor. Eu preciso terminar. – eu disse, pegando a mão dela. Ela me olhou, mas voltou ao local onde ela estava sentada.

No momento em que eu toquei em sua mão, uma onda de calor havia passado sobre mim, parecia... Eletricidade.

- Eu não vou fazer o que eu acho melhor para mim, Mirna. Eu vou fazer o que eu acho melhor para você. – eu disse, respirei, e continuei – Eu não me importo, Mirna, e eu vou entender se você não sentir o mesmo por mim. Eu vou ser o que você quiser que eu seja. Eu posso ser um amigo oumais que isso. Não se importe com os meus sentimentos, eles não importam.

“Eu sei que eu conheço você há só dois dias, mas eu não consegui. Desde o dia que eu vi você pela primeira vez, eu já havia meio que gostado de você. Mas com toda aquela história dele – eu não sabia se eu dizia o nome de Derek – eu vi que eu sentia uma vontade de te reconfortar. E agora eu entendi o motivo, por que eu te amo”

“Eu não quero deixá-la confusa, Mirna. Eu quero que você escolha. A escolha não está comigo, ela está com você. Eu posso continuar a agir como eu sempre agi, sendo seu amigo. Mas se você me amar também, eu posso ser mais que isso. Por favor, Mirna, não se importe comigo, eu vou ficar bem tanto das duas maneiras.”

Durante tudo o que eu falei, eu não estava olhando o seu rosto. Eu não podia, se eu olhasse, eu não conseguiria terminar.

Eu conseguia sentir a mentira das palavras. É óbvio que eu me machucaria se ela quisesse ser somente minha amiga. Eu entenderia, mas eu sofreria. Ela não, ela teria o que ela queria, mas eu não. Eu não gostava de ser assim, de colocar os outros na minha frente – eu sempre saia pior.

- Isso não é muito uma declaração de amor, Mirna. É um desabafo, é o que eu sinto. Eu estou contando, sendo completamente honesto com você. Eu não me importo se você não quiser mais olhar na minha cara depois disso, eu só precisava que você soubesse. Não podia viver na incerteza, se eu somente a aguentei por algumas horas e eu estava prestes a enlouquecer, eu não podia viver com ela. Não é saudável. – eu disse.

Depois disso, eu vi que eu havia terminado. Eu ainda não havia olhado sua reação. Eu arrisquei uma olhada, com medo de ver alguma coisa que me magoasse. É, eu estava certo.

Ela fitava o vazio, as bochechas extremamente rosadas. Eu não consegui entender sua expressão, mas com certeza não havia nada de feliz naquilo. Foi quando eu percebi que eu não iria agüentar por muito tempo, eu estava sentindo a umidade se acumulando nos meus olhos. Eu precisava resolver isso antes de começar a chorar.

- Olha, se você quiser falar comigo depois disso, me mande um “ponto” escrito em qualquer coisa, não me interessa o que, mas me mande, tudo bem? – eu disse, eu peguei uma pedra do meio das plantas do bloco de concreto onde estávamos sentados e desenhei um pequeno ponto, raspando a pedra contra o concreto. Eu fiz um ponto um pouco grande, para ela absorver a mensagem – Me mande isso em um papel, ou qualquer outra coisa, se você quiser olhar para a minha cara novamente, ok? Se você não quiser, é só me ignorar. Eu estarei esperando a resposta em no máximo uma semana, tudo bem? Depois de uma semana eu vou entender o recado como dado, e eu te ignorarei completamente, se eu te encontrar em qualquer lugar, eu fingirei que não a vi.

Eu, depois disso, me precipitei. Eu dei um beijo na bochecha dela.

- Eu te amo. – e sai correndo, as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por favor, mandem sugestões, elogios, críticas, por favor. Preciso de pelo menos uma review para eu postar o próximo capitulo. Quem sabe posto até hoje mesmo, eu já tenho ele pronto.
Mereço reviews?



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