And All I Wanted Was You escrita por JustMe


Capítulo 13
Capítulo 13 - Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora
Ai está!



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Nós estávamos sentados, ainda na frente do lago, observando o por do sol. Eu estava com meu braço ao redor de Mirna, que estava com a cabeça encostada no meu peito.

Eu poderia ficar naquela posição pelo resto da minha vida. O tempo não precisava passar. Mirna poderia ficar daquele jeito para sempre. Eu não me importaria.

Porém, já estava ficando tarde, e nós já teríamos que ir embora, afinal no outro dia tínhamos aula.

- Mirna, nós estamos... Namorando? – perguntei timidamente. Eu precisava saber qual era a nossa relação.

- Acho que sim. – ela respondeu.

Quando ela respondeu, um sorriso triunfante surgiu em meus lábios. Eu tinha conseguido. A minha vida fazia sentido agora. Ela era completa.

- Mirna, sabia que eu sempre amei seu cheiro? Eu sei que é uma coisa meio estranha de se falar, mas é algo que poderia ser comparado a uma droga para mim. – eu disse, cheirando o cabelo dela.

- Bom, o seu também. Desde o primeiro dia em que nos abraçamos eu já percebi. – ela disse, sincera também.

- Obrigado. Uma coisa que eu também amo em você são seus olhos. Mirna, seus olhos são os mais perfeitos que eu já vi em toda a minha vida.

- Sério? Mas eles são castanhos, comuns.

- Castanhos comuns são os meus olhos. Os seus é como mel misturado com chocolate...

- Obrigada.

E então, inclinei novamente para beijar Mirna.

Beijar Mirna era uma coisa que não me cansava. Ela beijava extremamente bem, eu não podia negar. Eu ainda não acreditava que eu a tinha. Ela finalmente era minha. Eu estava beijando os seus lábios. Eu não poderia estar mais feliz.

Quando o beijo terminou, eu me levantei.

- Mirna, acho que temos que ir. Infelizmente. – eu disse.

- Bom, é verdade. – ela respondeu.

Quando começamos a andar, eu fiquei com um pouco de medo. Eu deveria pegar a mão dela? Pensei por alguns segundos e decidi. Entrelacei meus dedos nos dela, e ela não pareceu incomodada – pelo contrário, ela sorriu.

Caminhamos lentamente, até chegar na rua. Chamei um taxi e entramos nele. Nós dois sentamos no banco de trás, e Mirna estava cansada, e como era bastante tempo até chegarmos em casa, ela deitou-se no meu peito e dormiu.

Eu não acreditei de primeira, mas depois de alguns minutos eu a envolvi com meus braços e beijei seu cabelo.

Permanecemos assim até pararmos na frente da casa de Mirna. Eu a cutuquei, de leve, no rosto. Ela piscou algumas vezes e se deu conta de onde estávamos.

- Chegamos. – eu disse.

- Eu já sinto saudades de você. – ela disse.

- Quer que eu te acompanhe? – perguntei.

- Pode ser.

Eu sai junto com ela do taxi, e paguei, pois eu iria a pé para casa, era somente 20 metros dali.

Quando o taxista saiu da vista, eu peguei uma mecha de seu cabelo e coloquei atrás da orelha, e então levei minha mão até sua bochecha e comecei a beijá-la.

O beijo não durou muito, pois ela já precisava entrar.

- Eu te amo. – eu disse.

- Eu te amo mais.  – ela disse.

- Impossível.

- Até amanhã.

- Até.

E então ela entrou na sua casa.

Cheguei em casa ainda não acreditando no que havia acontecido. Este era o melhor dia da minha vida, definitivamente. Eu não acreditava que eu havia conseguido, depois de passar esse tempo todo pensando que a minha vida não tinha sentido sem Mirna, agora ela tinha sentido. Pela primeira vez na minha vida eu me senti completo.

Quando entrei em casa, enxerguei minha mãe esparramada no sofá com uma bacia de pipoca em seus braços. Ela ainda vestia seu pijama e eu não tinha certeza que ela estava vestindo o mesmo pijama que dormiu.

- Como foi? – minha mãe perguntou.

- Foi... Ótimo. – respondi. Ótimo não era o suficiente para descrever o que tinha acontecido.

Meu diálogo com minha mãe foi somente isso. Subi para o segundo andar e comecei a sorrir que nem um abobado.

Quando cheguei no meu quarto, atirei-me de costas na cama e soltei o maior suspiro que eu já soltei em toda a minha vida.

Eu estava me sentindo cansado depois de tudo, mesmo tendo dormido bastante. Eu estava precisando de tempo para pensar em tudo o que aconteceu. Agora que eu estava longe de Mirna eu não acreditava que tudo tinha acontecido realmente.

Troquei de roupa e fui dormir.

Não tive sonhos, dormi bastante, descansando. Porém tudo isso foi interrompido no momento em que meu despertador tocou.

Era segunda feira novamente.

Eu não estava irritado como eu estaria em dias normais, eu estava ansioso por que eu veria Mirna.

Tomei meu café da manhã ainda sonolento, me troquei, escovei meus dentes, peguei minha mochila e sai de casa.

Caminhei somente alguns metros e enxerguei Mirna abrindo a porta de sua casa, e rapidamente sorrindo quando me viu. Não consegui evitar de sorrir também.

Dei uma pequena corridinha para chegar ao lado dela, e então dei um pequeno selinho nela, e ela não pareceu incomodada.

- Oi. – eu disse, um pouco tímido.

- Oi. – ela disse, sorrindo para mim.

- Então, você gostou do seu aniversário? – perguntei, observando o colar que eu havia dado de presente para ela.

- Não tinha como ser mais perfeito.

Eu sorri e me inclinei para beijar Mirna.

Não foi um beijo rápido, mas foi bom. Grande novidade, quando que um beijo que eu ganhasse de Mirna não seria bom?

Quando o beijo finalmente acabou, voltei a minha posição normal e entrelacei meus dedos nos dela.

Enquanto caminhávamos, uma espécie de pânico me abateu.

O que faríamos quando chegássemos na escola? Eu agiria normal? Eu continuaria de mãos dadas? Eu a beijaria normalmente? Eu sabia que a Mirna e eu não gostamos de chamar atenção, mas agora seria o momento certo de assumir que estávamos namorando? Por que, de uma forma ou de outra, todos descobririam.

- Mirna... Nós... hã... vamos continuar assim – olhei para as nossas mãos – quando chegarmos na escola? – perguntei.

- Não sei... Você se importa? – ela disse.

- Na verdade, não. É que como você não gosta de chamar atenção eu pensei que talvez você não quisesse chegar assim na escola. – eu disse, sincero.

- Não precisa se preocupar.

Eu sorri, olhando para os olhos castanhos perfeitos dela. Então eu me aproximei e dei um selinho um pouco demorado nela.

- Você sabia que eu te amo? – eu disse, sorrindo.

- Sabia. – ela disse, sorrindo também. – Mas você sabia que eu te amo?

- Sim. Ainda estou esperando que eu acorde, isso está mais perfeito que um sonho.

- É, eu também.

Quando vimos já estávamos a alguns metros da escola. Eu cheguei um pouco mais perto dela e coloquei meu braço em volta de suas costas, e ela colocou seu braço em volta da minha cintura.

Eu acho que eu nunca fiquei tão vermelho em toda a minha vida.

Eu não era moreno, eu era branco, branco de mais, então eu fiquei vermelho como um pimentão. As pessoas passavam por mim e olhavam para mim e para Mirna com surpresa. Alguns populares nos olhavam da cabeça aos pés e não tinham expressão. Quando chegamos nos nossos armários, Tyson apareceu no corredor e nos viu.

- Eai Will, oi Mirna. O que é isso? – ele perguntou, olhando para mim e para Mirna, que estávamos de mãos dadas, não ajudando em nada no meu objetivo de parar de corar.

- Bom... Hã... Nós estamos namorando. – eu disse, olhando para Mirna e sorrindo.

- Sério? Bom, eu já estava esperando uma coisa desse tipo. Vocês dois estavam colados de mais. – Tyson disse.

Eu e Mirna nos limitamos a sorrir.

- Tenho que ir para aula. Tchau Will, tchau Mirna. – ele disse, acenando.

- Tchau... – eu e Mirna falamos ao mesmo tempo.

Eu e Mirna pegamos nossos livros de matemática e fomos para a sala juntos, ainda de mãos dadas.

Quando chegamos perto da porta, soltamos nossas mãos e eu dei um selinho rápido em Mirna, e então entramos na sala.

A aula de matemática foi chata, como sempre. Eu dediquei ela em me lembrar de tudo o que aconteceu entre Mirna e eu, e tentando me fazer acreditar que tudo era verdade.

Mirna ficou quieta durante a aula, olhando para o vazio, só que dessa vez ela não parecia triste – pelo contrário, ela parecia feliz.

Quando a aula terminou, fomos em silencio até os nossos armários, pegamos nossos livros e então eu dei um beijo rápido em Mirna, o que fez mais olhares curiosos caírem sobre nós dois.

- Até o almoço. – eu disse, sorrindo.

- Até. – ela disse, esticando-se com o objetivo de chegar até meus lábios, que receberam os lábios de Mirna muito calorosamente.


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Notas finais do capítulo

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