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 O empresário de madeixas roxas respirou fundo algumas vezes antes de adentrar de supetão na sala do filho, o encontrando sentado em um dos sofás olhando para o nada, totalmente alheio a sua presença. O meio sayajin estranhou tudo aquilo.

— Vincent! Vincent, Vincent! – Chamou Trunks caminhando até o rapaz, que nesse momento saiu do transe e o encarou.

— Pai! O que foi? – Pediu se levantando e ajeitando o cabelo.

— Me diga uma coisa, por que a sua prima saiu desesperada daqui de seu escritório? – Inquiriu cruzando os braços.

— Eu beijei a Mary! Ela está com medo porque sente o mesmo que sinto por ela – Confessou transtornado o neto de Vegeta, ao mesmo tempo em que caminhava de um lado e do outro.

— Isso é errado filho, vocês são primos! Esse relacionamento não pode acontecer, o Goten vai pirar se souber do que aconteceu aqui, ele é capaz de fazer sua prima sair daqui da empresa – Trunks rebateu nervoso.

— Que se dane que somos primos! Eu a quero e vou tê-la – Vincent teimou.

— Vincent você tem namorada, esqueça a Mary, por favor! – Suplicou o empresário.

— Eu vou lutar pela Mary, ela será minha e nem você e nem ninguém vai impedir isso, eu estou completamente apaixonado por ela – Silvou exaltado, com a voz um pouco alterada.

— Pare com isso Vincent! Não teime comigo... Mary corre perigo de morrer caso ela se envolva com você – Revelou Trunks, fazendo o filho arregalar os olhos assustado.

— Mas por quê? – Murmurou temeroso o filho de Marrom.

— Porque os senhores do tempo, da vida e da morte acham que ela vai ser uma distração para os planos que eles têm para você...

— Todo esse tempo vocês separaram a gente e eu não sabia o motivo, agora tudo faz sentido. Não quero que ela se machuque, não quero perdê-la – Falou desesperado, ao mesmo tempo em que levava as mãos na cabeça tentando se acalmar.

— Por isso você precisa fazer tudo o que eu disser, sem me contestar. Você me entendeu?

— Sim pai! – Concordou com a voz um pouco embargada.

Enquanto isso, Mary invadiu rapidamente o toalete feminino mais próximo naquele andar e se trancou lá. Aquele banheiro era extremamente elegante, pia de mármore preto, espelho com moldura de mogno, torneiras douradas, piso branco de porcelana e azulejos brancos com detalhes dourados e gravuras em formato de flor. A moça se encarou no espelho por alguns minutos e resolveu molhar o rosto, tentando se acalmar, pois o baque que sofreu com seu primo fora enorme. Não sabia que ele nutria algo por ela da mesma forma que sentia por ele. Todo aquele acontecimento estava mexendo com seus sentimentos, tudo era muito errado, não podia ceder àquela paixão, por mais que quisesse. Então pegou uma cápsula e a abriu tirando de lá sua escova e maquiagem, penteou seu cabelo, passou baton, base, e refez o lápis nos olhos, pois o atual estava borrado. Ajeitou a roupa, encapsulou novamente seu kit e saiu do banheiro. Um pouco mais calma voltou até ao escritório onde trabalhava.

Algumas horas se passaram e agora a noite já se apresentava na capital do oeste, Gohan estava em sua casa com Videl jantando uma boa lasanha, quando de repente sentiu o Ki de seu pai aparecer do nada. Isso fez com que ele largasse o garfo na mesa, ficando sério e em sentido de alerta. Imediatamente notou que seu genitor aparentava estar junto com Vegeta na corporação cápsula,

— O que está acontecendo Gohan? – perguntou Videl preocupada, analisando o semblante do marido, que pareceu desconcertado.

— Meu pai está com o Vegeta! Para shenlong ter concordado em deixar ele vir para cá, só pode ser algo muito grave. Amor guarda minha comida na geladeira, preciso ir lá na corporação capsula agora – Murmurou o moreno caminhando apressadamente até a porta de saída da casa.

Videl ficou pensativa com a informação, suspirou e resolveu ligar para sua filha para lhe contar sobre o avô, apesar de que ela já devia ter sentido o ki dele.

Nesse mesmo instante na corporação cápsula, Vegeta conversa com Goku na sala, ambos demonstravam preocupação, Goten que tinha recém chegado do serviço sorriu ao rever seu pai e também entrou na conversa. Enquanto isso, Mary estava nervosa e ansiosa para conhecer seu avô, nunca o tinha visto, essa seria sua primeira vez. Sua mãe e avó a incentivavam a ir conversar com ele, porém ela estava insegura.

— Vai lá filha! Ele é seu avô! – Murmurou Bra.

— Estou nervosa mãe e se ele não gostar de mim?

— Que bobagem, ele vai ficar feliz em lhe ver – Retrucou Bulma ao mesmo tempo em que empurrava a neta até a porta da sala, onde estava Goku, Goten e Vegeta reunidos.

A garota de madeixas turquesa suspirou derrotada e caminhou até o centro da sala, quando chegou lá, à conversa de imediato cessou e Goku começou a analisá-la. Goten vendo aquilo resolveu apresentar sua herdeira.

— Papai, essa é a Mary minha filha! – Falou Goten pegando na mão da garota e a puxando mais próxima dele e do seu genitor.

— Nossa como você é bonita Mary, puxou a sua avó Bulma e sua mãe – Goku sorriu gentil.

— O que lhe trás aqui vovô? – Pediu a jovem de cabelos turquesa.

— Eu estava falando com o seu pai e com seu outro avô, que eu vim até aqui para lhe proteger – Revelou o moreno, ganhando um olhar inquisidor da neta.

— Como assim? – Sussurrou receosa.

— Eles não te contaram que sua vida está em risco? – Perguntou sério.

— Não! Eu só sei que o Vincent vai lutar em outra dimensão e que os senhores do tempo vem buscar ele – Respondeu alheia a sua situação.

— Bem, eu preciso te perguntar uma coisa, é para sua segurança, não me leve a mal.

— O que você quer saber? – Indagou cruzando os braços em sinal de nervosismo.

— Você e Vincent estão namorando? – Questionou o sayajin super sério, notando a face da jovem a sua frente se contrair numa carranca.

— Não, ele está namorando uma garota do serviço dele.

— Ele já te beijou a força?

— Hoje ele fez isso... mas eu fugi – Confessou Mary, vendo o rosto de seu pai se contorcer em fúria.

De repente a conversa entre eles foi interrompida pela chegada abrupta de Gohan, que irrompeu o local apressadamente, parecendo que tinha ouvido o que a sobrinha tinha contado.

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Continua

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