O Passado Oculto escrita por Dani Ferraz, Luisa Hale


Capítulo 12
O Primeiro Dia E..Katherine? PDV Lizzie


Notas iniciais do capítulo

´Gostaria de agradecer as leitoras que mandaram reviews.
Continuem lendo!



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Quando se está ansiosa, o dia se arrasta; mas se você só acordar no meio da tarde, então talvez não tenha com o que se preocupar.

Abri os olhos bem devagar e olhei para meu relógio ao lado da cama e dei um pulo pra fora da cama. Eram 5:49.. da tarde!! Como eu pude dormir tanto? Céus! Eu era uma vampira, não era? Pelo que dizem nas histórias eu nem sequer deveria dormir!

Corri para o banheiro e dei uma geral na aparência depois do logo banho.

Voltei pro quarto e peguei a bolsa que tinha escolhido para usar na escola.

Peguei o caderno, livros e tudo mais o que fosse precisar amanhã. Estaquei no lugar que estava. Amanhã seria meu primeiro dia de escola normal. Já tinha tando tempo que eu não convivia com humanos desse jeito, durante todas as manhãs. (N/A: Lizzie às vezes fica meio dramática) Terminei de arrumar tudo e só então percebi o que tinha feito, eu havia acabado de decidir continuar vivendo em Fell's Church. Minha decisão de ontem não valia mais; porque, primeiro, eu queria ficar. E, segundo, eu devia a mim mesma a chance de finalmente ter uma vida; conhecer pessoas e deixar que elas me conhececem ao invés de ficar em um lugar por alguns dias e me mudar logo depois como tenho feito com Damon por todos esses anos.

Desci as escadas e vi que Stefan estava prestes a sair.

– Onde vai? - Perguntei.

– Vou, bem.. caçar agora. - Disse ele. Parecia que estava apreensivo com o que eu ia dizer. Eu sabia que ele só caçava animais. Assim como eu.

– Posso ir junto? Já faz alguns dias que não caço, e assim vai ser mais fácil, sabe, na escola amanhã.

– Ah, claro. Tem razão é mais seguro assim. Eu não sabia que você caçava animais.

– Sim, sempre cacei, por que?

– Bem, você vivia com Damon, então eu achei que.. Você sabe.

– Não gosto de matar as pessoas. - Eu disse tentando não me sentir ofendida apesar de esperar que ele pensasse isso de mim.

– Então vamos, já vai escurecer.

(...)

Não demoramos na caçada, logo já estávamos e volta à mansão. Damon ainda não havia voltado, mas eu sabia que ele precisava de um tempo sozinho, de novo.

Tomei um banho para tirar a terra que estava em minhas pernas, e depois de me arrumar pra dormir fui até a escada e disse um "boa noite" pro andar de baixo; eu sabia que Stefan podia me ouvir.

Pulei na cama e me enfiei embaixo do edredom; estava muito nervosa com meu dia de amanhã, iria voltar a conviver com humanos e finalmente conheceria a tal Elena de quem Stefan havia me falado. Era tão estranho, ele meio que já gostava dela, sendo que ela nem sabia que ele existia, eles iriam se conhecer amanhã.

Fiquei virando de um lado pro outro e acho até que consegui dormir um pouco.

Levantei-me por volta das seis da manhã e a ansiedade não havia diminuido ao longo da noite; do contrário, estava maior ainda - se é que era possível.

Como sempre, fui pro banheiro e fiz minha higiene matinal, voltei pro quarto e percebi que ainda tinha que escolher o que vestir. E agora??, Pensei em pânico. Até ontem meu problema de vestuário era a falta de roupas, agora eu tinha roupas demais, parecia impossível escolher alguma coisa à tempo de ir pra escola.

Respirei fundo e entrei em meu enorme closet decidida a achar alguma coisa que combinasse comigo; a garota nova da escola, que vinha da Inglaterra e que morava com os também novos na cidade, irmãos Salvatore.

Devo ter demorado pouco mais de meia hora, (o que era quase um recorde) e por fim decidi que iria com uma roupa nova que eu havia amado: um vestido cinza-chumbo, que ia até pouco acima dos joelhos e tinha uma faixa do mesmo tecido, só que preta, que ficava amarrada à cintura, para que a parte de baixo ficasse meio rodada. Pus um sapatinho do tipo boneca, também na cor preta e por fim uma tiara cinza que puxava minha franja para trás. Uma maquiagem leve e pronto. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=23682793&.locale=pt-br)

Quando estava saindo do closet para pegar a bolsa, senti um vento vindo da janela.

É, humanos sentem frio mais facilmente; voltei ao closet e peguei minha jaqueta de couro preta que eu havia ganhado de Damon. Desci as escadas e vi Stefan me esperando. Quando me viu seu rosto foi de espanto à admiração. - Eu notei mesmo ele tentando disfarçar. Isso era um bom sinal: significava que eu não estava horrível para meu primeiro dia na escola.

– Atrasados? - Perguntei à ele. Não sabia exatamente a que horas as aulas começavam.

– Na verdade não, não se preocupe. - Disse Stefan. - Você está linda. Espero que os garotos daquela escola saibam se comportar perto de uma dama tão linda.

Eu corei; enquanto dizia o final da frase Stefan pegou minha mão gentilmente e a beijou como um cavalheiro.

– Obrigada. - Eu disse meio sem jeito.

– Tudo bem, vamos. - Eu disse tentando me livrar da situação constrangedora.

Droga! Mais uma injustiça. Vampiros não deveriam corar de vergonha. Não é isso que as histórias dizem?

– Então vamos.- Disse ele soltando minha mão e andando até a garagem. Eu segui ao seu lado e entrei novamente no banco passageiro de seu lindo Porsche.

– Acalme-se, é só uma escola.

Não respondi.

(...)

Alguns minutos depois eu avistei a escola. Na frente, em letras bem grandes estava escrito: Robert E. Lee High School.

Eu estava suando frio, vi todos aqueles adolescentes caminhando e rindo descontraidamente ao lado de seus amigos; todos felizes por se reencontrarem depois das férias. Estávamos no último ano, não seria nada divertido, mas pelo menos seria uma experiência diferente do meu já monótono cotidiano. Viajar, compras, Stefan (pra mim era hotel, ao invés de Stefan), viajar de novo, mais compras e mais Stefan (o que significava outro hotel).

Enquanto Stefan procurava uma vaga para estacionar o carro,eu agradeci mentalmente por estar em um carro que não era barulhento, assim não seríamos notados ao chegar. A última coisa que eu queria era ser o centro das atenções aqui, ainda mais no terrível primeiro dia, onde todos são curiosos e enxeridos na vida dos outros. De repente meu rosto desabou. Assim, que Stefan parou o carro, uma garota loura (que acabara de se tornar minha inimiga #1) arruinou meus planos, apontando pro Porsche e praticamente fazendo um escândalo, que atraiu a atenção de pelo menos umas doze pessoas, fora as infelizes que estavam com ela.

Ah, que ótimo! pensei com sarcasmo. Na hora eu tive vontade de simplesmente pular do carro e esganar aquela idiota magricela, que havia acabado a me sentenciar a um dia no inferno.

Descemos do carro, e para minha infelicidade não tinha nem um buraco no chão que fosse grande o bastante para eu enfiar minha cabeça dentro. Eu só queria sumir.

Pelo que pude notar, todos, todos mesmo, estavam olhando enquanto eu e Stefan entrávamos rapidamente na escola. Fomos até a secretaría e demos nossos nomes, já que era nosso primeiro dia aqui. A senhora boazinha que nos atendeu voltou com o horário das aulas (que infelizmente não eram iguais) e com os números de nossos armários. Saímos e bem nessa hora ouvi o sinal do primeiro horário tocando. Olhei pra lista: História - SALA 2.

Stefan olhou pra mim e disse: Geometria - SALA 7.

– Até mais tarde então. - Eu disse meio que decepcionada. A ideia de voltar à escola já não me parecia tão brilhante.

– Até. Sorria, esse é só o primeiro dia. Você tem até o final do ano pra se acostumar. - Disse ele irônico. Eu mostrei a língua pra ele como uma criança de 5 anos. Ele viu que eu estava preocupada de verdade. Será que o resto do ano também seria tão estranho?

– Vai dar tudo certo. - Disse ele me abraçando e depois me dando um beijo na testa. Era impressão minha ou ultimamente eu estava ouvindo muito essa frase?

– Sei, espero que sim. - Eu disse indo pra sala 2. Sussurrei um "boa sorte" por cima do ombro e continuei andando. Depois de dois corredores parei na porta que dizia: História - Prof. Alaric Saltzman.

Respirei fundo e entrei. A sala ainda estava praticamente vazia; a aula só começava quando tocavam o segundo sinal do primeiro horário.

Escolhi uma carteira no fundo da sala e me sentei. Fiquei parada encarando o nada, pensando em onde estaria Damon a uma hora dessas, e fui interrompida por uma pessoa (a escandalosa que havia apontado pro Porsche e estragado meu dia) que me cutucou e começou a falar com uma voz que me irritava:

– Olá, sou Caroline Forbes, seja bem vinda a Robert E. Lee, eu sou chefe das líderes de torcida e do grêmio estudantil, então qualquer coisa que você precisar é só falar comigo, e pode ficar comigo e com minhas amigas durante o intervalo entre as aulas, e no horário do almoço, e pode se juntar a nós líderes de torcida, que somos muito boas mas sempre é bom ter uma companheira a mais, só que deve saber que treinamos muito, você vai ter que se dedicar muito e.. - Caraca essa garota não calava a boca, e eu já havia elegido ela como inimiga#1, não aguentava mais...

– Para! - Eu praticamente gritei pra ela enquanto tampava meus ouvidos. Se eu continuasse ouvindo aquele blá blá blá interminável eu só teria duas opções: matar aquela tal de Caroline ou me matar. A primeira opção era muito atraente..

– Eu sou Elizabeth Grayes, muito prazer! - Eu disse apressada. Stefan tinha dito para ser educadacom os humanos, e eu iria tentar ao máximo é claro, mas aquela criatura falante na minha frente só podia ser de outro planeta! Era insuportável!

– Obrigada pela preocupação, mas não é necessária. Sinto muito, acho que não sirvo de líder de torcida. - Eu disse. Para ser franca comigo mesma, admito que estava tentando fazer essa garota me detestar, assim ela não ficaria atrás de mim o tempo todo.

– E quanto aos intervalos, já tenho companhia. - Dei um sorrisinho falso pra ela, que ainda me encarava atônita. Acho que ela não estava acostumada com pessoas sinceras; a maioria devia fingir simpatia, só pra ela não criar caso.

Depois de mais alguns segundos ela deu meia volta e sentou-se em uma cadeira que ficava no canto da sala, parecendo meio atordoada com o modo em que falei com ela. Ah, que se dane, ela tinha sorte por eu não tê-la matado.

O tal professor Alaric entrou na sala, mal passava de um garoto, devia ter uns vinte e poucos anos. Tentei prestar atenção em sua aula mas acabei me distraindo de novo. Pensei no meu passado, e voltei a lembrar de Katherine. Se eu pudesse matá-la eu mesma.. Ela era a culpada de tudo isso.

Meus devaneios foram interrompidos por batidas fracas na porta. Alaric foi olhar quem era. Uma garota - pela voz suave - estava se desculpando pelo atraso, dizendo que teve um problema em casa.

Alaric respondeu:

– Tudo bem, só tente chegar na hora da proxima vez, ok srta. Gilbert?

– Claro. E me chame de Elena.

Elena Gilbert? A garota de quem Stefan me falou? Ai, porquê Alaric tinha que tampar minha visão.. Eu queria vê-la.

Foi então que ele saiu da frente e...

– Ah..Não pode ser. - Foi tudo o que saiu de minha boca, mas foi alto o suficiente para os outros ouvirem.

Aquela era...não podia ser. Katherine estava, morta, não é?!


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Notas finais do capítulo

É, eu sei que o cap. termina com muito suspense, mas..acompanhem pra ver o que acontece!bjos