Doce Rebeldia escrita por nessie c black
Notas iniciais do capítulo
Bom, espero que gostem
O despertador começou a tocar o rock que acordava Nathalia todas às manhãs.
A garota se revirou na cama, mas o despertador do pequeno celular era insistente. Então ela o pegou na cabeceira da e o arremessou contra a parede, porém, mesmo com o baque e a queda, o celular não quebrou, nem mesmo parou de tocar. Era um celular resistente, perfeito para Nath.
Bufando, Nathalia sentou na cama e bagunçou ainda mais seus cabelos.
-Filha? Que barulho foi esse? - a voz de dona Cristina, mãe de Nathalia, vinha de detrás da porta.
-Só foi a porcaria do celular que encontrou a parede - respondeu ainda grogue.
-Nathalia, se você quebrar mais este celular, você... - Nath não esperou sua mãe terminar de falar e foi logo pegando o seu celular do chão e entrando no banheiro.
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Saia azul escuro e blusão branco com o emblema da escola Gênios do amanhã - ou G-da, forma que a escola era chamada por seus alunos. Para Nath, a farda de sua escola era tão idiota quanto o nome, e a sapatilha com meia ¾ branca que a maioria das meninas usava, deixava a farda ainda mais infantil.
O que Nath gostava na farda era que ela não ficava tão bizarra com seu all star de cano longo e que a saiapodia ser tão curta quanto ela quisesse.
Nath seguiu para a copa, onde seus pais tomavam café da manhã, deu bom dia e se sentou.
- Então, Nathalia? Como se sente voltando pro primeiro ano? - perguntou o senhor Walter, pai de Nath, demonstrando toda sua indignação com a reprovação da filha.
-Pai, por favor, não começa com isso de novo - pediu Nath.
-É, Walter! Nada de brigas a esta hora da manhã - falou dona Cristina.
-É por isso que essa menina esta assim, Cristina! Você vive passando a mão na cabeça dela. - falou o senhor Walter.
DING DONG - a campainha tocou!
-Olha aí! A Luana chegou! Tchau pai, Tchau mãe - Nath falou pegando uma barra de cereal e colocando na bolsa.
DING DONG
- Já vai! - Nath gritou a caminho da porta.
- Nossa, que demora! - falou Luana quando Nath abriu a porta.
- Ah! Nem vem reclamar, não estou com paciência! - falou enquanto fechava a porta.
A única diferença na farda de Luana e de Nath, era o all star, o de Luana era de cano médio dobrado e ela usava com uma meia tarrafa.
- Qual o drama de hoje - Luana perguntou abraçando os ombros da amiga.
- Eu tô voltando pro primeiro ano, Luh. Quem não faria drama com isso?
- É, isso é mal. - depois, Luana mudou de assunto - A gente vai passar na casa do Miguel ou vai direto pro G-da?
- Preguiça. G-da, sim. Miguel, não. - Nath respondeu usando o mínimo de palavras possível, fazendo Luana ri.
- Ok. Vamos. Agora. - disse Luana imitando a amiga.
Então elas seguiram para a escola conversando as besteiras de sempre.
Já quando estavam perto do colégio, elas ouviram alguém chamar.
- Ei, gatinhas! - disse o homem.
As meninas viraram, mais por impulso do que por curiosidade, em direção da voz.
Parado à frente delas estava um homem de no máximo 25 anos vestido como um playboyzinho qualquer.
- Estão sozinhas, princesas? - continuou, sorrindo malicioso.
Nath tirou a mochila das costas e jogou no chão, olhou por um pequeno instante e depois, sorrindo, caminhou até o cara.
-Sim, nós estamos sozinhas - falou passando a mão no rosto do homem.
Luana não entendia nada o que acontecia, mas continuava quieta.
Nath olhava para o homem de um jeito malicioso e, se concentrando, reuniu um pouco de sua força, que não era pouca, e acertou o cara com uma joelhada em suas partes intimas. Depois, enquanto o homem urrava de dor, ela lhe deu um pequeno empurrão, fazendo-o cair de costas.
- Mas não queremos sua companhia!- falou Nath indo em direção a Luana.
Nath pegou sua mochila enquanto Luana falava que deviam sair dali bem rápido. Elas começaram a andar, mas depois de terem dado uns cinco passos, no máximo, Nath sentiu um forte puxão no seu curto cabelo.
- Vem cá, sua vaca!- disse o cara agarrando Nath com o braço esquerdo enquanto ela se debatia tentando fugir.
Luana começou a gritar por socorro. Ela queria ajudar a amiga, mas não sabia como podia ajudar, o homem lhe parecia bem forte, então continuou apenas gritando e assistindo ele lamber o pescoço de sua amiga.
De longe ele assistia tudo aquilo escondido, iria correr pra ajudar as meninas, mas viu o desconhecido caindo com a força da pancada. Decidiu, então, continuar ali, apenas observando.
Nath sentiu o braço do homem se afrouxar ao seu redor e viu quando ele caiu. Ela se virou e viu Miguel com uma grande pedra nas mãos.
Miguel largou a pedra no chão e se aproximou de sua amiga, enquanto Luana se agachava perto do homem desacordado.
- Nath, você está bem? Ele fez alguma coisa com você? - perguntou Miguel, aflito.
- Eu tô bem, mas acho que você matou o cara - ela respondeu
- Não! O desgraçado ta vivo! - afirmou Luana ao verificar que o desconhecido respirava. - Você realmente tá bem? - ela perguntou se levantando e abraçando a amiga.
- Sim, não se preocupem!
Depois que as amigas se separaram, Nath percebeu que estava sendo observada. Com toda aquela confusão não tinha prestado atenção, mas sentia que alguém a vigiava.
Ela se virou procurando, mas só viu uma sombra sumindo bem perto do portão da escola.
-O que foi? - Miguel perguntou preocupado.
- Não é nada. Vamos embora daqui, antes que ele acorde. - falou indo em direção a escola.
Miguel e Luana a seguiam.
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