Uma Virada no Destino escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 16
O tempo passa!




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Dezesseis anos se passaram num piscar de olhos e a época em que Loenik prometeu que iria vir buscar Vincent tinha chegado. Nesse meio tempo que passou muitas coisas aconteceram.

Vincent Briefs atualmente encontrava-se com 19 anos e era formado em engenharia mecatrônica. Já fazia dois anos que ele trabalhava como gerente de projetos e criação de novas tecnologias da corporação cápsula, onde seu pai era o presidente. O treinamento no qual Vincent teve que enfrentar dos 5 anos até os 19 estava dando certo, pois seu nível de luta se equiparava quase ao de seu avô que sentia-se orgulhoso do neto. Com Gohan o rapaz aprendeu algumas técnicas diferenciadas que iriam lhe ajudar durante a batalha em que os senhores do tempo, da vida e da morte iriam enfrentar. O filho de Trunks ficou sabendo da missão incumbida a ele ao mesmo tempo em que foi trabalhar na empresa com o pai e quando soube não gostou nem um pouco, mas isso era um preço a se pagar pela vida que lhe foi devolvida, ele tentava se conformar com o seu destino. A única coisa que lhe foi omitida foi que teria que se casar também com uma completa desconhecida.

Nesse mesmo período sua prima Mary Briefs Son recém tinha completado 15 anos e cursava a faculdade de direito desde os 13 anos, porque queria seguir a carreira do pai como advogada. A garota vivia com os pais e avôs na mansão Briefs, adorava o seu avô Vegeta, que apesar de um pouco ranzinza a amava. A moça era a cópia fiel de sua avó, cabelos e olhos azuis, assim como sua genitora. Mary estava muito entusiasma, pois sua mãe Bra tinha lhe conseguido um estágio de meio período no departamento jurídico da corporação cápsula, por ser vice-presidente. O que deixou a adolescente triste foi saber que seu pai Goten tinha ficado desgostoso com a novidade, porém ela não sabia o motivo dele não a querer ver trabalhando ou estagiando na empresa da família da mãe.

Já era a segunda semana que Mary estagiava na corporação cápsula, seus colegas do departamento jurídico até agora estavam sendo gentis e atenciosos. Eles a tratavam de forma especial, muito diferente do tratamento que davam a dois estagiários que também estavam lá. Isso lhe deixou muito receosa, porém seu pai já tinha lhe avisado sobre isso. Ela estava de auxiliar de Rhana, uma advogada já de meia idade, que aparentava ser mais paciente que os outros que trabalhavam ali.

Terça-feira começou com tudo para a filha de Bra, prova de direitos humanos pela manhã na faculdade, uma matéria que graças a deus Mary tinha perfeito domínio, saiu um pouco antes que seus colegas naquele dia, porque foi uma das primeiras a terminar a avaliação.

A moça de madeixas azuladas saiu apressada do campus da universidade e foi almoçar numa lanchonete próxima a corporação cápsula, onde sua mãe marcou para encontrar ela. Ao adentrar no local, Mary avistou seu tio Trunks e seu primo Vincent acompanhado de sua assessora Isabely, provavelmente sua namorada pensou a azulada, não conseguia simpatizar com ela, achava a loira muito nojenta, pelas poucas vezes que interagiu com esta na empresa. Caminhou a passos lentos, até ficar de fronte a sua mãe, que arregalou os olhos em surpresa por ela ter chegado quase meia hora antes do combinado.

Os olhos de Vincent se focaram em Mary quando ele sentiu o ki da prima, imediatamente a analisou dos pés a cabeça. Ela realmente estava muito bonita com aquela saia e blazer social, dava-a uma aparência mais séria e responsável. Isabely notou o olhar do namorado quando este visualizou a prima, e uma pontada de ciúmes a invadiu, fazendo a loira fechar a cara.

Trunks notou o momento em que o filho analisou a prima, aquele olhar interessado e apaixonado fez com que uma luz vermelha acendesse em sua cabeça. Imediatamente olhou para Mary e observou que ela ficou na defensiva ao ver a namorada de Vincent. Só sabia de uma coisa, Goten iria matar ele e Bra por terem insistido no estágio de Mary na empresa. De repente os devaneios do empresário são interrompidos pela voz da sobrinha.

— O que foi tio Trunks? Não gostou de me ver? – Inquiriu a adolescente de cabelos turquesa.

— Desculpe Mary, eu estava pensando em uns contratos, mas claro que gostei de lhe ver, como você está bonita! – Respondeu o meio sayajin abraçando a sobrinha e dando passagem para ela sentar-se entre ele e Bra, ficando de frente a Vincent e Isabely.

— Ai tio, assim você me deixa com vergonha!

— Mas é verdade prima, você está muito bonita – Anuiu Vincent, ganhando um olhar mortal de sua namorada, que não gostou.

— Vincent, assim você me deixa sem graça! Ainda bem que somos primos, senão sua namorada iria pensar que você está interessado em mim – Replicou a neta de Bulma, ao mesmo tempo em que olhava o cardápio.

— Pode apostar que sim queridinha! – Retrucou a loira com os olhos faiscando.

— Então Isabely, não precisa fazer essa cara, que não sou uma ameaça para você ou eu deveria pensar que sou? - Pediu sarcástica.

— Claro que você não é... – Silvou a moça de madeixas douradas.

Os dois irmãos só se olharam e ficaram pasmos com aquela cena, pois não acreditavam no que estavam ouvindo. Enquanto Vincent optou pelo silêncio, porque não sabia o que dizer diante daquela conversa. Sua mente não estava mais pensando de forma racional, não queria admitir, mas nutria um sentimento por sua prima, que ás vezes o assustava. Respirou fundo e resolveu voltar-se para seu prato e terminar de comer.

Nesse mesmo instante no Planeta Lucks, o Rei Arluso dos senhores do tempo, da vida e da morte mandou chamar imediatamente o sacerdote real Loenik, que não custou a comparecer a sala do trono.

— Mandou me chamar meu senhor? – Pediu o ruivo.

— Sim, quero lhe informar que recebi a recém uma carta do Rei Prex declarando guerra ao nosso povo. Nós já sabíamos que isso iria ocorrer, está na hora de você ir buscar Vincent – Declarou o monarca.

— Partirei ainda hoje – Loenik comunicou.

— Vá o quanto antes. O inimigo é astuto e pode nos atacar a qualquer momento – Murmurou Arluso levantando-se do trono.

E assim o sacerdote em passos largos saiu do recinto e foi até o seu dormitório, onde pegou alguns pertences e se preparou para sua viagem dimensional que o levaria a dimensão onde estava Vincent.

Enquanto isso, na capital do oeste, exatamente na corporação cápsula, já era passado das quatro da tarde, todos trabalhavam concentrados. Trunks estava em sua sala conversando com sua irmã, sobre sua preocupação a respeito de seu filho, do que tinha observado, deixando Bra um pouco alarmada. Não muito longe dali, Isabely se beijava com Vincent na sala dele.

— Preciso ir meu amor, tenho dentista marcado para agora, se lembra que te falei ontem? Bem... ele só tinha esse horário – Falou a loira se desvencilhando dos braços do namorado.

— Não tem problema! Eu sou seu chefe direto. Só peça para a recepcionista atender as ligações por você e me mandar aqui pra sala só o que for importante – Instruiu o rapaz de madeixas roxas.

— Vou falar sim, nos vemos mais a noite – Se despediu a garota antes de sair do escritório e caminhar em rumo ao elevador.

Já sozinho na sala, Vincent foi até o telefone que ficava em sua mesa e ligou para o departamento jurídico e ordenou que Rhana mandasse Mary até a sala dele. A senhora de meia idade não questionou o pedido feito, pois os dois eram primos e não viu nada demais naquilo.

Mary estranhou aquela ligação de Vincent, porque ele nunca tinha pedido para vê-la durante o expediente antes, aquela era a primeira vez. Fora do ambiente de trabalho o contato entre eles sempre foi restrito, nunca se encontravam sozinhos. Ela não sabia o qual era motivo de tanto zelo, uma vez questionou seus pais o do porque não poder dormir na casa da prima ou ficar sozinha com Vincent e eles desconversavam, dizendo que era coisa da cabeça dela.

Ao entrar no departamento onde seu primo trabalhava notou que a secretária não estava ali, aquilo tudo começou a ficar mais medonho ainda, só faltava ela estar se agarrando com ele, pensou a garota fazendo careta. Aproximou-se da porta e bateu, ouviu-o gritar para que ela adentrasse e foi o que fez. Ingressou rapidamente no local, mas ao olhar para frente não viu Vincent sentado em sua mesa, o procurou pelo escritório, quando de repente sentiu dois braços a envolvendo pela cintura por trás, esse ato a imobilizou. Sentiu a respiração de Vincent próximo ao seu pescoço, um arrepio tomou conta de seu corpo enquanto sua mente tentava achar uma explicação para o que acontecia

— O que você pensa que está fazendo Vincent? – Mary exigiu embravecida, pois não entendeu aquela atitude do primo, ele estava muito esquisito.

— Você me deixa louco! Diga-me que não sente algo por mim! – Falou o filho de Trunks beijando o pescoço de sua prima, que ficou ofegante e a todo custo tentava se libertar.

— Isso é errado Vincent! – Protestou.

— Confesse, que eu te largo! – Sussurrou rouco no ouvido da garota que sentiu um arrepio em todo o seu corpo.

 - Eu sinto algo por você sim, mas isso é errado, não podemos nos entregar a esse sentimento – Retrucou a azulada sentindo os braços de Vincent se afrouxar e de forma brusca a virar de frente para ele.

— Não resista a esse sentimento Mary – Exigiu o rapaz, antes de puxar a moça de madeixas turquesa para um beijo longo e demorado, que fora correspondido aos poucos.

Já sem ar os jovens se largaram, recobrando a consciência Mary empurrou Vincent e saiu correndo da sala dele e quase trombou com seu tio no corredor, que achou aquilo muito esquisito. Trunks notou que sua sobrinha estava transtornada, imediatamente estreitou os olhos ao notar da onde ela tinha saído.

Continua

 


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