O Passado Oculto escrita por Dani Ferraz, Luisa Hale


Capítulo 1
Outra Viagem *PDV Lizzie*


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira Fic.
Espero que gostem!
:*



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Prólogo


As pessoas dizem que com o passar do tempo adquirimos sabedoria. Bom, já se passaram mais de cem anos que fui transformada, e mesmo assim, quando chega a hora de tomar uma decisão, de tentar seguir o que meu coração diz, me sinto novamente como a garota ingênua de 16 anos que eu costumava ser. Acho que nem o tempo pode mudar isso. Quando se trata de amor, sempre iremos agir como se fosse a primeira vez.


***


– E lá vamos nós de novo. – Pensei. Eu não disse isso em voz alta. De qualquer jeito, ele também já sabia muito bem que não era sério. Há muito tempo Damon percebeu que, por mais que ele não conseguisse compreender o porquê, eu não me importava com nossas ‘viagens misteriosas’, na verdade, já tinha me acostumado.

Eu nunca reclamei das viagens que Damon e eu fazíamos atrás de seu irmão caçula, Stefan. O que não me agradava era que eu sempre tinha que ficar, fosse no hotel, fosse em uma das dezenas de casas espalhadas pelo mundo que estavam em nome da família Salvatore. Quero dizer, até onde eu sei, Stefan nem se lembra da minha existência. Talvez por ter me visto só uma vez, quem dirá duas, há quase um século e meio.Literalmente.


   Tudo começou em 16 de Agosto de 1849. Eu nasci e vivi em Fell's Church, Virgínia. Minha família e eu moramos lá até meus 15 anos. Conheci os irmãos Salvatore aos 12, em 1861, se me lembro bem. Eles eram alguns anos mais velhos que eu.  Nos mudamos para uma cidadezinha próxima chamada Leesburg, para fugir da confusão durante a ‘caça aos vampiros de Fell's Church.

   Um belo dia, em 1865, um hóspede apareceu em nossa casa, parecendo perturbado. Meus pais disseram que ele poderia ficar conosco durante o tempo que precisasse. Logo eu percebi que havia algo de diferente nele, algo que eu não conseguia explicar o quê era; e o mais assombroso era o fato de que eu conhecia aquele homem, mesmo ele tendo se identificado como Charles Lane. E eu estava certa: Aquele era Damon Salvatore.

   Não nos falávamos muito, mas de algum jeito eu sentia que confiava nele.

   E foi então que aconteceu. O grande incêndio em minha casa. Até hoje não sei o que o causou, e Damon jurou que não foi ele. Eu acredito nele, afinal ele não tinha motivos para isso e naquele dia ele havia saído e comprado passagens de navio para a Europa. Disse que ia embora ficar com os familiares da Itália.

Bom, voltando ao acidente, foi sem dúvida alguma, a pior coisa que já aconteceu em toda a minha vida.

Destruiu não somente minha casa e todas as minhas coisas, como também queimou toda a minha família e a mim, quando eu entrei para tentar salvá-los. Eles não sobreviveram e eu tampouco teria sobrevivido se Damon não tivesse voltado para pegar suas malas; ele me encontrou e me tirou da casa. Ele me disse que meu corpo estava muito queimado e que nenhum humano poderia sobreviver àqueles ferimentos. Eu me lembro de pedir a ele que me ajudasse e que me salvasse de alguma forma. Sei que fui egoísta, mas na hora tudo o que eu conseguia pensar era na dor das queimaduras de 3º grau. E foi assim que aconteceu. Damon me salvou da única forma possível. Me transformou em vampira, como ele, e somos imortais desde então.


   Foi aí que começamos a viajar juntos, por todos os lugares imagináveis, e eu me tornei sua irmã caçula, ou maninha, como ele gosta de me chamar. Com o tempo percebi o que ele fazia quando me deixava em casa ou passeando o dia todo: seguia o irmão dele. Como eu já disse, Stefan nem deve mais se lembrar de que um dia conheceu a pequena Lizzie.


Terminamos de arrumar as malas, e eu fui pegar os passaportes – sempre leve os passaportes – foi uma lição que aprendi com o tempo. Mesmo deixando para perguntar nosso próximo destino só quando estivéssemos na metade do caminho, eu tinha certeza de que toda vez que Damon dizia as palavras “hora de viajar” iríamos a algum lugar fora das fronteiras do país em que estivéssemos no momento. Fomos ao aeroporto de táxi como de costume (não valia a pena deixar os carros estacionados no aeroporto por sabe-se lá quanto tempo até nossa volta) e entramos no saguão dos principais vôos internacionais. Ao entrar na fila para conferir as passagens, eu abri a bolsa e peguei os passaportes como de costume. Damon me olhou com uma cara de desculpas, e eu entendia exatamente o significado daquela expressão: “Me desculpe por fazer você passar por isso pela milésima vez”.

Eu só revirei os olhos pra ele. E ele também entendia a minha expressão: “Você sabe que eu não me importo com isso”. E era verdade, já me acostumei com essa vida. Afinal de contas, já faz muito tempo. Tanto tempo que eu nem me importava mais com o fato de estar aqui. Mas eu sabia o porquê.

Eu devia minha vida (bom, minha existência, para ser mais exata) a ele; o que importava fazer algumas viagens com ele enquanto se assegurava de que seu irmãozinho estava a salvo? Eu até que gostava disso. Conhecer novos lugares e ver suas mudanças através dos anos. E eu gostava da ideia de ter 16 anos para sempre.


   Fiquei pensando nisso enquanto andava ao lado de Damon através do saguão e entrava no avião. Estava tão distraída que nem notei as placas ou os anúncios do piloto sobre o nosso destino daqui á algumas horas. Pouco importava. Eu estava com a pessoa que me salvou e cuidou de mim; eu estava com meu irmão.



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Notas finais do capítulo

Vou postar mais alguns capítulos que já estão prontos.
PS: Se alguém tiver algumas ideias pra historia, por favor comentem. ( minha criatividade não eh lá grande coisa)
bjos