Sem Barreiras escrita por Arlequina
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo será dividido em duas partes.
Mais um com a imensa colaboração do Al XD
o Dia está chegando, boa leitura...
Havia conquistado o paladar de meu querido George. Minha falta de experiência até que rendeu bons frutos. Sim, por mais de uma vez, depois do bolo de chocolate, coloquei as mãos na massa. A culinária era algo que me encantava.
A cada dia que se passava, faltava menos para que eu completasse 21 anos. Eu não falava em outra coisa a não ser na minha festa. O que me deixou desapontada foi o fato de que eu não teria participação nos preparativos. Não me preocuparia com absolutamente nada; apenas desfrutaria da festa que, para mim, estava sendo preparada.
Cassandra e Nikolai estavam no comando dos preparativos. George também sabia de algo, mas ele nada me diria, nem mesmo sob tortura. Raramente, ele ficava em casa; e quando ficava, se trancava no escritório durante boa parte do tempo. Era sempre assim... Mas eu, de certo modo, não me importava. Tinha fácil acesso a ele: bastava alguns toques na porta.
– George, querido, o Niko não te contou nenhum detalhe sobre a festa que está organizando?
George estava concentrado em alguns documentos. Ele estava assentado sobre uma cadeira imponente, daquelas bem antigas. Ficava atrás de uma mesa grande, também antiga. Abracei-o por trás. Ele pegou minhas mãos, as acariciou e beijou. Sorri e lhe dei um beijo no rosto.
– Ora Eugenee. Mesmo que ele tivesse me dito algo, não poderia dizer a você. Lembre-se de que se trata de uma surpresa; e que, se você souber de algo, não será mais surpresa.
– Eu sei, eu sei... Mas...
– Mas...?
– Nada não. Vou procurar me manter longe desse assunto.
– Tudo bem. Vamos ao parque do lago? Estou querendo apreciar o por do sol assim que terminar a análise de alguns documentos.
Aquele era George? Eu realmente me surpreendi. A mudança foi realmente intensa. Isso me deixava cada vez mais feliz.
– Sério? Céus! Acho que esse vai ser o melhor fim de tarde da minha vida! E vou considerar como um presente adiantado. Obrigada!
– Se quiser, o considere, mas guardei o melhor pro final: para o dia da celebração de seus 21 anos.
Eu estava em algum tipo de sonho, só podia... Não, não, era tudo real mesmo...
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– Dr. Nikolai, a menina Eugenee realmente não sabe nada a respeito dessa festa? Por que de minha parte e da parte de George, estamos em total sigilo.
– Cassandra, Cassandra... Confio em tua palavra, e peço que confie na minha também... Quero que essa seja uma cerimônia bastante significativa para todos. Que seja Inesquecível. Principalmente para Eugenee. Que seja algo para se guardar na memória...
– Sim, entendo, e também concordo. Agora estou mais tranquila, certa de que tudo vai correr bem. Já encomendei o bolo e os doces na confeitaria do Sr. Victor, e faltam apenas alguns convites a serem entregues.
– Certo, certo. Creio que George vai levá-la ao parque hoje. Comentou algo a respeito comigo.
– Vejam só, que ótimo! Finalmente, um programa a dois. E só assim pra ele sair desse escritório, tomar um ar fresco...
– É, ele merece. É um homem bastante ocupado.
– Nikolai, permita-me fazer uma pergunta.
– Faça-a, estou escutando.
– Qual o motivo para Eugenee não participar de nenhum detalhe da festa?
Nikolai foi pego de surpresa mas, sempre discreto, conseguiu se safar.
– Bom... Por mais que Eugenee esteja atingindo a maioridade, ela ainda é uma garota sonhadora e, de certa forma, até mesmo infantil. E essas qualidades trariam certo desequilíbrio aos preparativos. Ela é muito esperta e astuta, mas eu não confiaria deixar algo sob total responsabilidade dela.
– Sim, em partes tenho que concordar, e talvez seja melhor assim. Mas ela precisa aprender a lidar com certas situações. Precisa ter tato pra tratar de certos assuntos...
– Isso ela tem mas, como já disse, a personalidade dela atrapalha um pouco. Mas não se preocupe. Quando chegar a hora, ela mesma tomará suas decisões.
– Sendo assim, então, tudo bem.
Niko era bastante escorregadio. Conseguiu a proeza de fazer Cassandra cair na sua lábia – coisa que eu, nem com chantagem emocional, conseguia com facilidade.
– Bom, presumo então que esteja quase tudo pronto, estou certa?
– Sim, e você disse que apenas alguns convites faltam serem entregues?
– Isso mesmo.
– Então deixe isso comigo. Peço para alguns de meus funcionários fazer a entrega.
– Não é necessário, eu mesma posso ir, e...
– Sem mas. Eu mesmo trato de entregar essa função aos meus subordinados.
– Tudo bem.
Disse Cassandra, vencida pela firmeza na voz e olhar de Nikolai.
– Me dê licença agora, pois vou terminar alguns assuntos. Qualquer novidade, procuro você e peço que faça o mesmo.
– Sem problemas.
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– Eugenee, agora peço que se retire. Vou fazer algumas ligações, e assim que terminar, sairemos. Peço que já vá se aprontando.
– Está certo, estou esperando!
Disse e logo saí do escritório, correndo em direção ao meu quarto.
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Num outro momento, alguns minutos mais tarde...
– George, sou eu, Niko.
– Entre e tranque a porta, por favor.
– E então? Eugenee esteve por aqui querendo saber de algo?
– Esteve sim, mas me fiz de pouco interessado. Eu lhe dei a entender que também não sabia de nada. Custou, mas ela pareceu acreditar.
– Ótimo. Cassandra também foi um tanto insistente, e quase que ela me pega desprevenido, mas logo tratei de contornar a situação...
– E quanto aos ‘toques finais’? Já conseguiu o contato de que precisamos?
– Sim, foi um bocado difícil, mas o consegui. Um camarada russo também...
– Ótimo! Sendo alguém de confiança e que execute bem o trabalho, é o que basta.
– Isso é certo. E olhe, eu tenho certo interesse em tomar parte na decoração da festa...
– Vejo que tem algo em mente...
– Sim, eu tenho... Algo que vai marcar essa festa...
– Algo pra ficar na memória de cada um dos convidados, e principalmente na memória de Eugenee...
– Posso dar uma ideia? Talvez uns lírios, girassóis, jasmim... E pra fazer um pouco o gosto dela, algo que dê um tom mais ‘meigo’, não sei...
– Não, nada disso... Eu quero rosas. Rosas brancas e amarelas...
Nesse momento, Niko esboça um olhar perdido, com um sorriso de canto. Algo sádico... E George, como que entendendo esse tipo de linguagem, repete os mesmos gestos...
– Então, que sejam rosas... as vermelhas também dariam um belo contraste...
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[No telefone...]
– Residência dos Leminski.
– Posso falar com George?
– Quem fala?
– Diga que Philip o procura.
– Está bem. Aguarde um momento.
Cassandra se dirige até o escritório e bate à porta.
– Quem está ai?
– Dr. George, sou eu, Cassandra.
– Um momento, por favor.
George se levanta, e vai atendê-la.
– Diga.
– Sr. Philip está na linha e precisa falar com o Sr.
– Ótimo. Transfira a ligação.
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Sem comentários dessa vez, quero saber das opiniões .
reviews são sempre bem vindos ^^v.