Bulletproof escrita por _Rouse_


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/89205/chapter/1

- Bom dia Chloe! – Harold, o recepcionista nerd me cumprimentou.

- Hey. – Meu próprio jeito de dizer oi – Alguma notícia? – Sorri.

- Bom, várias, meu tio saiu da Cadeia, e minha mãe tem mais um mês de vida, meu pai está se recuperando da Depressão e minha namo...

- Harold, querido, tem alguma notícia sobre mim? – Se eu não o interrompesse, ele continuaria falando porcarias.

- Ah, claro... – Ele apertou um botão, e Jennifer apareceu.

- Oi, Chloe.

-Hey Jenny! – Ela me conduziu até a grande porta vermelha e dourada.

- Vamos. – Ela a abriu e me guiou até o Mr. Gam.

- Mr. Gam – Sorri educadamente.

- Chloe.  – Ele me imitou em um tom respeitoso.

- Me desculpe por comentar, mas não entendo por que o senhor me chamou... Stan já foi eliminado.

- Oh. Isto é o de menos. Já sabia de sua execução, querida. Eu te chamei para solicitar um novo trabalho. – Mesmo estando velho, Gam, meu chefe, tinha muita vitalidade.

- Então... Em que posso lhe servir?

- Cãhãm... – Um mini-homem, que estava atrás dele, pigarreou.

- Ah, lamento muito. Chloe, este é meu filho.

- Prazer. – Sorri de longe.

- O prazer é todo meu... – O garoto tinha mais ou menos uns 17 anos, bonito, e fortinho, sorriu pra mim.

- Você terá que vigiá-lo para mim... – Mr. Gam pediu. – Você será recompensada.

- Muito bem recompensada... – Sussurrei. – Eu aceito! – Assinei meu nome no papel que ele me entregara, só para comprovar que eu trabalhara no caso, e para poder receber meu pagamento depois.

- Estou muito aliviado em ter você, minha melhor agente, no comando. – Ele se apressou em dizer.

- No comando?

- Sim, você terá uma equipe. – Ele disse sorrindo. Claro! Uma equipe! O sonho de todo criminoso!

- Cãham. – Dessa vez fui eu quem limpou a garganta. – Pois bem... Quem faz parte da minha equipe?

- Apenas Pilip, Jennifer, Joey e um novato...

- Uãhm... – Engasguei. Não! – Um novato?

- Sim, um novato. –Ele me encarou meio sobressaltado com minha reação - Trate-o bem.

- Claro, claro. Você quer que ele se mantenha por um bom tempo no cargo...

- Isso mesmo.

- Posso saber o nome dele?

- Neal.

- Neal! Neal... – Nome de nerd! – Neal O que?

- Shot. Neal shot.

 - Então ok.

- Boa tarde... – Um gato de terno entrou na sala. Com uma cara de “Uh?!”.

- Boa tarde Neal! – Gam sorriu educadamente.

- Neal, por favor. – Ele disse, e eu acenei tentando não perder a cabeça.

- Neal esta é Chloe, e agora que você conhece a comandante nessa missão... Podem ir escolher o país.

- Com prazer. – Sorri e sai apressadamente de lá. Indo pra minha sala.

- Com licença. – Neal tinha me seguido.... humpft!

- Toda. – Peguei meu laptop e fiquei procurando um país... Nigéria? Alemanha?!

- O que você está fazendo?

- Exatamente o que você deveria estar fazendo. – Sorri.

- Uh...

- Finlândia! – Soltei um gritinho meio feliz demais.

- Não, isso é um país, meu nome é Neal, não é tão difícil assim.

- Não é difícil, é irrelevante. Vamos para Finlândia. Faça suas malas. – Ignorei sua asneira e fui pegar minha mala, que estava em cima do armário. Nossa... Que armário alto! E a mala é meio pesada... Minha dificuldade, em tirar aquele troço de lá, era enorme!

- Quer ajuda? – E Neal reparou...

- Não.

- Desculpe, pergunta errada. Você precisa de ajuda? – Ele insistiu.

- Não! – Respondi ainda mais raivosa. E a mula ainda por cima veio me ajudar! Ele ergueu a mala com facilidade. E a colocou no chão em meros 5 segundos. Mas meu orgulho sempre foi muito grande. Peguei meu revólver e atirei no peito do desgraçado. Ele caiu no chão de bunda.

- Ouch! – Ele colocou a mão bem onde a bala tinha entrado. – Estragou minha roupa... – Ele se levantou espanando o peito. – Isso dói sabia?

- Não, não.

- E se eu não estivesse de colete à prova de balas? – Ele reclamou.

- Mas você estava.

- E se não?!

- O problema não ia ser meu. – Sorri.

- Chloe, decidiu pra onde vamos? – Jenny entrou na minha sala meio temerosa.

- Claro! – Sorri – Finlândia! Faça suas malas.

- Agora, preciso avisar Philip e Joey?

- Deve.

- Tudo bem. – Ela se apressou em sair.

- Todos por aqui têm medo de você? – Neal disse tentando me abalar, e conseguindo.

- Como assim? – Bom, quase.

- Você não viu a cara dela?

- Vi, e ela é uma linda garota de 17 anos trabalhando no meio de um bando de assassinos, e quem faz as sobrancelhas dela tem talento.

- Ela tem medo de você.

- Ela não tem! Ela é minha amiga. – Disse quase gritando e me virei para pegar algumas coisas no guarda-roupa.

- Ela é?

- É. – Peguei minha maleta prateada e a enchi de várias coisas, algemas, mais armas, mais coletes, uma roupa preta apertadinha linda, maquiagem, e muito, muito dinheiro.

- É isso que você vai levar?

- É isso o que você também deveria levar.

- Calma, calma. – Ele se sentou no sofazinho da minha sala.

- Qual é o seu problema?!

- o meu?

- Não, não, o do Batman!

- Então tá.

- Batman o cacete! – Perdi a linha – Eu te incomodo?

- Incomoda. – Ele sorriu.

- Então vê se vai embora! – Abri a porta sugestivamente.

- Não... Obrigada. Seu sofá é bem confortável...

- Eu não perguntei se você queria ir. Eu mandei você ir! – Levantei-o e retorci seu braço para trás, enfiando a arma em suas costas.

- Ai. – Ele reclamou.

- Você vai sair. – Empurrei-o para fora e bati a porta em sua cara.

    Minha maleta prateada estava pronta, a admirei, era linda, sempre fui fascinada, por maletas prateadas...  Elas me acalmavam...

- Chloe? – Philip entrou na minha sala meio assustado.

- Oi?

- Avisou ao Mini Gam sobre a Finlândia...?

- Estou Indo. – Sai da sala em uma velocidade razoavelmente boa.

    Passei por Neal e ele veio reclamar, mas o deixei falando sozinho. Cheguei na grande porta e a empurrei sem pedir passagem.

- Mr. Gam?

- Oh! Chloe. Decidiu o país?

- Sim, Finlândia, e estamos todos prontos.

- Espero que a Finlândia esteja pronta para vocês. – Ele sorriu enquanto me entregava mais uma maleta com mais materiais de trabalho.

- Vou obrigá-la a estar. Seu filho já fez as malas?

- Sim, Philip fez para ele.

- Matthew? – Chamei a criatura. E ele prontamente apareceu, com uma mala enorme.

- Vamos. – Levei o garoto comigo, e reuni a equipe, chegamos ao aeroporto de limusine. Mal pusemos um pé lá dentro, já esperávamos ser chamados para embarcar. Foi tudo muito rápido.

    Sentei para tomar um café enquanto assistia Matthew, Philip e Joey indo comprar algumas revistas. “Nota mental: Lembrar de avisar a Philip e a Joey que Matthew é novo, e não pode ler esse tipo de revista”. Avistei o novato se aproximando, então coloquei os fones de ouvido, e deixei a música me rodear.

    Assisti o otário sentar comigo, e pedir um café, também, ele começou a falar, sozinho. Ele tagarelava muito, e aproveitei para observá-lo melhor... Ele não era bem do jeito que eu o imaginara... Não mesmo. Ele era bonito, forte, seus olhos azuis e cabelos escuros não costumam ser comuns... Ele era mesmo lindo.  Fiquei deleitando-me com a visão, enquanto ele falava.

    O novato começou a se aproximar de mais, não sei o que ele estava falando, mas seus olhos me derreteram, e eu não consegui mais raciocinar. Ele se debruçou sobre a mesa, e encostou sua mão em minha orelha... Então... Um calafrio percorreu meu corpo.

- Filho da... – Berrei quando ele puxou meus fones. – AI! – Coloquei a mão na orelha.

    Ele ficou rindo de mim, enquanto eu esfregava a minha orelha dolorida. Aposto que eu estava vermelha de raiva.

- Você não estava me ouvindo... – Ele largou meus fones no chão, e pisou em cima. Amaldiçoei estar em um aeroporto e não poder atirar nele neste instante.

- Me faz um favor? – Pedi.

- Claro, Por você, Chloezinha, qualquer coisa.

- Vai tomar no cú, e me deixa em paz.

- Desculpe, gata, mas agora não posso fazer isso. – Ele se aproximou colocando a mão na frente da boca, como se fosse confidencial e disse – Agora, eu estou no meio de uma missão...

- Ah! – Rosnei – Se eu passar mais um minuto com você vou me suicidar.

- Se quiser, eu ajudo!

- Idiota! Energúmeno! -  Murmurei pegando um pedaço de bolo, decidida a ignorá-lo.

- Você pode comer bolo?! – Ele disse admirado.

- Como assim? O que?! – Fiquei completamente indignada.

- Ah... Nada, só pensei que você não podia comer bolo...

- Você está me chamando de gorda? Gorda?!

- Não, não exatamente...

- Hã!  - Engasguei – Com licença...

- Pra onde você está indo?

- Pro banheiro – Sussurrei.

- Ah... Desculpe... Eu não sabia disso...

- Do que?

- Do seu problema... É isso, não? Bulimia é um problema... Sério...

- Vai tomar no rabo! Eu não tenho Bulimia! Energúmeno! Quer fazer mais comentários inconvenientes? Quer saber pra qual banheiro eu vou?! E o que eu vou fazer lá?! – Berrei bonito.

- Ó por deus! – Ele pareceu ofendido – Não queria te incomodar, mas já que oferece a informação... – Cara de pau! Maldito! Me fez passar vergonha! No aeroporto! AH! Rosnei e dei as costas pra ele, enquanto contava inúmeras vezes até dez.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bjos!
Tia Rouse (nééé Rose)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bulletproof" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.