Seguiram então todos até o clube noturno que haviam combinado de se encontrar. O clube estava cheio. Dificilmente alguém os reconheceria. Tom foi dar uma volta com Georg e Maurício pelo clube. Gustav não os tinha acompanhado, pois queria ir dormir cedo para descansar. Duda se sentou em uma mesa, e pediu uma bebida. Logo Bill foi sentar-se com ela.

- E então, você não dança? – diz Bill, sorrindo.

- Ah não! Eu sou um desastre dançando. – ambos riem

- Somos dois então.

- Haha, é... – fala Duda, já ficando sem assunto, tomando um gole do seu drink.

- Bem, eu sei que não é da minha conta mas, eu vi o que aconteceu, ou o que não aconteceu entre você e o Tom no corredor... – diz Bill olhando pra Duda, que então se engasga.

- Viu?

- É, vi sem querer...

- Bom, eu acho que ele me interpretou errado... Mas tudo bem, essas coisas acontecem...

- Eu achei muito legal da sua parte o que você fez. Nos últimos tempos o Tom não tem recebido muitos não’s, acho que isso vai ser bom pra ele...

- É... talvez. É que por mais fã que eu seja de uma pessoa, pra essas coisas leva-se muito tempo, ou então tem de se estar muito apaixonada, penso eu... E é por essas coisas que eu sou encalhada! – fala Duda, agora rindo.

- Eu penso exatamente assim também. Eu sempre precisei de muito tempo pra conseguir confiar ou simplesmente conversar sobre assuntos assim, mas por incrível que pareça, com você tem sido diferente...

- Hahaha, sério? – fala Duda enquanto ri, olhando para Bill.

- Sim, sério mesmo. Você é diferente das outras fãs e garotas em geral...

- Que isso... Eu só ‘pareço’ ser legal às vezes, mas eu sou a pessoa mais chata do mundo, não se engane – ambos riem.

- Ah, duvido! – diz Bill, enquanto ri.

  Em seguida, os outros garotos juntam-se a eles, e ficam boa parte da noite ali, os 5 a contar piadas e falar de shows e fãs. Mas de pouco em pouco tempo, Bill e Duda trocavam olhares. Antes de irem embora, Maurício deu o número de telefone deles para os garotos, caso quisessem marcar alguma coisa outro dia. Na saída, quando estavam se despedindo, Bill; ao dar um abraço em Duda, coloca disfarçadamente um papel com o número do seu celular no bolso do casaco dela, que comovida com o abraço, acaba nem percebendo. Duda e Maurício então chamam um táxi, e vão até casa. O percurso foi feito em silêncio, Maurício era o melhor amigo de Duda, e sabia que ela precisava de um tempo, para não misturar realidade com imaginação, e acabar por ficar louca; então ele apenas sorriu, e estendeu-lhe a mão, que ela não recusou. Eram como irmãos, e se entendiam tais como.

Continua...