Bulletproof escrita por _Rouse_
- Bom dia Chloe! – Harold, o recepcionista nerd me cumprimentou.
- Hey. – Meu próprio jeito de dizer oi – Alguma notícia? – Sorri.
- Bom, várias, meu tio saiu da Cadeia, e minha mãe tem mais um mês de vida, meu pai está se recuperando da Depressão e minha namo...
- Harold, querido, tem alguma notícia sobre mim? – Se eu não o interrompesse, ele continuaria falando porcarias.
- Ah, claro... – Ele apertou um botão, e Jennifer apareceu.
- Oi, Chloe.
-Hey Jenny! – Ela me conduziu até a grande porta vermelha e dourada.
- Vamos. – Ela a abriu e me guiou até o Mr. Gam.
- Mr. Gam – Sorri educadamente.
- Chloe. – Ele me imitou em um tom respeitoso.
- Me desculpe por comentar, mas não entendo por que o senhor me chamou... Stan já foi eliminado.
- Oh. Isto é o de menos. Já sabia de sua execução, querida. Eu te chamei para solicitar um novo trabalho. – Mesmo estando velho, Gam, meu chefe, tinha muita vitalidade.
- Então... Em que posso lhe servir?
- Cãhãm... – Um mini-homem, que estava atrás dele, pigarreou.
- Ah, lamento muito. Chloe, este é meu filho.
- Prazer. – Sorri de longe.
- O prazer é todo meu... – O garoto tinha mais ou menos uns 17 anos, bonito, e fortinho, sorriu pra mim.
- Você terá que vigiá-lo para mim... – Mr. Gam pediu. – Você será recompensada.
- Muito bem recompensada... – Sussurrei. – Eu aceito! – Assinei meu nome no papel que ele me entregara, só para comprovar que eu trabalhara no caso, e para poder receber meu pagamento depois.
- Estou muito aliviado em ter você, minha melhor agente, no comando. – Ele se apressou em dizer.
- No comando?
- Sim, você terá uma equipe. – Ele disse sorrindo. Claro! Uma equipe! O sonho de todo criminoso!
- Cãham. – Dessa vez fui eu quem limpou a garganta. – Pois bem... Quem faz parte da minha equipe?
- Apenas Pilip, Jennifer, Joey e um novato...
- Uãhm... – Engasguei. Não! – Um novato?
- Sim, um novato. –Ele me encarou meio sobressaltado com minha reação - Trate-o bem.
- Claro, claro. Você quer que ele se mantenha por um bom tempo no cargo...
- Isso mesmo.
- Posso saber o nome dele?
- Neal.
- Neal! Neal... – Nome de nerd! – Neal O que?
- Shot. Neal shot.
- Então ok.
- Boa tarde... – Um gato de terno entrou na sala. Com uma cara de “Uh?!”.
- Boa tarde Neal! – Gam sorriu educadamente.
- Neal, por favor. – Ele disse, e eu acenei tentando não perder a cabeça.
- Neal esta é Chloe, e agora que você conhece a comandante nessa missão... Podem ir escolher o país.
- Com prazer. – Sorri e sai apressadamente de lá. Indo pra minha sala.
- Com licença. – Neal tinha me seguido.... humpft!
- Toda. – Peguei meu laptop e fiquei procurando um país... Nigéria? Alemanha?!
- O que você está fazendo?
- Exatamente o que você deveria estar fazendo. – Sorri.
- Uh...
- Finlândia! – Soltei um gritinho meio feliz demais.
- Não, isso é um país, meu nome é Neal, não é tão difícil assim.
- Não é difícil, é irrelevante. Vamos para Finlândia. Faça suas malas. – Ignorei sua asneira e fui pegar minha mala, que estava em cima do armário. Nossa... Que armário alto! E a mala é meio pesada... Minha dificuldade, em tirar aquele troço de lá, era enorme!
- Quer ajuda? – E Neal reparou...
- Não.
- Desculpe, pergunta errada. Você precisa de ajuda? – Ele insistiu.
- Não! – Respondi ainda mais raivosa. E a mula ainda por cima veio me ajudar! Ele ergueu a mala com facilidade. E a colocou no chão em meros 5 segundos. Mas meu orgulho sempre foi muito grande. Peguei meu revólver e atirei no peito do desgraçado. Ele caiu no chão de bunda.
- Ouch! – Ele colocou a mão bem onde a bala tinha entrado. – Estragou minha roupa... – Ele se levantou espanando o peito. – Isso dói sabia?
- Não, não.
- E se eu não estivesse de colete à prova de balas? – Ele reclamou.
- Mas você estava.
- E se não?!
- O problema não ia ser meu. – Sorri.
- Chloe, decidiu pra onde vamos? – Jenny entrou na minha sala meio temerosa.
- Claro! – Sorri – Finlândia! Faça suas malas.
- Agora, preciso avisar Philip e Joey?
- Deve.
- Tudo bem. – Ela se apressou em sair.
- Todos por aqui têm medo de você? – Neal disse tentando me abalar, e conseguindo.
- Como assim? – Bom, quase.
- Você não viu a cara dela?
- Vi, e ela é uma linda garota de 17 anos trabalhando no meio de um bando de assassinos, e quem faz as sobrancelhas dela tem talento.
- Ela tem medo de você.
- Ela não tem! Ela é minha amiga. – Disse quase gritando e me virei para pegar algumas coisas no guarda-roupa.
- Ela é?
- É. – Peguei minha maleta prateada e a enchi de várias coisas, algemas, mais armas, mais coletes, uma roupa preta apertadinha linda, maquiagem, e muito, muito dinheiro.
- É isso que você vai levar?
- É isso o que você também deveria levar.
- Calma, calma. – Ele se sentou no sofazinho da minha sala.
- Qual é o seu problema?!
- o meu?
- Não, não, o do Batman!
- Então tá.
- Batman o cacete! – Perdi a linha – Eu te incomodo?
- Incomoda. – Ele sorriu.
- Então vê se vai embora! – Abri a porta sugestivamente.
- Não... Obrigada. Seu sofá é bem confortável...
- Eu não perguntei se você queria ir. Eu mandei você ir! – Levantei-o e retorci seu braço para trás, enfiando a arma em suas costas.
- Ai. – Ele reclamou.
- Você vai sair. – Empurrei-o para fora e bati a porta em sua cara.
Minha maleta prateada estava pronta, a admirei, era linda, sempre fui fascinada, por maletas prateadas... Elas me acalmavam...
- Chloe? – Philip entrou na minha sala meio assustado.
- Oi?
- Avisou ao Mini Gam sobre a Finlândia...?
- Estou Indo. – Sai da sala em uma velocidade razoavelmente boa.
Passei por Neal e ele veio reclamar, mas o deixei falando sozinho. Cheguei na grande porta e a empurrei sem pedir passagem.
- Mr. Gam?
- Oh! Chloe. Decidiu o país?
- Sim, Finlândia, e estamos todos prontos.
- Espero que a Finlândia esteja pronta para vocês. – Ele sorriu enquanto me entregava mais uma maleta com mais materiais de trabalho.
- Vou obrigá-la a estar. Seu filho já fez as malas?
- Sim, Philip fez para ele.
- Matthew? – Chamei a criatura. E ele prontamente apareceu, com uma mala enorme.
- Vamos. – Levei o garoto comigo, e reuni a equipe, chegamos ao aeroporto de limusine. Mal pusemos um pé lá dentro, já esperávamos ser chamados para embarcar. Foi tudo muito rápido.
Sentei para tomar um café enquanto assistia Matthew, Philip e Joey indo comprar algumas revistas. “Nota mental: Lembrar de avisar a Philip e a Joey que Matthew é novo, e não pode ler esse tipo de revista”. Avistei o novato se aproximando, então coloquei os fones de ouvido, e deixei a música me rodear.
Assisti o otário sentar comigo, e pedir um café, também, ele começou a falar, sozinho. Ele tagarelava muito, e aproveitei para observá-lo melhor... Ele não era bem do jeito que eu o imaginara... Não mesmo. Ele era bonito, forte, seus olhos azuis e cabelos escuros não costumam ser comuns... Ele era mesmo lindo. Fiquei deleitando-me com a visão, enquanto ele falava.
O novato começou a se aproximar de mais, não sei o que ele estava falando, mas seus olhos me derreteram, e eu não consegui mais raciocinar. Ele se debruçou sobre a mesa, e encostou sua mão em minha orelha... Então... Um calafrio percorreu meu corpo.
- Filho da... – Berrei quando ele puxou meus fones. – AI! – Coloquei a mão na orelha.
Ele ficou rindo de mim, enquanto eu esfregava a minha orelha dolorida. Aposto que eu estava vermelha de raiva.
- Você não estava me ouvindo... – Ele largou meus fones no chão, e pisou em cima. Amaldiçoei estar em um aeroporto e não poder atirar nele neste instante.
- Me faz um favor? – Pedi.
- Claro, Por você, Chloezinha, qualquer coisa.
- Vai tomar no cú, e me deixa em paz.
- Desculpe, gata, mas agora não posso fazer isso. – Ele se aproximou colocando a mão na frente da boca, como se fosse confidencial e disse – Agora, eu estou no meio de uma missão...
- Ah! – Rosnei – Se eu passar mais um minuto com você vou me suicidar.
- Se quiser, eu ajudo!
- Idiota! Energúmeno! - Murmurei pegando um pedaço de bolo, decidida a ignorá-lo.
- Você pode comer bolo?! – Ele disse admirado.
- Como assim? O que?! – Fiquei completamente indignada.
- Ah... Nada, só pensei que você não podia comer bolo...
- Você está me chamando de gorda? Gorda?!
- Não, não exatamente...
- Hã! - Engasguei – Com licença...
- Pra onde você está indo?
- Pro banheiro – Sussurrei.
- Ah... Desculpe... Eu não sabia disso...
- Do que?
- Do seu problema... É isso, não? Bulimia é um problema... Sério...
- Vai tomar no rabo! Eu não tenho Bulimia! Energúmeno! Quer fazer mais comentários inconvenientes? Quer saber pra qual banheiro eu vou?! E o que eu vou fazer lá?! – Berrei bonito.
- Ó por deus! – Ele pareceu ofendido – Não queria te incomodar, mas já que oferece a informação... – Cara de pau! Maldito! Me fez passar vergonha! No aeroporto! AH! Rosnei e dei as costas pra ele, enquanto contava inúmeras vezes até dez.
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Bjos!
Tia Rouse (nééé Rose)