- Kowloon é cego. Seu pai o tornou cego, Londres.

Cego. Essa palavra ecoou em minha mente por um bom tempo. Meu... Pai ? Eu sei que ele já tivera feito muitas maldades, mas... Deixar um garoto cego? Eu não tive tempo para raciocinar. Alguém todos em meu ombro, logo vi que era Kowloon. Este estava com um sorriso leve no rosto, as orbes claras fechadas. Num tom suave, disse;

- Não tem problema, senhor Londres. Agora, é melhor se sentar, a aula vai começar! – E de fato começara.

Um professor um tanto baixo, asiático. Eu conhecia. Ah, sim. Da reunião! Aquele era Wang Yao! Eu tinha me esquecido por um momento, mas... Eu queria saber, ele iria ser nosso professor? Olhei o horário; aula de mandarim. Mentira! Temos de aprender todas as línguas? Acho que o chinês leu minha mente, pois disse;

- A aula de mandarim substituirá a de inglês, aru. – Disse, colocando as mãos por dentro das mangas.

- Por quê? – Pude ouvir uma voz ao fundo; Madri, que eu havia de ter encontrado também na reunião.

- Por que... – Pequim interrompeu. – Papai agora é a primeira potencia do mundo.

Percebi quatro pessoas abaixarem a cabeça ao mesmo tempo. Tentei localizar. Um; Robert. Dois; Jane. E o terceiro e o quarto... Quem era mesmo? Eu não sei... Aqueles fios... Ottawa e Quebec! Recordo-me de que o nome de Quebec é Jean, mas tenho de me lembrar o de Ottawa. Por que eles se abaixaram? Ah, sim. Pequeno detalhe; O Canadá é completamente dependente dos USA. Faz sentido, o Canadá baixou o IDH e não está mais no G8. Sinto pena, eles são tão gentil, fofo, vulneráveis.

Meus pensamentos se dissiparam novamente; alguém tocando na porta da classe. O chinês mais velho andou até a porta para abri-la, enquanto a classe ficava calada diante da informação que Pequim dissera. Percebi um bando entrando na sala. Eles se posicionaram em frente à lousa, ao lado de China.

- Esses são os novos alunos. – Fez uma pausa antes de se direcionar para os alunos novos. – Apresentem-se.

- Eu sou... – O loiro maior, com um pequeno topete rebelando o cabelo, disse. – Copenhague!

- Eu sou... Reiquiavique. – O albino com um pequeno penguin nos braços disse. Filho de Iceland? – É um prazer.

- Eu sou Oslo. – O outro loiro não sorriu, continuou ali. Aquela cruz... Norway? – Hm.

- Estocolmo. – O pequenino com um chapéu azul dizia. Ah, claro. Suécia.

- Eu sou Hensilque! – O loiro com um cachorrinho peludo nos braços sorriu. Finlândia?

- E eu sou – Outro loiro pequenino, com um chapéu de marinheiro engraçado. – Sealand Jr, aya!