Imortal escrita por Razi


Capítulo 7
VI - 130




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Sim, as aulas terminaram para minha alegria passageira.

Caminhei rumo á minha Senna acompanhada de Dillan, oh criança palhaça.

-Qual o programinha da noite? – perguntou ele me olhando curioso

-Farrear – respondi sorrindo

-Que programão – disse ele sarcástico – Não sabia que você jogava basquete.

-Nos conhecemos ontem – o lembrei – Não sou um livro aberto ao publico.

-Quando é o aluguel desse livro então? – perguntou ele malicioso

-Alto demais para você pagar – respondi rapidamente.

Tinha que impor limites para ele.

Amigos, amigos.

-Nos vemos depois – ele se despediu de mim indo até o Ford que ainda continuava sujo.

-Lava esse carro pra variar – o alertei enquanto subia na moto.

-Vou fingir de surdo – gritou ele

Sorri, mas logo vi Bernad vindo na minha direção.

Ele era dominante.

Ele passou por mim dando um demorado olhar para mim.

-Oi – disse enquanto ele se afastava, tinha que puxar conversa ora.

Ele se voltou pra mim.

-Até que fim nos encontramos – disse a voz cantada de Gabriel enquanto seus braços deslizavam por meus ombros.

O rosto de Bernad ganhou uma expressão de surpresa enquanto o meu ganhou uma expressão sem-graça.

Por que Gabriel tinha que aparecer agora?

-Tchau – disse Bernad indo rumo ao seu carro que não sabia que modelo era.

Voltei meu olhar para Gabriel que colou seus lábios nos meus. Um selinho.

Pisquei atordoada.

Quanta liberdade tinha dado pra ele pelo visto.

-Já está indo trabalhar? – o indagou brincando com uma mecha do meu cabelo solto agora.

-É a vida, linda – ironizei.

Ele abriu um largo sorriso.

A coisa mais bela dele.

-Mais tarde podemos ir ao cinema?

Fiz uma cara de pensativa, fazendo um charme.

Depois concordei com a cabeça.

Ele me deu outro selinho.

-Te pego no trabalho, tudo bem?

-Não – discordei – Tenho que me arrumar devidamente.

-Como seu eu me importasse com isso – disse ele sorrindo – Sabe que é linda de qualquer jeito.

Sorri, lutando para não corar.

Ele me deu um beijo na bochecha e se afastou.

Liguei a moto, acelerei antes de sair realmente.

O transito me rendeu um pouco de estresse, nada preocupante.

O movimento no boticário não estava lá essas coisas.

Aproveitei então para mudar os perfumes de lugar.

Tinha que mudar o ar da loja de vez em quando.

Depois de terminada a mudança, minutos se passaram até Elijah entrou na loja com Aliel.

-Que legal! – exclamou ela ao me ver

A olhei por um instante aturdida.

Acho que ela não possui um bom cérebro.

-Olá – disse com um sorriso – Em que posso ajudá-los?

-Um perfume suave e doce – respondeu Aliel numa voz mansa parcialmente arrastada – Cuja essência dê a sensação de paz e frescor.

Fiz uma expressão pensativa enquanto caminhava rumo á um perfume.

Ele tinha uma voz linda.

Qual fora a ultima vez que me deparei com uma voz assim?

Acho que uns cinco séculos atrás.

Peguei o perfume que condizia com as exigências que ele queria.

Borrifei um pouco em seu pulso para que sentisse a fragrância.

-Vai mesmo dar isso á ela? – indagou Elijah o olhando seria

-Por que não daria? – retorquiu ele se voltando para mim – Levarei.

-Ah - disse ela enfática – Pensei que daria aqueles conjuntos de lingeries vermelhos, todos sexies.

Aliel a censurou com o olhar enquanto me segurava para não rir.

-Seu nome é Josephine, não é? – indagou Elijah me olhando

-Sim – disse me voltando para Aliel – Devo embrulhar?

-Claro – disse ele na mesma voz de antes – Nossa turma é bem legal.

-Realmente – concordou Elijah – Eu e a Josephine demos um belo banho em vocês.

-Acabou em empate – relembrou ele taciturno

-Quer uma revanche? – desafiou ela o encarando.

Olhei para eles.

Realmente teria gosto em competir com eles dois.

-Topo – disse ele serio – Acho que vocês duas, contra eu e o Bernad na quinta, depois das aulas, fechado?

-Não me meta nisso se nem sabe se toparei – o repreendi

Ele voltou seu olhar para mim.

-Sei que você quer tanto quanto eu a vitória – disse ele categórico

O encarei, em seguida sorri rapidamente.

Seus olhos transmitiam confiança.

-56 – disse o preço enquanto lhe entregava o embrulho

Ele rapidamente pagou.

-Agora serio – disse Elijah me olhando – Você topa a revanche?

-Acho que isso tá na cara – definiu Aliel por mim enquanto guardava sua carteira.

-Não sabia que você se chamava Josephine – retorquiu ela seria

Toma. Poderia ter ido dormir sem essa, Aliel.

-Aborreça outro, Elijah – pediu ele – Vamos indo preciso te deixar no balé, se esqueceu?

-Não tô a fim de ir hoje – ela fez manha – Quero ir para casa comer uma boa lasanha e me esbalda no mousse de chocolate que você fez.

A olhei surpresa.

Realmente seu cérebro não devia funcionar bem.

-Que agradável – debochou Aliel – Só que você vai nem que eu precise te amarrar.

-Como hoje você tá mandão – resmungou ela

Ele a repreendeu com o olhar.

-Tchau, Josephine – se despediu Elijah – Nos falamos amanhã.

-Até mais – disse Aliel saindo da loja

Acenei para os dois.

Como eram adoráveis.

Peguei uma revista qualquer enquanto as horas escoaram lentamente.

Logo meu expediente acabou e Gabriel apareceu me arrastando para o cinema.

Não sabia ainda a razão, mas ele era agradável demais para mim.

Sabia que pessoas desse jeito escondiam algo triste que na maioria das vezes estava relacionado á saúde.

Queria não pensar nessa possibilidade com ele, mas isso se tornara parte de mim sem que percebesse.

Não me lembro o nome do filme, mas do pouco que assisti vi que se tratava de um romance.

Gabriel era carinhoso enquanto me beijava, suas mãos percorriam sem malicia aparente meu pescoço e braços.

Ele não tocou em nenhum outro lugar.

Parecia até um santo.

Depois do filminho, resolvemos comer.

Minha barriga roncava para concordar comigo.

Dei-lhe comida na boca apenas uma vez.

Era um gesto romântico que gostava de fazer de vez em quando.

Nisso fiz rapidamente não sei porque uma comparação entre ele, Aliel e Bernad.

Em cada uma deles algo se destacava.

O sorriso de Gabriel, a voz de Aliel e o rosto de Bernad.

Fazia tempo que não me deparava com isso.

Mais também pudera, nos últimos anos não me dei ao luxo de ver pessoas além de Russel e Liesel com quem morava já fazia cinco anos.

Apenas agora depois da insistência da Liesel, retornei a vida escolar que me parecia interessante no momento.

Retornei meu foco á Gabriel que abriu um belo sorriso com olhos faiscantes.

Senti algo incomum tomar meu corpo, que sabia o que significava.

Algo de ruim aconteceria.

 


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Notas finais do capítulo

Será que mereço reviews?