Eu estava andando tranquilamente por aquela pequena cidade, apesar de em tempos como esse ser muito difícil andar tranquilo por qualquer parte do mundo, de qualquer forma eu já estava tão acostumado que era tranquilo andar com preocupações. As pessoas nas ruasandavam sempre desconfiadas, parecia que a qualquer momento alguem ia nos atacar, não era por menos, se um soldado do reino chegasse em você e você não o ajudasse, era mais provável achar a fómula da poção no chão por acidente do que ele não te matar.

Depois de um tempo caminhando encontrei uma loja para magos, em todas as cidades tinha uma parecida, eu sempre ia nelas em busca de alguns livros ou mesmo objetos mágicos, o que eu podia comprar eu comprava, o que não podia eu tentava roubar, nunca me importei em roubar nada, mas so roubava o que precisava, se não fosse assim talvez tivesse morrido de fome, ou seria um mendigo qualquer de depois de alguns dias ia ser usado de escravo pelos soldados do reino.

Entrei na loja, nela havia uma jovem, baixa, de cabelos lisos , um tanto curtos e ruivos, usando um sobretudo marrom. Comecei a vagar entre as preteleiras, era uma minuscula sala com prateleiras em todas as paredes, e no fundo um balcão, com um velho, que certamente era o dono da loja.
Passei a verificar os livros um a um, alguns possuiam cadeados que pela minha experiência eram trancados magicamente, quem comprasse teria que descobrir sozinho um meio de abri-lo. Nunca tentei me aventurar em um desses mas achava interessante. Sem perceber, fui passeando pelas prateleiras e de repente estava ao lado da jovem ruiva, olhei um pouco para o lado e notei que ela tentava colocar um livro dentro do sobretudo, certamente ia rouba-lo. Após colocar no sobretudo senti alguem passar por trás de nós. Tentei me afastar rapidamente, ao me virar me deparei com o velho dono da loja, ele tinha um semblante de ira, certamente já havia perebido o rouba da jovem, ele parecia nada contete comigo também.

"Seus ladrões!!", e falou, e como suspeitei ele me incluio no meio.

Nessa hora a jovem se virou, eu pude ver um pequeno frasco de vidro na mão do velho, não era boa coisa, certamente jogaria na gente e não seria nada bom. Esses velhos donos de lojas geralmente tinham alguns tipos de liquidos muito raros e com certeza carissimos, coisa que talvez nenhuma outra pessoa andasse por ai. Na hora que ele jogou, levantei e abri minha mão em direção ao vidro e tentei para o fraco no ar com magia, não funcionava, por uma fração de segundo achei que o fraco ia bater na gente e se quebrar, mas a jovem ao meu lado tirou algo do bolso e lançou contra o frasco, era um pequeno saco de couro, que ao colidir com o fracos se abriu, soltando um pó verde que o fez o ficar paralisado no ar. Antes que eu pudesse perceber o que tinha acontecido ela já estava correndo porta a fora, e eu corri junto, o velho veio atrás, já fora da loja escutei o barulho do frasco caindo no chão e quebrando.

Corriamos pela cidade, o velho ia atrás, com certeza iriamos escapar correndo dele se não fosse o fato de alguns soldados estarem perto de onde estavamos passando, o velho começou a gritar "LADRÕES", e os guardas notaram nossa fulga e foram atrás, não dava para escapar, estavamos perto da floresta mas os guardas estavam quase nos alcançando. Eu tinha que fazer alguma coisa, não podia lutar, ia ser perseguido depois mesmo se ganhasse a luta. Seria melhor que os guardas não vissem meu rosto.

Novamente a jovem teve iniciativa, ela tirou outra coisa do bolso jogou para trás, era outro saco com pó, dessa vez deixou os guardas atordoados, todos estavam com a mão no rosto, coçando os olhos e gritando. Enquanto eles se recuperavam, nós fugimos, entramos na floresta, o que não era nada bom, pois alem dos soldados irem procurar por nós após se recuperarem, já estava escurecendo.