Correio Eletrônico escrita por Mel_Bates


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse, essa é a minha primeira fic. Espero que gostem...

O primeiro cap ficou meio grandinho... Vou tentar permanecer com esse tamanho o decorrer da fic, mas só Deus sabe como isso é difiícil as vezes néh não? rs



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CAPITULO UM

 

- Sum! Sum, querida! Acorde já! Seu pai já está aqui! – gritou minha mãe.

 

-Já acordei, mãe! Não precisa gritar!

 

Legal, hoje é o dia mais feliz da minha vida... Ah, fala sério! Não sei qual é o problema de me deixar morando aqui sozinha. Já tenho 17 anos, não sou mais criança. No entanto, parece que eles acham que eu não estou pronta para assumir tamanha responsabilidade. Até parece que é muito difícil cuidar de casa se levando em conta que eu já faço tudo isso, já que minha mãe vive nas nuvens e por ela morreríamos de fome.

 

Por isso, a partir de hoje, começarei uma nova vida morando ao lado do meu pai e da mais nova mulher dele e seu – insuportável – enteado.

 

Quando desci a escada, meu pai já estava lá embaixo me esperando (parece que ele quer que eu tome o café da manhã com ele e a sua mais nova família), enquanto conversava com meu querido irmão mais velho David. Sendo que ele não terá que se mudar comigo, pois ele acabou de entrar na faculdade de Yale. Na verdade, ele já deveria está lá conhecendo o seu novo companheiro de quarto.

 

Eles pararam de falar quando entrei pela sala.

 

- Summer ! Meu deus, como você está diferente...Vem cá, vem me dá um abraço.- levantou ele com os braços abertos para me receber.

 

Fui ao seu encontro tentando mostrar tanta ansiedade quanto ele, mas não tive tanto sucesso assim.Se ele percebeu, não disse nada.

 

- Então pai, podemos ir...To morrendo de fome.- disse enquanto o abraçava.

 

-Ah...Claro...- me largou ele- Desculpe, Sum. Tinha me esquecido de que você ainda não comeu nada.

 

-Tudo bem, pai.- me virei para minha mãe, que já estava com os olhos cheios d’água- Tchau mãe. Me liga assim que chegar em Chicago, ta? Quero saber de tudo. Os coquetéis, as sessões de autógrafos...Tudo!

 

-Claro...Ai, eu vou sentir tanta saudades de vocês dois...- falou ela enquanto agarrava a mim e ao David.

 

Depois de tanta choradeira e despedidas, entrei no carro e me apavorei – estava sozinha com meu pai. Nunca fomos de nos falar. Depois da separação então, tudo só piorou. Quando nos falávamos era pra iniciar alguma discussão.

Eu sabia o ano que me esperava.

 

Mas não conseguia me arrepender. Escrever era a grande paixão da minha mãe.Eu não ia deixar que ela desperdiçasse essa chance de correr o país dando autógrafos, um momento pelo qual ela esperava a vida toda pra acontecer. Por isso eu não conseguia me arrepender.

 

Ao chegar lá, todos estavam a minha espera. Até o Austin. Acredito que a mãe dele o tenha obrigado, para parecer que todos eles estavam animados com a minha chegada.

 

Quando sai do carro, ela veio correndo me abraçar.

 

- Summer! Que bom que você veio! Como está bonita!- ela se virou para o filho com um olhar severo e sugestivo.

 

- É....Você está muito bonita.- falou o Austin tentando ser educado e fracassando completamente devido ao tom de voz arrogante utilizado.

 

- Vem cá que eu vou te mostrar a casa. E o seu quarto. – começou ela me puxando para dentro da casa - Espero que goste dele...Eu mesma que decorei.

 

- Não precisava, Mary. Mas mesmo assim foi muito gentil da sua parte...

 

Foi aí que a minha boca caiu. A essa altura estávamos dentro do meu quarto e estava tudo perfeito.

 

-Meu deus! Mary...ta tudo...perfeito! – eu disse sinceramente pela primeira vez desde que chegara – Eu adorei!

 

-Não foi nada, querida! Hã...Você deve estar com fome. – Eu vou preparar algo pra você.

 

-Obrigada.- disse eu sem graça.

 

Ela se retirou do quarto e desceu as escadas rapidamente cantarolando alguma música que eu não reconheci. Comecei a pensar que, afinal de contas, não seria tão ruim assim viver lá. Logo que pensei nisso ouvi um barulho vindo da porta do quarto só que do lado de fora. Era o Austin com as minhas malas. Ele tinha deixado uma delas cair.

 

- Austin! Cuidado! É nessa mala que está meu laptop!

 

- Não foi nada. Eu estou bem, obrigado por se preocupar. – disse ele com sarcasmo.

 

-Hahaha... muito engraçado. Virou piadista agora?

 

-Eu vou ignorar isso como eu sempre faço quando você está falando. – disse ele – Mas mudando um pouco de assunto: você vai ou não me deixar passar para colocar as malas no seu quarto? Ou será que a mocinha prefere leva-las ela mesma.- ele olhou para mim com um olhar desafiador.

 

Decidi não aceitar o desafio. Eu sabia o que tinha dentro delas. Não deviam estar nada leves. Por isso, decidi sair do caminho.

 

- Foi o que pensei. – declarou ele.

 

-Coloque-as ao lado da cama, por favor. – tentei ser simpática.

 

- Meu deus! Dia histórico! Ela pediu por favor.- implicou ele.

 

-Chega de piadinhas, ta legal? Não deixe isso tudo ainda mais difícil de se suportar.- rebati – Eu vou comer algo. Não mexa em nada. – alertei.

 

- Não se preocupe. Não tem nada que me interesse aqui.

 

Desci correndo as escadas, ansiosa com o que me esperava na cozinha. A Mary era famosa pelas delícias que fazia na cozinha, ao contrário da minha mãe, que era um completo desastre.

 

Não estava errada. Estava tudo tão delicioso que eu começava a achar que eu poderia sobreviver a tudo isso. Bom, até o meu pai começar a falar.

 

- Summer, você é do mesmo colégio do Austin, não é?

 

-Sim, eu sou. Mas por que você está me perguntando isso agora? – logo agora que estava tudo bem você me lembra de uma coisa dessas?

 

- É que o ônibus não passa tão perto daqui, então eu pensei que você poderia ir para o colégio com ele.

 

Nesse momento, eu senti que tudo que eu tinha engolido naquela hora iria voltar. Mas acho que não fui a única a me sentir assim, já que o Austin que por acaso estava passando pela cozinha tinha ficado congelado, imóvel, quando ouviu as palavras do meu pai. Ele também foi o primeiro a reagir a elas.

 

- Phill, não que eu seja contra. Mas eu acho que a Summer tinha pensado em ir para a escola com as amiguinhas delas. E...

 

- Não! Não quero que ela atrapalhe as outras que moram perto de lá a fazerem isso. – interrompeu meu pai – Então está resolvido. Amanhã os dois indo para escola. E juntos!

 

Logo depois dessa declaração, percebi que eu tinha perdido a fome. Resolvi subi e desarrumar as malas e digerir essa situação sozinha. Enquanto subia, ouvi o Austin fazer de tudo para convencer o meu pai a mudar de idéia, mas ele parecia estar convicto de sua decisão.

 

Não demorei muito para terminar o serviço. Não tanto quanto eu queria. Resolvi, então, deitar e tentar dormir um pouco. Mas o sono não vinha.

De repente, ouvi o som da minha porta se abrir com violência. Era o Austin.

 

- Obrigado por me ajudar com o seu pai.

 

- De nada.

 

-Como se já não bastasse ter que conviver com você durante um ano ainda vou ter que leva-la para cima e para baixo como se fosse sua babá, ou melhor, seu motorista.

 

-Sai do meu quarto. – falei furiosa.

 

Ele ficou imóvel. Olhando para mim fixamente, mas de um jeito que ele nunca fez antes.Isso me deixou ainda mais furiosa.

 

-Sai do meu quarto, AGORA! – gritei enquanto empurrava ele e batia a porta na cara dele.

 

Estava furiosa demais para tentar dormir, por isso peguei meu laptop para checar minha caixa de e-mails.

 

Tinha mensagens de todas as minhas amigas querendo saber como tinha sido a mudança. Respondi a todas. Tinha até uma da minha vizinha – ou melhor, minha ex-vizinha - querendo saber se o Austin andava sem a blusa pela casa.

Resolvi ignorar aquela.

 

Parece que para as meninas da minha escola, ele era considerado atraente. Não vou negar: ele não é feio, mas também não é um deus grego nem nada.Quando estava pensando no assunto recebi um e-mail que me chamou a atenção.

 

Era ele. O THEGUY, o meu correspondente secreto.Eu me lembro que isso tudo começou como uma brincadeira das garotas que me inscreveram nesses encontros onlines. Lembro também que na hora eu fiquei furiosa, mas depois que comecei a trocar e-mails com ele, esqueci de toda aquela raiva. Ele definitivamente me conquistou.Só que isso já levou muito tempo. Eu ainda não sei quem ele é apesar dele estar cada vez mais perto de descobrir quem sou. Foi isso que me chamou atenção. O e-mail que ele me enviou, quer dizer. E não o fato de ser ele quem o tenha enviado.

 

THEGUY: VOCE ACREDITA QUE DEPOIS DE TANTO TEMPO, SÓ AGORA CONSEGUI DESCUBRIR QUEM VOCE É?

 

Congelei no mesmo momento. Mas resolvi não transparecer a minha reação ao escrever a minha mensagem.

 

LOVELYPRINCESS : SÉRIO? DUVIDO.

 

THEGUY: PELO VISTO VOCE NÃO ACREDITA. QUER MESMO PAGAR PRA VER?

 

LOVELYPRINCESS: QUERO. NUNCA PENSEI QUE FOSSE ASSIM TÃO FÁCIL DESCOBRIR QUEM SOU.

 

THEGUY: ENTÃO TÁ, VOCE QUEM SABE.LÁ VAI ENTÃO. VOCE É...

 

Será que ele conseguiu mesmo descobrir isso? Espero que não. Ai, é agora ou nunca...

 

THEGUY: SUMMER HUBBARD.

 

Meu queixo caiu. Demorou um pouco para eu me recuperar totalmente. Mas quando o fiz, estava intrigada. Ele conseguiu, será que eu conseguirei descobrir quem ele é?

 

LOVELYPRINCESS: E VOCE? QUEM É VOCE?

 

THEGUY: PELO VISTO EU ACERTEI. PARABENS PARA MIM ENTÃO.

 

LOVELYPRINCESS: VOCE AINDA NÃO ME RESPONDEU. ESTOU ESPERANDO. VAI ME DIZER OU NÃO?

 

A resposta dessa mensagem não chegou. O que me fez acreditar que a resposta para ela é não.

 

Esse foi o único momento empolgante do meu dia interminável. Quando ficou tarde suficiente a ponto de ser admissível de se ir dormir, dei um boa-noite nada convincente a todos e subi pro meu quarto.

 

 


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Notas finais do capítulo

Pessoal, deixem reviws! É super importante para mim saber o que vcs acaharam da fic.

A fic está praticamente completa já no meu pc, mas eu vou postá-la aos poucos.

O segundo capítulo deve vir já já... rs