Eram 8 horas. Roberta acordou pensou que fosse cedo, por isso espreguessou-se e foi para o banheiro onde tomou um longo banho, escovou os dentes e pôs seu uniforme de escola. Desceu as escadas e deparou-se com sua mãe tomando café, assustou-se geralmente não via sua mãe em casa naquele horário, pois essa hora ela está no trabalho.

Roberta vivia com sua mãe Suzana, naquela casa morava somente as duas, seus pais eram separados e ela quese não o via, pois ele casou-se teve dois filhos e mudou-se para longe, mas ainda sim se falavam por telefone. Roberta já estava acostumada com a solidão, seu pai montou nova família, por isso parecia que ela e sua mãe já não eram tão importante pra ela, a menina também quase não via a mãe que é secretária de uma média empresa, por isso quase não a via e por isso o susto de ver sua mãe em casa.

Roberta: Mãe, o que faz aqui a essa hora?

Suzana: Filha, você aqui? Jurava que já estava na escola.

Roberta: Mas ainda ta cedo. E não muda de assunto.

Suzana: Ta bom, o policial # disse rindo#. Eu hoje não vou pro trabalho, pois meu patrão mandou eu ir visitar um cliente e eu vou daqui a pouco, aí ele falou que eu não precisava ir cedo. E filha já são 8:20.

Roberta: Mentira? To atrasadíssima e essa professora é chata pra caramba não vai deixar eu entrar. Tchau mãe.

Saiu correndo em direção do colégio que por sorte não era muito longe dali.

Chegando lá mais do que esbaforida prestes a subir as escadas para tentar ver se a professora permitia sua entrada ela é interrompida por alguém que a puxa pelo braço, com esse puxão ela fica muito próxima do rosto da pessoa que a puxou que era exatamente quem ela temia, Daniel, ela pode ficar bem perto daqueles olhos mel que a fascinavam.

Roberta: Ai, garoto # disse tirando o braço das mãos dele#. Você me deu um susto.

Daniel: Desculpe, não foi minha intenção, eu só queria te avisar que a professora não vai deixar você entrar, porque ela não me deixou entrar.

Roberta: Ai, essa professora é um saco. # disse sentando-se no degrau das escadas#

Daniel: # sentou-se ao lado dela#. Qual professor de física que não é?

Roberta: # sorri#. Verdade.

Daniel: # também sorri#. Sabe essa é a primeira vez que te vi sorrir.

Roberta cora e fica um tanto quanto sem graça.

Daniel: Não precisa ficar assim seu sorriso é lindo.

De repente o silêncio reina por um tempo, até que Roberta toma partido.

Roberta: Sem querer ser grosseira, mas você é assim intrujão sempre ou é só comigo?

Daniel fica surpreso, mas acaba rindo.

Daniel: Isso é porque você não queria ser grosseira, mas respondendo a sua pergunta. Tudo que eu quero é ser seu amigo e você sabe que não tem como fugir de mim # ri#

Roberta: Você é muito chato # diz zombando#

Daniel: Ainda mais que agora eu sei onde você mora. # diz caçoando#

Roberta: Ai, Meu Deus! Já vi que agora todo dia vai aparecer lá em casa # falando e rindo ao mesmo tempo#

Daniel: Como você descobriu meu plano.

Os dois riem.

Daniel pega o mp3 e pôe um fone no ouvido, estendendo o outro para Roberta.

Roberta: Ah, obrigada.

E a música que começa a tocar é a preferida dos dois e eles começam a cantar juntos.

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

Ambos olharam-se e sentiram o coração acelerar, não sabiam explicar o que sentiam, mas só sabiam que tinham perdido o chão, logo já podiam sentir suas respirações mais próximas.

" Essa sensação, eu já senti isso antes com o meu ex. Não, não pode ser eu conheci o Daniel ontem, mas porque me sinto perdida naquele olhar dele que parece ser tão profundo, quase como se fosse um imâ me puxando"

" Nossa, essa garota realmente mexe comigo, eu já havia percebido isso desde o dia que eu a conheci, esse jeito dela me enlouquece ainda mais do que aquelas duas imensidões azuis que ela chama de olhos"

A música ainda tocava e diante desses pensamentos seus corpos como que por impulso aproximavam-se fazendo com que o nervosismo aumentasse, eles suavam frio, fecharam os olhos devagar e logo já não viam mais nada só sentiam uma mistura de emoção e sentimento. Começou com um selinho que foi aprofundado e tornou-se um beijo molhado e demorado e ainda que seus pulmões pedissem por ar o impulso era maior do que a razão ou seria a emoção maior do que a razão? Mas ainda que a falta de ar não os vizessem se separar o barulho do sinal tocando os afastou.

Eles se entreolharam não sabendo o que falar um pro outro até que por sorte alguém interrompe aquela situação constrangedora, era Maycon, um garoto comum. Comum, pois possuía olhos castanhos e cabelo de mesma cor, era bastante simpático e sempre falava com Roberta e agora com Daniel.

Maycon: E aí, gente! Matando aula, né? Acha isso bonito? Eh, você Roberta não entra na onda desse cara que ele não quer nada.

Daniel apenas sorriu.

Daniel: Ei, vê se não queima meu filme. A gente não ta matando aula só chegamos atrasados e a professora não deixou entrar.

Maycon: # ri bastante#. Po gente, bora comer alguma coisa, to com fome.

Daniel: Ta legal, você vem Roberta.

Roberta: # ainda meio perdida# Aham.

Maycon: Então vamos.

E os três foram. Mal sabia Maycon o como o coraçãozinho daqueles dois estavam confusos. Todos lancharam na lanchonete de frente pra escola, sentaram-se em uma mesa.

XXXX: Maycon # disse pendurando-se no ombro do garoto e o beijando no rosto#

Maycon: Julinha, minha linda. # a beijou no rosto#

Julia era um garota que já foi amiga de Paola, mas afastou-se por achar ela uma falsa e agora sempre andava com Maycon, eles eram quase um casal, embora diziam ser amigos.

Daniel: Fala loirinha do Maycon.

Julia: Bobo. # sorriu#. Oi, Roberta.

Roberta: Oi.

Julia: Oh, to bolada contigo. # disse batendo em Maycon#

Maycon: Porque? O que eu fiz?

Daniel: Eh, vai apanhar. # disse gargalhando e rindo para Roberta que desviou o olhar#

Julia: Porque você fica de papo com aquela Paola.

Roberta fechou a cara assim que ouviu esse nome, obviamente que Daniel percebeu, mas Julia que não era boba também não percebeu.

Julia; Desculpe por isso, Roberta.

Roberta: Porque acha que vou me importar.

Julia: É que deve ser difícil pra você, né.

Roberta: Pois saiba que não.

Daniel a olhou pensando em porque essa necessidade que ela tem de parecer forte perante os outros.

Julia: Bem... desculpe de qualquer jeito, mas você tem razão, aquela garota não merecia uma amiga igual você. # sorriu e deu outro tapa em Maycon#. To de olho, ein? # disse sentando-se em outra mesa com uma amiga#

Maycon: Ciumenta. # riu#. Me ama.

Daniel não parava de olhar pra Roberta, nem ouviu o que Maycon falou. Até que a garota levantou-se e disse:

...Licença, eu vou entrar. # disse séria como sempre#

Daniel queria ir atrás dela, mas sabia que era melhor ela ficar um pouco só pra refletir, ainda mais depois do que aconteceu naquela manhã.

Maycon: O que deu nela?

Daniel: Nada, não. Ela não tava se sentindo bem.

Maycon: Hun.

Antes de bater o sinal os dois foram pra sala e Daniel teve a segunda surpresa do dia, Roberta não foi em nenhum dos outros tempos, ele não entendia porque, pelo visto a garota foi embora e o problema é que era quase o mesmo que ele não estar em sala, pois não parava de pensar nela, pensava e pensava na garota quase o dia todo. Na hora da saída passou pela casa dela, mas resolveu não ir até lá.

Ficou o resto do dia pensando naquele beijo e porque a garota havia ido embora, será que foi por causa do beijo ou por causa do que aconteceu na lanchonete? Ele não sabia, mas ía descobrir.

Já eram 20:00 da noite e ele não tirava a garota da cabeça, resolveu fazer algo louco.

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Roberta estava no sofá de sua casa ouvindo Hot da Avril Lavigne, quando sua mãe gritou da cozinha:

... Filha, não ta ouvindo a porta bater não? Vai ver quem.

Roberta: Ta bom. Já vai.

A garota abriu a porta e logo assustou-se com quem viu na porta, ela realmente não esperava isso.

Roberta: Você? O que ta fazendo aqui?

Continua...