Bulletproof escrita por _Rouse_


Capítulo 4
Capítulo 4




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    Assim que algemei Matthew e garanti que Philip e Joey ficariam de olho. Decidi conversar um pouco com Neal e com o garoto, para negociar sua liberdade. Ainda esperávamos a aterrissagem.

- Gata, você não precisava fazer tudo isso, bancar até a policial, para me seduzir, era só falar que você teria ido pra aquele banheiro comigo... – Matthew sorriu se achando o  ser mais malicioso do mundo! Agachei para ficar de sua altura, já que ele e Neal estavam sentados no chão, ainda algemados, e me aproximei até sua orelha, devagarzinho, exibindo o decote da minha regatinha, e fazendo com que seu braço tocasse de leve em minhas pernas.

- Amor... Eu teria te contado... – Disse sussurrando, e então berrei em seu ouvido – MAS, EU NÃO QUERO NUNCA TER ALGO COM VOCÊ! NUNCA! NUNCA! JAMAIS! NEM QUE EU TENHA QUE FICAR COM O MR.MACHO! – Apontei pro boiolão que encarava Neal com cara safada. – Nunca. E eu não vou contar sobre isso pro seu pai, se você não repetir esta cena, ok?

- Ma...Mas... Ah. Ok. – Ele sorriu maleficamente, e mesmo com medo, o libertei das algemas. Escoltei Matthew até Jenny, e agora o algemei com ela, garantindo que eles não se separassem. E voltei para falar com Neal.

- Do que você está rindo? – O cutuquei apenas para incomodá-lo.

- Até parece que você não estava aqui segundos atrás.

- E não estava, eu estava era levando Matthew pra Jenny... – Disse ironicamente.

- Minutos. Que seja. – Seu sorriso diminuiu.

- o que aconteceu? – Fiz pouco caso.

- O garotinho deu em cima de você.

- E daí?

- Nossa! Sra. Eusougostosa!

- Aff – Grunhi e ele começou a me zoar.

- You are a Free Bitch, baby!

- O que você quer?! – Tirei suas algemas.

- Com você? ... O mesmo que você quer com o Matthew.

- Idiota. – Murmurei brava.

- Por que?

- Vai me dizer que nunca, nenhuma garotinha deu em cima de você! – Eu comecei a rir com a sua careta.

    Uma menina de mais ou menos 14 anos se aproximou com os olhos meigamente arregalados, e disse:

- Desculpe, moço. Por que você foi preso? Você é pedófilo?

- Não! Não. Não, menina! De onde você tirou essa idéia?! -  Ele respondeu indignado, e ela saiu cabisbaixa murmurando tristonha. Eu cai na gargalhada.

- Para de rir, idiota! – Ele reclamou.

- Vem – Puxei Neal violentamente, encenando, e o joguei em sua poltrona.

- Você não estava usando um vestido vermelho?! – Ele finalmente reparou na minha troca de roupa. Agora eu usava um top e um short bem coladinhos pretos, meu uniforme de usar embaixo de vestidos, e nas inúmeras armas presas no meu corpo.

- Estava. – Sorri. E tirei as armas que estavam presas nas minhas cochas.

- Como e quando? – Ele parecia espantado.

- Quando você estava ocupado cobrindo seus dotes. – Apontei.

    Ele ergueu as sobrancelhas ao achar meu  vestido jogado em minha poltrona.

- Que foi? – Ri de sua cara.

- Nada... Só imaginando...

- O que?

- Uh? – Sentei do seu lado.

- O que você está imaginando...?

- Nada não.

- Quem imagina, imagina algo. O que você estava imaginando...?

- Bom eu... Eu estava ima... – Uma aeromoça apareceu meio desesperada e começou a me cutucar, enquanto dizia que alguém estava dando um ataque na segunda classe. E que já tínhamos que pousar. Fui até onde Phil chorava aos berros e gritava que o avião ia cair.

- Ah... Phil? – Sussurrei e me aproximei abraçando-o.

- Chloe? – Ele choramingou.

- O que foi? Você está bem?

- Eu... Nada,

- Você está com medo! – Constatei, eu sei uma cura perfeita para o medo. Mais medo. – Se você continuar dando chilique, amor, se você derramar uma única lágrima eu atiro na asa deste avião e ninguém sobrevive. – Anunciei em sua orelha. Ele estremeceu.

    Automaticamente Philip enxugou as lágrimas, estufou o peito, e abraçou uma almofada fortemente, para controlar suas emoções. Joey abraçava o amigo. E eu dei um tapinha em suas costas, aprovando sua atitude.

- Bom garoto. – Esperei o avião pousar sentada com eles. E quando desembarcamos o processo se tornou duas vezes mais rápido. Já estávamos no estacionamento entrando numa Hyundai. Jenny, Joey e Matthew no banco de trás, eu e Neal, no da frente. Infelizmente. Coloquei uma música para nos acalmar durante a viajem até o nosso hotel.

- Pronto. – Neal sorria satisfeito – Chegamos ao hotel!

-Uhul!

-Aê!

- Peraí... Cadê o Philip? – Berrei, olhando ao redor.

- PHIL? PHILIP?! PHILIP! PHILIP? PHILIP?! PHIL! PHILIP?! PHIL… - Joey berrava desesperado, enquanto eu tentava convencer as pessoas do aeroporto a chamarem Philip pelo microfone. Acabamos tendo que voltar para o Aeroporto para buscar a criatura infeliz.  

- Senhor Philip por favor apareça na porta principal para se encontrar com seus amigos. – A moça cuspiu as palavras.

- Philip?! – Muitos caras apareceram, mas nenhum era Phil... Encarei todos novamente, e foi aí que vi. Philip sentado em um canto, completamente encolhido e amedrontado, com os olhos vermelhos.

- Philip!

- Chloe! – Ele me deu um abraço de urso. – V-vocês não e-esque-eceram! N-não se esqueceram de m-mim! – Ele soluçou as palavras.

- Como poderíamos? – Retribui o abraço amistosamente.

- Relaxa Phil! Do meu lado nada te acontecerá! – Joey abraçou seu amigo, e não foi o abraço que nos preocupou, e sim sua frase. Ele era o único ser na terra que conseguia falar de 10 frases, 9 com malícia, e ainda por cima acidentalmente! – Quer dizer... Não é isso... Eu posso explicar. – Ele sorriu nervoso.

- Ah, não pode não! – Philip se afastou dele automaticamente. Caímos nas gargalhadas. E desta vez, levei todos para o hotel.

 


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Notas finais do capítulo

Tia Rouse (nééé Rose)



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